Vitória da Vida
Meus irmãos:
Sou eu que volto, sob a proteção da Divina Misericórdia.
A vida triunfa sobre a morte e, há quarenta dias, desde o momento final no corpo, o amor incondicional do Pai prossegue socorrendo-me, de modo que neste momento eu possa dizer com o coração túmido de saudade, mas com o Espírito exultante: Estou vivo!
Tenho orado, com fervor, aguardando este momento de reencontro para agradecer a Deus a felicidade incomparável da longa existência aureolada de bênçãos que reconheço não merecer.
Nossa Benfeitora trouxe-me hoje, às vésperas do encerramento do ano, para agradecer tudo quanto recebi durante a existência e, particularmente, nos dois últimos anos de impedimento e de limitação.
De alma ajoelhada, agradeço o devotamento, o respeito, o carinho de que fui objeto, mais especialmente a vigília dos filhos, de Gerulina, das cuidadoras e a paciência dos irmãos da Casa Grande, que não se enfastiaram com o meu demorado processo de libertação.
Agradeço as homenagens que me foram oferecidas, as condolências, as lembranças, todo esse colar de bondosas referências que não condizem com a minha existência humilde, sempre em plano secundário, de trabalhador braçal que sempre me considerei...
Desejo registrar as emoções profundas, falar das alegrias incontáveis do reencontro com os seres queridos, alguns dos quais de saudosas recordações.
Agradeço a todos que não me atrevo a nomear, que usaram de misericórdia para com o velho amigo causador de problemas... Que me perdoem os erros que não pude superar, as imperfeições que não consegui corrigir e a pequenez que não pude transformar em grandeza moral.
Comovo-me com as saudades daqueles que me amam e suplico que sejam felizes.
Suplico a Deus que transforme nossa Casa de amor num santuário de misericórdia, porque tudo passa mas o amor permanece.
Ninguém nunca se arrependerá por ter agido com misericórdia, compaixão e amor.
Que o nosso ninho de esperança permaneça como o lar dos que não têm abrigo, a estância, última que seja, para o repouso, na certeza de que, aqui entre nós, de ambos os lados, Jesus estará de braços abertos dizendo com suavidade: Vem, meu filho, este lar é teu!
Perdoem-me as emoções. É a primeira experiência. Embora preparando-me para este momento, a mente desatrela o corcel das lembranças, das saudades, da gratidão...
Eu suplico que as preces continuem envolvendo-me para que eu possa corresponder às expectativas dos corações que me amam.
Paz e misericórdia, gratidão profunda e súplica em favor de todos os que sofrem.
O velho companheiro agradecido,
Nilson.
Psicofonia pelo médium Divaldo Pereira Franco, na
reunião mediúnica do Centro Espírita Caminho da Redenção, na noite de 30 de dezembro de 2013, em Salvador, Bahia. Em 6.1.2014.
Mensagem extraída do endereço:
http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=346
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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Vitória da Vida
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
A Religião de Jesus
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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
Existe hierarquia de médiuns?
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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014
Louvor do Natal
Louvor do Natal
Senhor Jesus!
Quando vieste ao mundo, numerosos conquistadores haviam passado, cimentando reinos de pedra com sangue e lágrimas.
Na retaguarda dos carros de ouro e púrpura, em que lhes fulgia a vitória, alastravam-se, como rastros da morte, a degradação e a pilhagem, a maldição do solo envilecido e o choro das vítimas indefesas.
Levantavam-se, poderosos, em palácios fortificados e faziam leis de baraço e cutelo, para serem, logo após, esquecidos no rol dos carrascos da Humanidade.
Entretanto, Senhor, nasceste nas palhas e permaneceste lembrado para sempre.
Ninguém sabe até hoje quais tenham sido os tratadores de animais que te ofertaram esburacada manta por leito simples, e ignora-se quem foi o benfeitor que te arrancou ao desconforto da estrebaria para o clima do lar.
Cresceste sem nada pedir que não fosse o culto à verdadeira fraternidade.
Escolheste vilarejos anônimos para a moldura de tua palavra sublime... Buscaste para companheiros de tua obra homens rudes, cujas mãos calejadas não lhes favoreciam os voos do pensamento. E conversaste com a multidão, sem propaganda condicionada.
No entanto, ninguém conhece o nome das crianças que te pousaram nos joelhos amigos, nem das mães fatigadas a quem te dirigiste na via pública!
