quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Quem segue

Quem segue

“E outra vez lhes falou Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” - (João, 8:12.)

Há crentes que se não esquivam às imposições do culto exterior.

Reclamam a genuflexão e o público trovejante, de momento a momento.

Preferem outros o comentário leviano, acerca das atividades gerais da fé religiosa, confiando-se a querelas inúteis ou barateando os recursos divinos.

A multidão dos seguidores, desse tipo, costuma declarar que as atitudes externas e as discussões doentias representam para ela sacrossanto dever; contudo, tão logo surgem inesperados golpes do sofrimento ou da experiência na estrada vulgar, precipita-se em sombrio desespero, recolhendo-se em abismos sem esperança.

Nessas horas cinzentas, os aprendizes sentem-se abandonados e oprimidos, mostrando a insuficiência interna. Muitos se fazem relaxados nas obrigações, afirmando-se desprotegidos de Jesus ou esquecidos do Céu.

Isso ocorre, porém, porque não ouviram a revelação divina, qual se faz necessário.

O Mestre não prometeu claridade à senda dos que apenas falam e creem. Assinou, no entanto, real compromisso de assistência continua aos discípulos que o seguem. Nesse passo, é importante considerar que Jesus não se reporta a lâmpadas de natureza física, cujas irradiações ferem os olhos orgânicos. Assegurou a doação de luz da vida. Quem efetivamente se dispõe a acompanhá-lo, não encontrará tempo a gastar com exames particularizados de nuvens negras e espessas, porque sentirá a claridade eterna, dentro de si mesmo.

Quando fizeres, pois, o costumeiro balanço de tua fé, repara, com honestidade imparcial, se estás falando apenas do Cristo ou se procuras seguir-lhe os passos, no caminho comum.



Mensagem extraída da obra: Vinha de Luz, ditada pelo Espírito Emmanuel, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 146

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REFLEXÃO:
É de grande importância percebermos que vivemos num corpo material num mundo material ao mesmo tempo que somos Espíritos e transpassamos a temporalidade e somos permanentes, vez que a vida do Espírito não sofre interrupção em tempo algum. Dessa forma, o nosso caminhar no Mundo precisa ter uma compreensão mais condizente com as realidades da matéria e do mundo espiritual, o finito e o infinito, sendo que as construções na fase da vida material, reencarnação, sirvam de resultados substanciosos que permanecerão na intimidade da Alma como valores iluminativos. "A luz da vida", a que Jesus se refere, trata-se de conquista da Alma, enquanto transita na vida material, portanto, é valor moral, conquista espiritual, combustível permanente e imperecível. Faz com que o Espírito brilhe, tenha luz própria e não "andarás em trevas".

É certo que vivemos no Mundo material, precisamos ser instrumentos de progresso, também no campo da tangibilidade, porque todo trabalho é motor do desenvolvimento da inteligência, das descobertas, dos avanços da Ciência, em todas as suas ramificações, portanto, sem nos esquecermos que com tudo isto precisamos também progredir nas emoções, na sensibilidade, que são valores da Alma, internalizando-os para a mudança de nosso estado espiritual, alterando a nossa faixa vibratória, que favorecerá a vida na matéria, pela compreensão ampliada do porquê da vida; assim, antecipando percepção do que virá depois desta existência, com a segurança que a própria luz lhe enseja viver. 

As grandes construções materiais, por melhor sejam as intenções de seus idealizadores, mesmo em nome de Deus ou de Jesus, se forem para exaltação do orgulho, da vaidade, da demonstração de poder, apaziguamento de consciências arruinadas pelo malfeito, não trarão os benefícios da iluminação da Alma, porque não configuram virtudes, apesar dos aplausos do Mundo.


“E outra vez lhes falou Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” - (João, 8:12.)


A assertiva de Jesus é definitiva, apresentou ao Mundo com a sua vivência a Luz de inteligência altamente cultivada no bem, onde o mal jamais teria ninho, vontade extraordinária para proporcionar a felicidade do próximo, com lucidez elastecida além dos limites do nosso tempo, vendo o resultado da implementação das boas sementes nas Almas ainda ressequidas pela ignorância, pelo medo, pela vaidade, pela arrogância, pelo egoísmo... 


Quem segue...

                                                   Dorival da Silva