Amai-vos
“Não amemos de palavra, nem de língua, mas por
obras e em verdade.” - João. (I João, 3:18.)
Por norma de fraternidade pura e sincera,
recomenda a Palavra Divina: “Amai-vos uns aos outros.”
Não determina seleções.
Não exalta conveniências.
Não impõe condicionais.
Não desfavorece os infelizes.
Não menoscaba os fracos.
Não faz privilégios.
Não pede o afastamento dos maus.
Não desconsidera os filhos do lar alheio.
Não destaca a parentela consanguínea.
Não menospreza os adversários.
E o apóstolo acrescenta: “Não amemos de
palavra, mas através das obras, com todo o fervor do coração.”
O Universo é o nosso domicílio.
A Humanidade é a nossa família.
Aproximemo-nos dos piores, para ajudar.
Aproximemo-nos dos melhores, para aprender.
Amarmo-nos, servindo uns aos outros, não de
boca, mas de coração, constitui para nós todos o glorioso caminho de ascensão.
Mensagem extraída da
obra: Vinha de Lua, ditada pelo Espírito Emmanuel, pela psicografia de
Francisco Cândido Xavier, capítulo 130, publicada em 1951.
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Reflexão:
Para amar é preciso que o amor esteja em nós. No entanto, somos imperfeitos e
esse sentimento é conquista crescente na intimidade de cada um de acordo com a
lucidez alcançada diante da vida.
O exercício de amar
se verifica ao choque dos comportamentos contrários ou divergentes ao estado de
conforto emocional. O que não é
exatamente a relação com os posicionamentos emocionais opostos aos nossos, tais
como: honesto e desonesto; falso e verdadeiro...
O problema que
incomoda é encontrar a manifestação de comportamento que reflete identicamente
a nossa própria condição emocional. Proporcionando uma reação de
descontentamento, de ódio, de inveja, de birra, de desconfiança, de
inferioridade, de falsa superioridade, de orgulho, de egoísmo, de...
Então como amar o
próximo se não nos amamos? Precisamos nos amar.
Como será isso? Certamente não se dará num passe de mágica? É preciso se
conhecer e para isso é preciso conviver com o nosso próximo, principalmente, os
mais próximos. Percebermos as nossas
reações diante de tudo o que ocorre nas convivências diárias, não reagirmos
como o animal faz por instinto, agredindo inconscientemente, mas utilizando os
fatos para verificarmos a nossa posição, e aprofundarmos reflexão sobre as
ocorrências.
Isso traz
sofrimento para quem se propõe a se amar, leva àquele de bom propósito a buscar
remédio eficaz, que é fácil de ser encontrado, que muitas das vezes está no seu
próprio armário, muito maltratado, que é o Evangelho de Jesus, comum a todos os
credos.
Agora, por certo,
não será uma leitura superficial, com os olhos visitando as letras há muito
conhecidas e até decoradas, será busca mais aprofundada, pois o nosso estado
emocional pede mais consistência, porque estamos sofrendo, meditamos, não
desejamos explodir, queremos refrigério consciente, o tratamento definitivo.
“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados,
que Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou
brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave
o meu jugo e leve o meu fardo”. (Jesus; Mateus, 11:28 a
30.)
Não é sem razão,
que o meio familiar, onde se encontram os próximos mais próximos, com raras
exceções, é ambiente tumultuoso, pois, sendo que os iguais no campo dos
interesses e das emoções se atraem, além de que são devedores e credores uns
dos outros, resultantes de vidas passadas, em que foram parentes ou não, possivelmente
vítimas e algozes dentro dos contextos que viveram.
Todos precisamos
nos amar e amar o próximo, somente assim anularemos transformando as cargas
deletérias que estabelecemos em nossa alma, em virtudes que nos dulcificarão, e,
assim, ocorrendo com todos, alçaremos o estado de plenitude, onde estas virtudes se
refletirão nos outros e retornarão ampliando a soma de paz e felicidades que
todos almejam.
“Entretanto, faz depender de uma condição a sua assistência e
a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição está na lei por Ele (Jesus)
ensinada. Seu jugo é a observância dessa lei; mas esse jugo é leve e a lei é
suave, pois que apenas impõe, como dever, o amor e a caridade.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cristo
Consolador – capítulo VI, item 2)
Dorival da Silva
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