sexta-feira, 27 de março de 2015

Partindo da paz interior e da tolerância

15/03/2015 -- 00h00

Partindo da paz interior e da tolerância


O principal médium brasileiro explica como as religiões, respeitando as outras, podem auxiliar no combate à violência e ao materialismo


Gina Mardones
Divaldo Pereira Franco, médium e orador espírita

Quando se trata de paz, o baiano Divaldo Pereira Franco, 87 anos, domina o assunto. Nomeado Embaixador pela Paz da Organização das Nações Unidas (ONU), o médium e orador espírita que já psicografou mais de 200 obras no País veio a Londrina na semana passada compartilhar seu ideal de não-violência com a comunidade. Ele participou da abertura do Movimento Você e a Paz, campanha que teve início em Salvador e objetiva mobilizar cidadãos como agentes multiplicadores de uma cultura de tolerância e amor ao próximo. 
Além da teoria espírita, ideias de Gandhi, Martin Luther King Jr., Carl Jung e Viktor Frankl permearam a conversa do médium, considerado por muitos como o sucessor de Chico Xavier, com a reportagem da FOLHA. Para ele, a integração ecumênica entre os povos faz parte do caminho para se reduzir a agressividade, tanto que ele próprio se encontrou recentemente com o papa Francisco, no Vaticano. 

O orador também discorreu sobre o papel das religiões no combate ao materialismo, o preconceito envolvendo algumas denominações neopentecostais e mazelas que atingem a população mundo afora, sob o ponto de vista do espiritismo. Confira os principais trechos da entrevista. 

O senhor veio a Londrina participar de um evento em prol da paz. Por onde podemos começar para tentar alcançar esta condição de não-violência? 

Nosso movimento tem características especiais. Se trata de atividade ao alcance de todas as pessoas. Todos somos unânimes em achar que a violência atingiu índices insuportáveis, porém a maioria cruza os braços. Martin Luther King Jr. dizia que pior que a gritaria dos maus, é o silêncio dos bons. Porque é exatamente o nosso silêncio que permite que sejam ouvidas as vozes do desespero. Pensamos durante muito tempo como contribuir para mudar ou abrir espaço para uma visão diferente, em fazer da paz coletiva. Já havíamos nos dedicado há mais de 50 anos à educação e quando eu completei 70 anos, eu pude visitar quase 100 penitenciárias, presídios, lugares para crianças em risco e achei que poderia contribuir nesta área. Sob a inspiração dos bons espíritos, veio a ideia de uma proposta nos seguintes termos: você e a paz. Isto é realizar primeiro a paz interior, o indivíduo que não tem paz interna, ele não pode de maneira nenhuma colaborar numa sociedade equilibrada porque ele está em desajuste. Não adianta o mundo estar em paz e estar guerreando em casa. Esta guerra da afetividade, pais e filhos, parceiros, amigos, amantes, é essencial trabalhar em favor do bem estar pessoal, com os pais voltando para casa para educar o filhos. Mais importante do que dar um presente é fazer-se presente. Esse presente é trabalhar pela afetividade. Nós somente amamos o que conhecemos, o que não conhecemos nós nos fascinamos, nos apaixonamos. Mas é coisa muito rápida, como um grande incêndio com combustível sem reserva. Acabou o combustível, acabou o incêndio. 

Ainda sobre paz interior, que ferramentas as pessoas podem usar para chegar a esta condição? 

