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domingo, 6 de agosto de 2023

Ninguém é responsável pelas nossas decisões!

 Ninguém é responsável pelas nossas decisões! 

Não é muito difícil ver e ouvir pessoas de nossas relações, ou desconhecidas, mas de expressão pública, em filme ou novela, na música…, atribuir responsabilidade de atitudes suas que não foram boas, que apresentam desfechos negativos, a este ou aquele indivíduo nomeável ou imaginário. Parece algo cultural! Mas, não tem o condão de resolver as consequências negativas dos atos praticados.   

É jargão popular dizer: “Se existe em quem colocar a culpa, o problema está resolvido!”  Isto não passa de má-fé, de imaturidade, inconsequência ou invigilância. Toda atitude, antes que levada a efeito, tem uma origem, e esse lugar, não é outro, senão na intimidade espiritual de um ser pensante. Somente um ser humano tem essa capacidade. Nesse mesmo lugar existem a razão e o discernimento. Há a possibilidade da reflexão, que permite a antevisão do desfecho do que se está mourejando. Assim, o que não é bom pode ser neutralizado, evitando-se danos. Levar adiante o que é visto que trará consequência negativa é premeditação do mal, então, o mal está na origem, ou seja, na intimidade da Alma. Em conta disso, a responsabilidade jamais poderá ser atribuída ou transferida para outrem.   

Subterfúgios, interpretação alhures da lei civil ou criminal, tentativa de corrupção de consciência na tentativa de isenção de responsabilidade de seus atos é mera ilusão, sabendo que somos seres imortais, espiritualmente considerando, e nunca nos livraremos do que nos pertence. Jesus-Cristo, O Mestre e Guia da Humanidade, ensinou: “A cada um segundo a suas obras”.  A Sua visão é ampla, porque não está limitada a exiguidade dos limites carnais, o alcance é Universal. Vê na sua grandiosidade de ser “Solar”, que viveu lucidamente a vida do corpo, tanto quanto a vida espiritual, tendo a capacidade de conhecer a trajetória de todos os habitantes da Terra. Assim, pôde ensinar a verdade!  

Com referência ao Evangelho de Jesus, onde consta o rumo e as condições da tal salvação, mas, que em profundidade poucos a compreendem, no geral, acham-se que esse assunto é muito bom para os outros, para os líderes religiosos, para os idosos… Então, esse tema mal compreendido, e que se julgam pouco importante, fica relegado em algum canto da estante, ou em algum minúsculo escaninho do cérebro, no entanto, não encontra assimilação na alma.  

O que é essa tal salvação a que o Evangelho se refere? Quando damos importância para isso, é como alguém que estivesse retido em ambiente minúsculo, com visão restrita aos limites das paredes e as poucas possibilidades oferecidas pelas janelas, e, inopinadamente se visse numa praia contemplando a vastidão do horizonte, que se confunde com a grandiosidade do céu. 

O conhecimento e a vivência da mensagem de Jesus ampliam os limites da alma, a atmosfera espiritual do indivíduo é outra, embora esteja na matéria, a compreensão de tudo que ocorre na sua vivência tem significado diferente, vive-se esse momento, mas o sentimento se alonga para o futuro. Fica compressível a questão do perdão das ofensas, a tolerância das faltas alheias, o entender que os outros também têm dificuldades das mais variadas, e sofrem com as consequências negativas, que muitas vezes não compreendem por que ocorrem.  

O salvamento nesse caso é deixar os hábitos arraigados, as viciações, as mesmices, sejam de aspectos físicos ou morais, principalmente estes, e ter a capacidade de análise das ocorrências da vida consigo e com os outros, corrigindo aquilo que em si é negativo, para não o repetir, compreendendo o pertencente a outrem, tolerando-o. 

Trata-se de um salvamento de nós mesmos, da nossa ignorância sobre a vida espiritual que vivemos, sendo que o estado espiritual nunca se interrompe, sempre vivemos a vida, Vida. Essa Vida somos nós mesmos. Um dia fomos criados e jamais deixaremos de existir, nosso caminho é a eternidade. A vida num corpo físico, o que já ocorreu por indefinidas vezes, são intervalos-oportunidades de refazimentos, reposicionamentos, sedimentação de valores espirituais, aquisição de recursos intelectuais e morais…  

Jesus e a sua mensagem não são quimeras! 


