Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete. (Mateus, 18:21)
Jesus aceitou que o chamassem Mestre, porque Mestre Ele era. “Vós me chamais Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque eu o sou. (João, 13:13)”.
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Antes da existência do Planeta Terra Jesus já era Jesus, O Cristo.
Jesus é membro da Comunidade dos Espíritos Puros, em cujas mãos se
conservam as rédeas diretoras da vida em todas as coletividades
planetárias; esses Espíritos Puros são eleitos pelo Senhor Supremo do
Universo, conforme se retira da obra: A Caminho da Luz, no capítulo I, A
Gênese planetária, pelo espírito Emmanuel, psicografia de Francisco
Cândido Xavier.
Localizamos
Jesus no tempo em relação à Terra, para fazermos uma reflexão sobre a
lição do perdão, porque da sua importância, e porque Jesus a ensinou com ênfase.
Não
é difícil de intuir que Jesus, na sua condição de Espírito Puro,
conhecia todas as Ciências (estamos usando o verbo no passado para
situar o Seu
momento na Terra), no entanto, aquele momento não permitia que
ampliasse esclarecimentos sobre os temas que ensinava, em conta a
inexistência nas línguas de palavras que pudessem traduzir o que se
pretendia ensinar. As Ciências do Mundo eram rudimentares, o povo em sua
maioria não tinha instrução escolar, eram das lides agropecuárias e
comerciais aprendidas por tradição, assim também eram as culturas dos povos.
O
Senhor precisava utilizar dos meios disponíveis, dos costumes, das
atividades, e dos saberes do povo para fixar pontuações científicas,
que, embora a compreensão era a possível, mas apresentava os seus
efeitos, no entanto, seria compreendida com os avanços da Ciência,
apresentando entendimento mais profundo, em benefício de todos os Espíritos ligados ao Planeta Terra.
Com
o advento da Doutrina Espírita, que se embasa no tripé: Ciência,
Filosofia e Religião, proporcionou para o Mundo uma abertura grandiosa
no entendimento da mensagem de Jesus, porque utiliza dos conhecimentos
que estão disponíveis no seu tempo, além da ampliação feita por diversos
trabalhos espirituais através das obras psicografadas que ajudam na
iluminação das mentes no Mundo.
E
o perdão? É um antídoto aos sofrimentos. Como? Todo ser humano
encarnado ou desencarnado é uma usina de forças. Forças guiadas pelo
pensamento e na intensidade da vontade. Têm a qualidade proporcionada na
sua nascente. Se de ódio e desejo de vingança é projetil com endereço
certo. Se são originadas de corações persistente no mal, que se combatem,
formam uma corrente de força indestrutível, até que pelo menos uma das
partes venha a perdoar, dando fim à conexão danosa.
O
indivíduo que carrega o ódio, o desejo de vingança, mesmo que não
alcance o seu alvo com as vibrações morbíficas, faz mal terrível a si
mesmo, acumulando vibrações compatíveis à sua vontade que lhe corroem a
alma, com o passar do tempo, a persistir, causa-lhe reflexos na sua
organização física que se desequilibra, em conta o seu estado emocional
negativo, causando problemas digestivos, AVC, infarto e até desenvolve o
câncer de várias etiologias.
Caso
alcance o seu objetivo em relação ao seu desafeto, porque àquele sem
encontra na mesma faixa de vibração, mesmo que o atingido não tenha
consciência desse estado de agressividade contra si, causa-lhe sensação
de mal-estar, dor de cabeça, insônia, desenvolve doença emocional e
outras.
Quando
o desejo de vingança é muito persistente e não se cogita o perdão, pode
passar de uma vida e ter continuidade em outra. Ocorrendo a
desencarnação de pessoa com esse sentimento, com muita frequência
continua com seu intento, causando graves dissabores ao que está
encarnado, perturbando de diversas formas, vez que se encontra livre da
matéria e ainda encontra outros espíritos que se comprazem com vinganças
somando forças para isso.
Pensando nessa situação, a recomendação de Jesus: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; (...). - Mateus, 26:41”, é bastante significativa porque não nos permite irmos
para uma frequência vibratória baixa, onde os inimigos gratuitos sejam
encarnados ou desencarnados estabeleçam o seu império, vez que estamos
atentos sobre a qualidade de nossas ações e hábitos, mantendo-nos numa frequência vibratória melhor, secundada pela oração, que fluir de alma enobrecida pelo bem que realiza.
Perdoar
é o antídoto excelente, porque é como a vacina que impede que a doença
terrível se instale num organismo vivo, que pode levá-lo a grande
sofrimento e até mesmo à
morte. O perdão neutraliza na origem os males que poderiam
ultrapassar os tempos prejudicando os envolvidos, com as consequências
negativas de grande gravidade, atrasando irremediavelmente a evolução
desses Espíritos em estágio deplorável, exigindo trabalho e
tempo para se corrigir e sanar a dívida que se tornou grande diante da
Lei Divina, vez que tudo o que é cultivado se desenvolve e dá frutos, e se nasce de uma ação má os frutos terão a mesma qualidade.
Assim
nascem as guerras, que tiveram desentendimento de líderes, que se
somaram aos seus pares, tomando-se suas partes de
interesses, alimentando a desavença e motivando forças negativas para a
agressão, a forra, descambando para a crua vingança entre desafetos que
nem se conhecem, no entanto, se entrelaçam despoticamente pelas vias
materiais e mais ainda pelas vias vibratórias, gerando sofrimentos de
grande monta para todos que estão no seu raio de alcance.
Quanto
o Planeta Terra poderia ter se adiantado se conhecêssemos as leis que
regem o pensamento, a vontade; se soubéssemos como funcionam as leis
vibratórias espirituais; sendo que somos nós mesmos que as produzimos com as nossas
intenções.
Quantas guerras que causaram destruições e infelicidades poderiam ter sido evitadas se observássemos a lição do perdão ensinada por Jesus, O Cristo, que nos pede para perdoar as ofensas, não somente sete
vezes, mas setenta vezes sete vezes, cada erro de nosso irmão; não sendo difícil de deduzir que é sempre.
A
mesma força produzida pelas desavenças, ódios e vinganças que causam o
mal, o sofrimento, o endividamento moral, o ressarcimento difícil e
demorado, o arrastamento às misérias de toda ordem, é a mesma
proporcionada pelo exercício do bem, da caridade, que eleva o ser, que
faz a felicidade, a harmonia e a paz. A questão é de qual mente, de qual
coração nasce tal força. A qualidade corresponde a sua origem, tanto
que Jesus ensina: “Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus.” - Mateus, 7:17.
Como
o Espírito humano tem a liberdade de agir, o livre-arbítrio,
experimenta os efeitos de suas escolhas sorvendo as consequências, dando
conta de seus feitos, sabendo que o mal sempre exigirá justificativa, o
bem sempre proporcionará a harmonia, a paz e a felicidade, porque é a
sua finalidade, é a comunhão da criatura com o Criador de Todas as
Coisas, que permite ao Espírito desenvolver o mal e sofrer suas
consequências para conhecer o bem, conquanto ninguém é obrigado realizar
o mal, é uma questão própria do estado de ignorância do Espírito.
Jesus
é o Mestre dos Mestres, o Médico dos Médicos, o mais perfeito exemplo
que temos na Terra, suas palavras têm a base de todas as Ciências,
fundadas na essência de todas as coisas, o Amor que vem de Deus e se
instala nos corações que O buscam.
Perdão! Uma grande ciência para se alcançar a paz e a felicidade.