quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

CUIDADO DE SI

CUIDADO DE SI

       “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina: persevera nestas coisas; porque, fazendo Isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.” — Paulo. (1ª EPÍSTOLA A TIMÓTEO, capítulo 4, versículo 16.) 

Em toda parte há pelotões do exército dos pessimistas, de braços cruzados, em desalento.

Não compreendem o trabalho e a confiança, a serenidade e a fé viva, e costumam adotar frases de grande efeito, condenando situações e criaturas.

As vezes, esses soldados negativos são pessoas que assumiram a responsabilidade de orientar.

Todavia, embora a importância de suas atribuições, permanecem enganados.

As dificuldades terrestres efetivamente são enormes e os seus obstáculos reclamam grande esforço das almas nobres em trânsito no planeta, mas é imprescindível não perder cada discípulo o cuidado consigo próprio. É indispensável vigiar o campo interno, valorizar as disciplinas e aceitá-las, bem como examinar as necessidades do coração. Esse procedimento conduz o espírito a horizontes mais vastos, efetuando imensa amplitude de compreensão, dentro da qual abrigamos, no íntimo, santo respeito por todos os círculos evolutivos, dilatando, assim, o patrimônio da esperança construtiva e do otimismo renovador.

Ter cuidado consigo mesmo é trabalhar na salvação própria e na redenção alheia. Esse o caminho lógico para a aquisição de valores eternos.

Circunscrever-se o aprendiz aos excessos teóricos, furtando-se às edificações do serviço, é descansar nas margens do trabalho, situando-se, pouco a pouco, no terreno ingrato da critica satânica sobre o que não foi objeto de sua atenção e de sua experiência

Obra: Caminho, Verdade e Vida, Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 148

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Reflexão: Todos os momentos da vida são de grande importância para cada uma de nós, seres que vivemos a experiência carnal. No entanto, o presente momento é o de maior relevância, pois nos conecta o passado e o futuro, sendo que agora podemos reflexionar o que somos e preparar um depois para alcançarmos os objetivos primaciais da missão que assumimos diante da consciência, a nossa e a consciência cósmica. 

Observamos com ênfase tudo o que está ao nosso redor e, com a tecnologia da comunicação, visitamos todas as partes do Mundo, mas não deixa de ser uma percepção do que se encontra no nosso exterior.  Assim, não estamos cuidando de nós, como anota São Paulo, no versículo inicial. O cuidado a que se refere é interno é a construção não material, àquela incorruptível pelo desgaste do tempo, é atemporal, porque viajará com o seu detentor pelas Eras que se perderão no infinito. 

Sem a construção imperceptível aos olhos da matéria não será possível indicar o caminho para o próximo que ainda não pode perceber a transitoriedade do seu presente, tempo que escoa sem o proveito à sua causa essencial, porque ainda não acordou, tateia na escuridão, encharcado de ilusões pelas ofertas que a vida material disponibiliza, atrasando o seu acordar.  

Aquele que compreendeu deve ajudar aos que querem, porque as dificuldades são enormes, como registra o Espírito Emmanuel: "As dificuldades terrestres efetivamente são enormes e os seus obstáculos reclamam grande esforço das almas nobres em trânsito no planeta, mas é imprescindível não perder cada discípulo o cuidado consigo próprio."

Devemos acolher a orientação desse Amigo da Humanidade, que deixa transcender do registro espiritual, através do medianeiro excelente, Francisco Cândido Xavier, verdades constatadas por quem gravou em si mesmo as conquistas espirituais que é compromisso de todos os seres humanos. 

O cuidado próprio é: o se conhecer, o se corrigir, é o se aprimorar, é o se discernir, é o amadurecimento consciente de sua perpetuidade nos tempos, que correm na eternidade, tornando-se coautor no engrandecimento da alma humana em qualquer tempo ou estância universal. 

Precisamos nos descolar do chão da vida material, que prende com as suas oferendas como o visgo que tolhe o voo do pássaro invigilante com a sua segurança, este por ignorância, o homem pelo egoísmo e o orgulho. 

                                                             Dorival da Silva