Meditação, a busca de uma religião, seja ela qual for, que não leve ao fanatismo nem ao combate de outras religiões. A presença de Deus é muito importante no íntimo do ser humano, é uma verdadeira meta. Frankl e Jung diziam que a vida tem que ter sentido. A vida sem sentido é uma vida morta e o indivíduo sem incentivo é um parasita social, que vive às custas dos outros. Se nós colocarmos nossa imortalidade como meta, porque todo aquele que tem religião acredita na imortalidade, vamos nos esforçar. Pode ser uma pessoa sem cultura, mas ela tem consciência do dever, sabe do elemento básico de todas as religiões que é o amor ao próximo, o amor a Deus. Então fazemos uma proposta utilizando os dois verbos – o reagir e o agir. Aprendemos a reagir pela força do instinto. Alguém pisa no nosso pé, a gente reage e dá um soco. A gente pisa na pata do cavalo, ele dá um coice; na pata do cão, ele morde. É o instinto. Se alguém pisar em nosso pé, não reajamos, mas ajamos. Peçamos para tirar o seu pé de cima do nosso. Parece uma coisa banal, mas é muito importante. Voltemos ao dialogo, ao convívio, à compaixão, dando ao outro o direito de ser como é. Mas a nós, exigindo de nós mesmo sermos cada vez melhores. No ano 2000, a Unesco apresentou um memorando com cinco itens para a paz mundial. Se as nações preservassem esses itens haveria paz mundial. O primeiro deles, preserve a paz. Segundo: não dê margem à violência. Se lhe atiram um diamante no rosto, não fique ferida. Embrulhe o diamante em uma peça de veludo e entregue. Atirar a verdade no rosto do outro fere, então a verdade tem que ser diluída. Jesus contou a verdade usando parábolas, Buda contando histórias, Maomé com outros textos. O terceiro: seja tolerante. O quarto: proteja o planeta; e o quinto, vamos voltar à solidariedade. Quer dizer que em alguma época, fomos solidários. Hoje, somos solitários. O gesto da Al-Qaeda, em 2001, contra os Estados Unidos, ataca estes cinco itens. Mas não posso acabar com o Estado Islâmico. Posso ser bom amigo dentro de casa e isso vai mudando. Gandhi tinha uma frase fantástica: numa casa com uma pessoa de paz, a casa é pacífica. Numa rua que tem uma casa pacífica, a rua fica pacificada. Num bairro com rua de paz, ele fica em paz. Uma cidade com um bairro de paz fica também pacífica. E assim por diante. Se cada um de nós fizer um pouco de esforço e descobrirmos que a paz está dentro de nós, é fantástico. Jesus, o vulto mais notável da humanidade do ponto de vista filosófico, sintetizou toda a sua doutrina em duas frases: "Ama o teu próximo como a ti mesmo" e "Não faças a outrem o que não desejares que outro te faça". 

O senhor falou sobre a importância da consciência da imortalidade, independente da religião. Ações ecumênicas são importantes para evitar episódios de intolerância e fundamentalismo? 

O problema não está na religião, está nos religiosos. O religioso é um ser que necessita de Deus, mas ele se tem muitos conflitos pessoais, cria um Deus dele e não o Deus universal. E quer impor esse Deus aos outros. Daí o diálogo inter-religioso é saudável. Porque não importa a religião que o outro tem. Importa a conduta que a religião preconiza para ele e todas preconizam a mesma coisa: o amor a Deus, ao próximo, o trabalho do bem. Mas os mecanismos diferem porque nós somos diferentes, cada um de nós está num nível de consciência, então necessitamos de tantas religiões quantas são as nossas necessidades. 

O senhor fez uma visita ao papa Francisco recentemente. Isso faz parte desta integração ecumênica? Como foi? 

O papa é uma das pessoas mais notáveis do século. É um jesuíta com uma conduta franciscana. Ele reflete, de alguma forma, os ensinamentos de Jesus na visão de São Francisco. Quando ele foi passando, o saudei: "Sou brasileiro". Ele sorriu e continuou. Não houve margem para conversarmos. Pode-se compreender o número de pessoas importantes a quem ele tem que atender. Mas foi muito gratificante estar ali e sentir o amor, porque lá fora tinha mais de 10 mil pessoas, na sala tinha 5 mil. Ele fez um discurso que foi fascinante, pedia aos pais para voltarem para casa para tirarem seus filhos das mãos dos traficantes de drogas, que eram seus verdadeiros pais, com quem eles conviviam.

O Brasil é um país com uma gama de religiões, algumas com mais seguidores, outras com menos. O senhor avalia que ainda existe preconceito contra determinadas religiões? 

De nós para eles não. Quanto ao comportamento de alguns pastores, nós lamentamos. Mas é um problema pessoal deles, porque todos os que estão vinculados a religiões, ao chamado neopentecostalismo, se voltam para Deus. Imaginemos se estas 20 milhões de pessoas não tivessem religião e se encontrassem nas ruas, o que seria de nós? Consideramos, do ponto de vista filosófico, alguns comportamentos exóticos, que não coincidem, pelo contrário, colidem com o Evangelho de Jesus. Mas é uma questão que diz respeito a eles e não a nós. 

Que tipos de comportamento seriam esses? 

