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quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Decisões Grandiosas

                                             Decisões Grandiosas 

Todos os dias tomamos muitas decisões que fazem parte da prática da vida. São aquelas que compõem a rotina do trabalho, das tarefas domésticas, da escola, dos negócios, enfim, da vida. Essas decisões trazem preocupações e exigem precauções porque toda decisão carrega sua própria carga de responsabilidades.  

Mas desejo falar de outras decisões, porque as relativamente enumeradas acima pertencem à condução da vida comum. Estas estão norteadas pela tradição, pela educação, pela lei civil...  Quase sempre as decisões cotidianas são para atender necessidades imediatas, compromissos assumidos e deveres para com a família.  Embora todas as decisões apontadas sejam importantes e devam ser cumpridas, como geralmente são, mas existem decisões que estão acima de todas as convenções.  

Quase sempre essas decisões de que pretendo falar acontecem no campo extrassensorial, o que equivale a dizer, no Espírito que todos somos. 

Para chegar a esse ponto, algo precisa ocorrer em nossa trajetória de vida: um despertamento para aquilo que vai além dos limites materiais, fluindo para o campo da subjetividade, que foge do que é material e perceptíveis pelos sentidos comuns.  

Assim, começa-se a analisar as coisas da presente vida com os valores da relatividade. Embora relevantes, esses valores são finitos. Porque a busca, que parece uma ânsia -- que não se sabe ao certo o que seja e muitas vezes se confunde com doença emocional, fato constante nos dias atuais --, é, em análise mais específica, um desejo espiritual ainda não compreendido, que nenhum recurso material pode satisfazer.  

É preciso auscultar-se intimamente. Isso para conhecer-se melhor, quais são as virtudes e os defeitos que carregamos? O que somos de verdade? O que estamos fazendo nesta vida que tem um limite de tempo, o qual desconhecemos? 

Quando nos referimos às decisões grandiosas, tratamos daquelas que não estão estabelecidas em normativos de letras ou costumes terrenos, mas surgem de um despertamento para um novo estágio de consciência. Trata-se de uma busca que nasce de uma vontade particular, um desejo que impulsiona a busca de valores não materiais, claridades que se constroem no Espírito.  

Trata-se de decisões não impostas. Nascem na intimidade, porque já estavam latentes, e são cultivadas por meio de reflexões, meditações e compreensões das atitudes daqueles que os cercam, muitas vezes incapazes de imaginar tais possibilidades. Falam e realizam coisas que, para essas pessoas, são inconcebíveis, pois suas perspectivas ultrapassam os limites da matéria e alcançam os reflexos da espiritualidade superior.  

Jesus Cristo, ensina: "Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância." -- (João, 10:10). O Senhor fala da vida espiritual a todos os Espíritos, de todos os tempos. Esse ensinamento é universal e atemporal. Também em outro ponto, Ele ensina: "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque todo o que pede, recebe; e o que busca, acha; e a quem bate, abrir-se-á." (...) "Pois se vós outros, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos Céus, dará boas dádivas aos que lhes pedirem." -- (Mateus, 7:7-11) 

No primeiro versículo acima, Jesus fala da abundância. Entretanto, isso ocorrerá no Espírito e será à individualidade, de acordo com os méritos, originados dos esforços empreendidos. No registro de Mateus, o Mestre fala da ação necessária para encontrar as claridades que não são encontradas na matéria: pedir, buscar e bater. Aqui, Jesus realça o esforço da criatura para acessar o templo de Deus, que está em si mesma, no seu Espírito. A partir desse encontro e compreensão, escalará gradativamente os degraus evolutivos, esteja o indivíduo encarnado ou na vida espiritual.    

As grandes decisões de ordem espiritual ocorrem intimamente, porque representam uma mudança de estágio no caminho evolutivo. Certamente, não podem ser compreendidas por aqueles que estão abaixo dessa condição. Embora os circunstantes possam perceber certas mudanças nos interesses daqueles que tomaram uma nova direção íntima -- com os costumes que antes consideravam importantes, mas que agora parecem desinteressantes ou recebem menor valor.  

O desenvolvimento espiritual não acontece por imposição, mas por um despertamento. A busca por um novo estágio é realizada com as antenas da mente. Não há, nessa busca, nada de material, apenas percepções e compreensões, mesmo que relativas, que devem ser tratadas com reflexão e meditação. 

Todos somos Espíritos, e nele está a mente, onde ocorrem as transformações conscientes que permanecerão para sempre, em um constante progresso para alcançar um estado de plenitude.  

Sendo o Espírito de vida infinita, as decisões gloriosas são aquelas que conduzem as personalidades ao estado de perfeição espiritual. Valorizar demasiadamente o que é consumível, seja material ou emocional, é atrasar muito a jornada evolutiva, pois todos fomos criados para alcançar a plenitude espiritual. Toda demora em alcançar essa meta depende da própria criatura.  

