quinta-feira, 30 de abril de 2015

Aos Jovens

Mensagem 118  -  Obra: Minuto de Sabedoria - Autor: C. Torres Pastorino



      Você que é jovem, construa a sua felicidade em bases sólidas. 
      A felicidade não depende dos outros, mas de nós mesmos. 
      Se alguém quiser desviá-lo do bom caminho, não o acompanhe; siga a estrada reta do bem, pois só assim conseguirá ter alegria em seu coração.
       Estude o mais que puder, ouça os conselhos de seus pais, seja puro e sincero em suas afeições, pois assim construirá uma vida nobre e digna. 

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Reflexão

        O nascimento, a infância, a juventude são o caminho novo, o recomeço para se alcançar a felicidade real.  A oportunidade nova é a solicitude de Deus para com a criatura. O Espírito que saiu da mão do Criador, puro, ingênuo e ignorante, conquistando, depois de muitos séculos,  a liberdade de decidir suas ações e atitudes, a partir daí, sempre se portou por sua vontade. 
       No curso dos milênios, vivendo necessidades e experimentando possíveis saciedades, acertou e errou, no entanto, enquanto havia a ingenuidade, a inocência de seus atos nada lhe pesava além do resultado das experiências, que reconhecia boas ou más, satisfazia ou não suas necessidades. Vida após vida assim evoluía desenvolvendo a inteligência e a compreensão no que lhe era de alcance.
       Passados os milênios, muitos, a inteligência se aguçou, levando o Espírito a perceber que a conquista: de poder, de influência, de posse de bens -- algo especulativo, da necessidade geral -- poderia reverter em atendimento de seus interesses e posteriormente também dos seus agregados. A partir desse momento começam a aparecer os sinais da inveja, do orgulho, do egoísmo. Adquirindo o gosto pela posse, quase sempre em detrimento dos mais fracos.
       Desperto o poder pela posse, pela subjugação de outrem, desejou-se atravessar suas fronteiras e abarcar outras divisas, com o sentido de se tornar mais forte, daí em diante ficou aumentado o orgulho e egoísmo.
     Nessa busca de poder, também descobriu a sensação de seus sentidos, e quis usufruí-lo com mais intensidade, inicialmente da sexualidade, depois ampliando a experimentação de outros excitantes, tornando mais tarde vícios.
        Como tudo isso vem de tempo longínquo criou raízes profundas na alma e como oferece prazer, mesmo os excessos proporcionando sofrimentos, o indivíduo se compraz no sofrimento, formando assim um círculo vicioso, sendo que somente uma decisão firme do Espírito pode interromper a alimentação do vício dos sentidos. 
        Sendo o estágio evolutivo da criatura uma construção própria, que respeita a sua vontade; com isto o Criador oferece o tempo para o despertamento das ilusões geradas e que nelas se compraz.
           A organização da sociedade em família é ferramenta operosa pelos laços de afinidade onde os mais experientes auxiliam a orientação dos jovens que estão recomeçando a trajetória evolutiva, mostrando-lhes os perigos e as inconveniências, visando o asserto no novo a aprender e o reajuste do que é velho para que não experimente novamente o sofrimento com a consciência comprometida. 
          Filhos obedientes podem não concordar com os pais, no entanto, têm mais tempo para refletir e melhor decidir quando surgir a oportunidade de realizar os seus interesses, em conta o livre arbítrio. 
           Estudar sempre aumenta as possibilidades de refletir e tomar decisão mais justa, concernente ao planejamento da reencarnação. 
     A educação moral é a chave para a paz e a felicidade verdadeiras, porque permanecerá na eternidade, é conquista pessoal.
       O Evangelho de Jesus, bem compreendido, é a grande luz norteadora da vitória do Espírito na jornada dos tempos infinitos.



            Reflexão com base no texto inicialmente posto. 




                                                        Dorival da Silva

quinta-feira, 23 de abril de 2015

A CADA UM



A CADA UM


“Levanta-te direito sobre os teus pés.” — Paulo. (ATOS, capítulo 14,
versículo 10.)



De modo geral, quando encarnados no mundo físico, apenas enxergamos os aleijados do corpo, os que perderam o equilíbrio corporal, os que se arrastam penosamente no solo, suportando escabrosos defeitos. Não possuímos suficiente visão para identificar os doentes do espírito, os coxos do pensamento, os aniquilados de coração.

Onde existissem somente cegos, acabaria a criatura perdendo o interesse e a lembrança do aparelho visual; pela mesma razão, na Crosta da Terra, onde esmagadora maioria de pessoas se constituem de almas paralíticas, no que se refere à virtude, raros homens conhecem a desarmonia de saúde espiritual que lhes diz respeito, conscientes de suas necessidades incontestes.

