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segunda-feira, 22 de março de 2010

VIVA A SUA VIDA

Nos dias que transcorrem é facilmente observável a grande necessidade de viver uma irrealidade à conta de realização pessoal ou uma felicidade imaginária.

Vive-se um espelhamento daqueles que estão em evidência, seja o comportamento de artistas, de políticos, de religiosos... Busca-se insistentemente a imitação comportamental, quando não da caracterização apresentada através da mídia.

Essa performance enfatizada pelos meios de comunicação traz contorno grandemente prejudiciais às pessoas imaturas, principalmente para a mocidade, que à falta de parâmetro abalizado nos costumes e tradições sociais melhores estabelecidos e vivenciados, tomam o que está sendo apresentado pela mídia, sem análise e crítica, como certo de usos.

Com isso, ocorrem deformidades emocionais, proporcionando a busca frenética de viver como os que estão em evidência, experimentando dificuldade existencial, que a persistir, tornam-se depressivas, depreciativas, inconformadas...

Tem-se que considerar que muita vez a máscara apresentada pela “celebridade” não passa de discurso “de fora” -- para o público --, apenas uma imagem ou um “modus personalístico” com que quer evidenciar-se, de acordo com seu interesse representativo.

Portanto, é grande a ilusão de quem quer viver a vida demonstrada pelos ídolos, porque a expectativa é a interpretação que se faz do que está exposto, que pode corresponder às ansiedades das pessoas, mas que não é capaz de preencher o vazio emocional, pela falta de realidade e ausência da verdade.

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Agora, considerando que as pessoas são seres espirituais em trânsito pela vida terrena, com objetivo de angariar melhores recursos intelectuais e morais, que vêm de muitas outras jornadas percorridas em épocas variadas, acumuladoras de patrimônios extraordinários, mas ainda sendo imprescindíveis novas experiências, é de suma importância prestar atenção na vida, esta mesma que está transcorrendo, que é mais uma etapa reencarnatória.

O retorno à espiritualidade é fatal, acontecerá. Dando-se essa ocorrência, chamada de o fenômeno da morte física, o indivíduo revê o seu trânsito e suas vivências, estará feliz ou infeliz, de acordo com as condições que empreendeu na sua vida terrena. As ilusões e suas consequências estarão muito vivas, trazendo sofrimentos morais, se não vivia uma realidade, não encontra realizações, não viveu sua vida.

A vivência real da vida, a vida vivida, refletida, que leva às realizações positivas, conquanto os naturais percalços, alguma tristeza, os desgastes naturais das conquistas honestas e nobres, proporciona, após a existência terrena, alegria muito grande, a satisfação do dever cumprido, a paz de espírito.

A alma humana se apresentará no retorno à espiritualidade exatamente como ela é na intimidade, não haverá possibilidade de apresentar subterfúgios, nenhuma máscara, ou qualquer outro recurso acobertador do seu eu. Será a própria evidência, ninguém precisará apresentar currículo, prova de suas realizações, certidão de espécie nenhuma... A individualidade é naturalmente identificada e atraída para junto de seus iguais, na faixa vibratória correspondente ao seu estado espiritual.

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Viver a etapa material conscientemente, sendo responsável pelos atos, com a superação das dificuldades inerentes à vida, com a compreensão das problemáticas vivenciais, com a certeza de que tudo tem duração limitada; que todos os esforços no bem serão reconhecidos, que o resultado do trânsito positivo na vida na Terra é a melhora da posição espiritual, uma grande realização; por que não viver a própria vida? A Eternidade aguarda! O espírito humano é a peça mais importante da engrenagem Universal.

Dorival da Sillva