quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

O Céu é de verdade!

O Céu é de verdade! 

Há alguns dias vi um filme com o título acima, onde uma criança muito inteligente (personagem) de quatro anos dizia ter ido ao Céu e relata a seu modo muitas coisas excepcionais que geravam grande conflito em seus pais, principalmente ao pai que era pastor de uma igreja. A criança narra que viu Jesus, que o acolheu no colo, e disse-lhe muitas coisas, também que encontrou seu avô paterno e outras pessoas, que com naturalidade narrava o que havia presenciado nesse ambiente, inclusive da música que ouviu e de modo geral que tudo é bem mais bonito do que aqui na Terra. É um filme de comovente ingenuidade, mas que a criança revela muitas verdades, considerando a ótica própria daquela idade e as influências de sua educação religiosa. 

Àqueles que estudam a sério a Doutrina Espírita e vivem no exercício da prática doutrinária, que visa o bem das pessoas e dos Espíritos em sofrimento que são atendidos nas reuniões próprias de esclarecimentos, sem nenhum outro interesse que não seja a prática do bem, sabem que o Céu é de verdade. 
  
Certo é que para àqueles que não aceitam os princípios doutrinários espíritas, tais como: A reencarnação, a comunicabilidade dos Espíritos, a preexistência e a pós-existência do Espírito em relação a presente vida, a existência dos mundos habitados; a continuidade da vida depois da morte do corpo; a existência de trabalho, de estudo, de crescimento em aprendizagem em todos os campos dos saberes, de cidades espirituais organizadas, fica mais difícil compreender que o Céu é de verdade. 

Certamente não estamos nos referindo ao Céu das doutrinas religiosas tradicionais: contemplativo, ocioso, enfadonho e inútil, pois nem mesmo quem prega essa ideia acredita na sua existência, que foge totalmente a qualquer lógica e bom senso. Serviu grandemente para criar céticos nestes últimos séculos.  

O Céu de verdade inicia-se agora se não se iniciou anteriormente, o que pode ter ocorrido em vida passada, é conquista individual e intransferível, ninguém poderá conquistar um Céu para quem quer que seja, mesmo para o seu maior amor. Não se trata de egoísmo, é lei natural.  Temos o dever de auxiliar, quando temos clareza de entendimento, a que os que se acham em nosso alcance de influência sejam levados à conquista de equilíbrio intelectual, emocional e espiritual suficiente para galgar um estado celeste, dentro da relatividade de suas conquistas. O que corresponde a um estado espiritual melhorado, que o coloca numa faixa vibratória mais favorável, correspondendo a condição conquistada pelos seus esforços.  

Fórmulas prontas não existem para isto, existem pensamentos, filosofias, ciências que nos auxiliam nessa busca pessoal, sendo o pensamento cristão o melhor deles, ampliado pelos esclarecimentos oferecidos pela Doutrina Espírita, que avulta em muito a clareza dos ensinamentos de Jesus, cuidando do essencial, deixando à parte o que atendeu a outros interesses pelos que manipularam o que era verdadeiramente original, desvirtuando-os e cristalizando-os nos dogmas, proporcionando dúvidas e incertezas que geraram o ceticismo, a noite das almas. 

Deixando o corpo físico, a Alma leva consigo o patrimônio cultivado e vai aportar-se na faixa vibratória correspondente a que vive, pois é a soma das qualidades que possui.  Encontrará um número grande de seus iguais por afinidade, e sendo na vida material feliz, mais feliz estará, porque na soma das vibrações de muitas almas felizes proporciona um ambiente vibratório grandioso de paz, de ações no bem, de realizações nobres, de convivência de confiança, sem as necessidades que conhecemos na vida da Terra.  

Ninguém pode duvidar que o Céu existe e todos estão a caminho para ele, mas o encontrarão quando conquistar a si mesmos, conscientes de suas responsabilidades diante da Vida Universal, na compreensão das Leis Divinas, estar certo que a vida aqui é para ser vivida dentro dos ensinamentos que Jesus trouxe ao Mundo, mas não da forma desfigurada como o homem apresentou para a Humanidade da Terra, atendendo a interesses indignos, calcados na ignorância, no egoísmo e no orgulho.  

O Céu existe de verdade, é conquista pessoal, é de entendimento gradual, pede esforços; ninguém conquista o Céu com absurdos filosóficos e nem com comportamentos esdrúxulos.  O exemplo da Humanidade é Jesus. Como foi que Ele viveu?  A verdade de Jesus precisa ser seguida, porque assim se chegará ao estado de plenitude.  Não se precisa imitar o que o homem fez com Jesus, isso Ele não veio ensinar.  

“O Céu é de Verdade”, depende de nós! 

                                                                  Dorival da Silva