Infere-se, pois, que a missão do Evangelho é muito mais bela e mais extensa que possamos imaginar. Jesus continua derramando bênçãos todos os dias. E os prodígios ocultos, operados no silêncio de seu amor infinito, são maiores que os verificados em Jerusalém e na Galileia, porquanto os cegos e leprosos curados, segundo as narrativas apostólicas, voltaram mais tarde a enfermar e morrer. A cura de nossos espíritos doentes e paralíticos é mais importante, porquanto se efetua com vistas à eternidade.

É indispensável que não nos percamos em conclusões ilusórias.

Agucemos os ouvidos, guardando a palavra do apóstolo aos gentios.

Imprescindível é que nos levantemos, individualmente, sobre os próprios pés, pois há muita gente esperando as asas de anjo que lhe não pertencem.

Obra: Caminho, Verdade de Vida - Psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, capítulo 79.


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Reflexão

        Na Terra estamos hospitalizados, embora entramos neste hospital conhecedores da necessidade de conquistarmos a saúde, quando do planejamento da reencarnação, agora estamos esquecidos que precisamos tomar os medicamentos que nos restituam a vitalidade e o equilíbrio espiritual. É essa saúde que precisamos. É conquista definitiva. Mas como há o esquecimento providencial de nossas existências anteriores e dos tempos que estivemos na espiritualidade, preferimos acolher as influências do meio em que estamos vivendo, e permitir o uso do livre arbítrio contra os interesses primordiais de nós mesmos.  Escolhendo quase sempre as atitudes agravantes de nossas deficiências espirituais.
     Muitas vezes preferimos maquiar a nossa situação, demonstrando exteriormente alegria, conforto e equilíbrio falsos, porque não é o que estamos sentindo. Na intimidade encontramos um vazio profundo, impossível de preenchimento com os valores e meios exteriores, por mais bonitos ou agradáveis que possam parecer. São as doenças da alma, que não recebem o tratamento devido, embora não faltem os fármacos receitados pela medicina. Estes tratam os resultados apresentados no corpo físico, mas não a causa que se encontra no Espírito. É certo que temos o dever de cuidar do aparelho físico, entretanto, não somos o físico, apenas o utilizamos para manifestação na vida material, em virtude de nossas necessidades espirituais.
         A inteligência, os recursos emocionais que cada um de nós possui, e também os defeitos, representados pelos vícios, desequilíbrios, que se apresentam como as doenças crônicas no campo da psiquiatria, bem como as virtudes são patrimônio cultivado na alma. 
         O medicamento excelente é a aplicação das lições do Evangelho de Jesus em nossas vidas, de forma nenhuma desejar modelá-las aos interesses particularistas, mas através das reflexões verdadeiras, das renúncias à satisfação dos apetites negativos, da luta infrene para a educação dos olhos, ouvidos, pensamentos... Substituindo os hábitos feios e negativos por outros equilibrados e nobres.
         Se estamos fisicamente doentes, em tratamento severo, que tenhamos esperança, que meditemos com confiança em Jesus,  modifiquemos o rumo dos interesses imediatistas.  É grande a oportunidade de se conhecer, de se descobrir. A vida espiritual jamais terá fim, o corpo é equipamento de evolução para a alma, este finda a sua utilidade.  No entanto, é preferível um corpo todo roto, mas que a alma esteja exultante com suas vitórias, sobre si mesma.
      A paz e a felicidade que todos almejamos são conquistas fluidas na alma e exigem grandes esforços.

            Reflexão inspirada no texto inicialmente colocado.  

                                                       Dorival da Silva




quinta-feira, 16 de abril de 2015

Curas

Curas

                                                        “E curai os enfermos que nela houver
                                          e dizei-lhes: É chegado a vós o reino
                                          de Deus.” – Jesus. (Lucas, 10:9.)
Realmente Jesus curou muitos enfermos e recomendou-os, de modo especial, aos discípulos.

Todavia, o Médico Celestial não se esqueceu de requisitar ao Reino Divino quantos se restauram nas deficiências humanas.

Não nos interessa apenas a regeneração do veículo em que nos expressamos, mas, acima de tudo, o corretivo espiritual.

Que o homem comum se liberte da enfermidade, mas é imprescindível que entenda o valor da saúde. Existe, porém, tanta dificuldade para compreendermos a lição oculta da moléstia no corpo, quanta se verifica em assimilarmos o apelo ao trabalho santificante que nos é endereçado pelo equilíbrio orgânico.

Permitiria o Senhor a constituição da harmonia celular apenas para que a vontade viciada viesse golpeá-la e quebrá-la em detrimento do espírito?

