quinta-feira, 10 de março de 2016

Momento difícil


Momento difícil

                       

O mundo está em crise, e o Brasil estertora, conforme o noticiário de todo instante. Sucedem-se os escândalos, e as surpresas com as pessoas envolvidas produzem um duplo efeito: desencanto em confiar em indivíduos de aparente apresentação digna, inimputável, mantenedores, no entanto, de conduta vulgar e criminosa, assim como a perda da esperança em dias melhores ante a cultura da desonestidade que campeia à solta. A questão, no entanto, é mais ampla porque se apresenta com caráter internacional. O ser humano parece ter perdido o rumo ético, entregando-se aos excessos de toda ordem, revivendo preconceitos bárbaros que se repetem causando lástima e compaixão.



Haja vista o que o Estado Islâmico está realizando em uma cidade do Iraque onde se encontram cristãos. Além de destruir todos os monumentos que honram o passado e são patrimônio da Humanidade, estão degolando selvagemente os adeptos do Cristo, em espetáculo de hediondez, repetindo com mais crueldade as perseguições promovidas pelo Império Romano durante os três primeiros séculos do nosso calendário.



Os crimes crescem assustadoramente, e os cidadãos nos encontramos amedrontrados, receando as ruas e também a intimidade dos lares, onde os bandidos se adentram e cometem arbitrariedades. Como mecanismo de fuga, os brasileiros sorrimos dos comportamentos anedóticos de autoridades que deveriam zelar pelo idioma pátrio, sem aventureirismos ridículos, através dos veículos da comunicação virtual. Não serão resolvidos os dramas existenciais com a zombaria, as reclamações, os doestos. Tornam-se indispensáveis comportamentos corretos, conscientização de possibilidades de ação através das leis que vigem no país.



Se cada cidadão e cidadã brasileiros cumprirem com o seu dever, poderemos restabelecer a ordem e voltar a confiar no futuro. Jesus estabeleceu uma ética desafiadora que serve de bastão psicológico de segurança: Não fazer a outrem o que não gostaria que outrem lhe fizesse.



    Divaldo Pereira Franco.

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em  27.8.2015.

Em 31.8.2015.