Quem segue
“E
outra vez lhes falou Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará
em trevas, mas terá a luz da vida.” - (João, 8:12.)
Há
crentes que se não esquivam às imposições do culto exterior.
Reclamam
a genuflexão e o público trovejante, de momento a momento.
Preferem
outros o comentário leviano, acerca das atividades gerais da fé religiosa,
confiando-se a querelas inúteis ou barateando os recursos divinos.
A
multidão dos seguidores, desse tipo, costuma declarar que as atitudes externas
e as discussões doentias representam para ela sacrossanto dever; contudo, tão
logo surgem inesperados golpes do sofrimento ou da experiência na estrada
vulgar, precipita-se em sombrio desespero, recolhendo-se em abismos sem esperança.
Nessas
horas cinzentas, os aprendizes sentem-se abandonados e oprimidos, mostrando a
insuficiência interna. Muitos se fazem relaxados nas obrigações, afirmando-se
desprotegidos de Jesus ou esquecidos do Céu.
Isso
ocorre, porém, porque não ouviram a revelação divina, qual se faz necessário.
O
Mestre não prometeu claridade à senda dos que apenas falam e creem. Assinou, no
entanto, real compromisso de assistência continua aos discípulos que o seguem.
Nesse passo, é importante considerar que Jesus não se reporta a lâmpadas de
natureza física, cujas irradiações ferem os olhos orgânicos. Assegurou a doação
de luz da vida. Quem efetivamente se dispõe a acompanhá-lo, não encontrará
tempo a gastar com exames particularizados de nuvens negras e espessas, porque
sentirá a claridade eterna, dentro de si mesmo.
Quando
fizeres, pois, o costumeiro balanço de tua fé, repara, com honestidade
imparcial, se estás falando apenas do Cristo ou se procuras seguir-lhe os
passos, no caminho comum.
Mensagem extraída da obra: Vinha de Luz, ditada
pelo Espírito Emmanuel, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo
146
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REFLEXÃO:
É de grande importância percebermos
que vivemos num corpo material num mundo material ao mesmo tempo que somos
Espíritos e transpassamos a temporalidade e somos permanentes, vez que a vida
do Espírito não sofre interrupção em tempo algum. Dessa forma, o nosso caminhar
no Mundo precisa ter uma compreensão mais condizente com as realidades da matéria
e do mundo espiritual, o finito e o infinito, sendo que as construções na fase
da vida material, reencarnação, sirvam de resultados substanciosos que
permanecerão na intimidade da Alma como valores iluminativos. "A luz da
vida", a que Jesus se refere, trata-se de conquista da Alma, enquanto
transita na vida material, portanto, é valor moral, conquista espiritual,
combustível permanente e imperecível. Faz com que o Espírito brilhe, tenha luz
própria e não "andarás em trevas".
É certo que vivemos no Mundo material, precisamos
ser instrumentos de progresso, também no campo da tangibilidade, porque todo
trabalho é motor do desenvolvimento da inteligência, das descobertas, dos
avanços da Ciência, em todas as suas ramificações, portanto, sem nos
esquecermos que com tudo isto precisamos também progredir nas emoções, na
sensibilidade, que são valores da Alma, internalizando-os para a mudança de
nosso estado espiritual, alterando a nossa faixa vibratória, que favorecerá a
vida na matéria, pela compreensão ampliada do porquê da vida; assim,
antecipando percepção do que virá depois desta existência, com a segurança que
a própria luz lhe enseja viver.
As grandes construções materiais, por
melhor sejam as intenções de seus idealizadores, mesmo em nome de Deus ou de
Jesus, se forem para exaltação do orgulho, da vaidade, da demonstração de
poder, apaziguamento de consciências arruinadas pelo malfeito, não trarão os
benefícios da iluminação da Alma, porque não configuram virtudes, apesar dos
aplausos do Mundo.
“E outra vez lhes
falou Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em
trevas, mas terá a luz da vida.” - (João, 8:12.)
A assertiva de Jesus é definitiva, apresentou ao
Mundo com a sua vivência a Luz de inteligência altamente cultivada no bem, onde
o mal jamais teria ninho, vontade extraordinária para proporcionar a felicidade
do próximo, com lucidez elastecida além dos limites do nosso tempo, vendo o
resultado da implementação das boas sementes nas Almas ainda ressequidas pela
ignorância, pelo medo, pela vaidade, pela arrogância, pelo egoísmo...
Quem segue...
Dorival da Silva
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