O Evangelho recomenda que tudo deve ser dado grátis. Mesmo o dízimo, Jesus pagou e não cobrou. Dar de graça o que de graça recebemos. Depois não agredir o próximo, não atacar as diferenças religiosas. Só lamentamos, nós, espíritas, quando eles têm esses comportamentos, mas achamos naturais porque são resultado de conflitos pessoais. 

Na visão do senhor, como podemos lidar com a questão do materialismo na sociedade de hoje? As religiões podem ajudar a combater isso? 

Elas ajudam a combater. Vivemos um contexto individualista, sexista, consumista, de alguma forma a nossa postura hoje é uma postura de valorizar apenas o corpo e interesses muito imediatos. Então nos desviamos nessas buscas da realidade que somos, seres imortais. A pessoa jovem e bela de hoje amanhã estará, haja o que houver, envelhecida, doente, caso a morte não a arrebate antes. Devemos pensar na estrutura de uma sociedade prática, lógica, que cuide do corpo, que é um dever, mas, sobretudo, que coloque o corpo como sendo instrumento de uso e não o essencial para viver. O corpo perece, mas o espírito permanece. As religiões ensinam exatamente isso. Ao excesso de poder, o distribuir. Ao invés de reter, ser, transformar-se para melhor. 

O senhor poderia explicar qual a noção de céu e inferno no entendimento espírita? 

A tradição religiosa herdou do Antigo Testamento a mitologia ancestral a respeito de um lugar de penas punitivas e de um lugar de delícias. Quando veio o cristianismo, inevitavelmente, esta herança foi adaptada aos novos moldes. Como havia um desconhecimento a respeito do universo, estabeleceu-se que o inferno estava abaixo, no sentido geográfico, e o céu estava acima. Hoje com a visão que temos do universo, nós acreditamos que o inferno é a consciência de culpa e o céu é a consciência de dever cumprido. Haverá lugares de sofrimento, é natural. Pela Lei da Afinidade, aqueles que têm problemas são atraídos pelas mesmas vibrações e formam comunidades, que Joanna de Ângelis denominou como umbrais, uma região de dores, mas não eterna. Seria um purgatório transitório porque Deus jamais aplicaria uma pena eterna por um erro transitório. As pessoas não são más, são ignorantes. Mandela tem uma frase muito interessante: ninguém nasce mau, exceto os psicopatas, mas (os indivíduos) se tornam maus ou bons de acordo com o meio social no qual são gerados. Em todo criminoso, diz a psicologia, há uma criança maltratada, ferida. Então punir alguém eternamente vai além da misericórdia e definição de um pai que nos criou para o bem e nos deixou cair no abismo por uma emoção, um transtorno de comportamento, uma paixão. Não existe inferno eterno, existe inferno interior. A divindade nos dá oportunidade de encarnar, voltar para poder aprender e corrigir. 

O senhor citou a questão do sofrimento e da correção dos erros, por meio da reencarnação. Assistimos a uma série de adversidades acontecendo mundo afora, com pessoas ainda vivendo em guerra, como refugiadas ou em meio à fome e à miséria. Isso seria uma espécie de carma ou faz parte das mudanças na Terra? 

Digamos que seria um carma da humanidade. Porque a humanidade está em níveis diferentes de evolução. Vamos dizer que estes espíritos mais primários, sem experiências, os que cometeram atrocidades através da história vêm hoje para esses países que são verdadeiros purgatórios, vêm na condição de refugiados, apátridas, sem qualquer proteção aparente, mas sob o comando divino. Agora, nos cabe ajudá-los, criar situações que lhes sejam favoráveis. O fato de serem devedores não justifica que não sejamos bons construtores para ajudá-los. Por nossa vez, estamos também em outro nível em que existem também sofrimentos, de outra natureza, mas que também são punitivos. 

O senhor gostaria de acrescentar alguma coisa? 

Eu gostaria de deixar uma mensagem: vale a pena amar, em qualquer circunstância. O amor é sempre melhor para quem ama. Se alguém não me ama, o problema é da pessoa. Quando sou eu quem não ama, o problema é meu. Se alguém me odeia, pior para este alguém, porque vive atormentado. Mas quando sou eu quem odeia, pior para mim porque sou razão de tormentos. O amor é a essência da vida. Quem ama é feliz, saudável e grato a Deus. Se tem qualquer dúvida, experimente amar.