A História, que homenageava Júlio César, discutia Horácio, enaltecia Tibério, comentava Virgílio e admirava Mecenas, não te quis conhecer em pessoa, ao lado de tua revelação, mas o povo te guardou a presença divina e as personagens de tua epopeia chamam-se “O cego Bartimeu”, «o homem de mão mirrada», «o servo do centurião», «o mancebo rico», «a mulher cananeia», «o gago de Decápolis», «a sogra de Pedro», «Lázaro, o irmão de Marta e Maria»...
Ainda assim, Senhor, sem finanças e sem cobertura política, sem assessores e sem armas, venceste os séculos e estás diante de nós, tão vivo hoje quanto ontem, chamando-nos o espírito ao amor e à humildade que exemplificaste, para que surjam, na Terra, sem dissensão e sem violência, o trabalho e a riqueza, a tranquilidade e a alegria, como bênção de todos.
É por isso que, emocionados, recordando-te a manjedoura, repetimos em prece:
— Salve, Cristo! os que aspiram a conquistar desde agora, em si mesmos, a luz de teu reino e a força de tua paz, te glorificam e te saúdam!...
Do cap. 90 do livro Religião dos Espíritos, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
Copiada da Revista Eletrônica "O Consolador", no endereço:
quinta-feira, 2 de janeiro de 2014
Aprendendo com a Natureza... e com homens especiais
Aprendendo com a Natureza... e com homens especiais
Sandra Borba Pereira
A Natureza é o livro de páginas vivas e eternas.
Emmanuel
(Prefácio - Cartilha da Natureza, Francisco Cândido Xavier, ed. FEB)
Emmanuel
(Prefácio - Cartilha da Natureza, Francisco Cândido Xavier, ed. FEB)
Múltiplas são as expressões e relações do homem para com a Natureza: integração, uso, cuidado, inspiração, pesquisa, exploração irresponsável, lições de vida, exemplos, dentre outras.
Ao longo da história filósofos buscaram-lhe os princípios constitutivos; cientistas investigaram-lhe as causalidades efuncionamento para exploração, controle e previdência; religiosos a procuram como refúgio e aprendizado espiritual; artistas a transformam ou a retratam em variadas expressões; escritores e poetas nela encontram fonte de lições e inspirações; homens e mulheres simples a admiram e nela atuam como cenário de lutas pela sobrevivência e manancial de saberes para prosseguirem, adiante, em busca de um melhor viver.
São tantas lições naturais!!!
O sândalo, diz o ditado, perfuma o machado que o fere.
A pérola surge na ostra ferida.
O voo dos gansos é lição de trabalho em equipe.
Montanhas e mares desafiam os homens em seus limites.
A aurora boreal extasia a tantos quantos se banham em suas cores e desenhos.
Em cada lugar, a beleza, a lição, a expressão do Criador.
No grande livro da Natureza Mestra, na região do semiárido nordestino, nos defrontamos com singular árvore denominada pelo escritor Euclides da Cunha como a árvore sagrada do sertão, a saber: o umbuzeiro ou imbuzeiro.
Afirma Marcelino Ribeiro que o umbuzeiro dispõe de mecanismos de tolerância à seca, às rigorosas condições de solos empobrecidos e de clima quente e seco do semiárido brasileiro.(Nota: acesso www.embrapa.br, no dia 16/08/2013)
Sendo uma árvore de pequeno porte, chega até 6m de altura e sua copa larga pode atingir até 15m de largura, proporcionando sombra ao viajor cansado. Mas não é só sombra a sua dádiva. Sua raiz conserva água e, em épocas de grande seca, produz uma espécie de batata que é utilizada como alimento. Tudo a ver com a origem de seu nome, ao tempo do Brasil colonial, da língua tupi-guarani y-mb-u, que significa árvore que dá de beber.
Em nosso Nordeste ouvimos dizer que gente do povo faz uma espécie de canudo e bebe água na raiz do umbuzeiro, que acumula o líquido numa espécie de bacia natural, em épocas de seca.
O umbuzeiro, porém, vai além da sombra e da água. Seu fruto pode ser consumido ao natural ou utilizado em sucos, sorvetes, vitaminas, geleias e na famosa umbuzada, uma espécie de creme (suco batido com leite condensado).
