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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Vírus destruidor

Vírus destruidor

A intriga é semelhante a um vírus destruidor que se multiplica rapidamente, aniquilando a organização de que se nutre.
Imiscui-se sutilmente e prolifera com volúpia, irradiando a sua morbidez devastadora.
Com facilidade transfere-se de uma para outra vítima, conseguindo gerar o ambiente pestífero que lhe é próprio.
O intrigante, por sua vez, é enfermo da alma, portando graves distúrbios emocionais e morais.
É invejoso, e transfere-se da conduta deplorável que lhe é característica para a das acusações perniciosas; é portador de complexo de inferioridade, mantendo sentimentos competitivos com os demais, e porque não possui os requisitos hábeis para vencer, oculta-se na intriga, mediante a qual denigre aquele de quem se faz opositor; é perverso, porque respira mágoas a respeito do seu próximo, que procura anular através das covardes assacadilhas...
Urde planos nefastos e mascara-se com sorrisos pérfidos com que engana as suas vítimas, enquanto as combate com ferocidade.
Sempre armados, a sua imaginação corrompe tudo quanto ouve e vê, adaptando à vérmina que traz no pensamento. Ninguém se livra da intriga insidiosa e cruel.
São célebres na História da Humanidade as intrigas palacianas...
Nas cortes, onde a frivolidade e o ócio predominavam, as intrigas no passado, assim como no presente, têm sido o alimento mantenedor dos parasitas morais que as constituem.
Quase todas as criaturas têm sido abaladas pela insídia da sua maldade, derrubando potentados e afastando pessoas nobres da execução dos seus elevados ideais.
Tronos são derruídos pela insídia da intriga; reis e potestades tombam nas malhas que as asfixiam.
A intriga é irmão gêmea da traição que se homizia no âmago dos Espíritos infelizes.
Todo grupamento social, político, acadêmico, popular, religioso, cultural ou de trabalho e de lazer, é vítima dos profissionais da intriga, neles integrados com os nefandos objetivos de os desagregar.
...E a intritga campeia a soldo da insegurança, da imaturidade psicológica das criaturas humanas.
O intrigante é instrumento dócil das Trevas que pretendem manter a sociedade na ignorância, no atraso moral, a fim de nutrir-se das emanações humanas que vampirizam.
Movimenta-se com facilidade porque é pusilânime, tornando-se hoje amigo daquele que no passado feriu, e assim, sucessivamente, em relação às pessoas que, no futuro, serão suas vítimas.
Alegra-se ao ver os distúrbios que provoca sem deixar-se trair, sorrindo de prazer ante as injunções penosas que a sua conduta reprochável dá lugar.
Encontra-se em toda parte, por constituir larga fatia da sociedade inditosa que se compraz na maledicência, nas observações distorcidas...
São necessários antídotos vigorosos para sanar essa epidemia ou muita água em forma de paciência e compaixão para apagar os incêndios morais que provoca.
A intriga é semelhante a cupim que destrói a fonte de onde retira o alimento, sem deixar vestígios externos, até o momento em que se desorganizam as estruturas nas quais se refugia.
*   *   *
Fecha os ouvidos à persuasiva palavra simulada do intrigante, que te escolhe para a catarse da própria desdita.
Não passes adiante a informação infeliz que ele te transmite com o objetivo de envenenar-te o que, invariavelmente, consegue.
Abafa a intriga que te chega ao conhecimento no poderoso algodão do silêncio e da dignidade.
Desarma-te, em relação ao teu irmão, adquire autoconfiança e autoconsciência, que te instrumentalizam para não aceitares a morbidez da intriga destruidora.
Mesmo no colégio galileu, a intriga e o ciúme campeavam, culminando na traição de Judas e em negação de Pedro em referência a Jesus, que sempre os amou.
Sê fiel ao teu ideal, mantendo lealdade com relação àqueles que constituem a tua família biológica, quanto a espiritual.
Não agasalhes informações nefastas, deixando-te contaminar pelo morbo sempre ativo da intriga.
Respeita a concha dos teus ouvidos, preservando-a da intriga e dignifica a tua voz não a propagando, dessa maneira deixando-a diluir-se no oceano da tua conduta moral.
Aqueles que se permitem criar embaraços ao seu próximo, acusando-os, indevidamente, tecendo as redes das informações malsãs,  vigiando-os de forma implacável, empurrando-os na direção do abismo do desânimo e do sofrimento, tornam-se responsáveis pelo mal que lhes venha acontecer.
São as mãos invisíveis que os asfixiam e as forças infelizes que os comprimem, derrubando-os pelo caminho da evolução.
Se alguém, por acaso, não corresponde à tua confiança, nem retribui o teu comportamento sadio, não te aflijas, porque o infeliz é ele que, ingrato, não é capaz de compreender a beleza nem o significado da amizade legítima.
Em qualquer circunstância, sê aquele que vive com elevação e honradez, a fim de que longos e saudáveis sejam os teus dias na viagem abençoada pela Terra.
Divulga o bem e canta a glória da afeição pura, entronizando na mente e na emoção, os valores da alegria defluente dos deveres retamente cumpridos.
Embora aceito pelos frívolos, o intrigante é detestado e temido por todos, que lhe conhecem o caráter e percebem que, de um para outro momento, poderão ser-lhes vítimas também.
O que fazem com os outros, certamente farão contigo, sem compaixão.
*   *   *
Jesus recomendou a vigilância e a oração como terapia preventiva e curadora, para uma existência digna e feliz.
Vigia as nascentes do coração para que nelas brote a água lustral do amor que se expande, enquanto orarás, arando com os tratores da caridade, os solos humanos que a vida te oferece.
Intriga, jamais!
Joanna de Angelis
Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica
da noite de 10 de setembro de 2012, no Centro Espírita Caminho da Redenção,
em Salvador, Bahia.
Em 24.09.2012.

