quinta-feira, 25 de abril de 2019

NÃO SE DEIXE SEDUZIR


NÃO SE DEIXE SEDUZIR



“Tende cuidado para que alguém não vos seduza…” 
 Jesus (Mt. 24:4)

Nas paragens do mundo é muito comum que grande número de almas se permita conduzir por veredas sombrias, por se deixar seduzir em diversas ocasiões por motivações variadas.

Na Terra, o fascínio tem componentes estranhos, capazes de obnubilar o discernimento daqueles que são apanhados nas teias viscosas de perigosas deduções. Muito importante, assim, é o ensinamento do Celeste Amigo para os caminhantes terrestres, a fim de não se deixarem cegar por elas.

Tende cuidado para que alguém não vos seduza…

No planeta facilmente encontramos imenso contingente de criaturas hebetado, ou excitado, ou, ainda, profundamente confuso, seguindo rotas perturbadoras, escuras, levado pelas determinações do encantamento malsāo.

São muitos os que têm sorriso fácil, conversa agradável e gestos festivos, mas que são grandemente perigosos, semelhante a serpentes coloridas, brilhantes e enormemente venenosas. Dessa forma, conseguem nublar a lucidez diminuta dos inexperientes, levando-se a situações desafortunadas.

Movidos pelas infelizes seduções, muita gente abandona do bem, descura da ação renovadora, negligencia quanto aos deveres domésticos, menospreza o cultivo da fé libertadora. Outros, sob as mesmas pressões, adentram pantanais viciosos, relaxam os cuidados para com a existência e deixam fanar oportunidades luminosas.

Tenha cuidado com tais caracteres capazes de levarem-no à perda, às derrotas morais, ao declínio da saúde e da alegria de viver.

Aprenda a verificar ao seu redor aqueles que costumam esvaziar seus melhores momentos, os sedutores que estão sempre posicionados para promover a cizânia, fazendo com que você fique mal, sempre armado contra tudo e contra todos, atirando fel sobre as suas abençoadas horas no mundo.

Muitos tentarão seduzi-lo para que gaste todo o seu tempo com lazeres, com folguedos e aventuras, que o farão profundamente frustrado, imensamente inditoso por negligenciar com as oportunidades que a existência lhe brinda.

Tenha cuidado para que alguém não o seduza.

Ao longo do seu caminho terreno, você encontrará diversos companheiros com grande poder de sedução. Ao verem-no compenetrado, operoso no bem e feliz, honesto com os seus deveres e fiel ao Cristo, tudo arquitetarão objetivando impulsioná-lo para escusos descaminhos, onde você só encontrará arrependimento e dor pela malversação do tempo.

Veja se consegue manter-se na linha defensiva, apoiando-se nos ensinos renovadores do Mestre, vigilante e atencioso perante a venturosa existência humana, que lhe foi facultada para progredir pelo trabalho e pelo amor.

Você está no mundo para superar-se a si mesmo, e se tiver que se deixar levar por algum encaminhamento, escolha aquele que o chama ao discernimento e ao bom senso, à atividade nobre e ao respeito às leis celestes. E esse encantamento de intensa lucidez, conducente à harmonia, é exercido por Jesus e seus prepostos. Fora disso, tenha cuidado e refugie-se na oração e na vigilância para que se estabeleça a sua frente a estrada definida e clara da sua própria redenção, que lhe permitirá avançar nos passos do Cristo Excelso.

     

      Francisco de Paula Vitor

(Mensagem psicografado pelo médium J. Raul Teixeira, em 27.4.1998, 
na Sociedade Renovação, Curitiba-PR)

Panfleto distribuído pela FEP-Federação Espírita do Paraná
Al. Cabral, 300
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quinta-feira, 18 de abril de 2019

Mulher...!

Mulher...! 

Colhemos e registramos abaixo algumas questões de O Livro dos Espíritos, publicado por Allan Kardec em 18.04.1857, tradução de Dr. Guillon Ribeiro, editado pela Federação Espírita Brasileira (FEB), relativamente à mulher, com base nesses ensinamentos organizamos argumento à guisa de reflexão, que compartilhamos: 

200. Têm sexos os Espíritos? 
“Não como o entendeis, pois que os sexos dependem da organização. Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância dos sentimentos.” 

