quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Outra vez o amor...

Outra vez o amor... 

Quantas vezes vamos falar de amor? 

Existe uma carência muito grande de amor. Certamente porque ainda não se compreendeu o que é o amor, confunde-se com sensação. A sensação é algo limitado, passageiro, que a intervalos pode-se repetir, não exatamente igual como se deu de outra vez, tal como sentir frio ou calor, sede ou fome... O amor é sentimento, flui da alma.  

Grande parte da humanidade não sabe ser amada porque não sabe amar.  Sendo o amor um sentimento, não poderá ser colhido em nenhum outro lugar que não na intimidade da alma humana. Exala tal como o perfume da flor, está presente, existe.  

Esse sentimento surgiu com o próprio Espírito humano, é latente, se desenvolve no caminhar da existência do ser, transitando os milênios de experiências. É conquista tão importante como a inteligência, pois o resultado dessa comunhão é a lucidez, a plenitude do ser, a felicidade real.  

O perfume da flor não é aquisição exterior, está na origem; na alma é a mesma coisa, a alma que ama se ama primeiro, a virtude está intrínseca.  
Quem ama contagia os que a cerca, assim como a flor perfuma quem se aproxima.  

Almas que amam interligam-se num halo imperceptível, vivem um estado indizível, pois somente os que alcançam este estágio fruem da conquista, incompreensível aos que estão à margem. 

Amar amando-se é a meta.  Não é meta material.  Não é feminino e nem masculino. Não é sensual. É sentimento. É meta celestial. 

                                                         Dorival da Silva