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quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Natal 2023

 

Natal 2023 

Natal é nascimento e renascimento, começo e recomeço, novo tempo, esperança.   

Quando vemos as guerras da Rússia e Ucrânia, e Israel e Faixa de Gaza, sem nos referirmos a outras que não estão em evidência mundiais, considerando a grade destruição material e a enormidade de perdas de vidas, além dos danos físicos, emocionais e espirituais, que causam dores e aflições de toda ordem, podemos aquilatar o quanto o amor ao próximo está distante dos corações.  

A pobreza espiritual dos homens carrega em si o fermento da discórdia. Entre irmãos, entre vizinhos, entre gentes não se conhecem a fraternidade, vez que impera o egoísmo.  

Sempre haverá “justificativa” para o mal que deliberadamente se pretende impor.  Relembram-se da história, fatos e circunstâncias para sustentar os embates destruidores. Destroem histórias de vidas e vidas, causando máculas no tempo sem tempo. 

Usam-se armas, veículos e equipamentos para ataque e outros para defesa, de avultados custos, apesar dos cuidados, matam seus próprios soldados pela imposição legal de “defender” o território ou o interesse de quem governa. O que dizer em relação aos adversários?  

Mas, o ensinamento do Governador do Mundo, Jesus-Cristo, é: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento; e amará o teu próximo como a ti mesmo.” (Mateus, 22:36). É certo que não são todos os povos cristãos, não importa, todos os grandes líderes religiosos ensinaram situação análoga, mesmo porque, espiritualmente, são prepostos do próprio Cristo, na direção dos povos. 

Neste Natal desejamos que um Natal surja nos corações dos líderes guerreiros, que os leve a convergir todos os interesses para a paz. Que olhem os adversários como irmãos e entendam que somente a fraternidade pode amainar todas as divergências.  

Jesus continua com os braços abertos para acolher como irmãos todos da nossa Humanidade. No entanto, é preciso que sejamos fraternos para que nos unamos numa faixa psíquica que permita aproximemos dEle.  

O maior presente que se pode oferecer a Jesus no seu aniversário é o amor de um para com o outro e entre todos os povos.  

O amor sempre vence!  Natal é nascimento e renascimento, começo e recomeço, novo tempo, esperança.   

Natal! 

                                 Dorival da Silva. 

quinta-feira, 11 de maio de 2023

O diabo

 O diabo 

 

“Respondeu-lhe Jesus: Não vos escolhi  

a vós, os doze? e um de vós é  

diabo.” – (João, 6:70.) 

 

Quando a teologia se reporta ao diabo, o crente imagina, de imediato, o senhor absoluto do mal, dominando num inferno sem-fim. 

Na concepção do aprendiz, a região amaldiçoada localiza-se em esfera distante, no seio de tormentosas trevas... 

Sim, as zonas purgatoriais são inúmeras e sombrias, terríveis e dolorosas, entretanto, consoante a afirmativa do próprio Jesus, o diabo partilhava os serviços apostólicos, permanecia junto dos aprendizes e um deles se constituíra em representação do próprio gênio infernal. Basta isto para que nos informemos de que o termo “diabo” não indicava, no conceito do Mestre, um gigante de perversidade, poderoso e eterno, no espaço e no tempo. Designa o próprio homem, quando algemado às torpitudes do sentimento inferior. 

Daí concluirmos que cada criatura humana apresenta certa percentagem de expressão diabólica na parte inferior da personalidade. 

Satanás simbolizará então a força contrária ao bem. 

Quando o homem o descobre, no vasto mundo de si mesmo, compreende o mal, dá-lhe combate, evita o inferno íntimo e desenvolve as qualidades divinas que o elevam à espiritualidade superior. 

Grandes multidões mergulham em desesperanças seculares, porque não conseguiram ainda identificar semelhante verdade. 

E, comentando esta passagem de João, somos compelidos a ponderar: – “Se, entre os doze apóstolos, um havia que se convertera em diabo, não obstante a missão divina do círculo que se destinava à transformação do mundo, quantos existirão em cada grupo de homens comuns na Terra?” 

 
Página extraída da obra Pão Nosso, do Espírito Emmanuel,  

psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 164, 1950.  

 

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Reflexão:  

Jesus em um de seus ensinos diz: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará." É uma verdade extraordinária, que favorece toda a Humanidade que busca libertar-se das amarras ancestrais.   

O assunto, objeto da reflexão, é de todo o tempo causador de muitas dificuldades para os indivíduos, origem de medo doentio, de loucura, pavor extremo, morte em desespero, suicídio, crimes hediondos e tantos outros males, considerando ideias numa influência do mal causada por um personagem criado no imaginário dos povos.  

As religiões nas suas diversidades também fazem referência ao tal "diabo", com sentidos diferentes, sob concepções diversas, no entanto, sempre o tendo como figura maléfica. Causadora do mal ou empreendedora do negativismo em algum sentido na vida das pessoas, de grupos sociais, ou das próprias organizações religiosas. 

Como no versículo do topo da página, o Senhor Jesus também faz referência ao termo "diabo", assim, vemos que a ideia diabólica, nos seus muitos sentidos, vem de muito longe influenciando a Humanidade. 

O Espírito Emmanuel, ensina no trecho: 

"Quando a teologia se reporta ao diabo, o crente imagina, de imediato, o senhor absoluto do mal, dominando num inferno sem-fim. 

Na concepção do aprendiz, a região amaldiçoada localiza-se em esfera distante, no seio de tormentosas trevas..." 

Essa é a ideia prevalecente nas religiões cristãs do ocidente, ainda, válida para uma multidão de crentes, para outros foi origem de descrença e ceticismo.  