201. Em nova existência, pode o Espírito que animou o corpo de um homem animar o de uma mulher e vice-versa? 
“Decerto; são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as mulheres.”

817. São iguais perante Deus o homem e a mulher e têm os mesmos direitos? 
“Não outorgou Deus a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir?” 

818. Donde provém a inferioridade moral da mulher em certos países? 
“Do predomínio injusto e cruel que sobre ela assumiu o homem. É resultado das instituições sociais e do abuso da força sobre a fraqueza. Entre homens moralmente pouco adiantados, a força faz o direito.”

819. Com que fim mais fraca fisicamente do que o homem é a mulher? 
“Para lhe determinar funções especiais. Ao homem, por ser o mais forte, os trabalhos rudes; à mulher, os trabalhos leves; a ambos o dever de se ajudarem mutuamente a suportar as provas de uma vida cheia de amargor.” 

820. A fraqueza física da mulher não a coloca naturalmente sob a dependência do homem? 
“Deus a uns deu a força, para protegerem o fraco e não para o escravizarem.” 

Deus apropriou a organização de cada ser às funções que lhe cumpre desempenhar. Tendo dado à mulher menor força física, deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade, em relação com a delicadeza das funções maternais e com a fraqueza dos seres confiados aos seus cuidados. (Allan Kardec) 

821. As funções a que a mulher é destinada pela Natureza terão importância tão grande quanto as deferidas ao homem? 
“Sim, maior até. É ela quem lhe dá as primeiras noções da vida.” 

Nesses tempos modernos muito se precisa perguntar para encontrar respostas referentemente ao comportamento da nossa sociedade, da família, da educação, da política, da segurança, da saúde, da arte, sendo que a nascente de toda  mazela e de toda solução está no ser humano. 

Então vamos perguntar: O que é o ser humano? Um Espírito. O que é um Espírito? Elemento universal individualizado que tem inteligência e consciência de si mesmo. Em sua origem é simples e ignorante, no entanto, o seu Criador (Deus) o arregimentou em latência com todas as possibilidades evolutivas, que lhe caberá desenvolvê-las no transcurso dos tempos, dando-lhe a liberdade de escolhas (o livre-arbítrio) e as reencarnações (o que quer dizer: entrar e sair num corpo físico -- nascer e morrer – muitas vezes, acumulando em si – no Espírito -- as experiências), formando o seu patrimônio espiritual, desenvolvendo a inteligência e o sentimento.  

Por que existe corpo masculino e feminino? Para propiciar a produção de outros corpos materiais que estarão revestindo corpos espirituais, dando a condição para a experiência de sofrer as suas necessidades, propiciando o desenvolvimento da inteligência e dos sentimentos, numa vida de relação entre homem e mulher, pai e mãe, filhos e filhas, avôs e avós..., formando o grupo familiar, compondo o grande grupo da humanidade. Não se pode esquecer que se sofre também as contingências ambientais, para a manutenção da vida orgânica e aprender a conviver com o próximo, além dos vínculos consanguíneos.
  
Alguém é dono do próprio corpo? Objetivamente, ninguém é dono nem de seu corpo, nem de nenhuma outra coisa material, pois tudo pode-lhe ser retirado instantaneamente. O que existe de verdade é o uso de elementos que nos são custodiados pela Natureza para propiciar a condição evolutiva para o Espírito.  A única coisa que nos pertence (espiritualmente raciocinando) é o estado evolutivo que alcançamos com os nossos esforços, este não sofre retrocesso e jamais se perderá, verdadeiramente é o único patrimônio que nos pertence. Tudo o que existe de patrimônios materiais (terras, edifícios, empresas, riquezas outras, etc.) é apenas arranjos evolutivos e que o pertencimento é relativo e temporário como ferramenta evolutiva do ser humano (que é o Espírito encarnado), empréstimo que precisaremos dar conta do seu uso.  

Por que nada do que é material pertence verdadeiramente ao ser humano? Seria contrassenso de origem, sendo que Deus criou todos os Espíritos para alcançar o estado de perfeição, o que corresponde a um estado puro, totalmente desmaterializado. Na origem os Espíritos eram puros, mas simples e ignorantes; depois, das vivências pelas reencarnações, por milênios sem conta, sofrendo as consequências de suas descobertas, desenvolvendo a inteligência e acumulando virtudes retornam definitivamente à origem como seres integrais em inteligência e sabedoria, para as tarefas universais, novamente puros e sábios pelos seus méritos.  

