quinta-feira, 27 de junho de 2013

Reencarnação!

Reencarnação!

O tema reencarnação precisa ser reanalisado. Não é assunto que pertence a este ou aquele segmento religioso. É da Natureza. É ciência. Allan Kardec cunhou essa expressão para diferenciar da ressurreição, porque esta dá a ideia, pelo entendimento tradicional, de se retornar a alma a reviver no mesmo corpo físico. O que a própria ciência e a lógica dizem ser totalmente impossível, vez que os elementos constitutivos de um organismo, com a decomposição após a morte, comporão outros organismos, tanto de pessoas como de animais ou vegetais, assim inúmera vezes.
Diariamente convivemos com a reencarnação, são nossos filhos, nossos parentes, nossos amigos e até nossos inimigos que renascem em nossa casa ou ao nosso redor. Retornam próximo de nós pela afinidade ou pelos laços da necessidade. Jesus mesmo fez referência a isto, na conversa com Nicodemos: "Em verdade, em verdade, digo-te: Se um homem não renasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. - O que é nascido da carne é carne e o que é nascido do Espírito é Espírito. - Não te admires de que eu te haja dito ser preciso que nasças de novo." (...) (S .JOÃO, cap. III, vv. 1 a 12.).
Como se explicaria os que nascem com necessidades especiais, será que sofrem apenas das contingências da  hereditariedade genética? Se nunca fizeram nada de errado e não têm pendência em sua consciência, onde estaria a justiça?  Se tudo é regido pela Lei Divina, que é perfeita, como justificar esse desvio, porque alguém sofreria limitações sem uma causa justa? Como admitir isto? E as doenças graves, nos nascituros? As deformidades? As mortes logo após o nascimento? Os problemas neurológicos? As doenças mentais?... Deus é justo!
Através da reencarnação, que quer dizer: entrar na carne outra vez -- num novo corpo --, para nova oportunidade, para refazer-se, reposicionar-se, aprender, provar, expiar o que de outra feita não foi possível. Não aprendemos tudo de uma única oportunidade, precisamos de muitas outras, é da Lei de Progresso, é o amor Divino em favor de suas criaturas. Alcançarmos um dia o estado de plenitude, requer esforço. A autoconstrução.  Por isso a necessidade de nascer de novo, de reencarnar – muitas vezes.
Somos artífices de nós mesmos.  Encontraremos o futuro nas condições que o organizamos presentemente. Se rebeldes e viciosos, lá compareceremos com o patrimônio que cultivamos e seus desdobramentos, porque toda semeadura dá fruto e o multiplica.  Continuaremos depois da morte do corpo com a herança intelectual e moral que nos pertencem. Neste caso, em sofrimento, sendo que não teremos o corpo de carne que mitiga as ânsias dos vícios.  Estaremos possivelmente por décadas em conflitos íntimos contínuos vez que os hábitos negativos não dão trégua, sempre exigindo do indivíduo o seu atendimento.  Em se chegando à culminância do sofrimento, roga a Deus uma nova oportunidade de retornar à matéria, através do renascimento, caindo num estado de esquecimento, com a possibilidade de se recompor das viciações através da educação, que os pais lhe podem dispensar.   Fica sempre a expectativa de terminar a nova jornada de maneira vitoriosa sobre si mesmo.  É a maior vitória.
Assim cada um encontrará paz e felicidade ou não, de acordo com a sua condução na vida, nenhuma alma tem o futuro igual, cada criatura humana é um mundo próprio, e de acordo com a Lei de Justiça: a cada um de segundo as suas obras
Aceitar ou não aceitar a reencarnação não altera em nada a nossa posição, é Lei Natural, ela sempre se deu e continuará sempre, porque ninguém poderá impedir ou alterar o que não é criação do Homem.
                                                                                                                               Dorival da Silva
Presidente da 4ª União Regional
 Espírita – Sede em Bandeirantes
Convidamos acessar o blog: http://espiritismoatualidade.blogspot.com.br/