Existe região de sofrimento para as Almas dos que morreram? É verdade, com as revelações da Doutrina Espírita, isso é bastante conhecido.  Têm seres maldosos que levam os espíritos ao sofrimento? Sim, têm!  Isso é para todos os Espíritos? Não!  Não podemos esquecer do princípio da afinidade, os semelhantes atraem os semelhantes.  

Aqui, nesta vida, também existem lugares de sofrimento e não são para todos, a lei Divina é igual em toda parte, "a cada um segundo as suas obras" 

Sim, as zonas purgatoriais são inúmeras e sombrias, terríveis e dolorosas, entretanto, consoante a afirmativa do próprio Jesus, o diabo partilhava os serviços apostólicos, permanecia junto dos aprendizes e um deles se constituíra em representação do próprio gênio infernal. Basta isto para que nos informemos de que o termo “diabo” não indicava, no conceito do Mestre, um gigante de perversidade, poderoso e eterno, no espaço e no tempo. Designa o próprio homem, quando algemado às torpitudes do sentimento inferior. 

No parágrafo em destaque, quantas revelações! Mas, o que merece maior atenção é a última frase: "Designa..."  Está designando a nós mesmos, "quando algemado(s) às torpitudes do sentimento inferior."  

Uma das razões da necessidade de que todas as pessoas façam reflexão sobre si mesmas.  Assim, como indica o Espírito de Santo Agostinho¹, para saberem se não estão sendo "diabos", ou seja, o comportamento, o pensamento e as ações não estão em desconformidade com Lei Moral. Esta Lei que, conforme a Doutrina Espírita, se encontra na própria consciência; que poderá ser traduzida pela máxima de Jesus: "Não desejar ao próximo o que não quer para si mesmo." -- em outras palavras.  

Emmanuel, elucida: "Daí concluirmos que cada criatura humana apresenta certa percentagem de expressão diabólica na parte inferior da personalidade. 

Satanás simbolizará então a força contrária ao bem." 

Agora sabemos os muitos cuidados que devemos considerar sobre o nosso jeito de ser, para não tornarmos agentes do mal. Uns dos motivos do autoconhecimento, conforme a indicação milenar: "Um sábio da Antiguidade vos disse: Conhece-te a ti mesmo."² 

No término da página, Emmanuel faz indagação que nos serve a todos: E, comentando esta passagem de João, somos compelidos a ponderar: – “Se, entre os doze apóstolos, um havia que se convertera em diabo, não obstante a missão divina do círculo que se destinava à transformação do mundo, quantos existirão em cada grupo de homens comuns na Terra?” 

Devemos bem entender e elastecer a colocação do mentor de Chico Xavier. Vejamos que atualmente a tecnologia da comunicação ficou instantânea tirando limites e fronteiras, por alcançar todo o Mundo e todos que se interessem. Vejamos a necessidade de muito maior vigilância de nós mesmos, com as nossas mensagens, sejam quaisquer, pois, se entre os doze apóstolos um se tornou "diabo", com limitações de toda ordem, que para dar um recado precisava andar léguas a pé, imaginemos a nossa responsabilidade com quaisquer irresponsabilidades, mesmo que de pequena monta, o quanto no atingirá? Porque poderemos alcançar número sem conta com influência maléfica, que certamente se multiplicará.  

De mesma forma, tudo que acolhemos dos meios modernos de comunicação, que exercem influências sobre nós, principalmente negativas, serão de nossa responsabilidade, as consequências, do uso que fizermos disso; caso compartilhemos tais conteúdos, seremos coautores do que sobrevier.    

Não é suficiente somente a boa intenção.  É preciso que cada pessoa consciente de suas responsabilidades diante da vida seja filtro de tudo que é imoral, criminoso e indutor do mal.   É uma questão ética. O que não é bom para mim não pode ser bom para os outros. Estamos falando de sensatez.  

Se queremos comungar com a Boa Nova de Jesus, devemos nos distanciar da possibilidade de nos tornarmos "diabos".   

A propósito, lembramos da máxima das três peneiras de Sócrates, baseada em três pilares: Verdade, bondade e necessidade, como segue: “Antes de passar informações sobre outra pessoa, deve-se perguntar se a informação é verdadeira, se é boa e se é necessária. Se a informação não passar por essas três peneiras, não deve ser transmitida.” Cautela que devemos estender a quaisquer assuntos, para que não nos tornemos “diabos” 

As elucidações de Emmanuel distancia-nos de uma ideia antiga, que atormentou e ainda tormenta em parte a população do mundo, no entanto, levam-nos a ingressar num estado de consciência verdadeiro que não podemos negar e nem duvidar.  Se não tivermos os cuidados necessários de: “Vigiar e orar, para não entrar em tentação”4, continuaremos nos comprometendo indefinidamente.  

Jesus já esclareceu: “A cada um segundo as suas obras.” Há mais de 2000 anos. A Doutrina Espírita relembrou o que Ele ensinou e ampliou o entendimento há 166 anos e continua elucidado a todos que buscam entendimento, tal como a página que estamos analisando.  

Jesus continua presente através de seus Mensageiros Espirituais.  “Quem quiser ouvir, que ...; quem quiser ver, que...” 

                                 Dorival da Silva  

 

    

1 e 2. O Livro dos Espíritos, questão 919, Allan Kardec: "Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir ao arrastamento do mal? Resposta: "Um sábio da Antiguidade vos disso: Conhece-te a ti mesmo."  Na questão 919-a, o Espírito de Santo Agostinho faz orientação a respeito, que merece ser estudada. 

3.  D. Aracy Mattozo Almeida, hoje na espiritualidade. 

4.   Jesus. Com base em: (Mateus 26:41) 

Nota: Todas as obras básicas da Doutrina Espírita poderão ser consultadas no endereço: Kardecpedia - Estude as obras de Allan Kardec