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sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Além do sono
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Diferentes Estados da Alma
Cada
indivíduo tem um estado de alma. Nos grupos de almas se forma um ambiente
vibratório particular e afim entre si. Essa ocorrência se verifica tanto na
vida do encarnado (física), como do desencarnado (espiritual).
Esse
estado de alma corresponde à condição evolutiva do ser, no campo intelectual e
moral. E uma das formas de se perceber as
diferenças evolutivas entre indivíduos e grupos são as manifestações de toda
ordem (intelectual ou comportamental), considerando que nas suas mais variadas
configurações é a exposição do elemento espiritual, que na vida material,
habita num corpo de carne, por ora, pois, finito.
Os Espíritos constituem um mundo à
parte, fora daquele que vemos? “Sim, o mundo dos Espíritos, ou das inteligências
incorpóreas.” (1) Qual dos dois, o mundo
espiritual ou o mundo corporal, é o principal na ordem das cosias? “O mundo
espiritual, que preexiste e sobrevive a tudo.” (2) Os Espíritos ocupam uma
região determinada e circunscrita no espaço? “Os Espíritos estão por toda
parte. Povoam infinitamente os espaços infinitos. Há os que estão sem cessar ao
vosso lado, observando-vos e atuando
sobre vós, sem que o saibais, já que os
Espíritos são uma das forças da Natureza e os instrumentos de que Deus se
serve para a execução de seus desígnios providenciais. Nem todos, porém, vão a
toda parte, pois há regiões interditas aos menos adiantados.” (3) – Grifo nosso.
A
intenção cultivada e as ações do indivíduo atraem, por afinidade, uma nuvem de
Espíritos, como apresenta a Doutrina Espírita, através das indagações de Allan
Kardec aos Espíritos reveladores do mundo espiritual (vejam as perguntas e
respostas acima) – aliás, também consta na mensagem epistolar de Paulo
(Hebreus, 12-1): (...), tendo em torno de
nós tão grande nuvem de testemunhas, (...) --; assim é que ocorre a
interação de homens e mulheres encarnados com os desencarnados, por pura
afinidade de gostos e de sentimentos, da mesma forma, entre grupos de pessoas.
A
qualidade dos pensamentos e dos sentimentos é responsabilidade intransferível
de cada pessoa, sendo de sua conta tudo o que advier de seus desejos
alimentados e realizados, sabendo-se que existe
uma nuvem de Espíritos observando e atuando sobre cada encarnado e ainda
que os Espíritos são uma das forças da
Natureza – o que leva a lembrar de Jesus, quando leciona: “Vigiai e orai para que não caiais em
tentação” -- Marcos, 14-38 --, e, ainda,
“... não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal...”(Mateus, 6-13),
conforme a Oração Dominical.
É
certo que com maior frequência pensa-se na influência negativa dos Espíritos
sobre a vida do encarnado, que o leva a prejuízos de toda ordem, mas, há nisso
um equívoco, porque o mal existe enquanto durar a causa. Quais as causas? O pensamento em desajuste com a moral desequilibrada. Realizações ignóbeis. Qual
o remédio? As regras do bem viver de Jesus: Amar
ao próximo como a si mesmo; não desejar ao próximo... O objetivo é a
reforma das condições morais da cada um. Permanecer no erro e se negar a
evoluir moralmente é problema particular, por isso o livre-arbítrio, todos
devem aprender a autonomia moral, num aperfeiçoamento constante, pois os meios
de afinidade e influências são infinitos.
Se
existe uma população enorme de Espíritos num estado de ignorância e/ou com
intenções maléficas, existe outra população de Espíritos nobres, que galgaram a
escala dos esforços de aprimoramento intelectual e moral, que de mesma forma
atuam incessantemente na tentativa de levantar os caídos, os fracos e os
equivocados da vida, oferecendo-lhes apoio e ensinamentos pelas mais variadas
vias de manifestação, tais como: religiões sérias, filosofias nobres,
programações individuais e coletivas para aplicação de programas de
melhoramento, através das organizações polico-sociais, governos,
administradores, escolas das mais variadas aplicações educativas.
