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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Candeia sob o alqueire e Bem-aventuranças

Candeia sob o alqueire

       Ninguém há que, depois de ter acendido uma candeia, a cubra com um vaso, ou a ponha debaixo da cama; põe-na sobre o candeeiro, a fim de que os que entrem vejam a luz; pois nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente.  (Lucas, 8:16 e 17.)

Extraído de O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XXIV - Não ponhais a candeia debaixo do alqueire, item 2.

Bem-aventuranças

“Bem-aventurados sereis quando os homens vos aborrecerem, e quando vos separarem, vos injuriarem e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do homem.” – Jesus. (Lucas, 6:22.)

O problema das bem-aventuranças exige sérias reflexões, antes de interpretado por questão líquida, nos bastidores do conhecimento.

Confere Jesus a credencial de bem-aventurados aos seguidores que lhe partilham as aflições e trabalhos; todavia, cabe-nos salientar que o Mestre categoriza sacrifícios e sofrimentos à conta de bênçãos educativas e redentoras.

Surge, então, o imperativo de saber aceitá-los.

Esse ou aquele homem serão bem-aventurados por haverem edificado o bem, na pobreza material, por encontrarem alegria na simplicidade e na paz, por saberem guardar no coração longa e divina esperança.

Mas... e a adesão sincera às sagradas obrigações do título?

O Mestre, na supervisão que lhe assinala os ensinamentos, reporta-se às bem-aventuranças eternas; entretanto, são raros os que se aproximam delas, com a perfeita compreensão de quem se avizinha de tesouro imenso. A maioria dos menos favorecidos no plano terrestre, se visitados pela dor, preferem a lamentação e o desespero; se convidados ao testemunho de renúncia, resvalam para a exigência descabida e, quase sempre, ao invés de trabalharem pacificamente, lançam-se às aventuras indignas de quantos se perdem na desmesurada ambição.

Ofereceu Jesus muitas bem-aventuranças. Raros, porém, desejam-nas. É por isto que existem muitos pobres e muitos aflitos que podem ser grandes necessitados no mundo, mas que ainda não são benditos no Céu.

Mensagem extraída da Obra: O Pão Nosso, ditada pelo Espírito Emmanuel, psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, capítulo 89, publicada em 1950.


Reflexão:  As verdades, em se tratando das questões espirituais, não são conclusivas e definitivas no estágio evolutivo dos Espíritos vinculados ao Planeta Terra, nem no tempo em que Jesus fez revelações e nem nos dias atuais, embora os entendimentos das mesmas verdades se estenderam, mas não abrangem a sua integralidade, vez que esta somente se amplia de acordo com os valores intelectuais e morais alcançados pelos homens. Jesus na sua grandiosidade as conhecia na inteireza, mas sabia que o revelar deveria ser gradativo para que houvesse conformação nas almas ainda em início de vivência na busca de sabedoria.

A luz da verdade precisa estar à vista, perceptível ao que a busca. A quem busca a luz material em algum ambiente, para que a encontre com facilidade, faz-se necessário que ela esteja no candeeiro, num lugar de evidência.

A referência de Jesus, embora utilize a figura da luz material, elemento comum a todos, falava da luz espiritual. Como o Guia de Humanidade estava a ensinar sobre algo ainda não alcançável pelo entendimento de seu tempo, faz a ponte, para a ideia chegar até os dias atuais, quando a inteligência e o entendimento fossem maiores.

A candeia trata-se do próprio Espírito dos homens, que precisam se aprimorar, precisam encandecer-se de entendimento e vivência, combustível das virtudes e valores morais, numa palavra, lucidez.

Deverá se encontrar no candeeiro da vida, não mais afixado em algum ponto relevante de ambiente material, mas nas lides de responsabilidade dentro da sociedade, realizando e promovendo o progresso geral, mesmo que através de ações consideradas sem muita importância aos olhos da coletividade.  As ações empreendidas por Jesus também não eram consideras de relevância aos maiorais de sua época.

As ações nobres terão reflexos nos corações, nas almas, no seguir dos tempos, sendo que os resultados não competem ao que realiza, portanto, não se deve esperar ou exigir. O bem é o perfume que se perceberá inopinadamente em algum momento na eternidade, mas, desde agora, a sua intenção proporciona paz e felicidade.

