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sexta-feira, 2 de março de 2012

Compreensão Espírita

O espírita quando, finalmente, alcança a compreensão de que, espiritualmente, trabalha para si e não para os outros:  -- nada mais o faz recuar, nada mais o desanima, nada mais o entristece, nada mais o decepciona, nada mais o magoa...

Quando o servidor de Jesus na seara espírita, conquista o entendimento maior de que é o artífice da própria felicidade, na construção cotidiana do destino, nada mais o abate, nada mais o desespera, nada mais o deprime...

Quando o discípulo do Evangelho nas luzes da Terceira Revelação, assimila, em espírito e verdade, as lições do Mestre, ele não mais se permite cruzar os braços, perder tempo em polêmicas estéreis, tecer críticas destrutivas; ele não mais se consente a ociosidade, malbaratando o tesouro dos minutos; ele se esforça sem procurar reconhecimento, aplausos, louvores, elogios, destaques meramente humanos; trabalha como quem presta obediência unicamente a Deus, na convicção inabalável de que a Lei o observa em ação, registrando o menor de seus gestos, e considera as suas intenções em tudo quanto faz!

Quando o espírita atinge, assim, a maioridade espiritual a que estamos nos referindo, liberta-se das querelas humanas, emancipa-se das picuinhas terrestres que, para tantos outros, constituem provações difíceis de serem superadas...

Contam-se aos milhares as almas que poderiam avançar, mas que permanecem estacionadas, porque se deixam paralisar pelas energias pessimistas. 

Quando o espírita logra o estágio de sua própria emancipação íntima, caminha imperturbável, realizando sempre, trabalhando com alegria e oferecendo de si mesmo o melhor do melhor.

Albino Teixeira
Psicografia  do médium: Carlos A. Baccelli,  
extraída    do livro  Mediunidade, Corpo e Alma.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Fidelidade


            Relação de confiança exige fidelidade de propósito. Não há empreendimento que se realize a contento se não existe comprometimento com a sua finalidade.  Assim é nas questões do mundo material, quando aí  impera os interesses imediatos, os resultados financeiros e econômicos. Quando se fala de relacionamento humano, não deixa de ser relacionamento espiritual, muito embora esteja vivendo a etapa física, a reencarnação.    O corpo físico é apenas o instrumento de manifestação do Espírito. As vontades e desejos ocorrem na alma, por isso é a responsável pelas vitórias e desgraças no transcurso da fase material da vida.

            A compreensão sobre a realidade da vida, sua complexidade e finalidade, consciência  de que vem de longínquas eras, numa frenética aquisição e experiências, ajustes, acertos e erros, mostra a necessidade da fidelidade ao rumo traçado pelo Criador para os seus filhos, que é chegar à perfeição.

            Essa perfeição só se chega com a conquista da lucidez do Espírito, quando exerce suas responsabilidades espontaneamente com conhecimento de causa, com autonomia. Jesus trouxe o seu evangelho que é guia seguro para o aperfeiçoamento do ser Espiritual. Sem esse trânsito pela mensagem do Cristo não se chega a Deus, conquanto Ele se encontre em toda parte.

            O problema não é Deus chegar até nós, que isto Ele já faz desde o início da Criação, dada a sua grandeza e bondade que está em todos os seus filhos; mas o problema consiste em a criatura aproximar-se de Deus pelas suas conquistas no bem. A Doutrina Espírita tem como sua bandeira: “Fora da caridade não há salvação”, porque esta também é a bandeira do Cristo.

            Buscar a fidelidade à proposta de Jesus é a transformação do ser bruto em sublimado e não é indicação para um em detrimento de outro. É condição universal.  A espera de Deus é por todos os seus filhos, não importa quanto seja criminoso ou não, o que importa é que tenha se limpado de todas as mazelas na esteira do tempo.

            A dor não está presente na vida do homem sem razão e se encontra no físico como na alma.  Tem-se que entender que não há injustiça em lugar nenhum, trata-se sempre de colheita da semeadura de alguma época, que pode ser de outras vidas. Essa dor tão temida nada mais é do que o anjo que vem ao encontro do transeunte espiritual para salvá-lo, porque o homem não tem coragem de pagar suas pendências para com a vida de livre e espontânea vontade. Solução que se daria com o exercício do amor em relação ao próximo. “A caridade cobre uma multidão de pecados”, mas não ocorre por palavras ou gestos de hipocrisia ou fingimentos em realizar o bem.

            Não há caridade se não existe amor, interesse no próximo, disponibilidade emocional para a sua consecução. Nem sempre consiste em oferecer coisas materiais. Às vezes isto é indispensável, mas, sim, o atendimento das suas necessidades emocionais com a atenção, orientação adequada, ou até mesmo o silêncio cordial.

            Todos os que se propõem aplicar a mensagem de Jesus em seus dias, naturalmente tornam-se psicólogos naturais, que aprendem a ouvir, a falar, a silenciar, em benefício do próximo, deixando, muitas vezes, que a emoção transmita as suas vibrações amorosas, de coração a coração, mais precisamente de Espírito a Espírito.

            A fidelidade maior a Deus é a aplicação do amor em favor do próximo. Jesus lecionou: “quem atende aos pequeninos, aos fracos e oprimidos é a mim mesmo que atende”, em outras palavras: Fidelidade ao Criador, amor ao próximo.

Dorival da Silva