sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Nós! Quem Somos?!


    Qual a resposta? 

     Quem não quer conjecturar sobre tal questão? Numa das peças de marketing oficial diz: “a pergunta é mais importante que a resposta.” Não temos como discordar disso, sem o questionamento não se é possível qualquer resposta. 

     A indagação necessita de objetividade. A proposição pode ser invariável, no seu objetivo, no entanto, a resposta ou respostas nunca serão definitivas, dadas as reflexões e as muitas variáveis, considerando-se as morigerações possíveis, considerando a dinâmica filosófica.

    Nós!  Quem somos?! Poderíamos simplesmente dizer: somos Espíritos.  É verdade, mas há possibilidade de ampliação: que somos eternos; que fomos criados num certo momento, simples e ignorantes; que transitamos pelos reinos: mineral, vegetal, animal e, agora, chegamos ao reino hominal, e um dia chegaremos a Angelitude. Portanto, na esteira do tempo,  através de transformações, de reencarnação em reencarnação, por infindáveis experiências, que resultaram o que somos agora, como nos apresentamos,  nos relacionamos com os demais indivíduos... 

    O Criador de todos nós é o Incriado, conhecido no mundo cristão pelo termo designativo: Deus, que todos reconhecemos como “Inteligência Suprema e Causa Primeira de todas as coisas do Universo”. 

     Somos os seres que preponderamos sobre todos os demais reinos da Natureza na Terra, porque alcançamos grau de inteligência mais desenvolvido e postamo-nos com o despertamento da consciência, que seu desenvolvimento é fruto do livre-arbítrio, atribuído pelo Criador e exercido por todos nós, por milênios que nos ensejou discernir o certo do errado e assumirmos as responsabilidades e suas consequências, em qualquer tempo, seja ainda nesta ou em vida futura. A lei de Deus é justa e não permite que nenhum desvio, por desobediência, fique sem correção. Não vemos com frequência crianças que nascem com deficiência mental ou motora? Os complexos desequilíbrios mentais em adultos? Aleijões e todo tipo por acidentes fortuitos? Tudo isto resulta do ajuste que fazemos com a lei Divina no tempo, para que nossa consciência fique em paz, nos limpemos das consequências de nossas rebeldias de qualquer época.

Como ensina o Cura d’Arns, em o Evangelho Segundo o Espiritismo, em outras palavras: “antes de solicitar a Deus a cura de nossos males, de nossas deficiências físicas, deveríamos rogar primeiro a Deus a cura de nossa alma”, porque a cura dos nossos males físicos nos levará possivelmente a agravar a nossa consciência e aumentar os sofrimentos, há prevalência em mantermos nossos vícios e rebeldias, dado o acumulo de hábitos mal formados e que está estabelecido em nossa intimidade. Somente o desgaste das máculas que nos proporcionam sofrimentos, ajuda livrarmo-nos delas. Enfim, quem erra é o Espírito e não o corpo, que é apenas instrumento de manifestação da alma (o Espírito é denominado Alma enquanto está no corpo físico, pois é a vida, nele habitante).

Então somos Espíritos e temos toda uma história própria e que vai pela eternidade, pois que não terá fim.

Deus não criou nenhum de seus filhos (Espíritos) para que tenha fim, o corpo é apenas uma indumentária transitória e finita, somente para a experiência da reencarnação. 


Dorival da Silva