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quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Caracteres do verdadeiro profeta

Caracteres do verdadeiro profeta

Desconfiai dos falsos profetas. É útil em todos os tempos essa recomendação, mas, sobretudo, nos momentos de transição em que, como no atual, se elabora uma transformação da Humanidade, porque, então, uma multidão de ambiciosos e intrigantes se arvoram em reformadores e messias. É contra esses impostores que se deve estar em guarda, correndo a todo homem honesto o dever de os desmascarar. Perguntareis, sem dúvida, como reconhecê-los. Aqui tendes o que os assinala:  Somente a um hábil general, capaz de o dirigir, se confia o comando de um exército. Julgais que Deus seja menos prudente do que os homens? Ficai certos de que só confia missões importantes aos que Ele sabe capazes de as cumprir, porquanto as grandes missões são fardos pesados que esmagariam o homem carente de forças para carregá-los. Em todas as coisas, o mestre há de sempre saber mais do que o discípulo; para fazer que a Humanidade avance moralmente e intelectualmente, são precisos homens superiores em inteligência e em moralidade. Por isso, para essas missões são sempre escolhidos Espíritos já adiantados, que fizeram suas provas noutras existências, visto que, se não fossem superiores ao meio em que têm de atuar, nula lhes resultaria a ação.

Isto posto, haveis de concluir que o verdadeiro missionário de Deus tem de justificar, pela sua superioridade, pelas suas virtudes, pela grandeza, pelo resultado e pela influência moralizadora de suas obras, a missão de que se diz portador. Tirai também esta outra consequência: se, pelo seu caráter, pelas suas virtudes, pela sua inteligência, ele se mostra abaixo do papel com que se apresente, ou da personagem sob cujo nome se coloca, mais não é do que um histrião de baixo estofo, que nem sequer sabe imitar o modelo que escolheu.

Outra consideração: os verdadeiros missionários de Deus ignoram-se a si mesmos, em sua maior parte; desempenham a missão a que foram chamados pela força do gênio que possuem, secundado pelo poder oculto que os inspira e dirige a seu mau grado, mas sem desígnio premeditado. Numa palavra: os verdadeiros profetas se revelam por seus atos, são adivinhados, ao passo que os falsos profetas se dão, eles próprios, como enviados de Deus. O primeiro é humilde e modesto; o segundo, orgulhoso e cheio de si, fala com altivez e, como todos os mendazes, parece sempre temeroso de que não lhe deem crédito.

Alguns desses impostores têm havido, pretendendo passar por apóstolos do Cristo, outros pelo próprio Cristo, e, para vergonha da Humanidade, hão encontrado pessoas assaz crédulas que lhes creem nas torpezas. Entretanto, uma ponderação bem simples seria bastante a abrir os olhos do mais cego, a de que se o Cristo reencarnasse na Terra, viria com todo o seu poder e todas as suas virtudes, a menos se admitisse, o que fora absurdo, que houvesse degenerado. Ora, do mesmo modo que, se tirardes a Deus um só de seus atributos, já não tereis Deus, se tirardes uma só de suas virtudes ao Cristo, já não mais o tereis. Possuem todas as suas virtudes os que se dão como o Cristo? Essa a questão. Observai-os, perscrutai-lhes as ideias e os atos e reconhecereis que, acima de tudo, lhes faltam as qualidades distintivas do Cristo: a humildade e a caridade, sobejando-lhes as que o Cristo não tinha: a cupidez e o orgulho. Notai, ademais, que neste momento há, em vários países, muitos pretensos Cristos, como há muitos pretensos Elias, muitos João ou Pedro e que não é absolutamente possível sejam verdadeiros todos. Tende como certo que são apenas criaturas que exploram a credulidade dos outros e acham cômodo viver à custa dos que lhes prestam ouvidos.

Desconfiai, pois, dos falsos profetas, máxime numa época de renovação, qual a presente, porque muitos impostores se dirão enviados de Deus. Eles procuram satisfazer na Terra à sua vaidade; mas uma terrível justiça os espera, podeis estar certos.