O enfermo pretenderá o reajustamento das energias vitais, entretanto, cabe-lhe conhecer a prudência e o valor dos elementos colocados à sua disposição na experiência edificante da Terra.

Há criaturas doentes que lastimam a retenção no leito e choram aflitas, não porque desejem renovar concepções acerca dos sagrados fundamentos da vida, mas por se sentirem impossibilitadas de prolongar os próprios desatinos.

É sempre útil curar os enfermos, quando haja permissão de ordem superior para isto, contudo, em face de semelhante concessão do Altíssimo, é razoável que o interessado na bênção reconsidere as questões que lhe dizem respeito, compreendendo que raiou para seu espírito um novo dia no caminho redentor.



Obra: Pão Nosso, capítulo 44, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Espírito Emmanuel.  

quinta-feira, 9 de abril de 2015

É suficiente crermos em Jesus para sermos salvos?, ...

– É suficiente crermos em Jesus para sermos salvos, como professam algumas religiões?  
Raul Teixeira: Esses mesmos irmãos que pregam que basta crermos em Jesus para sermos salvos não se dão conta de que estão desdizendo a Sua própria fala. Se Jesus Cristo disse: Meu pai trabalha sempre e eu trabalho também, bastaria ao rebanho dEle apenas acreditar? Essa é uma panaceia criada na Idade Média pela Igreja para agradar os nobres, que a partir disso não trabalharam mais; o trabalho era para mulheres e escravos.
Foi Jesus que nos disse que a cada um será dado conforme suas obras. Veja lá: Thiago diz que a fé sem obras está morta em si mesma e Jesus nos disse que a cada um será dado conforme suas obras e não conforme suas crenças.
É muito fácil a criatura ler no texto, memorizá-lo e repeti-lo, sem digerir intelectualmente o que leu. Fica repetindo frases prontas, palavras de ordem que não são verdades segundo o Evangelho de Cristo.
A salvação é um trabalho que realizamos dentro de nós próprios quando entendemos as leis divinas e temos a disposição de vivenciá-las. Aí estabelecemos uma sintonia com o bem, de tal ordem que nos salvamos da ignorância, nos libertamos de todo mal. Conhecereis a verdade e essa verdade vos libertará. Essa libertação é a redenção, é a salvação.
 
  José Raul Teixeira
(Revista Eletrônica: O Consolador) http://www.oconsolador.com.br
Extraído de entrevista publicada no jornal espírita Libertador, de junho/julho de 2010.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

DOAÇÃO A ENTIDADE FILANTRÓPICA

LAR DA CRIANÇA “DR. BEZERRA DE MENEZES”
RUA ESTEVAN LEITE DE NEGREIROS, 806 – VILA MACEDO  -  Telefone: 43 3542-4303
BANDEIRANTES – PARANÁ    *   CNPJ.: 80.505.589/0001-19



DOAÇÃO A ENTIDADE FILANTRÓPICA DIRETAMENTE
NA DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA


  Formulário do Imposto de Renda Modelo Completo
 1. Acesse: Resumo da declaração
 2. Acesse: Doações Diretamente na Declaração - ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)
 3. Acesse - Tipo do Fundo:  Municipal
 4. UF: Paraná
 5. Município: Bandeirante – PR - (CNPJ do Fundo Municipal: 17.803.953/0001-90)
 6. Próximo Passo: Imprimir  DARF da doação
 7. Acesse: DARF  –  ECA
 8. O Valor dos 3% do imposto calculado será lançado pelo programa da Receita no campo próprio, mesmo se tiver imposto a ser restituído.
 9. É muito importante fornecer uma cópia do Recolhimento-DARF (precisa estar visível a autenticação ou o recibo eletrônico do pagamento), que será repassado ao Gestor do Fundo Municipal dos Diretos da Criança e do Adolescente (FMDCA) para que destine a importância para o Lar da Criança.

A cópia do DARF pode ser transmitida para o endereço: dorivaldasilva52@hotmail.com, ou através dos Correios no endereço: Lar da Criança Dr. Bezerra de Menezes, Rua Estevan Leite de Negreiros, 806, Vila Macedo, Bandeirantes (PR), CEP.: 86360-000.

Nota:  Caso a declaração seja feita através de escritório de contabilidade, gentileza manifestar ao Contador ou Contabilista o seu interesse em realizar a doação diretamente na declaração do imposto de renda.

Esta é a única forma de reter parcela de imposto federal diretamente no Município, permitindo o atendimento de carências sociais, no nosso caso de crianças em situação de risco de sua integridade em função da desestrutura familiar.

Agradecemos o seu acolhimento, assim poderemos levar mais adiante a tarefa que esta Instituição realiza há mais de 26 anos ininterruptamente, todos os dias do ano.

