Há vida 
                  depois 
                  da 
                  morte? 
                   
                  Embora 
                  para 
                  muitos o 
                  problema 
                  da morte 
                  não 
                  esteja 
                  devidamente 
                  esclarecido, 
                  é bom 
                  lembrar 
                  ao 
                  leitor 
                  que tal 
                  não é o 
                  pensamento 
                  dos 
                  espíritas. 
                  Afinal, 
                  a obra 
                  de Allan 
                  Kardec, 
                  o 
                  codificador 
                  da 
                  doutrina 
                  espírita, 
                  é fruto 
                  do 
                  diálogo 
                  com os 
                  chamados
                  
                  mortos, 
                  ou 
                  Espíritos, 
                  na 
                  terminologia 
                  espírita. 
  
                  As obras 
                  dos 
                  nossos 
                  médiuns 
                  mais 
                  respeitáveis 
                  foram 
                  escritas 
                  também 
                  por 
                  Espíritos, 
                  e nesse 
                  sentido 
                  a 
                  coleção 
                  André 
                  Luiz, 
                  psicografada 
                  pelo 
                  médium 
                  Chico 
                  Xavier, 
                  é um 
                  testemunho 
                  eloquente 
                  de que 
                  há, sim, 
                  vida 
                  depois 
                  da 
                  morte, 
                  porque a 
                  morte só 
                  atinge o 
                  corpo 
                  físico e 
                  nada 
                  causa à 
                  alma que 
                  o 
                  habitava 
                  antes do 
                  seu 
                  regresso 
                  ao 
                  chamado 
                  mundo 
                  espiritual. 
  
                  Quando 
                  alguém 
                  partidário 
                  da 
                  doutrina 
                  espírita 
                  afirma 
                  que o 
                  problema 
                  da morte 
                  não está 
                  esclarecido, 
                  é óbvio 
                  que se 
                  refere 
                  ao 
                  entendimento 
                  geral, 
                  alheio 
                  ao 
                  Espiritismo, 
                  um fato 
                  que 
                  todos 
                  nós, 
                  espíritas, 
                  conhecemos, 
                  tendo em 
                  vista 
                  que as 
                  religiões 
                  mais 
                  expressivas 
                  quanto 
                  ao 
                  número 
                  de 
                  adeptos 
                  não 
                  tratam 
                  em seus 
                  livros 
                  do tema 
                  morte, 
                  nem do 
                  que lhe 
                  sucede. 
  
                  Os 
                  adeptos 
                  de tais 
                  religiões 
                  não 
                  dispõem 
                  também 
                  de 
                  informações 
                  acerca 
                  da 
                  origem, 
                  da 
                  natureza 
                  e do 
                  destino 
                  do 
                  Espírito 
                  humano. 
                  E, no 
                  entanto, 
                  dizem 
                  professar 
                  ideias 
                  espiritualistas!... 
  
                  Se o 
                  indivíduo 
                  se diz 
                  cético 
                  com 
                  relação 
                  às 
                  questões 
                  espiritualistas, 
                  sua 
                  incerteza 
                  com 
                  relação 
                  à 
                  sobrevivência 
                  da alma 
                  será 
                  ainda 
                  maior. 
                  Não 
                  admitindo 
                  a 
                  existência 
                  da alma, 
                  como 
                  poderá 
                  admitir 
                  a 
                  existência 
                  dos 
                  Espíritos? 
  
                  Em face 
                  disso, 
                  não há o 
                  que 
                  estranhar 
                  quando 
                  se diz 
                  que o 
                  problema 
                  da 
                  morte, 
                  na visão 
                  das 
                  pessoas 
                  a que 
                  nos 
                  referimos, 
                  não se 
                  encontra 
                  esclarecido. 
                  A 
                  diferença 
                  da 
                  concepção 
                  espírita, 
                  comparativamente 
                  com o 
                  que é 
                  professado 
                  pelas 
                  outras 
                  doutrinas 
                  espiritualistas, 
                  está em 
                  que o 
                  Espiritismo, 
                  não se 
                  fundamentando 
                  em 
                  dogmas 
                  ou em 
                  teorias 
                  preconcebidas, 
                  não 
                  inventou 
                  a alma, 
                  para 
                  assim 
                  explicar 
                  os 
                  chamados 
                  fenômenos 
                  inabituais. 
                  Foram as 
                  almas 
                  dos 
                  chamados 
                  mortos 
                  que se 
                  apresentaram 
                  e isso 
                  ocorreu 
                  já na 
                  fase 
                  inicial 
                  do 
                  Moderno 
                  Espiritismo, 
                  em 
                  Hydesville, 
                  quando o 
                  Espírito 
                  de 
                  Charles 
                  Rosma se 
                  apresentou 
                  à 
                  família 
                  Fox.  
 
