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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Buscai, acima de tudo, o Reino de Deus e sua justiça...

Buscai, acima de tudo, 
o Reino de Deus
e sua justiça...

 
Álvaro Reis

Amigos, que Jesus nos mantenha em seu amor.


Não sabemos de outra felicidade maior que a vossa, porque ainda na carne sois preparados para a senda do Espírito, de maneira a que não vos desvieis do roteiro de luz.

O Espiritismo funciona em vossas experiências como intérprete das lições divinas, oferecendo soluções simples aos problemas complicados, satisfazendo indagações e decifrando enigmas, ao clarão da fé sem artifícios, capaz de guindar-vos às eminências do trabalho com o Se­nhor, sem a contenção muita vez abusiva de autoridades humanas, estranhas à vocação do Evangelho, e que, ao invés de vos garantirem a escalada, talvez até vos to­lhessem o direito de aprender, servir e experimentar.

Entretanto, crede que muito maior é a responsabili­dade que vos pesa nos ombros, porquanto o nosso irmão católico romano, em transpondo o limiar do túmulo, po­derá referir-se às peias mentais a que foi escravizado no culto externo, e o companheiro da Igreja Reformada alegará com justiça o insulamento a que foi constran­gido na clausura da letra.

Vós, porém, avançais a céu escampo, guardando co­nhecimentos evangélicos mais suscetíveis de plena iden­tificação com a Verdade, nutrindo-vos, desde agora, com os frutos sazonados da vida eterna.

A concepção real da justiça vos favorece mais clara visão do Universo e sabeis como ninguém que o Paraíso deve ser edificado gradativamente em nós mesmos, todos os dias.

Egressos da Igreja Reformada, lastimamos a impos­sibilidade de retroação no tempo, para reestruturar a conceituação do Testamento Divino e buscar, como acon­tece convosco, o supremo consolo da fé ajustada aos fun­damentos simples da vida, sem o férreo arcabouço das convenções humanas.

Desejávamos para nós mesmos o trato espontâneo e puro com a fonte viva da Boa-Nova, a fim de nos habi­litarmos às revelações maiores, pela regeneração de nos­sos próprios preceitos.

Ainda assim, não obstante os prejuízos do passado, rejubilamo-nos com a formação da vanguarda espírita-cristã, valoroso e pacífico exército de almas fervorosas que, pelos méritos da oração e do arrependimento, da boa-vontade e do serviço aos semelhantes, vem construindo no mundo precioso trilho de acesso a comunhão com Jesus.

Regozijamo-nos, como quem sabe que a fortuna do vizinho é também a nossa fortuna, e, se é possível deixar-vos uma lembrança amiga, em sinal de contentamento pelo primeiro contacto convosco, ofertamos aos vossos corações a palavra do Mestre Divino, nas anotações do Apóstolo Mateus, no capítulo 6, versículo 33, quando o Celeste Amigo nos adverte:
— «Buscai, acima de tudo, o Reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas ser-vos-ão acrescentadas.»

Recuando ao tempo de sua palavra direta, recorde­mos que a multidão perguntava sobre o comer, o beber, e o agasalhar-se...

Essas coisas, porém, cresceram com a civilização.

Não apenas pão do corpo, mas pão do espírito em forma de educação e paz.

Não apenas beber água, na ordem material, mas sor­ver o idealismo santificante de que o Mestre mesmo foi o excelso portador.

Não apenas o agasalhar-se com as vestes corruptí­veis que cobrem o corpo denso, mas o abrigar-se cada um de nós na alegria da consciência reta, para que o coração unido ao Cristo respire na inexpugnável cidadela do dever respeitado.

A significação dessa trilogia de verbos tão rotineiros no mundo é, hoje, como vemos, mais complexa.

Precisamos dessas coisas...

Essas coisas, que podemos também simbolizar como harmonia interior, tranquilidade doméstica, equilíbrio na vida pública e privada, compreensão para com os ami­gos, tolerância para com os adversários, dignidade nas provações e força para ultrapassar as nossas próprias fraquezas, são necessidades prementes que não podemos olvidar.

Mas para que essas coisas sejam acrescentadas à nossa vida, é indispensável procuremos o Reino de Deus e sua justiça, que expressam felicidade com merecimento.

Façamos o melhor, sentindo, pensando e falando o melhor que pudermos.

Honrando o Reino de Deus e sua justiça, o nosso Divino Mestre passou na Terra em permanente doação de Si mesmo...

Eis o padrão que nos deve inspirar as atividades, porque não nos bastará crer acertadamente e ensinar com brilho, mas, acima de tudo, viver as lições.

O Reino de Deus inclui todos os bens materiais e morais, capazes de serem incorporados ao nosso espírito, seja onde for, no entanto, importa merecê-lo por justiça e não apenas desejá-lo pela fé.

Amigos, temos agora conosco o programa certo. Atendamo-lo.

E que o Senhor nos reúna em valioso entendimento, para a obra de cooperação no Evangelho que nos cabe executar, é tudo o a que aspiramos de melhor para que o serviço do bem nos conduza ao Grande Bem com que nos acena o futuro.

Mensagem psicofônica recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier na noite de 25 de março de 1954. Álvaro Reis foi eminente pastor protestante em nosso país e sua palavra focalizou elevado tema evangélico, além de destacar a responsabilidade dos espíritas como detentores das interpretações mais avançadas do ensinamento de Jesus. A mensagem acima foi extraída do cap. 3 do livro Instruções Psicofônicas, transmitidas por Espíritos diversos por meio do médium Francisco Cândido Xavier.


Mensagem copiada da Revista Eletrônica "O Consolador", no endereço:

sábado, 13 de outubro de 2012

Trabalhemos enquanto há tempo


Trabalhemos enquanto
há tempo
 
Cairbar Schutel (Espírito)


Irmãos e Amigos no ideal do bem!

