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quinta-feira, 24 de novembro de 2016
Espiritismo & Evolução
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Entrevista de Divaldo Pereira Franco à TV Portuguesa
Entrevista de Divaldo Pereira Franco à TV
Portuguesa
Entrevistadora –
Entrevistar Divaldo Pereira Franco é uma grande honra. Divaldo é um homem que
tem uma obra social com um peso enorme, no Brasil, que se dedica aos outros e
tem ajudado muitas famílias.
Divaldo –
É que o sentido da vida é servir. Quando não servimos, ainda não
aprendemos a viver. Quando a criatura humana descobre que a vida tem um sentido
profundo, esse sentido se converte num ato de amor e, sem dúvida, como dizia
Dostoiewski, a beleza e o amor salvarão o mundo.
Entrevistadora –
É nisso que sempre acreditou e é por isso que tem sempre trabalhado?
Divaldo –
Exatamente. Ao descobrir o Espiritismo, encontrei um mundo inteiramente novo.
Pertencente a uma religião tradicional, tinha perguntas sem respostas. Essas
perguntas faziam parte do meu cotidiano porque desde os quatro anos de idade eu
via os Espíritos e acreditava que eram alucinações.
Mais
tarde, informações indevidas asseveravam que se tratava de uma força do mal,
demoníaca e isso me lançava grande conflito. Como pode o mal aconselhar o bem?
Porque me aconselhavam o bem, uma vida reta, atitudes castas perante a vida e,
sobretudo o ato de abnegação, em nome de Jesus Cristo, esse Ser incomparável
que ainda deslumbra o mundo e, lentamente me apaixonei por Ele. Ao ler o Sermão
da Montanha, encontrei respostas para todas as inquietações da minha alma e
lembrei-me de Gandhi: Se todos os livros desaparecessem e ficasse
apenas o Sermão da Montanha, não necessitaríamos de mais nada.
Então,
imitando esses grandes vultos tentei ser útil e não faltaram colaboradores
porque o mundo é bom, as pessoas são boas, estão mal informadas. Não existe a
maldade, no sentido tácito; existem transtornos de natureza emocional,
patologias. Então, aquele a quem consideramos mau é o indivíduo que perdeu o
endereço de si mesmo. Ao perder o endereço de si mesmo, perdeu o endereço da
vida e agride porque se agride e tendo medo de ser agredido por outros, se
torna violento.
Diz a
Organização Mundial da Saúde que a violência é um mal do Espírito, deve ser
tratado o Espírito com amor, ternura e bondade.
Entrevistadora –
É tão bonito tudo aquilo que a vida tem lhe ensinado. Mas, como descobriu o
Espiritismo? Realmente começou muito cedo, aos quatro anos tinha as primeiras
manifestações. Levou tempo para que sua mãe percebesse o que estava acontecendo
com você? Você consegue explicar aos nossos espectadores o que é Espiritismo, o
que é perceber um Espírito, sentir uma Entidade?
Divaldo –
Allan Kardec foi o mestre francês que propôs a palavra Espiritismo. Sempre
houve a palavra Espiritualismo, essa abrangência de crenças na Imortalidade da
alma e em Deus. E ele então, ao apresentar o resultado das suas investigações,
estabeleceu que o Espiritismo é uma Ciência que estuda a origem, a natureza, o
destino dos Espíritos e as suas relações com o mundo corporal.
Em
todas as épocas, desde o período paleontológico, que se veem Espíritos. São
eles que nos vêm dizer que a vida continua. As religiões são metodologias
pedagógicas para nos ensinar a encontrar o equilíbrio e, naturalmente, cada uma
de acordo com o seu fundador.
Allan
Kardec estabeleceu que essa Ciência é também uma Filosofia. Quem de nós não
perguntou: Por que eu sofro? Por que há pessoas más que progridem e outras boas
que não logram nada? Qual a razão do meu infortúnio? As doenças terríveis e
devastadoras, os fenômenos teratológicos, a riqueza, a miséria são
interrogações que as velhas doutrinas do esoterismo denominavam como
reencarnação. Mas, também, por que os mortos vêm falar conosco? Para
demonstrarem que a vida continua.