Mensagem extraída do sítio: http://www.divaldofranco.com/mensagens.php?not=301

sábado, 21 de julho de 2012

Enfermidades da Alma



Gravame de significado perigoso nos relacionamentos humanos é a intriga.

Perversa, é semelhante à erva daninha e traiçoeira que medra no jardim das amizades, gerando desconforto e agressividade.

A intriga é enfermidade da alma que se alastra perigosamente na sociedade, tornando-se terrível inimiga dos bons costumes.

O intrigante é sempre alguém infeliz e invejoso que projeta os seus conflitos onde se encontra, alegrando-se com os embaraços que proporciona no meio social.

À semelhança de cupim sorrateiro, destrói sem ser vista, até o momento em que as resistências fragilizadas de suas vítimas rompem-se, dando lugar ao caos, à destruição.

Muitas vezes, o insensato não faz idéia do poder mefítico da intriga, permitindo-se-lhe a manifestação verbal ou gráfica, por falta de responsabilidade ou desvio de conduta psicológica.

Da simples referência a respeito de alguém ou de algum acontecimento adulterado pela imaginação enferma, surge a rede das informações infelizes que dilaceram as vidas que lhes são o alvo inditoso.

Ninguém, na Terra, encontra-se indene à difamação das pessoas espiritualmente enfermas, e, uma vez atingidos pelas flechas das narrações deturpadas, os homens se deixam sucumbir, abandonando os propósitos superiores em que se fixavam, sem ânimo para o prosseguimento nos ideais abraçados.

Lamentavelmente, a intriga consegue grassar com imensa facilidade em quase todos os grupamentos sociais, religiosos, familiares, políticos, de todos os matizes, em razão de alguns dos seus membros encontrar-se em desarmonia interior.

Todo o empenho deve ser aplicado para a vitória sobre a intriga.