                              Dorival da Silva.


As obras básicas que compõem a Doutrina Espírita podem ser consultadas na: Kardecpedia - Estude as obras de Allan Kardec

Também podem ser baixadas no endereço:

Obras de Allan Kardec – FEB (febnet.org.br)

quinta-feira, 29 de junho de 2023

Milagre! Como entender isso?

Milagre! Como entender isso? 


Esse assunto é muito sério, vez que percorre o tempo, pelo menos desde a presença de Jesus-Cristo, tornou-se ponto de fé nas tradições religiosas. 

Mas o que é o milagre? O dicionário diz: "Acontecimento extraordinário, incomum ou formidável que não pode ser explicado pelas leis naturais."  Tendo por base os feitos de Jesus, com os conhecimentos científicos pouco desenvolvidos naquela época, e com a impossibilidade de melhor explicação, permaneceu no tempo o termo milagre, considerado algo possível, tomando-se os registros dos evangelistas como provas incontestáveis.  

No século XIX, com a codificação da Doutrina Espírita, a obra: A Gênese, Os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, vem trazer mais luz sobre o assunto. "Um dos caracteres do milagre propriamente dito é o ser inexplicável, por isso mesmo que se realiza com exclusão das leis naturais. É tanto essa ideia que se lhe associa, que, se um fato milagroso vem a encontrar explicação, se diz que já não constitui milagre, por muito espantoso que seja"¹  

"A Doutrina Espírita revelou novas leis e explicou os fenômenos compreendidos na alçada dessas leis. ²" "Esses fenômenos, é certo, se prendem à existência dos Espíritos e à intervenção deles no mundo material e isso é, dizem, o em que consiste o sobrenatural. Mas, então, fora mister se provasse que os Espíritos e suas manifestações são contrários às leis da Natureza; que aí não há, nem pode haver, a ação de uma dessas leis." ³  

(...). "Os médiuns, portanto, nada absolutamente nada produzem de sobrenatural; por conseguinte, nenhum milagre faz. As próprias curas instantâneas não são mais milagrosas, do que os outros efeitos, dado que resultam da ação de um agente fluídico, que desempenha o papel de agente terapêutico, cujas propriedades não deixam de ser naturais por terem sido ignoradas até agora. (...)"  

"A intervenção de inteligências ocultas nos fenômenos espíritas não os torna mais milagrosos do que todos os outros fenômenos devidos a agentes invisíveis, porque esses seres ocultos que povoam os espaços são uma das forças da Natureza, força cuja ação é incessante sobre o mundo material, tanto quanto sobre o mundo moral. (...)" 5 

"Pois que o Espiritismo repudia toda pretensão às coisas miraculosas, haverá, fora dele, milagres, na acepção usual desta palavra?  

"Digamos, primeiramente, que, dos fatos reputados milagrosos, ocorridos antes do advento do Espiritismo e que ainda no presente ocorrem, a maior parte, senão todos, encontram explicação nas novas leis que ele [o Espiritismo] veio revelar. (...)" 6    

 

"A Ciência resolveu a questão dos milagres que mais particularmente derivam do elemento material, quer explicando-os, quer lhes demonstrando a impossibilidade, em face das leis que regem a matéria. Mas, os fenômenos em que prepondera o elemento espiritual, esses, não podendo ser explicados unicamente por meio das leis da Natureza, escapam às investigações da Ciência. Tal a razão por que eles, mais do que os outros, apresentam os caracteres aparentes do maravilhoso. É, pois, nas leis que regem a vida espiritual que se pode encontrar a explicação dos milagres dessa categoria." 7 

Como vimos acima, pequenos trechos da Codificação Espírita, sobre o assunto: milagre. Logicamente que não se trata de condenação ou crítica à essa crença, pois, é natural que tudo o que se nos depara sem uma explicação ao nosso alcance e que se trata de algo constatável, verificável, atribui-se algum termo denominativo.  