O Espiritismo
estuda todos esses fenômenos, hoje ditos paranormais, metapsíquicos e outras
denominações, para dizer que são fenômenos naturais, apenas não são de todo o
momento.
Nós
possuímos um sistema nervoso específico. E foi descoberto, pelos russos, que
aqueles neurônios que eram considerados lixo, são detentores de praticidade e,
além dos cinco sentidos, temos outros sentidos, a intuição, a clarividência, a
clariaudiência, o profetismo.
Entrevistadora –
Nós temos todos?
Divaldo –
Todos, é uma dependência apenas de um exercício. Allan Kardec o Codificador, o
homem que nos propôs a Doutrina, estabelece que é uma faculdade paranormal
dentro da nossa normalidade e todos temos a sensibilidade.
A
intuição feminina é tão tradicional que mesmo os homens céticos respeitam.
Quando a mulher diz uma coisa, têm muito cuidado. Os sonhos premonitórios, os
fenômenos de aparição na Bíblia, no Corão, no Zenda-Avesta, e todas as obras
tradicionais das religiões demonstram que existe algo e que conseguimos captar.
Nesta
época da Cibernética, temos sensores que estão em nossa glândula pineal, no
nosso Sistema Nervoso Central e nas glândulas endócrinas.
Entrevistadora –
Agora, nos dias de hoje, ainda bem que fala nesta época da Cibernética porque
estamos numa fase em que as pessoas estão num momento de muito desespero. Aqui
em Portugal, muito em virtude da crise econômica que se tem vivido,
as pessoas estão desorientadas, com muito pouca esperança, com uma visão, às
vezes, bastante indevida de vida, sem saber para onde caminhar. Eu pergunto o
que a Doutrina Espírita poderá dizer a essas pessoas? Que mensagem você nos
pode passar?
Divaldo –
Vale a pena confiar na vida porque a vida muda. As alternativas entre hoje e
amanhã são inesperadas. O Espiritismo é Doutrina de consolo.
Imagine
a perda de uma pessoa querida, o desespero, e a certeza de que a vai
reencontrar. Saber que ela volta e continua guiando-nos. Mas esse desespero que
nos assalta é fruto de uma cultura ética devastadora que nos ensinando
espiritualismo somente trabalhou pelo capitalismo.
Somos
pessoas eminentemente individualistas, sexistas, consumistas e, quando esses
três fatores, ou um deles não corresponde, desesperamo-nos. Mas, se olharmos um
pôr do sol, a nascente do dia, o sorriso de uma criança, uma flor que
desabrocha, a natureza e nos olharmos, voltaremos para Deus.
Para
nossa crise existencial é necessário não apenas crer no que toca. A Física
Quântica nos diz que tudo quanto vemos é invisível. Antes era necessário ver
para crer, agora é necessário crer para ver. Essa crise é mais do indivíduo que
vai somada a outro indivíduo e atinge a coletividade.
Na
hora em que me torno melhor, o mundo se melhora. Na hora em que passo
a confiar, ter não é tão importante. É mais
importante ser, adquirir um estado de equilíbrio emocional e
considerar esses valores nos valores que eles têm, não lhes dar um valor
ultrapassado, daqueles que é a base da vida: Eu só serei feliz se...Por
que se...? Eu sou feliz e me tornarei mais feliz quando lograr tal
ou qual meta, que nem sempre é a felicidade, porque depois ela se converte e se
reverte.
O
Espiritismo nos diz: Muito bom ânimo. A vida é feita de
transformações, nosso corpo, em cada segundo, perde trinta milhões de hemácias
e nascem trinta milhões de hemácias. A cada sete anos, o corpo é inteiramente
novo. Um homem ou mulher de setenta anos já teve dez corpos, então, tudo isso
faz parte do nosso processo de autoiluminação.
Se
entronizamos Deus, não importa que Deus seja, só há um, aquela Causa Criadora,
a Natureza, o Cosmo....
Entrevistadora – Chamemos do que quisermos...