Que o Senhor nos guie e proteja!

Não poderia deixar de agradecer-lhes a lembrança carinhosa que me dispensaram por ocasião do evento que comemorou minha entrada na existência terrena nessa última encarnação. Todavia, sentir-me-ia constrangido de manifestar-me pessoalmente diante de tantas homenagens, quando apenas cumpri meu dever, conquanto tenha sido representado por amigos muito queridos, Wallace e Urbano.

Para o verdadeiro cristão e espírita, o maior laurel é o trabalho realizado em prol de sua própria elevação moral e do amor dispensado aos mais necessitados. Em virtude disso, permitam-me, com o carinho de irmão, externar meu pensamento.

Confesso-lhes que vejo, com alguma preocupação, o destino dos irmãos de ideal espírita encarnados no planeta. Percebo que o entusiasmo com o conhecimento, aliado ao trabalho prático, dos iniciadores do movimento espírita nos seus primórdios, não se reflete nos continuadores atuais da grande obra iniciada pelo grande Codificador, Allan Kardec.

Com muitas e louváveis exceções, grande parte dos espíritas mantêm-se amodorrados em relação à verdadeira vivência cristã. Nunca houve tanta facilidade de adquirir conhecimento através da literatura espírita, que convida à renovação, ao estudo, à análise da ciência, que avança sempre. Entretanto, todo esse acervo destina-se mais às prateleiras individuais, enquanto o discurso, conquanto baseado no Evangelho de Jesus ou em outras fontes de informação, permanece no reino da palavra, sem a consequente aplicação prática, apesar dos grandes exemplos que nos foram proporcionados pela bondade de Jesus, enviando seus prepostos às lides terrenas.

No imenso teatro do mundo, campeia o sofrimento e a dor, a ignorância e o desinteresse, o egoísmo e o orgulho, a vaidade e a cobiça, os vícios e o prazer, entre tantas outras imperfeições morais do gênero humano. Debalde o Alto tem enviado seus colaboradores com a missão de alertar aos encarnados, que ouvem, entendem, mas prosseguem insensíveis ao chamado do Bem.

Tal se as lições luminosas trazidas pelo Mestre nos inolvidáveis e alegres dias que marcaram sua passagem pelo planeta, agora aclarados pela vinda do Consolador ao mundo — mostrando a realidade da vida imortal, da comunicação entre as esferas material e espiritual, da lei das vidas sucessivas, que permite ao Espírito aprender sempre e ao mesmo tempo reparar os erros cometidos, caminhando para a perfeição —, como se houvesse proporcionado certo comodismo entre os seguidores da Terceira Revelação, ao considerar que todos esses conhecimentos lhes permitissem utilizar o tempo — esse auxiliar valioso — como melhor lhes aprouvesse, visto que, se estamos todos em evolução e se temos o tempo a nosso favor, não há motivos para pressa.

Desse modo, uma contradição se estabelece entre os espíritas. Detentores de informações valiosíssimas, permanecem acomodados, aproveitando a existência e se omitindo de esforços para vencer as más inclinações e as imperfeições morais que ainda lhes exornam o caráter, sob o pretexto de que terão outras encarnações para tal mister.

Enquanto tal estado de coisas se processa, queridos irmãos, outros segmentos da sociedade, praticantes de outras denominações religiosas, ganham corpo e energia, procurando com entusiasmo e disposição merecer o propalado “Reino dos Céus”.
Reconheço que no movimento espírita existe muita gente que trabalha com vigor, buscando a própria iluminação e estendendo seu conhecimento aos irmãos que tanto necessitam de orientação e amparo.

Trago a intenção, com essas palavras, talvez um tanto duras mas necessárias, de acordá-los para as realidades maiores, visto que nossa maior vitória é a da própria elevação moral.

Irmãos de ideal espírita! Não nos esqueçamos de que através do advento do Espírito de Verdade somos os herdeiros do Consolador Prometido, recebendo importantíssimos esclarecimentos para serem repassados aos demais habitantes da sociedade em que estamos inseridos, pois a candeia não pode ser colocada sob o candeeiro, mas sobre o velador, para iluminar a todos.

Como seguidores do Espiritismo, a nova doutrina, em “O Evangelho segundo o Espiritismo” somos comparados aos trabalhadores da última hora, isto é, aqueles que, chegando por último, têm pressa para trabalhar, demonstrando maior devotamento na execução do serviço. Esta é uma realidade, meus irmãos, desde que façamos jus ao salário que vamos receber ao final da jornada.

Deixo aqui, portanto, meu apelo: Trabalhemos, meus irmãos, enquanto há tempo, com devotamento e abnegação, coragem e alegria, procurando disseminar a paz e a esperança em todos os momentos, no aproveitamento desse final de ciclo.

Grandes transformações irão acontecer nesse encerramento de uma Era e consequente início de outra, a Era de Regeneração, que trará uma nova e melhor vida para quantos conseguirem permanecer aqui no planeta Terra. Para isso, grandes levas de Espíritos iluminados os auxiliarão nessa tarefa de levarem o conhecimento a todos os necessitados de paz e luz.

Contem conosco.

Que o Senhor da Vida e da Seara nos ilumine cada vez mais, dando-nos forças e coragem na travessia das provações, para alcançarmos o “Reino de Deus” que, segundo o Mestre, não está aqui ou ali, mas está dentro de cada um de nós.

Recebam o abraço amigo do servidor devotado, 

                                                                  Cairbar Schutel  

(Mensagem recebida por Célia Xavier de Camargo, em Rolândia-PR, em 24/9/2012.)

Extraída da Revista Eletrônica "O Consolador": http://www.oconsolador.com.br/ano6/281/correiomediunico.html