Não
existe uma só alma desamparada, mas a cada uma de acordo com suas obras. “Deus é justo”. Disponibiliza para a
criatura todos os recursos existentes para o seu soerguimento, cabendo este
assimilá-lo de acordo com as suas possibilidades. Conquistar as condições é aproximar-se de
Deus através da transformação interior, vencendo o egoísmo e o orgulho. O mal não vem de Deus, é obra do próprio
homem, enquanto comprazer-se na sua própria inferioridade moral. A influência
dos Espíritos sempre haverá, vez que o mundo material e espiritual se
transfunde atuando um sobre o outro, cabendo aos encarnados a opção da
felicidade ou da infelicidade de acordo com a sua disposição moral.
Portanto,
ser bem ou mal amparado é por conta de cada um.
1,
2 e 3 – O livro dos Espíritos – Allan Kardec – questões: 84, 85 e 87)
Dorival da Silva
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
OS INIMIGOS DESENCARNADOS
Não sendo a morte física o aniquilar da vida, é natural que todos aqueles Espíritos que se transferem de retorno para o mundo espiritual mantenham as características morais que lhes assinalavam a individualidade.
Recuperando a lucidez após o decesso celular, volvem à consciência as mensagens que foram armazenadas durante a trajetória orgânica, auxiliando-os na evocação de acontecimentos e feitos nos quais participaram.
Em algumas ocasiões, não ocorre esse fenômeno, em razão do estado de perturbação em que se encontram após o túmulo, mantendo fixações enfermiças e condutas infelizes.
Compreensivelmente, no primeiro caso, ressumam com mais facilidade as impressões vigorosas, aquelas que fortemente feriram ou dignificaram as emoções.
Nesse capítulo, os sentimentos de animalidade que tipificam os Espíritos inferiores ressurgem, levando-os aos processos de angústia e ressentimento, que procuram contornar mediante o desforço a que se propõem contra aqueles que os afligiram e que permanecem na viagem carnal.
É compreensível que, não possuindo os tesouros morais de nobreza nem de elevação, deixem-se consumir pelo ódio, sendo levados às fontes geradoras do sofrimento que experimentam, no caso, as pessoas que se fizeram responsáveis pela sua desdita.
Surgem, nessa fase, as vinculações psíquicas com os antigos desafetos, aqueles que se tornaram motivo da sua aflição.
Reconhecendo a razão do sofrimento, sem, no entanto, entender as causas profundas, aquelas que dizem respeito à Justiça Divina, em face do desconhecimento da reencarnação e sua Lei de Causa e Efeito, convertem-se em inclementes cobradores do que supõem serem dívidas para com eles contraídas.
Dispondo de mobilidade e fixando-se mentalmente ao adversário mediante a afinidade moral, inicia-se o doloroso processo de obsessão, que tanto se apresenta em forma de surto patológico, na área dos distúrbios psicológicos de conduta e de emoção, bem como em lenta e perversa inspiração doentia que termina por transformar-se em transtorno mais grave.
Quando não se encontram lúcidos, são igualmente atraídos, em razão da lei de sintonia existente entre devedor e cobrador, decorrente da convivência espiritual nas mesmas faixas de inferioridade em que se movimentam os encarnados e os desencarnados.
Não padece qualquer dúvida, quanto à influência exercida pelos Espíritos na convivência com as criaturas humanas, especialmente com aquelas de natureza permissiva e vulgar, cruel e indiferente, em razão do estágio moral em que ainda se encontram.
Pululam em volta do planeta bilhões de seres espirituais em estágio primário de evolução, aguardando ensejo de renascimento carnal, tanto quanto de desencarnado em estado de penúria e de sofrimento que se transformam em parasitas dependentes de energias específicas, que exploram e usurpam dos seres humanos que se lhes assemelham.
Desse modo, aqueles que se sentem prejudicados de alguma forma têm maior facilidade em imiscuir-se na economia mental e emocional daqueles que consideram seus adversários pelos prejuízos que lhes teriam causado, perseguindo-os de maneira consciente ou não.