Divaldo –
Pouco importa. Os nomes são apenas designações mas, nos voltarmos para esta
crença: Eu sou filho de Deus, eu valho a pena, eu tenho que realizar
algo, a minha vida tem sentido, por mínimo que seja. Como ninguém
existe tão autossuficiente que não necessite de outrem, então, nasce o amor.
Entrevistadora –
Por outro lado, a única pessoa que nos vai fazer seguramente companhia ao longo
de toda a vida somos nós próprios.
Divaldo –
Nós próprios estamos conosco.
Entrevistadora – Nós. Exatamente. Teremos sempre a nossa companhia
até o fim.
Divaldo –
Por isso temos que nos amar.
Entrevistadora –
Exatamente.
Divaldo –
O que me fascina na Filosofia de Jesus, entre outros, é o primeiro mandamento: Amar
a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Se nós
não nos amamos como iremos amar a outrem? Serão paixões, serão manifestações da
libido, desejos, ansiedades. Quando nasce esse autoamor, nós nos aprimoramos
interiormente, adquirimos beleza, os nossos olhos brilham e a vida se torna
muito menos dolorosa do que as fitas negras do pessimismo.
Entrevistadora –
Agora, eu ficaria lhe ouvindo durante dez horas... Está para acontecer um
Congresso muito importante, um Congresso de três dias, quer explicar que
Congresso é esse?
Divaldo –
Esse Congresso reúne mais de quarenta países onde os espíritas estamos
procurando entender os enigmas da vida e tornar a sociedade mais pródiga, mais
generosa, mais compassiva, mais honesta, porque a nossa ética é do
individualismo, é do interesse pessoal e quando temos esse interesse pessoal, o
interesse da coletividade desmaia. Estaremos reunidos para poder apresentar
teses espíritas e, sobretudo, o direito à vida, alegria de viver. Temos o dever
de estar alegres, a maior dádiva da vida é a vida.
Entrevistadora –
Não podemos maltratá-la.
Divaldo –
Não temos o direito de maltratarmo-nos. Vamos encontrar uma vida exuberante, de
dentro para fora.
O
Congresso está reunindo quase quarenta países para discutirmos os temas que
dizem respeito à grande problemática da atualidade, acompanhando a ciência,
situar a ciência dentro do contexto da religião, fazer a religião científica e
uma ciência religiosa.
Entrevistadora –
Percebem porque esse Congresso é tão importante. Reúne mais de quarenta países,
vêm grandes nomes a esse Congresso, um dos nomes mais importantes, sem dúvida,
Divaldo Franco. Aliás, assim que se soube da sua vinda a Portugal, imediatamente
se juntaram as Instituições e as pessoas que poderiam assistir, porque
efetivamente é um homem que já fala por si.
Eu
gostei muito de recebê-lo aqui. Acho que é uma pessoa muito especial. Ainda bem
que escreve tantos livros e que escreve da forma que escreve, porque a sua
mensagem consegue chegar tão longe.
Desejo-lhe
muita saúde e felicidades.
Divaldo –
Muito obrigado. Desejo-lhe também muitas bênçãos porque seu nome me é muito
popular, como em Portugal e também no Brasil. Muita felicidade.
Entrevista
concedida em 6.10.2016.
Mensagem
extraída do endereço:
http://www.divaldofranco.com.br/noticias.php?not=445
segunda-feira, 7 de novembro de 2016
DIVULGAÇÃO ESPÍRITA
DIVULGAÇÃO ESPÍRITA
Bezerra de Menezes
Filhos,
o Senhor nos abençoe. Efetivamente, as vossas responsabilidades no plano
terrestre vos concitam a trabalho árduo no que se refere à implantação das
ideias libertadoras da Doutrina Espírita a que fomos trazidos a servir.
Em
verdade, nós outros, os amigos desencarnados, até certo ponto, nos erigimos em
companheiros da inspiração, mas as realidades objetivas são vossas, enquanto
desfrutardes as prerrogativas da encarnação.