Antoniele Luciano
Reportagem Local

Reportagem do jornal Folha de Londrina, que poderá ser acessada através do endereço adiante: http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--1481-20150315

quinta-feira, 19 de março de 2015


BENS EXTERNOS

“A vida de um homem não consiste na abundância das coisas que
possui.” — Jesus. (LUCAS, capítulo 12, versículo 15.)

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“A vida de um homem não consiste na abundância das coisas que possui.”

A palavra do Mestre está cheia de oportunidade para quaisquer círculos de atividade humana, em todos os tempos.

Um homem poderá reter vasta porção de dinheiro. Porém, que fará dele?

Poderá exercer extensa autoridade. Entretanto, como se comportará dentro dela?

Poderá dispor de muitas propriedades. Todavia, de que modo utiliza os patrimônios provisórios?

Terá muitos projetos elevados. Quantos edificou?

Poderá guardar inúmeros ideais de perfeição. Mas estará atendendo aos nobres princípios de que é portador?

Terá escrito milhares de páginas. Qual a substância de sua obra?

Contará muitos anos de existência no corpo. No entanto, que fez do tempo?

Poderá contar com numerosos amigos. Como se conduz perante as afeições que o cercam?

Nossa vida não consiste da riqueza numérica de coisas e graças, aquisições nominais e títulos exteriores. Nossa paz e felicidade dependem do uso que fizermos, onde nos encontramos hoje, aqui e agora, das oportunidades e dons, situações e favores, recebidos do Altíssimo.

Não procures amontoar levianamente o que deténs por empréstimo.

Mobiliza, com critério, os recursos depositados em tuas mãos.

O Senhor não te identificará pelos tesouros que ajuntaste, pelas bênçãos que retiveste, pelos anos que viveste no corpo físico. Reconhecer-te-á pelo emprego dos teus dons, pelo valor de tuas realizações e pelas obras que deixaste, em torno dos próprios pés.

Obra: Caminho, Verdade e Vida, Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 154.


quinta-feira, 12 de março de 2015

O perispírito e o duplo etérico

LEONARDO MARMO MOREIRAleonardomarmo@gmail.com  
São João Del Rei, MG (Brasil)

 
Leonardo Marmo Moreira
O perispírito e o duplo etérico e suas relações com o magnetismo humano e a saúde integral

O perispírito, também chamado corpo espiritual, corpo astral, psicossoma, modelo organizador biológico (MOB), entre outras denominações, corresponde ao corpo semimaterial que serve de interface entre o Espírito propriamente dito e o corpo material. Além do perispírito propriamente dito, o chamado duplo etérico ou corpo vital também constitui estrutura semimaterial, neste caso mais materializada do que o perispírito propriamente considerado, funcionando como estrutura intermediária entre o perispírito e o corpo físico.

Considerando a constante busca pela chamada “saúde integral” do Espírito encarnado, perispírito e duplo etérico não podem ser negligenciados em nossos estudos e considerações. 

Perispírito: nova fronteira da medicina 

Doutor Décio Iandoli Júnior afirmou em certa ocasião que “o perispírito é a nova fronteira da medicina”. Realmente, o conceito de saúde vem evoluindo significativamente, não sendo mais associado tão somente à ausência de doença, mas também à chamada promoção de saúde nos mais diferentes níveis de atuação humana. Nesse contexto, a Doutrina Espírita fornece importante contribuição, pois esclarece a composição tríplice do ser humano encarnado (Espírito/Perispírito - incluindo, nessa abordagem simplificada, o duplo etérico/Corpo físico), e suas consequentes implicações em termos de sinais e sintomas, e, até mesmo, em termos de comportamento social por parte do indivíduo em questão.

Waldo Vieira afirma que “raramente nós temos encontros interpessoais neutros fluidicamente. Normalmente, alguém doa e alguém recebe". Note que tal informação não diz respeito a uma obsessão propriamente dita, pois alguém que “sugou”, inconscientemente, nossas emanações fluídicas pode ser um indivíduo que deseja o bem para nós e que nunca mais iremos encontrar. Portanto, o caso em tela não se caracteriza por ser uma “influência persistente”, como é o caso da obsessão, mas de uma transfusão fluídica inconsciente.  