Os inimigos desencarnados constituem fator de desequilíbrio na sociedade terrestre que deve ser levado em conta pelos estudiosos do comportamento e das diretrizes sociológicas.
***
O mundo espiritual é preexistente ao físico, real e fundamental de onde vêm as populações humanas e para onde retornam mediante o veículo da desencarnação.
O objetivo essencial da desencarnação é propiciar o desenvolvimento intelecto-moral do Espírito na sua trajetória evolutiva.
Possuindo o psiquismo divino embrionário, em cada etapa do processo de crescimento desdobram-se-lhe faculdades e funções adormecidas que se agigantarão através dos evos até que seja alcançada a plenitude.
Não obstante, os atavismos que remanescem como tendências para repetir os gravames e os equívocos a que se acostumaram, exercem maior predominância em a natureza de todos, embora o Deotropismo que o atrai na direção fecunda e original da sua causalidade.
A escolha de conduta define-lhe o rumo de ascensão ou de queda, a fim de permanecer no obscurantismo em relação à verdade ou no esforço dignificante da autoiluminação.
Quando se esforça pelo bem proceder, prosseguindo na vivência das regras da moral e do bem, libertando-se dos grilhões dos vícios, mais facilmente alcança os níveis elevados de harmonia interior e os planos espirituais de felicidade, onde passa a habitar.
Todavia, quando se compromete na ação do mal, é induzido a reescrever as páginas aflitivas que ficaram na retaguarda, resgatando os delitos praticados através do sofrimento ou mediante as ações de benemerência que o dignificam.
Em razão da comodidade moral e da preguiça mental, situa-se, não raro, na incerteza, na indiferença em relação ao engrandecimento ou comprazendo-se nas sensações nefastas, quando poderia eleger as emoções superiores para auxiliar-se e para socorrer aqueles a quem haja prejudicado, reparando os males que forem gerados mediante os contributos de amor educativo oferecidos.
Os inimigos desencarnados, desse modo, vinculam-se aos seres humanos atraídos pelas afinidades morais, pelos sentimentos do mesmo teor, pelas condutas extravagantes que se permitem.
***
Nunca desperdices a oportunidade de ser aquele que cede em contendas inúteis quão perniciosas;
de perder, no campeonato da insensatez, a fim de ganhar em paz interior;
de servir com devotamento, embora outros sirvam-se, explorando a bondade do seu próximo;
de oferecer compreensão e compaixão em todas e quaisquer circunstâncias que se te deparem;
de edificar o bem onde te encontres, na alegria ou na tristeza, na abundância ou na escassez:
de oferecer esperança, mesmo quando reinem o pessimismo e a crueldade levando ao desânimo e à indiferença;
de ser aquele que ama, apesar das circunstâncias perversas;
de silenciar o mal, a fim de referir-te àquilo que contribua em favor da fraternidade;
de perdoar, mesmo aquilo e aquele que, aparentemente não mereçam perdão;
de ensinar corretamente embora predominem a prepotência, e, por essa razão mesmo...
Nunca te canses de confiar a Deus, seja qual for a situação em que te encontres.
Vestindo a couraça da fé e esgrimindo os equipamentos do amor, os teus inimigos desencarnados não encontrarão campo emocional nem vibratório em ti para instalar as suas matrizes obsessivas, permitindo-te seguir em paz, cantando a alegria de viver e iniciando a Era Nova de felicidade na Terra.
Vestindo a couraça da fé e esgrimindo os equipamentos do amor, os teus inimigos desencarnados não encontrarão campo emocional nem vibratório em ti para instalar as suas matrizes obsessivas, permitindo-te seguir em paz, cantando a alegria de viver e iniciando a Era Nova de felicidade na Terra.
Joanna de Ângelis
(Página psicografada pelo médium Divaldo P.Franco, na sessão mediúnica da noite de 28 de fevereiro de 2005, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.) – Jornal Mundo Espírita, julho de 2009, nº 1.500)
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