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quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Amai-vos

Amai-vos

“Não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade.” - João. (I João, 3:18.)
Por norma de fraternidade pura e sincera, recomenda a Palavra Divina: “Amai-vos uns aos outros.”
Não determina seleções.
Não exalta conveniências.
Não impõe condicionais.
Não desfavorece os infelizes.
Não menoscaba os fracos.
Não faz privilégios.
Não pede o afastamento dos maus.
Não desconsidera os filhos do lar alheio.
Não destaca a parentela consanguínea.
Não menospreza os adversários.
E o apóstolo acrescenta: “Não amemos de palavra, mas através das obras, com todo o fervor do coração.”
O Universo é o nosso domicílio.
A Humanidade é a nossa família.
Aproximemo-nos dos piores, para ajudar.
Aproximemo-nos dos melhores, para aprender.
Amarmo-nos, servindo uns aos outros, não de boca, mas de coração, constitui para nós todos o glorioso caminho de ascensão.
  
Mensagem extraída da obra: Vinha de Lua, ditada pelo Espírito Emmanuel, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 130, publicada em 1951.
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Reflexão: Para amar é preciso que o amor esteja em nós. No entanto, somos imperfeitos e esse sentimento é conquista crescente na intimidade de cada um de acordo com a lucidez alcançada diante da vida.

O exercício de amar se verifica ao choque dos comportamentos contrários ou divergentes ao estado de conforto emocional.  O que não é exatamente a relação com os posicionamentos emocionais opostos aos nossos, tais como: honesto e desonesto; falso e verdadeiro...

O problema que incomoda é encontrar a manifestação de comportamento que reflete identicamente a nossa própria condição emocional. Proporcionando uma reação de descontentamento, de ódio, de inveja, de birra, de desconfiança, de inferioridade, de falsa superioridade, de orgulho, de egoísmo, de...

Então como amar o próximo se não nos amamos? Precisamos nos amar.  Como será isso? Certamente não se dará num passe de mágica? É preciso se conhecer e para isso é preciso conviver com o nosso próximo, principalmente, os mais próximos.  Percebermos as nossas reações diante de tudo o que ocorre nas convivências diárias, não reagirmos como o animal faz por instinto, agredindo inconscientemente, mas utilizando os fatos para verificarmos a nossa posição, e aprofundarmos reflexão sobre as ocorrências.

Isso traz sofrimento para quem se propõe a se amar, leva àquele de bom propósito a buscar remédio eficaz, que é fácil de ser encontrado, que muitas das vezes está no seu próprio armário, muito maltratado, que é o Evangelho de Jesus, comum a todos os credos.

Agora, por certo, não será uma leitura superficial, com os olhos visitando as letras há muito conhecidas e até decoradas, será busca mais aprofundada, pois o nosso estado emocional pede mais consistência, porque estamos sofrendo, meditamos, não desejamos explodir, queremos refrigério consciente, o tratamento definitivo.

“Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo”.  (Jesus; Mateus, 11:28 a 30.)

Não é sem razão, que o meio familiar, onde se encontram os próximos mais próximos, com raras exceções, é ambiente tumultuoso, pois, sendo que os iguais no campo dos interesses e das emoções se atraem, além de que são devedores e credores uns dos outros, resultantes de vidas passadas, em que foram parentes ou não, possivelmente vítimas e algozes dentro dos contextos que viveram.

Todos precisamos nos amar e amar o próximo, somente assim anularemos transformando as cargas deletérias que estabelecemos em nossa alma, em virtudes que nos dulcificarão, e, assim, ocorrendo com todos, alçaremos o estado de plenitude, onde estas virtudes se refletirão nos outros e retornarão ampliando a soma de paz e felicidades que todos almejam.

“Entretanto, faz depender de uma condição a sua assistência e a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição está na lei por Ele (Jesus) ensinada. Seu jugo é a observância dessa lei; mas esse jugo é leve e a lei é suave, pois que apenas impõe, como dever, o amor e a caridade.” (O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cristo Consolador – capítulo VI, item 2)

                                                                         Dorival da Silva

sábado, 21 de julho de 2012

Enfermidades da Alma



Gravame de significado perigoso nos relacionamentos humanos é a intriga.

Perversa, é semelhante à erva daninha e traiçoeira que medra no jardim das amizades, gerando desconforto e agressividade.

A intriga é enfermidade da alma que se alastra perigosamente na sociedade, tornando-se terrível inimiga dos bons costumes.

O intrigante é sempre alguém infeliz e invejoso que projeta os seus conflitos onde se encontra, alegrando-se com os embaraços que proporciona no meio social.

À semelhança de cupim sorrateiro, destrói sem ser vista, até o momento em que as resistências fragilizadas de suas vítimas rompem-se, dando lugar ao caos, à destruição.

