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quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Doutrina Espírita



Doutrina Espírita

 

Toda crença é respeitável.

No entanto, se buscaste a Doutrina Espírita, não lhe negues fidelidade.

Toda religião é sublime.

No entanto, só a Doutrina Espírita consegue explicar-te os fenômenos mediúnicos em que toda religião se baseia.

Toda religião é santa nas intenções.

No entanto, só a Doutrina Espírita pode guiar-te na solução dos problemas do destino e da dor.

Toda religião auxilia.

No entanto, só a Doutrina Espírita é capaz de exonerar-te do pavor ilusório do inferno, que apenas subsiste na consciência culpada.

Toda religião é conforto na morte.

No entanto, só a Doutrina Espírita é suscetível de descerrar a continuidade da vida, além do sepulcro.

Toda religião apregoa o bem como preço do paraíso aos seus profitentes.

No entanto, só a Doutrina Espírita estabelece a caridade incondicional como simples dever.

Toda religião exorciza os Espíritos infelizes. No entanto, só a Doutrina Espírita se dispõe a abraçá-los, como a doentes, neles reconhecendo as próprias criaturas humanas desencarnadas, em outras faixas de evolução.

Toda religião educa sempre.

No entanto, só a Doutrina Espírita é aquela em que se permite o livre exame, com o sentimento livre de compressões dogmáticas, para que a fé contemple a razão, face a face.

Toda religião fala de penas e recompensas.

No entanto, só a Doutrina Espírita elucida que todos colheremos conforme a plantação que tenhamos lançado à vida, sem qualquer privilégio na Justiça Divina.

Toda religião erguida em princípios nobres, mesmo as que vigem nos outros continentes, embora nos pareçam estranhas, guardam a essência cristã.

No entanto, só a Doutrina Espírita nos oferece a chave precisa para a verdadeira interpretação do Evangelho. 
Porque a Doutrina Espírita é em si a liberalidade e o entendimento, há quem julgue seja ela obrigada a misturar-se com todas as aventuras marginais e com todos os exotismos, sob pena de fugir aos impositivos da fraternidade que veicula.

Dignifica, assim, a Doutrina que te consola e liberta, vigiando-lhe a pureza e a simplicidade, para que não colabores, sem perceber, nos vícios da ignorância e nos crimes do pensamento.

«Espírita» deve ser o teu caráter, ainda mesmo te sintas em reajuste, depois da queda.

«Espírita» deve ser a tua conduta, ainda mesmo que estejas em duras experiências.

«Espírita» deve ser o nome de teu nome, ainda mesmo respires em aflitivos combates contigo mesmo.

«Espírita» deve ser o claro adjetivo de tua instituição, ainda mesmo que, por isso, te faltem as passageiras subvenções e honrarias terrestres.

Doutrina Espírita quer dizer Doutrina do Cristo. E a Doutrina do Cristo é a doutrina do aperfeiçoamento moral em todos os mundos.

Guarda-a, pois, na existência, como sendo a tua responsabilidade mais alta, porque dia virá em que serás naturalmente convidado a prestar-lhe contas. 


Do cap. 80 do livro Religião dos Espíritos, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.

Extraída da Revista Eletrônica "O Consolador", no endereço:
http://www.oconsolador.com.br/ano6/293/emmanuel.html

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Fidelidade


            Relação de confiança exige fidelidade de propósito. Não há empreendimento que se realize a contento se não existe comprometimento com a sua finalidade.  Assim é nas questões do mundo material, quando aí  impera os interesses imediatos, os resultados financeiros e econômicos. Quando se fala de relacionamento humano, não deixa de ser relacionamento espiritual, muito embora esteja vivendo a etapa física, a reencarnação.    O corpo físico é apenas o instrumento de manifestação do Espírito. As vontades e desejos ocorrem na alma, por isso é a responsável pelas vitórias e desgraças no transcurso da fase material da vida.

            A compreensão sobre a realidade da vida, sua complexidade e finalidade, consciência  de que vem de longínquas eras, numa frenética aquisição e experiências, ajustes, acertos e erros, mostra a necessidade da fidelidade ao rumo traçado pelo Criador para os seus filhos, que é chegar à perfeição.

            Essa perfeição só se chega com a conquista da lucidez do Espírito, quando exerce suas responsabilidades espontaneamente com conhecimento de causa, com autonomia. Jesus trouxe o seu evangelho que é guia seguro para o aperfeiçoamento do ser Espiritual. Sem esse trânsito pela mensagem do Cristo não se chega a Deus, conquanto Ele se encontre em toda parte.

            O problema não é Deus chegar até nós, que isto Ele já faz desde o início da Criação, dada a sua grandeza e bondade que está em todos os seus filhos; mas o problema consiste em a criatura aproximar-se de Deus pelas suas conquistas no bem. A Doutrina Espírita tem como sua bandeira: “Fora da caridade não há salvação”, porque esta também é a bandeira do Cristo.

            Buscar a fidelidade à proposta de Jesus é a transformação do ser bruto em sublimado e não é indicação para um em detrimento de outro. É condição universal.  A espera de Deus é por todos os seus filhos, não importa quanto seja criminoso ou não, o que importa é que tenha se limpado de todas as mazelas na esteira do tempo.

            A dor não está presente na vida do homem sem razão e se encontra no físico como na alma.  Tem-se que entender que não há injustiça em lugar nenhum, trata-se sempre de colheita da semeadura de alguma época, que pode ser de outras vidas. Essa dor tão temida nada mais é do que o anjo que vem ao encontro do transeunte espiritual para salvá-lo, porque o homem não tem coragem de pagar suas pendências para com a vida de livre e espontânea vontade. Solução que se daria com o exercício do amor em relação ao próximo. “A caridade cobre uma multidão de pecados”, mas não ocorre por palavras ou gestos de hipocrisia ou fingimentos em realizar o bem.

            Não há caridade se não existe amor, interesse no próximo, disponibilidade emocional para a sua consecução. Nem sempre consiste em oferecer coisas materiais. Às vezes isto é indispensável, mas, sim, o atendimento das suas necessidades emocionais com a atenção, orientação adequada, ou até mesmo o silêncio cordial.

            Todos os que se propõem aplicar a mensagem de Jesus em seus dias, naturalmente tornam-se psicólogos naturais, que aprendem a ouvir, a falar, a silenciar, em benefício do próximo, deixando, muitas vezes, que a emoção transmita as suas vibrações amorosas, de coração a coração, mais precisamente de Espírito a Espírito.

            A fidelidade maior a Deus é a aplicação do amor em favor do próximo. Jesus lecionou: “quem atende aos pequeninos, aos fracos e oprimidos é a mim mesmo que atende”, em outras palavras: Fidelidade ao Criador, amor ao próximo.

Dorival da Silva