Cabe àqueles que são devotados ao bem não darem ouvidos à intriga que se apresenta disfarçada de maledicência, de censura em relação a outrem ausente, aplicando o antídoto do silêncio nesse trombetear da maldade.

Cuidasse, o intrigante, do próprio comportamento e dar-se-ia conta do quanto necessita de corrigir, em si mesmo, ao invés de projetar no seu próximo o morbo infeccioso.

Toda censura com sinais de acusação é filha da crueldade que se converte em intriga.,

São célebres as intrigas das cortes, nas quais os ociosos e inúteis compraziam-se em tecer redes vigorosas que asfixiavam as melhores expressões do trabalho, que mesmo imperfeitas ou necessitadas de aprimoramento, produziam o bem...

Nada se edifica ou se faz sem o exercício, em cujo início os equívocos têm lugar.
As mais colossais realizações são resultado de pequenos ou incertos tentames.

O intrigante, porém, sempre ativo e vigilante, porque insidioso, logo se apropria da mínima falha que observa em qualquer projeto para investir furibundo e devastador.

*  *  *
Jesus referiu-se com firmeza àquele que vê o argueiro no olho do próximo, embora a trave pesada que se encontra no seu.

Sê tu, no entanto, aquele que adota a complacência, que compreende o limite e a dificuldade do outro.

Fala, quando a atua boca possa cantar o bem de que está cheio o teu coração.

A palavra enunciada torna-te servo, enquanto que a silenciada faz-te dela senhor.

Não estás convidado para vigiar o próximo, mas para conviver e trabalhar com ele.

Tocado no sentimento pelo amor, usa a bondade nas tuas considerações em relação às demais pessoas com as quais convives ou não.

Faze-te a criatura gentil por quem todos anelam, estando sempre às ordens dos Mensageiros da luz para o serviço da fraternidade e da construção do bem no mundo.

A palavra é portadora de grande poder, tanto para estimular, conduzir à plenitude, assim como para gerar sofrimento, destruição e amargura...

Guerras terríveis, representando a inferioridade humana, surgiram de intrigas de pequeno porte, que se tornaram ameaças terríveis...

Tratados de paz e de união também são frutos do acordo pela parlamentação e graças às decisões de alto porte.

Tem, pois, cuidado com o que falas, a respeito do que ouves, vês ou participas. Serás responsável pelo efeito das expressões que externes, em razão do seu conteúdo.

Convidado a servir na Seara de Jesus, mantém-te vigilante em relação a essa enfermidade que contagia: a intriga!

Tentado, em algum momento, a acusar, a criar situações danosas, resiste e silencia, legando ao tempo a tarefa que lhe compete. 

Isso não quer dizer conivência com o erro, mas interrupção da corrente prejudicial, mantida pela intriga.  Antes, significa também a decisão de não vitalizar o mal, mantendo-te em paz, sustentado pela irrestrita confiança em Deus, na execução da tarefa abraçada, seja ela qual for.

A intriga apresenta-se de forma sutil ou atrevidamente, produzindo choques emocionais que se transformam em dores naqueles que lhes padecem a injunção cruenta.

* * *
Allan Kardec, o nobre mensageiro do Senhor, preocupado com o próprio e o comportamento dos indivíduos, buscando uma diretriz segura para evitar a intriga e outros desvios na convivência social, indagou aos guias espirituais, conforme se lê na questão 886, de O Livro dos Espíritos-- Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como entendia Jesus?  

E eles responderam com expressiva sabedoria: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas”.

Nessa resposta luminosa encontra-se todo um tratado de ética para bem viver, ser feliz e contribuir para a alegria dos outros.
Joanna de Angelis

(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco,
na reunião mediúnica da noite de 23 de janeiro de 2012, no
Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.)

Nota da autora espiritual. N. da R.: Op. Cit.
Trad. Guillon Ribeiro, 91, ed. 2 reimp.
Rio de Janeiro: FEB, 2010.