Muitas vezes, o insensato não faz idéia do poder mefítico da intriga, permitindo-se-lhe a manifestação verbal ou gráfica, por falta de responsabilidade ou desvio de conduta psicológica.

Da simples referência a respeito de alguém ou de algum acontecimento adulterado pela imaginação enferma, surge a rede das informações infelizes que dilaceram as vidas que lhes são o alvo inditoso.

Ninguém, na Terra, encontra-se indene à difamação das pessoas espiritualmente enfermas, e, uma vez atingidos pelas flechas das narrações deturpadas, os homens se deixam sucumbir, abandonando os propósitos superiores em que se fixavam, sem ânimo para o prosseguimento nos ideais abraçados.

Lamentavelmente, a intriga consegue grassar com imensa facilidade em quase todos os grupamentos sociais, religiosos, familiares, políticos, de todos os matizes, em razão de alguns dos seus membros encontrar-se em desarmonia interior.

Todo o empenho deve ser aplicado para a vitória sobre a intriga.

Cabe àqueles que são devotados ao bem não darem ouvidos à intriga que se apresenta disfarçada de maledicência, de censura em relação a outrem ausente, aplicando o antídoto do silêncio nesse trombetear da maldade.

Cuidasse, o intrigante, do próprio comportamento e dar-se-ia conta do quanto necessita de corrigir, em si mesmo, ao invés de projetar no seu próximo o morbo infeccioso.

Toda censura com sinais de acusação é filha da crueldade que se converte em intriga.,

São célebres as intrigas das cortes, nas quais os ociosos e inúteis compraziam-se em tecer redes vigorosas que asfixiavam as melhores expressões do trabalho, que mesmo imperfeitas ou necessitadas de aprimoramento, produziam o bem...

Nada se edifica ou se faz sem o exercício, em cujo início os equívocos têm lugar.
As mais colossais realizações são resultado de pequenos ou incertos tentames.

O intrigante, porém, sempre ativo e vigilante, porque insidioso, logo se apropria da mínima falha que observa em qualquer projeto para investir furibundo e devastador.

*  *  *
Jesus referiu-se com firmeza àquele que vê o argueiro no olho do próximo, embora a trave pesada que se encontra no seu.

Sê tu, no entanto, aquele que adota a complacência, que compreende o limite e a dificuldade do outro.

Fala, quando a atua boca possa cantar o bem de que está cheio o teu coração.

A palavra enunciada torna-te servo, enquanto que a silenciada faz-te dela senhor.

Não estás convidado para vigiar o próximo, mas para conviver e trabalhar com ele.

Tocado no sentimento pelo amor, usa a bondade nas tuas considerações em relação às demais pessoas com as quais convives ou não.

Faze-te a criatura gentil por quem todos anelam, estando sempre às ordens dos Mensageiros da luz para o serviço da fraternidade e da construção do bem no mundo.

A palavra é portadora de grande poder, tanto para estimular, conduzir à plenitude, assim como para gerar sofrimento, destruição e amargura...

Guerras terríveis, representando a inferioridade humana, surgiram de intrigas de pequeno porte, que se tornaram ameaças terríveis...

Tratados de paz e de união também são frutos do acordo pela parlamentação e graças às decisões de alto porte.

Tem, pois, cuidado com o que falas, a respeito do que ouves, vês ou participas. Serás responsável pelo efeito das expressões que externes, em razão do seu conteúdo.

Convidado a servir na Seara de Jesus, mantém-te vigilante em relação a essa enfermidade que contagia: a intriga!

Tentado, em algum momento, a acusar, a criar situações danosas, resiste e silencia, legando ao tempo a tarefa que lhe compete. 

Isso não quer dizer conivência com o erro, mas interrupção da corrente prejudicial, mantida pela intriga.  Antes, significa também a decisão de não vitalizar o mal, mantendo-te em paz, sustentado pela irrestrita confiança em Deus, na execução da tarefa abraçada, seja ela qual for.

A intriga apresenta-se de forma sutil ou atrevidamente, produzindo choques emocionais que se transformam em dores naqueles que lhes padecem a injunção cruenta.

* * *
Allan Kardec, o nobre mensageiro do Senhor, preocupado com o próprio e o comportamento dos indivíduos, buscando uma diretriz segura para evitar a intriga e outros desvios na convivência social, indagou aos guias espirituais, conforme se lê na questão 886, de O Livro dos Espíritos-- Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como entendia Jesus?  

E eles responderam com expressiva sabedoria: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas”.

Nessa resposta luminosa encontra-se todo um tratado de ética para bem viver, ser feliz e contribuir para a alegria dos outros.
Joanna de Angelis

(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco,
na reunião mediúnica da noite de 23 de janeiro de 2012, no
Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)

Nota da autora espiritual. N. da R.: Op. Cit.
Trad. Guillon Ribeiro, 91, ed. 2 reimp.
Rio de Janeiro: FEB, 2010.