Compreendamos
que a vossa tarefa na divulgação do Espiritismo é ação gigantesca, de que não
vos será lícito desertar.
Nesse
aspecto do assunto, urge considerarmos o impositivo da distribuição equitativa
e plena dos valores espirituais, tanto quanto possível, em benefício de todos.
Devotemo-nos
à cúpula, uma vez que, em qualquer edificação o teto é a garantia da obra, no
entanto, é forçoso recordar que a estrutura e o piso são de serventia preciosa,
cabendo-lhes atender à vivência de quantos integram no lar a composição
doméstica.
Em
Doutrina Espírita, encontramos a Terra toda por lar de nossas realizações
comunitárias e, por isso mesmo, a cúpula das ideias é conclamada a exercer a
posição de cobertura generosa e benéfica em auxílio da coletividade.
Não vos
isoleis em quaisquer pontos de vista, sejam eles quais forem.
Estudai
todos os temas da humanidade e ajustai-vos ao progresso, cujo carro prossegue
em marcha irreversível.
Observai
tudo e selecionai os ingredientes que vos pareçam necessários ao bem geral.
Nem
segregação na cultura acadêmica, nem reclusão nas afirmativas do sentimento.
Vivemos
um grande minuto na existência planetária, no qual a civilização, para
sobreviver, há de alçar o coração ao nível do cérebro e controlar o cérebro, de
tal modo que o coração não seja sufocado pelas aventuras da inteligência.
Equilíbrio
e justiça.
Harmonia
e compreensão.
Nesse
sentido, saibamos orientar a palavra espírita no rumo do entendimento
fraternal.
Todos
necessitamos de luz renovadora.
Imperioso
saber conduzi-la, através das tempestades que sacodem o mundo de hoje, em todos
os distritos da opinião.
Congreguemo-nos
todos na mesma formação de trabalho, conquanto se nos faça imprescindível a
sustentação de cada um no encargo que lhe compete.
Nenhuma
inclinação à desordem, a pretexto de manter coesão, e nenhum endosso à
violência sob a desculpa de progresso.
Todos
precisamos penetrar no conhecimento da responsabilidade de viver e sentir,
pensar e fazer.
Os
melhores necessitam do Espiritismo para não perder o seu próprio gabarito nos domínios
da elevação.
Os
companheiros da retaguarda evolutiva necessitam dele para se altearem de
condição.
Os
felizes reclamam-lhe o amparo, a fim de não se desmandarem nas facilidades que
transitoriamente lhes enfeitam as horas.
Os
menos felizes pedem-lhe o socorro, a fim de se apoiarem na certeza do futuro
melhor.
Os mais
jovens solicitam-lhe os avisos para se organizarem perante a experiência que
lhes acena ao porvir e os companheiros amadurecidos na idade física esperam-lhe
o auxílio para suportar com denodo e proveito as lições que o mundo lhes
reserva na hora crepuscular.
Tendes
convosco todo um mundo de realizações a mentalizar, preparar, levantar,
construir.
Não nos
iludamos.
Hoje
dispondes da ação, no corpo que envergais; amanhã seremos nós, os amigos
desencarnados, que vos substituiremos na arena de serviço.
A nossa
interdependência é total.
Ante a
imortalidade, estejamos convencidos de que voltaremos sempre à retaguarda para
corrigir-nos, retificando os erros que tenhamos, acaso, perpetrado. Mantenhamo-nos
vigilantes.
Jesus
na Revelação e Kardec no Esclarecimento resumem para nós códigos numerosos de
orientação e conduta.
Estamos
ainda muito longe de qualquer superação, à frente de um e outro, porque,
realmente, os objetivos essenciais do Evangelho e da Codificação do Espiritismo
exigem ainda muito esforço de nossa parte para serem, por fim, atingidos.
Reflitamos:
sem comunicação não teremos caminho.
Estudemos
e revisemos todos os ensinos da Verdade, aprendendo a criar estradas
espirituais de uns para os outros.
Estradas
que se pavimentem na compreensão de nossas necessidades e problemas em comum, a
fim de que todas as nossas indagações e questões sejam solucionadas com
eficiência e segurança.
