sexta-feira, 25 de junho de 2010

SERIA ÚTIL

“Respondeu-lhes: Já vô-lo disse e não ouvistes; para que o quereis tornar a ouvir?” – (João, 9:27)

É muito frequente a preocupação de muitos religiosos, no sentido de transformarem os amigos compulsoriamente, conclamando-os às suas convicções particularistas. Quase sempre se empenham em longas e fastidiosas discussões, em contínuos jogos de palavras, sem uma realização sadia ou edificante.


O coração sinceramente renovado na fé, entretanto, jamais procede assim.


É indispensável diluir o prurido de superioridade que infesta o sentimento de grande parte dos aprendizes, tão logo se deixam conduzir a novos portos de conhecimento, nas revelações gradativas da sabedoria divina, porque os discutidores de más inclinações se incumbem de interceptar-lhes a marcha.


A resposta do cego de nascença aos judeus argutos e inquiridores é padrão ativo para os discípulos sinceros.


Lógico que o seguidor de Jesus não negará um esclarecimento acerca de Mestre, mas se já explicou o assunto, se já tentou beneficiar o irmão mais próximo com os valores que o felicitam, sem atingir o alheio entendimento, para que discutir? Se um homem ouviu a verdade e não a compreendeu, fornece evidentes sinais de paralisia espiritual. Ser-lhe-á inútil, portanto, escutar repetições imediatas, porque ninguém enganará o tempo, e o sábio que desafiasse o ignorante rebaixar-se-ia ao título de insensato.


Não percas, pois, as tuas horas através de elucidações minuciosas e repetidas para quem não as pode entender, antes que lhe sobrevenham no caminho o sol e a chuva, o fogo e a água da experiência. Tens mil recursos de trabalhar em favor de teu amigo, sem provocá-lo ao teu modo de ser e à tua fé.


EMMANUEL
Pão Nosso, mensagem 37,
psicografia de Francisco C. Xavier.