Retornando às questões de O Livros dos Espíritos, inicialmente colocadas, perguntamos: O que é a mulher? Um espírito reencarnado numa organização física feminina. Toda desconsideração que sofreu e ainda sofre é por conta da má educação existente em cada tempo. Na resposta da questão 201, dos Espíritos reveladores da Doutrina Espírita, é clara: “Decerto; são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as mulheres.” Considerando a civilização atual com inteligência e tecnologia existentes, também existe um vazio de entendimento da sua condição espiritual, mantido por dogmas, preconceitos e ainda pelo desinteresse para as questões da vida além da vida do corpo, o que leva a despreocupação com o seu retorno nas gerações futuras, que poderá ser como homem ou mulher. A desconsideração com a mulher, hoje, se não revista, perdurará nas gerações futuras, o que vem se arrastando desde o início da civilização, há milênios. A lei natural de causa e efeito não se altera. Sempre reencontraremos as desconsiderações que implementamos, em qualquer tempo. 

A questão 819 trata da diferença física da mulher, comparativamente ao homem, “ser mais fraca”, a resposta é significativa, vejamos: “Para lhe determinar funções especiais. (...)” As “funções especiais”, não são nada depreciativas, e sim, alevantadas diante dos olhos de Deus, pois se trata da condução de um projeto Divino, onde a mulher mãe participa como coautora da criação, de si substanciando um organismo que se forma, e de si dando a sustentação para soerguimento da vida  para um Espírito em novo estágio evolutivo, iniciando-lhe no aprendizado, na educação, no corrigir de tendências negativas trazidas de outra existência e dando-lhe curso a novos comportamentos, construindo a nova  personalidade que terá grande influência na vida do(a) filho(a), que logo se tornará adulto(a), tomando para si as rédeas da própria vida, oferecendo para nova família os valores que carrega consigo, tanto como para a sociedade melhoras, se melhorado(a), ou não.  

Allan Kardec, em complemento da resposta da questão 820, diz: “Deus apropriou a organização de cada ser às funções que lhe cumpre desempenhar. Tendo dado à mulher menor força física, deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade, em relação com a delicadeza das funções maternais e com a fraqueza dos seres confiados aos seus cuidados.” Trata-se de ferramenta orgânica adequada para atender “funções especiais”, ampliemos esse tema mais um pouco, relembrando que a mulher é um espírito, como vimos anteriormente, assim pode reencarnar em corpo masculino ou feminino, então não se trata de qualificação intelectual, pois a mulher está apta a desenvolver-se em qualquer área da ciência e das relações humanas tal qual o homem, até mesmo com vantagem, em conta a sua sensibilidade.  Tem funções específicas na vida, sim, tem, a mais relevante, que é dar oportunidade a outro Espírito para revestir-se de carne, através de corpo novo, o que não se dá sem a contribuição feminina, depois educá-lo, educando a própria sociedade.  

Todas as personalidades mais relevantes do Mundo, inclusive o Senhor Jesus, a maior de todas, quanto aquelas que compõem a multidão desconhecida, apareceram na vida física através de uma mulher.  As lideranças da sociedade humana: política, militar, científica, educacional, artística passaram pelo colo materno e receberam a maior parte da educação de berço da mulher. Como vimos a criança é um Espírito em nova oportunidade evolutiva, que se apresenta com o patrimônio moral e intelectual que adquiriu em outras vidas, passando pelo mesmo processo. O renascente precisa de condução nos primeiros momentos da nova existência, para corrigir as más tendências, que são viciações antigas, e adquirir novos conhecimentos, tornando-se melhor. 
  
Seria a mulher responsável por todas as mazelas do Mundo, em conta da sua condição de primeira educadora? Certamente que não.  Existem uma complexidade de fatores que se arrastam de longínquas eras, que se moldam a cada período da vida da sociedade, frutos e consequências do próprio meio, formando um caldo contaminante pelos usos e costumes, influenciando grandemente na condução das vidas. Em conta isto, Jesus exclamou: “Faça-se a vossa luz, o que corresponde a que cada indivíduo precisa se tornar autônomo a partir de um estado de consciência melhorado, o que depende de todas as experiências acumuladas das inúmeras vidas, que tiveram inúmeras mães em inúmeras épocas. Sendo que as mães tiveram importância relevante em todos os desenvolvimentos. Não se pode esquecer que as mães também nasceram de mães e sofreram as constrições de suas épocas. Em certas reencarnações, na esteira do tempo, as mulheres de um tempo também habitaram corpos masculinos em outros tempos. Hoje, todos somos resultado de uma trajetória de muitos milênios. 