Sem intercâmbio,
não evoluiremos; sem debate, a lição mora estanque no poço da inexperiência,
até que o tempo lhe imponha a renovação.
Trabalhemos
servindo e sirvamos estudando e aprendendo. E guardemos a convicção de que, na
bênção do Senhor estamos e estaremos todos reunidos uns com os outros, hoje
quanto amanhã, agora como sempre.
Mensagem
psicografada por Francisco Cândido Xavier, recebida em 6 dez. 1969 e publicada
em Reformador, abr. 1977. (Extraída o livreto: Orientação à Comunicação Social
Espírita, FEB, 2ª edição – 9/2013, pág. 13/15)
Iniciação mediúnica
Iniciação mediúnica
Assinalas contigo o fenômeno mediúnico e ante as emoções diferentes que te invadem o mundo íntimo, experimentas a perturbação e a dor...
Em vista disso, rogas orientação e socorro. Não olvides, porém, que o problema reside em ti mesmo e que não te reajustarás sem a própria cooperação.
O médico poderá ser competente e caritativo, entretanto não dispõe de recursos para salvar o enfermo que não deseja curar-se.
Se pretendes equilíbrio e segurança, antes de tudo, através da oração, solicita à Divina Providência te auxilie a policiar a própria mente, sustentando o bem a teu próprio favor.
Em seguida, trabalha na extensão desse mesmo bem, quanto estiver ao teu alcance, porque todos os processos de obsessão, quase sempre nascidos da força mediúnica inconsciente, crescem na medida de tuas horas inúteis.
Assim sendo, ainda mesmo com sacrifício cumpre teus deveres no lar ou no círculo de trabalho em que o Senhor te situou a existência, empregando o cérebro e o coração naquilo que possas realizar de melhor. E, além das obrigações naturais que te enriquecem a luta, refugia-te no estudo nobre e na caridade incansável, alavancas seguras de tua libertação.
O livro edificante opera o saneamento da alma, descerrando-te os mais elevados caminhos da Terra e o serviço prestado desinteressadamente ao próximo ampara-te com os valores da simpatia, angariando-te as bênçãos do Céu.
O doente a quem ajudas será remédio em tuas feridas e o desesperado a quem reconfortas será consolo em teu coração.
Não reclames do Cristo o milagre de teu reajuste. Pede ao Mestre Divino te conceda serviço e entendimento, para que restaures a ti próprio, enfileirando-te entre os servidores leais da luz.
Não te queixes dos adversários e perseguidores desencarnados. Eles são nossos próprios companheiros, afetos do nosso “ontem”, que deixamos à retaguarda, em muitas circunstâncias, envenenados por nossas próprias ações destrutivas.
Se aguardamos proteção e carinho dos benfeitores que se erguem na Altura, acima de nós, como fugir ao concurso aos nossos irmãos menos felizes, que sofrem, dementados, entre a delinquência e a miséria, para que se retirem do tenebroso vale das sombras, ao qual, muitas vezes, se arrojaram com o impensado impulso de nossas mãos?
Oferece-lhes, assim, o teu exemplo vivo na paciência e na abnegação, na fé e na caridade, na tolerância e no dever dignamente cumprido, para que leiam em tua vida a cartilha da própria transformação.
Não basta, pois, desenvolver a mediunidade que trazes, latente. É indispensável te aprimores, através do trabalho e da prece, com bases na fraternidade e no estudo, para que te faças operário do Cristo com que o Cristo possa contar.
Não percas tempo, entre o anestésico do desânimo e o fel da lamentação.
Devotemo-nos ao bem de todos, aprendendo e auxiliando, amando e servindo sempre.
Ser “médium” significa ser “medianeiro”.
Não vale, desse modo, apenas guardar o título. É imprescindível a nossa expansão no discernimento e no mérito, na compreensão e na bondade, com utilidade para os outros e aperfeiçoamento de nós mesmos, que nos habilitem a ser devotados artífices do amor e fiéis mensageiros da luz.
Emmanuel
Do livro Temas da Vida, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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