quinta-feira, 7 de maio de 2015

Nem todos os que dizem: “Senhor! Senhor!”

Nem todos os que dizem: “Senhor! Senhor!” — entrarão no Reino dos Céus

            Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente que construiu sobre a rocha a sua casa. Quando caiu a chuva, os rios transbordaram, sopraram os ventos sobre a casa; ela não ruiu, por estar edificada na rocha. Mas aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica, se assemelha a um homem insensato que construiu sua casa na areia. Quando a chuva caiu, os rios transbordaram, os ventos sopraram e a vieram açoitar, ela foi derribada; grande foi a sua ruína.
                                                           -- Jesus (Mateus, 7:24 a 27; Lucas, 6:46 a 49.)
                                                               Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVIII, item 7

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Reflexão

         O Grande Pedagogo, Jesus, utilizava das figuras e ideias comuns da vida cotidiana para que houvesse acolhimento pelas pessoas comuns do povo e fosse base de assentamento de verdades que transformariam a humanidade no transcurso dos tempos.
         A casa sobre a rocha, tratava-se de figura forte e levava as pessoas uma verdade fácil de se constatar pela observação e a experiência normal da vida. Uma lógica irrefutável.
         Com o andar dos séculos, com a ampliação do entendimento trazida pela Doutrina Espírita, fácil é perceber que Jesus falava da alma humana, do ser essencial. Toda a sua atenção é voltada para o foco de maior importância no Universo, o Espírito. Todo ser pensante é um Espírito. O máximo da criação Divina. O aprimoramento consciente desse foco essência era e continua sendo o objetivo de todos os Seus esforços.
         A figura da casa sobre a pedra ou areia mostra a questão das escolhas, da lucidez ou insensatez, da criatura que transita pela vida.  A forma de construção corresponde à condição espiritual de que se porta, sendo o Espírito livre para suas decisões. A lição é orientação límpida para quem quer ver. Faça-se como quiser, mas as ocorrências da vida apresentarão e demonstrarão a qualidade das deliberações. Não faltarão as tempestades e ventos na vida de cada um, se a sua casa estiver bem edificada com bases sólidas na grandeza moral, no exercício da caridade, na tolerância, na paciência e demais virtudes, aquelas provarão a firmeza da construção e passarão, deixando a “bonança”.
           Caso a mansão tenha sido edificada na areia: da insensatez, da imoralidade de toda ordem, da fé vacilante e do egoísmo e orgulho acerbos, os ventos também soprarão e as águas dos tempos novos sobre ela abaterão e sobrará ruína. Ruína é a alma esfacelada pelo sofrimento por ter perdido todas as oportunidades que estiveram ao seu alcance. Não terá do que reclamar, a não ser de si mesma.
            Jesus, o Grande Mestre, jamais desiste do aluno renitente no mal, surdo aos conselhos, no entanto não deixará de permitir os Anjos da dor, que oferecerão o medicamento adequado para os cegos que não querem ver a verdade tão claramente apresentada.
             A paz interior, o reino dos céus, é conquista individual.
                                                                    
                                                                 Dorival da Silva