Com base na questão 821 podemos dizer que a mulher tem importância relevantíssima diante da vida, até maior que a do homem, porque permite o aparecimento do Espírito num corpo e dá-lhe as primeiras noções educacionais. Sob os olhos egoísticos do Mundo parece atividade corriqueira, não atribuindo, com exceção, a importância devida, inclusive por uma parcela considerável de mulheres que não assumem a sua responsabilidade. As frustrações, desgostos e sofrimentos para estas não tardam a aparecer, mesmo nesta vida, em outra reencarnação poderão fazer melhor, corrigindo os deslizes anteriores. As que fizerem da maternidade um sacerdócio, apesar de todas as circunstâncias contrárias, terão reconhecimento na vida espiritual, pois serão dignas de seu salário moral, a paz e a felicidade são conquista dos esforços empreendidos, não se conquista com promessas que não se realizaram.  

Mulher, onde estás! 

                                                                            Dorival da Silva  

sábado, 13 de abril de 2019

Complexidades do fenômeno mediúnico

Complexidades do fenômeno mediúnico

À primeira vista, o intercâmbio seguro entre os Espíritos desencarnados e os homens parece revestir-se de muita simplicidade.
Considerando-se que, após a morte do corpo, o ser apresenta-se com todos os atributos que lhe caracterizavam a existência física, é de crer-se que o processo da comunicação mediúnica torna-se natural e rápido, fácil e simples.
Como em qualquer procedimento técnico, no entanto, vários requisitos são-lhe exigíveis, o que torna a sua qualidade difícil de ser conseguida, ao mesmo tempo complexa para a sua realização.
O processo de comunicação dá-se somente através da identificação do Espírito com o médium, perispírito a perispírito, cujas propriedades de expansibilidade e sensibilidade, entre outras, permitem a captação do pensamento, das sensações e das emoções, que se transmitem de uma para outra mente através do veiculo sutil.
O médium é sempre um instrumento passivo, cuja educação moral e psíquica lhe concederá recursos hábeis para um intercâmbio correto. Nesse mister, inúmeros impedimentos se apresentam durante o fenômeno, que somente o exercício prolongado e bem dirigido consegue eliminar.
Dentre outros, vale citar as fixações mentais, os conflitos e os hábitos psicológicos do sensitivo, que ressumam do seu inconsciente e, durante o transe, assumem com vigor os controles da faculdade mediúnica, dando origem às ocorrências anímicas.
Em si mesmo, o animismo é ponte para o mediunismo, que a prática do intercâmbio termina por superar. Todavia, vale a pena ressaltar que no fenômeno anímico ocorrem os de natureza mediúnica, assim como nos mediúnicos sucedem aqueles de caráter anímico.
Qualquer artista, ao expressar-se, na música, sempre dependerá do instrumento de que se utilize. O som provirá do mecanismo utilizado, embora o virtuosismo proceda de quem o acione.
O fenômeno puro e absoluto ainda não existe no mundo orgânico relativo...
Os valores intelectuais e morais do médium têm preponderância na ocorrência fenomênica, porquanto serão os seus conhecimentos, atuais ou passados, que vestirão as ideias transmitidas pelos desencarnados.
Desse modo, a qualidade da comunicação mediúnica está sempre a depender dos valores evolutivos do seu intermediário.
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Não há dois médiuns iguais, qual ocorre em outras áreas das atividades humanas, nas quais cada pessoa apresenta-se com os seus próprios recursos, assinalada pelas suas particulares características.
Quando se tratar de médium com excelentes registros e grande fidelidade no conteúdo da mensagem recebida, eis que defrontamos alguém que repete experiências transatas, havendo sido instrumento mediúnico anteriormente.
Na variada gama das faculdades, as conquistas pessoais armazenadas contribuem para que o fenômeno ocorra com o sucesso desejado.
Seja no campo das comunicações intelectuais, seja naqueles de natureza física, o contributo do médium é relevante.
Não seja, portanto, de estranhar que um médium, psicógrafo ou psicofônico, tenha maior facilidade para o registro de mensagens de um tipo literário ao invés de outro, logrando, por exemplo, admiráveis romances e deploráveis poemas, belas pinturas e más esculturas, facilidade para expressar-se em idiomas que não apenas aquele que hoje lhe é familiar, em razão de experiências vivenciadas em reencarnações anteriores.