 – Erasto. (Paris, 1862.)

Extraído de O Evangelho Segundo o Espíritismo, item 9, capítulo XXI

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Profeta era como se chamava na antiguidade àquele que possuía a mediunidade, que após a codificação da Doutrina Espírita ficou conhecido como médium. As mensagens, a que está acima e a que vem adiante, têm contato elucidativos em vários pontos, principalmente sobre as questões da mediunidade. Em conta disto, agrupamos as duas para melhor análise de quem pretende aprofundamento dos conhecimentos espíritas.

                                                                                        Dorival da Silva

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Dissertações Espíritas, capítulo XXXI, mensagem  XV, de O Livro dos Médiuns -  Sobre os Médiuns


Todos os médiuns são, incontestavelmente, chamados a servir à causa do Espiritismo, na medida de suas faculdades, mas bem poucos há que não se deixem prender nas armadilhas do amor-próprio. É uma pedra de toque, que raramente deixa de produzir efeito. Assim é que, sobre cem médiuns, um, se tanto, encontrareis que, por muito ínfimo que seja, não se tenha julgado, nos primeiros tempos da sua mediunidade, fadado a obter coisas superiores e predestinado a grandes missões. Os que sucumbem a essa vaidosa esperança, e grande é o número deles, se tornam inevitavelmente presas de Espíritos obsessores, que não tardam a subjugá-los, lisonjeando-lhes o orgulho e apanhando-os pelo seu fraco. Quanto mais pretenderem eles elevar-se, tanto mais ridícula lhes será a queda, quando não desastrosa.

As grandes missões só aos homens de escol são confiadas e Deus mesmo os coloca, sem que eles o procurem, no meio e na posição em que possam prestar concurso eficaz. Nunca será demais eu recomende aos médiuns inexperientes que desconfiem do que lhes podem certos Espíritos dizer, com relação ao suposto papel que eles são chamados a desempenhar, porquanto, se o tomarem a sério, só desapontamentos colherão nesse mundo, e, no outro, severo castigo.


Persuadam-se bem de que, na esfera modesta e obscura onde se acham colocados, podem prestar grandes serviços, auxiliando a conversão dos incrédulos, prodigalizando consolação aos aflitos. Se daí deverem sair, serão conduzidos por mão invisível, que lhes preparará os caminhos, e serão postos em evidência, por assim dizer, a seu mau grado.


Lembrem-se sempre destas palavras: “Aquele que se exalçar será humilhado e o que se humilhar será exalçado.”

O Espírito de Verdade.

terça-feira, 12 de junho de 2012

As profecias e O Livro dos Espíritos





Ano 6 - N° 263 - 3 de Junho de 2012


GERSON SIMÕES MONTEIRO
gerson@radioriodejaneiro.am.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)



Gerson Simões Monteiro

As profecias e O Livro dos Espíritos   
2012: data inventada por Hollywood. As palavras proféticas de Jesus. O Apocalipse e a questão 1.019 d´O Livro dos Espíritos

O filme produzido em 2008, nos Estados Unidos, tentando reativar o tema catastrófico – 2012: O dia do Juízo Final – é na verdade mais uma tentativa de se criar uma onda de terrorismo psicológico de que o mundo vai acabar em 2012, explorando sem fundamento as profecias relativas às transformações por que a Terra passará para ingressar numa nova era. Segundo soubemos, os produtores desse filme usaram as profecias Maias e tentaram cristianizá-las, mas se esqueceram de que, quando ela foi concebida, aquele povo nem tinha ouvido falar de Jesus, muito menos pensavam em acreditar em um único Deus.

