sábado, 29 de outubro de 2022

Homenagem aos finados!

                                      Homenagem aos finados! 

Vamos falar com o coração!  É muito bom ser lembrado.  Seja na relação social, familiar, profissional...  Quando se fala de homenagem aos finados, mesmo que intuitivamente, transcendemos os limites materiais das relações e avançamos com nossas emoções, alcançando o mundo dos que passando pelo portal do túmulo ganharam os horizontes da espiritualidade.  

Jesus, revela: "Na casa de meu Pai há muitas moradas" (João, 14:2), essa casa é o Universo, dentre as moradas encontra-se a Terra. Compondo os modos de vida: material e espiritual. O primeiro, relativo e temporário; o outro, real e permanente.   

Há relação constante entre os habitantes dos dois planos de vida.  Interferem-se um no outro, pelas lembranças, pelas saudades, pelos sentimentos nobres e também pelos não recomendáveis. Existem as mágoas, as inimizades, trágicas traições, infidelidades, deslealdades que não se apagam com o fechar dos olhos pela morte.  

As recordações dos amores, quando equilibradas e coerentes, causam emoções boas, como receber uma visita alegre, generosa, sem exigência, sem cobrança. Quando os Espíritos se tocam e se entrelaçam nas ondas simpáticas do bem-querer a felicidade se multiplica.  No entanto, aquelas recordações, mesmo que "amorosas", mas que trazem a lembrança de pendências afetivas, sensação de posse do ser "amado", ou cobrança de dívida do sentimento, em conta do egoísmo, das mágoas, da insinceridade, desconfiança, mesmo passado muito tempo, causam mal-estar, sofrimento que repercute entre o ente que está na espiritualidade e o que permanece na vida material.   

Embora, o calendário apontar um dia para se homenagear os mortos, é recomendável que homenageemos diariamente os nossos parentes, amigos e todos que amamos, com o silêncio de nossa alma com relação a quaisquer lembranças que possam causar sentimento negativo. Mesmo as coisas boas das relações enquanto estavam juntos, sejam lembranças suaves e sem ênfases desnecessárias para não causarem constrangimento ou contrariedade aos que estão agora noutro plano da vida.  Lembrar insistentemente dos que amamos e se foram é um incômodo. É como chamá-los constantemente, impedindo que deem continuidade em seus afazeres e obrigações.  

As organizações sociais deste lado e do outro lado da vida tem alguma relação, embora aqui tudo seja uma cópia relativa àquilo que lá se dá. Se trabalhamos aqui é porque trabalhávamos do outro lado da vida, embora em situações diferentes, considerando as expressões materiais e não materiais. O trabalho existe em toda parte nas mais diversas formas.  

Nós que estamos na existência material, por um tempo, do plano espiritual viemos, lá tínhamos nossas ocupações; terminado o nosso tempo aqui, para lá retornaremos e aqueles que no plano sutil se encontram para cá virão.  Assim sucedem-se as gerações.  

Os chamados "finados", que generaliza todos que deixaram o corpo, estão muito vivos, com todos os seus valores morais e suas inteligências, são eles mesmos, quando individualizamos pelos seus nomes, os personalizamos, definimos com quem nos comunicamos, a quem homenageamos.  É José, é Maria, é João, é "Filha", é "Mãe", é "Querida" ou "Querido" que importa o chamamento, o que prevalece são as vibrações que partem do coração de quem homenageia. O homenageado, a homenageada não se preocupam com as palavras, mas com a emoção que emociona, que carrega todas as palavras que a boca não sabe falar.   

Todos devemos homenagear os "finados", porque "finados" fomos homenageados; assim, se sucederão gerações e gerações! 

                                           Dorival da Silva.