“...pois nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente. “

***

“Confere Jesus a credencial de bem-aventurados aos seguidores que lhe partilham as aflições e trabalhos; todavia, cabe-nos salientar que o Mestre categoriza sacrifícios e sofrimentos à conta de bênçãos educativas e redentoras. ” 

Bem-aventurado é a credencial atribuída por Jesus aos seguidores que agem e suportam as aflições e trabalhos para a realização do bem. Todo bem tem a propriedade de promover o homem, o espírito humano, sendo indispensável suportar os efeitos das ações transformadoras.

Toda tarefa no bem exige esforços, tanto dos que estão mais clarividentes de suas obrigações diante da vida, pois caminharam mais, evolutivamente, como dos que precisam dar os primeiros passos por vontade própria, vencendo as amarras impeditivas que lhes são inerentes, sendo essas forças pungentes, que alimentaram por muito tempo.

Os transeuntes da vida, mesmo cheios de boas intenções, mas que se deixam abalar pela vaidade e o orgulho, nas realizações do bem, não poderão ter-lhes atribuído a credencial de Jesus, pois lhes falta a modificação de si mesmos, com os valores da humildade e da modéstia, desejando atribuir-se os méritos do pouco que fazem. “ (...) se visitados pela dor, preferem a lamentação e o desespero; se convidados ao testemunho de renúncia resvalam para a exigência descabida e, quase sempre, ao invés de trabalharem pacificamente, lançam-se às aventuras indignas de quantos se perdem na desmesurada ambição. ”  

“Ofereceu Jesus muitas bem-aventuranças. Raros, porém, desejam-nas. É por isto que existem muitos pobres e muitos aflitos que podem ser grandes necessitados no mundo, mas que ainda não são benditos no Céu. ”

A oferta de Jesus continua posta. Quem se habilita? As bem-aventuranças alcançadas são para sempre. Todos trilham na eternidade, uns em paz e felizes, porém, muitos...


                                                                                                      Dorival da Silva

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Candeia sob o alqueire


Candeia sob o alqueire

1. Ninguém acende uma candeia para pô-la debaixo do alqueire; põe-na, ao contrário, sobre o candeeiro, a fim de que ilumine a todos os que estão na casa.  (Mateus, 5:15.)

2. Ninguém há que, depois de ter acendido uma candeia, a cubra com um vaso, ou a ponha debaixo da cama; põe-na sobre o candeeiro, a fim de que os que entrem vejam a luz; pois nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente.  (Lucas, 8:16 e 17.)

O Evangelho Segundo o Espiritismo -  Não ponhais a candeia debaixo do alqueire – capítulo XXIV



Reflexão:

       Dois registros de ensinamento verbal de Jesus, que os evangelistas Mateus e Lucas escreveram posteriormente, sendo que Lucas não conviveu pessoalmente com Jesus, fez suas anotações em pesquisa que realizou depois da morte do Senhor em suas jornadas junto aos Apóstolos e outras pessoas que tiveram proximidade com Ele e Dele ouviram ensinamentos.

       A candeia precisa estar sobre o candeeiro, para que ilumine a todos que estão na casa. A candeia podemos considerar todas as pessoas que compreenderam a mensagem de Jesus e faz esforço para vivê-la, se transformando em verdadeiro Cristão. Assim, estarão naturalmente elevadas até ao candeeiro, que são as lideranças de grupos pequenos ou grandes, íntimos ou públicos, onde exercerão as influências modificadoras com esclarecimento, consolo, orientação, sem, no entanto, pretender tomar conta da vida das pessoas, pois esta não é a condição do verdadeiro líder cristão.

      Em se tratando da Doutrina Espírita, precisa-se considerar a sua condição de consoladora pelos conhecimentos e libertadora pela lucidez.

       Antes de desejar iluminar os outros é necessário iluminar-se, conquistar virtudes pelo trabalho no bem, pelos esforços de angariar recursos espirituais. A caridade ensinada por Jesus é o caminho.

       O único combustível capaz de alimentar a luz da candeia cristã é a verdade que flui do Criador, através dos corações enobrecidos, que superaram o egoísmo, a vaidade, a presunção, o desejo de poder, o vício do aplauso, a necessidade de reconhecimento.     É o vencedor do mundo.

         Preparemo-nos para que possamos arder com o combustível Divino, levando a luz da mensagem do Cristo, não somente com as letras do Evangelho, mas como archote luzente de valores que contagia outros corações a seguirem o rastro luminoso iniciado pelo Divino Pastor.

          A candeia precisa estar no candeeiro...

                                     Dorival da Silva