Estando certa feita em Santa Luzia, na Paraíba, após a atividade doutrinária, na residência de Fanda e esposa, fui servida de umbuzada com a seguinte afirmativa: Raul Teixeira adora umbuzada. Guardei isso na memória, após provar o delicioso creme.
O tempo passa e nosso Raul, em novembro de 2011 teve o AVC, do qual se recupera das sequelas, até os dias atuais, num processo testemunhal de coragem e fé em Deus. Estando com ele, recentemente, indaguei sobre seu gosto pela umbuzada ao que me respondeu: Adoro tudo do umbu.
Nos diversos eventos em que temos nos encontrado e fitando-o, longamente, lembrei-me do umbuzeiro e vi que nosso Raul, com sua longa e valiosa folha de serviço, construiu sua reserva e hojebebe na água viva da mensagem do Cristianismo Redivivo, que lhe tem proporcionado compreensão dos mecanismos da Lei Divina, força e estímulo. Bendita raiz do umbuzeiro! Bendita Doutrina Espírita! Em prece suplico a Deus que ele permaneça firme em sua agora silenciosa palestra, mas lutando pela sua recuperação.
Com nosso Raul tenho aprendido a lição da obediência, da resignação e do esforço de servir sempre, em qualquer condição, mas buscando continuamente a melhoria dessas mesmas condições.
Saindo do Nordeste quente e seco, viajamos na imaginação até os Alpes Europeus, continuando a aprender com a Natureza... e com os homens. E aí foi inevitável lembrar que nosso querido baiano, o orador e médium Divaldo Pereira Franco, também tem suas predileções no quesito natureza. Sua flor favorita é edelweiss, o que também confirmei.
Edelweiss, cuja palavra alemã significa branco formoso oubranco nobre, é uma flor que nasce acima dos 1.700m de altitude, de julho a setembro, nos Alpes da França, Iugoslávia, Itália, Áustria e Suíça, sendo inclusive a flor oficial dessas duas últimas nações. É uma linda flor que tem um formato de estrela de pétalas brancas, aveludadas e que possui uma espécie de pelugem que lhe dá longevidade de cerca de 100 anos depois de seca.
São inúmeras as lendas sobre a origem dessa flor, mas é muito significativo o seu simbolismo: honra, resistência, dignidade, fidelidade, amizade, amor. Receber edelweiss de alguém é sinal de amizade ou amor eterno. Daí muitos rapazes escalavam perigosamente as montanhas para entregarem às amadas a floreterna.
Hoje protegida por lei, não corre mais o risco de extinção e seu cultivo também se garante em estufas, mas sem perder o valor simbólico que possui. No Brasil, edelweiss se imortalizou na canção do mesmo nome, do musical The Sound of Music, conhecido entre nós como A Noviça Rebelde.
Divaldo contou-nos que edelweiss é sua flor predileta; que o Espírito Scheilla, através de Chico Xavier materializou várias para ele, em 1964 e que ele as tem guardadas secas, até hoje.
Nosso semeador de estrelas é como edelweiss: honra, resistência, fidelidade e amor ao Cristo tem sido uma demonstração constante em sua vida. A extraordinária obra Mansão do Caminho, completando 61 anos de existência, a rica literatura mediúnica, as milhares de palestras por centenas de cidades do mundo inteiro, a fidelidade a Jesus e a Kardec revelam toda a nobreza de um coração dedicado ao Bem, à autoiluminação, pelos esforços de vivência do amor.
Com ele tenho aprendido a lição da perseverança, da simplicidade, da fidelidade a Deus, da força de vontade, da vivência do Bem. E tenho rogado ao Pai que o fortaleça na estrada numinosa que percorre deixando um rastro de luz para tantos quantos lhe ouvem a palavra e aprendem com o exemplo.
Em O Livro dos Espíritos, questão 626, asseveram os Imortais: estando as leis divinas escritas no livro da Natureza, o homem pôde conhecê-las quando quis procurá-las. Assim, aprender com a Natureza e com os homens que aprendem com a Natureza é exercitar nossa própria essência, é buscar as páginas vivas e eternas grafadas por Deus como sinais de Seu Amor a nos trazer lições, advertências e bênçãos para que nos harmonizemos com Suas Leis.
Extraída do endereço: http://www.divaldofranco.com.br/noticias.php?not=345
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