Segundo Emmanuel, no capítulo VI da segunda parte, intitulado “Alvoradas do reino do Senhor”, do livro Há dois mil anos, psicografado por Chico Xavier, Jesus, quando recepcionava no mundo espiritual um grupo de mártires sacrificados no circo romano, profetizou acerca do que a humanidade passaria nos dias atuais. Nessas profecias encontramos de que forma se dará a transição do nosso mundo de expiações e provas para mundo de regeneração.  
O que vai acontecer sem data marcada 
Eis as palavras do Mestre:
"Quando a escuridão se fizer mais profunda nos corações da Terra, determinando a utilização de todos os progressos humanos para o extermínio, para a miséria e para a morte, derramarei minha luz sobre toda a carne, e todos que vibrarem com o meu Reino e confiarem nas minhas promessas, ouvirão as nossas vozes e apelos santificadores.
Um sopro poderoso de verdade e vida varrerá toda a Terra, que pagará, então, à evolução dos seus institutos, os mais pesados tributos de sofrimentos e de sangue... Exausto de receber os fluidos venenosos da ignomínia e da iniquidade de seus habitantes, o próprio planeta protestará contra a impenitência dos homens, rasgando as entranhas em dolorosos cataclismos. As impiedades terrestres formarão pesadas nuvens de dor que rebentarão, no instante oportuno, em tempestades de lágrimas na face escura da Terra e, então, das claridades da minha misericórdia, contemplarei meu rebanho desditoso e direi como os meus emissários: Ó Jerusalém, ó Jerusalém...
Trabalharemos com amor, na oficina dos séculos porvindouros, reorganizaremos todos os elementos destruídos, examinaremos detidamente todas as ruínas buscando o material passível de novo aproveitamento e, renovadoras da vida planetária, organizaremos para o mundo um novo ciclo evolutivo, consolidando, com as divinas verdades do Consolador, os progressos definitivos do homem espiritual.” 
“Para os montes” 
Em o Novo Testamento, vamos encontrar em Mateus, nos capítulo 24 (profecia da ruína de Jerusalém) e 25 (sinais do fim do mundo), o mesmo sentido das palavras de Jesus anotadas por Emmanuel no romance mediúnico, a respeito do momento de transição pelo qual a Terra está passando.
Gostaria de destacar, ainda, o versículo 16, do capítulo 24, das palavras proféticas de Jesus, quando aconselha: "Então, os que estiverem na Judeia, fujam para os montes", e para entender o significado desse aconselhamento, vamos nos valer da interpretação de Emmanuel, no capítulo 140, da obraCaminho, Verdade e Vida, que é a seguinte:
‘Referindo-se aos instantes dolorosos que assina­lariam a renovação planetária, aconselhou o Mestre aos que estivessem na Judeia procurar os montes, A advertência é profunda, porque, pelo termo "Ju­deia", devemos tomar a "região espiritual" de quan­tos, pelas aspirações íntimas, se aproximem do Mestre para a suprema iluminação.
E a atualidade da Terra é dos mais fortes qua­dros nesse gênero. Em todos os recantos, estabelecem-se lutas e ruínas. Venenos mortíferos são inoculados pela política inconsciente nas massas populares. A baixada está repleta de nevoeiros tre­mendos. Os lugares santos permanecem cheios de trevas abomináveis. Alguns homens caminham ao sinistro clarão de incêndios. Aduba-se o chão com sangue e lágrimas, para a semeadura do porvir.
É chegado o instante de se retirarem os que permanecem na Judeia para os "montes" das ideias superiores. É indispensável manter-se o discípulo do bem nas alturas espirituais, sem abandonar a coope­ração elevada que o Senhor exemplificou na Terra; que aí consolide a sua posição de colaborador fiel, invencível na paz e na esperança, convicto de que, após a passagem dos homens da perturbação, portadores de destroços e lágrimas, são os filhos do trabalho que semeiam a alegria, de novo, e reconstroem o edifício da vida.’        
O que diz O Livro dos Espíritos 