Em nosso meio alguns dizem: “Sou uma esponja fluídica” 

Tal processo muitas vezes causa grande desconforto ao doador fluídico, que costuma afirmar: “Eu sou um para-raios! Eu sou uma esponja fluídica!”. Esse tipo de reclamação ocorre porque o doador fluídico pode apresentar dores de cabeça bem características, sonolência, preguiça, inexplicável mau humor, indisposição, entre outros, sem a presença de nenhum Espírito desencarnado obsessor. Se considerarmos que alguns indivíduos podem sofrer esse tipo de processo muitas vezes em uma única semana (através do contato com diferentes ambientes e/ou pessoas), perceberemos quão séria pode ser a questão do chamado “magnetismo humano” para a saúde integral de todos nós.

É interessante notar que os indivíduos que possuem maior facilidade de emanação fluídica, a qual gera a exteriorização do fluido vital comumente chamado “ectoplasma”, acabam sofrendo mais com essas “transfusões fluídicas” inconscientes. Nesse contexto, os chamados “magnetizadores” e/ou “médiuns curadores” são indivíduos que precisam ter um cuidado redobrado para não sofrerem frequentemente processos de desvitalização e, o que é pior, assimilação de fluidos negativos difíceis de serem “desassimilados”.

Informados dessa realidade, a questão passa a girar em torno dos mecanismos de defesa que devemos utilizar para que evitemos sofrer impactos negativos indesejados. Assim sendo, que é preciso fazer para manter um equilíbrio interno fluídico-energético, sendo menos susceptíveis a esses tipos de “vampirizações” inconscientes? 

A importância do culto do Evangelho no lar 

A Doutrina Espírita esclarece-nos que o hábito da prece e a reflexão sobre os objetivos superiores da vida; a leitura diária de mensagens edificantes moralmente (sugerimos “O Evangelho segundo o Espiritismo”, os livros de mensagens sobre versículos evangélicos de Emmanuel, os livros de mensagens edificantes de André Luiz, entre outros); o culto do Evangelho no lar, no mínimo uma vez por semana (e, se possível, diariamente); a frequência ao centro espírita (no mínimo uma vez por semana e preferencialmente duas a três vezes), além, obviamente, do esforço na transformação moral para melhor – são os recursos fundamentais para elevar vibratoriamente nossas condições espirituais e, por consequência, melhorar fluidicamente perispírito/duplo etérico, mesmo que estejamos submetidos a influências e contatos que afetem nossas energias.

Além dos tópicos comentados no parágrafo anterior, o recebimento de passes magnéticos, que podem ser recebidos nas supracitadas reuniões no centro espírita, contribuirá bastante  para que impregnações negativas oriundas de companheiros que emanam fluidos mais grosseiros sejam desassimiladas.

Matthieu Tubino, autor do livro “Um fluido vital chamado Ectoplasma” e “Saúde e Ectoplasma/ A ação do ectoplasma: visão prática e dissertações filosóficas”, enfatiza a eficiência dos passes dispersivos para melhoria de uma série de sintomas em adultos e crianças.

Técnicas utilizadas com sucesso

De qualquer maneira, algumas técnicas têm sido utilizadas com significativo sucesso, objetivando um estado constante de “autodefesa fluídica”, que torne menor nossa susceptibilidade magnética.  Jacob Melo (“O Passe”; “Cure-se e Cure pelos Passes”; “Manual do Passista”; e “A cura da depressão pelo magnetismo”) e Waldo Vieira (“Projeções da Consciência”/Livraria Allan Kardec Editora-LAKE), entre outros autores, sugerem que a caminhada, a ducha (“chuveirada magnética”) e a respiração diafragmática são recursos interessantes para que consigamos manter um equilíbrio fluídico individual, mesmo quando tivermos contato frequente com ambientes fluídicos mais negativos. Esse equilíbrio fluídico individual, no caso, está diretamente relacionado às condições energéticas do perispírito e do duplo etérico.

Assim, a busca pela chamada saúde integral não é restrita a Espírito e Corpo físico apenas, mas também engloba o trabalho pela saúde do Perispírito e do Duplo Etérico, assim como as interações entre cada uma dessas estruturas do ser humano.

O crescente estudo do magnetismo humano, o qual foi recomendado por Allan Kardec, desde Franz Anton Mesmer e dos outros autores clássicos (Marquês de Puységur; Deleuze; Du Potet; Lafontaine; Hector Durville, entre outros) até os estudiosos contemporâneos, deve ser, portanto, um tópico considerado dentro das metas de aprofundamento doutrinário de dirigentes, palestrantes, doutrinadores e médiuns espíritas, como um dos diversos temas de que necessitamos em nossos estudos individuais e nos realizados pelas casas espíritas.