GENTILEZA ENCAMINHAR ESSA SOLICITAÇÃO AOS SEUS CONTATOS
 PODEM CONTRIBUIR PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS DE QUALQUER LUGAR DO BRASIL.
 -- “A DOAÇÃO ATRAVÉS DO IMPOSTO DE RENDA É DE FUNDAMENTAL IMPORTÂNCIA PARA A MANUTENÇÃO DO ACOLHIMENTO DAS CRIANÇAS EM DESAMPARO NESTA COMUNIDADE" --
                                                                                    
                                                                                                   Bandeirantes, 15 de fevereiro de 2015.

                                                                                                          Atenciosamente,

                                                                                                         Dorival da Silva

                                                                                                          - Presidente-

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Adolfo, bispo de Argel. (Marmande, 1862)

Homens, por que vos queixais das calamidades que vós mesmos amontoastes sobre as vossas cabeças? Desprezastes a santa e divina moral do Cristo; não vos espanteis, pois, de que a taça da iniquidade haja transbordado de todos os lados.

Generaliza-se o mal-estar. A quem inculpar, senão a vós que incessantemente procurais esmagar-vos uns aos outros? Não podeis ser felizes, sem mútua benevolência; mas como pode a benevolência coexistir com o orgulho? O orgulho, eis a fonte de todos os vossos males. Aplicai-vos, portanto, em destruí-lo, se não lhe quiserdes perpetuar as funestas consequências.

Um único meio se vos oferece para isso, mas infalível: tomardes para regra invariável do vosso proceder a lei do Cristo, lei que tendes repelido ou falseado em sua interpretação.

Por que haveis de ter em maior estima o que brilha e encanta os olhos, do que o que toca o coração? Por que fazeis do vício na opulência objeto das vossas adulações, ao passo que desdenhais do verdadeiro mérito na obscuridade? Apresente-se em qualquer parte um rico debochado, perdido de corpo e alma, e todas as portas se lhe abrem, todas as atenções são para ele, enquanto ao homem de bem, que vive do seu trabalho, mal se dignam todos de saudá-lo com ar de proteção. Quando a consideração dispensada aos outros se mede pelo ouro que possuem ou pelo nome de que usam, que interesse podem eles ter em se corrigirem de seus defeitos?

Dar-se-ia o inverso, se a opinião geral fustigasse o vício dourado, tanto quanto o vício em andrajos; mas o orgulho se mostra indulgente para com tudo o que o lisonjeia. Século de cupidez e de dinheiro, dizeis. Sem dúvida; mas por que deixastes que as necessidades materiais sobrepujassem o bom senso e a razão? Por que há de cada um querer elevar-se acima de seu irmão? Desse fato sofre hoje a sociedade as consequências.

Não esqueçais que tal estado de coisas é sempre sinal certo de decadência moral. Quando o orgulho chega ao extremo, tem-se um indício de queda próxima, porquanto Deus nunca deixa de castigar os soberbos.

Se por vezes consente que eles subam, é para lhes dar tempo à reflexão e a que se emendem, sob os golpes que de quando em quando lhes desfere no orgulho para os advertir. Todavia, em lugar de se humilharem, eles se revoltam. Então, cheia a medida, Deus os abate completamente e tanto mais horrível lhes é a queda, quanto mais alto hajam subido.

Pobre raça humana, cujo egoísmo corrompeu todas as sendas, toma novamente coragem, apesar de tudo. Em sua misericórdia infinita, Deus te envia poderoso remédio para os teus males, um inesperado socorro à tua miséria. Abre os olhos à luz: aqui estão as almas dos que já não vivem na Terra e que te vêm chamar ao cumprimento dos deveres reais. Eles te dirão, com a autoridade da experiência, quanto as vaidades e as grandezas da vossa passageira existência são mesquinhas a par da eternidade. Dir-te-ão que, lá, o maior é aquele que haja sido o mais humilde entre os pequenos deste mundo; que aquele que mais amou os seus irmãos será também o mais amado no céu; que os poderosos da Terra, se abusaram da sua autoridade, ver-se-ão reduzidos a obedecer aos seus servos; que, finalmente, a humildade e a caridade, irmãs que andam sempre de mãos dadas, são os meios mais eficazes de se obter graça diante do Eterno.
                                                                                      
                                                                                        – Adolfo, bispo de
                                                                                   Argel. (Marmande, 1862)


Mensagem extraída de O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VII – Bem-Aventurados os Pobres de Espírito, Instrução dos Espíritos, O Orgulho e a Humildade, item 12, por Allan Kardec, tradução: Guillon Ribeiro, editora FEB