No entanto, com o aparecimento de esclarecimento sobre fato não compreendido em outro tempo, precisamos exercitar a humildade de novamente darmos ao trabalho da reflexão, porque é caminho de progresso revermos entendimentos antigos, face a novos conhecimentos. O dogmatismo é estanque, engessamento da razão, portanto, antinatural.  Na questão do pensamento, nada pode ser inflexível, vez que não há nada mais dinâmico que os produtos da mente humana, que podemos dizer o livre-pensar.  

Jesus-Cristo, como está registrado em 'João, 8:32' - " E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.", nos alerta que muitas coisas que não sabíamos, que se tornaram barreiras para a evolução espiritual do indivíduo ou da Humanidade, teriam num certo momento a revelação, o que se chama "descoberta".  A inteligência do Homem precisa se desenvolver, mesmo com a morosidade da vontade, pelo pouco esforço que faz para isso, a própria Lei de Progresso proporciona, mesmo a contragosto da Criatura, o avanço para se cumprir os desígnios Divinos. Assim, no futuro que se conheceria a verdade sobre o que parecia imutável, e daí resultará a libertação da concepção equivocada de fato natural, que perdurou por milênios, como o que se denominou 'milagre' aos fatos do tempo de Jesus.  

O Senhor de Nazaré, que na sua grandeza espiritual, conhecedor de todas as Ciências, sendo que veio de Altas Esferas espirituais, numa missão divina, trouxe verdades Divinas para o Mundo, que não eram suas, mas do próprio Criador, embora as vivesse, porque é cabedal natural de Sua elevada posição moral. Com isso, não é plausível que utilizasse de qualquer atitude que não fosse a verdade, assim, jamais derrogara as Leis Divinas que regem todas as coisas.   Com isto, tudo o que correu os tempos como 'milagre', não era nada mais que aplicação de Ciência que o Homem não conhecia. Nos dias atuais ainda se reluta em conhecer as Ciências Espirituais, a força da Natureza, ou seja, o mundo espiritual, que age e reage sobre o mundo material e vice-versa. 

Esse assunto, com referência a curas, o despertamento de pessoa do estado cataléptico ou do letárgico, a reconstrução de tecidos físicos carcomidos, ou reparação de aleijões, afastamento de influências espirituais maléficas sobre pessoas... requer estudos profundos para o entendimento.   

A Doutrina Espírita traz em seu arcabouço conteúdo esclarecedor sobre a Ciência Espiritual, a relação entre o mundo material e o espiritual, a influência de um sobre o outro, da comunicabilidade entre encarnados e desencarnados, a pré-existência do Espírito antes da concepção e a continuidade da vida do ser espiritual após deixar o corpo de carne, explana e apresenta elevado número de comprovações sobre a reencarnação, testifica a existência de Deus, e explica sobre a existência de vida em outros Planetas.  

Os feitos de Jesus, que ficaram conhecidos como 'milagres', e até mesmo o Seu reaparecimento após a morte na cruz, são situações naturais, que não derrogaram as Leis de Deus, é Ciência, são forças naturais do Espírito Evoluído, que, com Seus conhecimentos e Sua condição moral elevados a Sua vontade exerce poder irresistível, o que desejar e determinar acontece.  

É bom dizer, que o poder de um Espírito Superior corresponde exatamente ao seu nível de responsabilidade diante da própria consciência, portanto, na trajetória de Jesus pela Terra, em nenhum instante ocorreu equívoco.   

A Doutrina Espírita é a Terceira Revelação, o Consolador prometido por Jesus, como narrado em João 14: 16-17: "E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê nem O conhece; mas vós O conheceis, porque habita convosco, e estará em vós." 

A fé que raciocina proporciona asas para alçarmos voo além dos limites da matéria densa.  

 

        Dorival da Silva 


Referências:

1. A Gênese, cap. XIII, item 1. 

2. Idem, com base no item 4. 

3. Idem, item 4, em sequência. 

4. Idem, item 12. 

5. Idem, item 13. 

6. Idem, item 14. 

7. Idem, cap. XIV, I-1. 

 

Pós-escrito: Convido ao estudo da Doutrina Espírita, suas obras básicas são:  O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e a Gênese.  

Essas obras podem ser consultadas no endereço: 

Ou baixadas no endereço: 

Obras básicas, downloads.