                   
                  Conforme 
                  lemos em
                  
                  História 
                  do 
                  Espiritismo, 
                  de 
                  Arthur 
                  Conan 
                  Doyle, 
                  tradução 
                  de Júlio 
                  Abreu 
                  Filho, 
                  Margareth 
                  Fox, a 
                  mãe das 
                  meninas 
                  médiuns, 
                  assim 
                  relatou 
                  o que 
                  ocorreu 
                  na noite 
                  de 
                  31-3-1848, 
                  quando o 
                  agente 
                  invisível 
                  que 
                  causava 
                  as 
                  manifestações 
                  em sua 
                  residência 
                  se 
                  identificou: 
  
                  “Então 
                  pensei 
                  em fazer 
                  um teste 
                  que 
                  ninguém 
                  seria 
                  capaz de 
                  responder. 
                  Pedi que 
                  fossem 
                  indicadas 
                  as 
                  idades 
                  de meus 
                  filhos, 
                  sucessivamente. 
                  Instantaneamente 
                  foi dada 
                  a exata 
                  idade de 
                  cada um, 
                  fazendo 
                  uma 
                  pausa de 
                  um para 
                  o outro, 
                  a fim de 
                  os 
                  separar 
                  até o 
                  sétimo, 
                  depois 
                  do que 
                  se fez 
                  uma 
                  pausa 
                  maior e 
                  três 
                  batidas 
                  mais 
                  fortes 
                  foram 
                  dadas, 
                  correspondendo 
                  à idade 
                  do 
                  menor, 
                  que 
                  havia 
                  morrido. 
  
                  Então 
                  perguntei: 
                  ‘É um 
                  ser 
                  humano 
                  que me 
                  responde 
                  tão 
                  corretamente?’ 
                  Não 
                  houve 
                  resposta. 
                  Perguntei: 
                  ‘É um 
                  Espírito? 
                  Se for, 
                  dê duas 
                  batidas’. 
                  Duas 
                  batidas 
                  foram 
                  ouvidas 
                  assim 
                  que fiz 
                  o 
                  pedido. 
                  Então eu 
                  disse: 
                  ‘Se foi 
                  um 
                  Espírito 
                  assassinado 
                  dê duas 
                  batidas’. 
                  Estas 
                  foram 
                  dadas 
                  instantaneamente, 
                  produzindo 
                  um 
                  tremor 
                  na casa. 
                  Perguntei: 
                  ‘Foi 
                  assassinado 
                  nesta 
                  casa?’ A 
                  resposta 
                  foi como 
                  a 
                  precedente. 
                  ‘A 
                  pessoa 
                  que o 
                  assassinou 
                  ainda 
                  vive?’ 
                  Resposta 
                  idêntica, 
                  por duas 
                  batidas. 
                  Pelo 
                  mesmo 
                  processo 
                  verifiquei 
                  que fora 
                  um homem 
                  que o 
                  assassinara 
                  nesta 
                  casa e 
                  os seus 
                  despojos 
                  enterrados 
                  na 
                  adega; 
                  que a 
                  sua 
                  família 
                  era 
                  constituída 
                  de 
                  esposa e 
                  cinco 
                  filhos, 
                  dois 
                  rapazes 
                  e três 
                  meninas, 
                  todos 
                  vivos ao 
                  tempo de 
                  sua 
                  morte, 
                  mas que 
                  depois a 
                  esposa 
                  morrera. 
                  Então 
                  perguntei: 
                  ‘Continuará 
                  a bater 
                  se 
                  chamar 
                  os 
                  vizinhos 
                  para que 
                  também 
                  escutem?’ 
                  A 
                  resposta 
                  afirmativa 
                  foi 
                  alta.”   
  
                  Como os 
                  espíritas 
                  sabem 
                  perfeitamente, 
                  nascia 
                  com os 
                  fenômenos 
                  ocorridos 
                  na 
                  residência 
                  da 
                  família 
                  Fox o 
                  Moderno 
                  Espiritismo, 
                  cuja 
                  parte 
                  teórica 
                  ou 
                  doutrinária 
                  seria 
                  desenvolvida 
                  nove 
                  anos 
                  mais 
                  tarde na 
                  França, 
                  novamente 
                  por meio 
                  do 
                  diálogo 
                  com o 
                  mundo 
                  espiritual, 
                  razão 
                  pela 
                  qual 
                  Kardec 
                  afirmou 
                  que o 
                  resultado 
                  do seu 
                  trabalho, 
                  a 
                  doutrina 
                  espírita, 
                  é a 
                  codificação 
                  dos 
                  ensinos 
                  dados 
                  pelos 
                  Espíritos, 
                  que são 
                  os seus 
                  verdadeiros 
                  autores.(1)  
  
Editorial copiado da Revista Eletrônica "O Consolador", que poderá se acessada através do endereço:  http://www.oconsolador.com.br/ano8/388/editorial.html 
  
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