Não é sem razão que o Guia Espiritual da Humanidade, estabelecida na Terra, conclamou: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens." -- Jesus -- (Matus, 5:16).  

                    Dorival da Silva  

Nota: As obras básicas da Doutrina Espírita (O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, e A Gênese) podem ser baixadas gratuitamente do sítio da Federação Espírita Brasileira (FEB), através do endereço eletrônico abaixo:  

domingo, 6 de agosto de 2023

Ninguém é responsável pelas nossas decisões!

 Ninguém é responsável pelas nossas decisões! 

Não é muito difícil ver e ouvir pessoas de nossas relações, ou desconhecidas, mas de expressão pública, em filme ou novela, na música…, atribuir responsabilidade de atitudes suas que não foram boas, que apresentam desfechos negativos, a este ou aquele indivíduo nomeável ou imaginário. Parece algo cultural! Mas, não tem o condão de resolver as consequências negativas dos atos praticados.   

É jargão popular dizer: “Se existe em quem colocar a culpa, o problema está resolvido!”  Isto não passa de má-fé, de imaturidade, inconsequência ou invigilância. Toda atitude, antes que levada a efeito, tem uma origem, e esse lugar, não é outro, senão na intimidade espiritual de um ser pensante. Somente um ser humano tem essa capacidade. Nesse mesmo lugar existem a razão e o discernimento. Há a possibilidade da reflexão, que permite a antevisão do desfecho do que se está mourejando. Assim, o que não é bom pode ser neutralizado, evitando-se danos. Levar adiante o que é visto que trará consequência negativa é premeditação do mal, então, o mal está na origem, ou seja, na intimidade da Alma. Em conta disso, a responsabilidade jamais poderá ser atribuída ou transferida para outrem.   

Subterfúgios, interpretação alhures da lei civil ou criminal, tentativa de corrupção de consciência na tentativa de isenção de responsabilidade de seus atos é mera ilusão, sabendo que somos seres imortais, espiritualmente considerando, e nunca nos livraremos do que nos pertence. Jesus-Cristo, O Mestre e Guia da Humanidade, ensinou: “A cada um segundo a suas obras”.  A Sua visão é ampla, porque não está limitada a exiguidade dos limites carnais, o alcance é Universal. Vê na sua grandiosidade de ser “Solar”, que viveu lucidamente a vida do corpo, tanto quanto a vida espiritual, tendo a capacidade de conhecer a trajetória de todos os habitantes da Terra. Assim, pôde ensinar a verdade!  

Com referência ao Evangelho de Jesus, onde consta o rumo e as condições da tal salvação, mas, que em profundidade poucos a compreendem, no geral, acham-se que esse assunto é muito bom para os outros, para os líderes religiosos, para os idosos… Então, esse tema mal compreendido, e que se julgam pouco importante, fica relegado em algum canto da estante, ou em algum minúsculo escaninho do cérebro, no entanto, não encontra assimilação na alma.  

O que é essa tal salvação a que o Evangelho se refere? Quando damos importância para isso, é como alguém que estivesse retido em ambiente minúsculo, com visão restrita aos limites das paredes e as poucas possibilidades oferecidas pelas janelas, e, inopinadamente se visse numa praia contemplando a vastidão do horizonte, que se confunde com a grandiosidade do céu. 

O conhecimento e a vivência da mensagem de Jesus ampliam os limites da alma, a atmosfera espiritual do indivíduo é outra, embora esteja na matéria, a compreensão de tudo que ocorre na sua vivência tem significado diferente, vive-se esse momento, mas o sentimento se alonga para o futuro. Fica compressível a questão do perdão das ofensas, a tolerância das faltas alheias, o entender que os outros também têm dificuldades das mais variadas, e sofrem com as consequências negativas, que muitas vezes não compreendem por que ocorrem.  

O salvamento nesse caso é deixar os hábitos arraigados, as viciações, as mesmices, sejam de aspectos físicos ou morais, principalmente estes, e ter a capacidade de análise das ocorrências da vida consigo e com os outros, corrigindo aquilo que em si é negativo, para não o repetir, compreendendo o pertencente a outrem, tolerando-o. 

Trata-se de um salvamento de nós mesmos, da nossa ignorância sobre a vida espiritual que vivemos, sendo que o estado espiritual nunca se interrompe, sempre vivemos a vida, Vida. Essa Vida somos nós mesmos. Um dia fomos criados e jamais deixaremos de existir, nosso caminho é a eternidade. A vida num corpo físico, o que já ocorreu por indefinidas vezes, são intervalos-oportunidades de refazimentos, reposicionamentos, sedimentação de valores espirituais, aquisição de recursos intelectuais e morais…  

Jesus e a sua mensagem não são quimeras! 


                              Dorival da Silva.


As obras básicas que compõem a Doutrina Espírita podem ser consultadas na: Kardecpedia - Estude as obras de Allan Kardec

Também podem ser baixadas no endereço:

Obras de Allan Kardec – FEB (febnet.org.br)