Diante das profecias de Jesus a respeito desse momento que estamos vivendo no nosso planeta, vamos conferi-las com a resposta dos Benfeitores Espirituais à questão 1.019, de O Livro dos Espíritos, quando Allan Kardec indaga: “Poderá jamais implantar-se na Terra o reinado do bem?”.
Eis o que foi respondido:
"O bem reinará na Terra quando, entre os Espíritos que a vêm habitar, os bons predominarem, porque, então, farão que aí reinem o amor e a justiça, fonte do bem e da felicidade. Por meio do progresso moral e praticando as leis de Deus é que o homem atrairá para a Terra os bons Espíritos e dela afastará os maus. Estes, porém, não a deixarão, senão quando daí estejam banidos o orgulho e o egoísmo.
Predita foi a transformação da Humanidade e vos avizinhais do momento em que se dará, momento cuja chega­da apressam todos os homens que auxiliam o progresso. Essa transformação se verificará por meio da encarnação de Espí­ritos melhores, que constituirão na Terra uma geração nova.
Então, os Espíritos dos maus, que a morte vai ceifando dia a dia, e todos os que tentem deter a marcha das coisas serão daí excluídos, pois que viriam a estar deslocados entre os homens de bem, cuja felicidade perturbariam. Irão para mundos no­vos, menos adiantados, desempenhar missões penosas, tra­balhando pelo seu próprio adiantamento, ao mesmo tempo em que trabalharão pelo de seus irmãos ainda mais atrasados. Neste banimento de Espíritos da Terra transformada, não percebeis a sublime alegoria do Paraíso perdido e, na vinda do homem para a Terra em semelhantes condições, trazendo em si o gérmen de suas paixões e os vestígios da sua inferioridade primitiva, não descobris a não menos sublime alegoria do pe­cado original? Considerado deste ponto de vista, o pecado ori­ginal se prende à natureza ainda imperfeita do homem que, assim, só é responsável por si mesmo, pelas suas próprias faltas e não pelas de seus pais.
Todos vós, homens de fé e de boa vontade, trabalhai, portanto, com ânimo e zelo na grande obra da regeneração, que colhereis pelo cêntuplo o grão que houverdes semeado.
Ai dos que fecham os olhos à luz! Preparam para si mesmos lon­gos séculos de trevas e decepções. Ai dos que fazem dos bens deste mundo a fonte de todas as suas alegrias! Terão que so­frer privações muito mais numerosas do que os gozos de que desfrutaram! Ai, sobretudo, dos egoístas! Não acharão quem os ajude a carregar o fardo de suas misérias." 
Conclusão 
Todos esses acontecimentos relativos ao período de transição por que passamos para o início de uma nova era foram previstos no Apocalipse, palavra originária do grego, que quer dizer revelação, mas ele fala de transição, não destruição do mundo.
Foi João, um dos discípulos de Jesus, já bem idoso e vivendo na Ilha de Patmos, que escreveu o Apocalipse, o último livro do Novo Testamento. Nele, João apresenta a descrição das visões proféticas apresentadas por Jesus acerca dos acontecimentos pelos quais a humanidade iria passar nos tempos futuros, os quais, na verdade, já estamos vivendo: violência, fome, cataclismos, guerras alimentadas pelo ódio. A linguagem empregada era em diversos trechos figurada: por exemplo, a expressão “pássaros desovando ovos de fogo” descreve, na realidade, aviões despejando bombas destruidoras. Mas, depois de tudo isso, Jesus revela a João o surgimento de uma era de paz para o nosso mundo.
É claro que já estamos vivendo os sinais que antecedem esse novo tempo para a humanidade, previstos pelo Cristo, quando profetizou: “Ouvireis falar também de guerras (...) porque se verá levantar-se povo contra povo e reino contra reino”. Mas, como Ele próprio afirmou no “Sermão da Montanha”, “os brandos e pacíficos possuirão a Terra”, ou seja, após o fim de toda essa turbulência, o homem pacificado viverá a paz no planeta.

Página copiada da Revista Eletrônica "O Consolador", que pode ser visitada no endereço: http://www.oconsolador.com.br/ano6/263/especial.html