Também há médiuns com aptidão para receber Espíritos sofredores, o que lhes deve constituir uma bênção, facilitando-lhes a aquisição de títulos de enobrecimento, pela ação caridosa que desempenhem. Não obstante, haverá, igualmente, a mesma predisposição para sintonizar com as Entidades Nobres, delas haurindo e transmitindo a inspiração, a sabedoria e a paz.
A ideia, o impulso procedem sempre do Espírito desencarnado, porém o revestimento, a execução vêm dos cabedais arquivados no inconsciente do médium.
A luz do Sol ou outra qualquer, ao ser coada por uma lâmina transparente, reaparecerá no tom que lhe é conferido pelo filtro.
No fenômeno mediúnico sucede da mesma forma.
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Tendo em vista que a faculdade é orgânica, os recursos da aparelhagem exercem grande influência na ocorrência do fenômeno.
Assim considerando, o exercício, que educa os impulsos e comanda a passividade, é de capital importância.
À medida que vão sendo eliminados os conflitos pessoais, mais transparentes e fiéis se farão as mensagens, caracterizando os seus autores pelo conteúdo, estilo, elaboração da ideia e, nas manifestações artísticas, pelas expressões de beleza que apresentam.
A educação mediúnica, à semelhança do desenvolvimento de qualquer aptidão, impõe tempo, paciência, perseverança, estudo, interesse.
O investimento de cuidados específicos, na mediunidade, será compensado pelos resultados comprovadores da sua legitimidade, como também pelos ensinamentos e consolos recebidos na sua aplicação.
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Faculdade neutra, do ponto de vista moral, pode o indivíduo ser portador de conduta irregular com largo campo de registro, em razão do seu pretérito, enquanto outros, moralizados, não possuem as mesmas possibilidades, o que não os deve desanimar.
A moral, no entanto, é exigível, em razão dos mecanismos de sintonia que a conduta proporciona.
Uma existência assinalada pela leviandade, por abusos de comportamento, por atitudes vulgares, atrai Espíritos igualmente irresponsáveis, perversos, perturbadores e zombeteiros.
A convivência psíquica com essas mentes e seres costuma por afetar as faculdades mentais do individuo, que termina vitimado por lamentáveis processos de obsessão, na sua variada catalogação.
As comunicações sérias e nobres somente têm lugar por instrumentos dignos e equilibrados.
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Na sua condição de instrumento e na sua postura de passividade, o médium não pode provocar determinadas comunicações, mas sim, criar as condições e aguardar que ocorram.
Cabe-lhe estar vigilante para atender as chamadas que se originam no mundo espiritual, fazendo-se maleável e fiel portador da responsabilidade que lhe diz respeito.
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O fenômeno mediúnico, para suceder em condições corretas, necessita que o organismo do instrumento se encontre sem altas cargas tóxicas de qualquer natureza, porquanto as emoções em desalinho, o cansaço, as toxinas resultantes dos excessos alimentares bloqueiam os núcleos de transformação do pensamento captado nas mensagens, o que equivale a semelhantes acontecimentos em outras atividades intelectuais, artísticas e comportamentais.
Atitude física, emocional e mental saudáveis, são a condição ideal para que o fenômeno mediúnico suceda com equilíbrio e rentabilidade.
Quando acontece pela violência, sem a observância dos requisitos essenciais exigíveis, alguns dos quais aqui exarados, já que outros ainda existem e merecem estudos, estamos diante de manifestações obsessivas, de episódios mediúnicos perturbadores, nunca, porém, de fenômenos que se expressem com a condição espírita para uma vivência mediúnica dignificadora.
 Manoel Philomeno de Miranda
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, em
1º.11.1993, no Centro Espírita Caminho da
Redenção, em Salvador, Bahia.
Em 2.4.2019

Esta mensagem foi extraída  da  página de Divaldo Franco, que poderá ser acessada através do endereço: http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=566