 Texto extraído da Revista Eletrônica "O Consolador", que poderá ser acessada no endereço: http://www.oconsolador.com.br/ano8/404/especial.html

sexta-feira, 6 de março de 2015

DIVALDO PEREIRA FRANCO NO FANTÁSTICO‏


TEXTO DO CONFRADE ISMAEL BATISTA – Guaxupé/MG


Depois da significativa reportagem exibida pelo programa Fantástico da Rede Globo, envolvendo o nosso querido companheiro espírita Divaldo Pereira Franco e sua notável obra social, a Mansão do Caminho, em Pau da Lima - Salvador - BA, para minha surpresa, vi inúmeros comentários na internet de espíritas se manifestando insatisfeitos pelas colocações do repórter responsável pela matéria, por exemplo, quando tratou o médium/orador como pop star e de possível substituto de Chico Xavier.

Ora é muito natural que um jornalista leigo em espiritismo utilize a linguagem materializada de sua emissora ou outro órgão de imprensa que ele representa. Que mal tem isso? O importante é a grandeza da linguagem espiritual com que o entrevistado responde essas questões, e Divaldo não deixou por menos, foi sóbrio e doutrinariamente correto em todas as suas respostas.

Sobre a questão de vê-lo na figura de um “pop star”, foi, com certeza, o resultado que o repórter tirou depois de acompanhar uma palestra, ao vivo, do seu entrevistado em auditório super lotado como sempre acontece. Ele, em observando o tratamento que nós espíritas damos ao Divaldo, principalmente depois do seu trabalho realizado, querendo autógrafos, tirar fotos, falar com ele de qualquer jeito e aí é aquele empurra-empurra como fazem com qualquer outra celebridade no mundo. Para o repórter, ele não teve dúvidas, estava diante de uma celebridade espírita.

Mal sabe ele que isso acontece com frequência com outros tantos palestrantes famosos que temos no movimento espírita. Os oradores vibram com isso? Com certeza não, mas são tratados dessa forma, vai se fazer o quê? São humanos. Qualquer pessoa de fora vendo isso, a conclusão de que se está diante de uma estrela, vem naturalmente.

Em relação a ser o substituto de Chico Xavier, Divaldo foi muito preciso em sua colocação. Cada um de nós temos a nossa parte a fazer. Ninguém substitui ninguém. Somos seres únicos.

Fizeram muitas vezes esta pergunta ao próprio Chico: Quem será o seu substituto? Ele sempre respondia com essas palavras: morre um capim e nasce outro.

Temos de ver o lado positivo de toda e qualquer abertura que a mídia de alto alcance popular oferece para divulgar a nossa doutrina e sua obra prática. Só do programa ter mostrado uma das maiores obras sociais mantida no movimento espírita brasileiro, a Mansão do Caminho, atendendo mais de três mil pessoas por dia, principalmente na área educacional, já valeu.

Outro lado positivo, foi que a reportagem mostrou para milhões de pessoas, como acontece uma verdadeira sessão mediúnica espírita, desmistificando, assim, que para o contato com os espíritos não precisa de nada além do recolhimento íntimo e prece. Isso, ao meu ver, foi fantástico, pois que a maioria dos leigos acha que para receber os espíritos, os médiuns precisam beber, fumar charutos, cair no chão e fazer outras coisas mais. No espiritismo nada disso acontece e é necessário. O contato mediúnico acontece na mais completa simplicidade e harmonia. Também já valeu a reportagem por esse fato.

Queridos confrades, aprendamos logo a ver a luz que há por trás de tudo. Assim nossos corações terão muito mais a agradecer do que a reclamar. Nossa doutrina é muito nova, vivemos num país de muitas crenças, é natural que nem todos tenham a dimensão correta do que ela representa para a humanidade e como ela nos convida a viver e conviver.

Nós espíritas, sabiamente, temos que aproveitar essas deixas para continuarmos divulgando a proposta do Consolador Prometido por Jesus a toda gente. Esclarecendo, tirando dúvidas, consolando, mas sem pressa e sem cobranças. Exaltemos sempre o Bem, pois o mal não merece ser exaltado em nenhum momento e em hipótese alguma.

Obrigado Fantástico, Rede Globo! Que outros programas e emissoras, também, possam contribuir com a divulgação da nossa querida doutrina.

Seremos sempre gratos.

Texto repassado pela confreira: Malena (malena@mymalena.com.br).