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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Tempo de Coragem

Tempo de Coragem

Sempre houve a necessidade da coragem. Outrora a coragem era a valentia.  O indivíduo destemido. Que enfrentava feras, nas selvas. Ondas revoltas, no mar. Lutas sangrentas na defesa de divisas e direitos. E agora?!

Não precisamos nos defender de feras e nem de caçá-las. Não há motivo para enfrentar ondas a peito aberto. Lutas não se justificam mais.  De qual coragem precisamos?

Os embates agora são mais audaciosos.  Não é mais contra um inimigo que nos cerceia exteriormente. São lutas aferradas na intimidade de cada um, contra sua própria ferocidade.

Nos tempos transcorridos, séculos, a conquista era contra alguém, que pudesse impedir ou contrariar interesse.  Chegamos no tempo de nos conhecermos. É preciso coragem. Precisamos contrariar a nós mesmos. Modificar concepções, que nos dão acomodação emocional e nos emperram os passos evolutivos. Rompermos a nossa cristalização das mesmices. Possivelmente seremos chamados de insanos.

Os apontamentos de Jesus, como registraram os evangelistas, não são amostras contundentes de modificações das coisas estabelecidas? Não modificaram e continuam modificando a intimidade das gerações? Para àqueles que se dão ao trabalho de análise e reflexão, despojados de preconceitos? Deslindar-se de preconceitos arraigados é prova de coragem transformadora. Levando cada indivíduo ao autoencontro. O conhecer-se. Libertar-se.

A construção que permanecerá indestrutível ocorre na intimidade de cada um. É o bem imperecível. No entanto, é construção espiritual. Não atente aos interesses e demandas materialistas, consumistas.  Conquanto, necessite das ferramentas do campo material, para manutenção da vida física, laboratório experimentador. 

O rumo é a vida espiritual, depois de deixarmos a carcaça física na tumba. Não ficaremos aqui. Continuaremos sempre, somos o que somos em qualquer lugar e tempo. A entidade pensante, a essência espiritual, é infinita. O aformoseamento moral e intelectual é por conta de cada um. E essas conquistas jamais se perdem.

O edifício monumental do Espírito, obra própria, é o acumular de virtudes, sendo primazia a humildade. Base da maior das virtudes. A caridade. Onde se insere o amor em ação.

O tempo de coragem melhor é agora, se já temos consciência da realidade espiritual. Logo mais, será importante para quem despertar depois.

Corajosos! Não há justificativa para adiamento.

Coragem. Sigamos adiante.    


                                                                                         Dorival da Silva

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Diferentes Estados da Alma



Cada indivíduo tem um estado de alma. Nos grupos de almas se forma um ambiente vibratório particular e afim entre si. Essa ocorrência se verifica tanto na vida do encarnado (física), como do desencarnado (espiritual).

Esse estado de alma corresponde à condição evolutiva do ser, no campo intelectual e moral. E uma das formas de se perceber as diferenças evolutivas entre indivíduos e grupos são as manifestações de toda ordem (intelectual ou comportamental), considerando que nas suas mais variadas configurações é a exposição do elemento espiritual, que na vida material, habita num corpo de carne, por ora, pois, finito. 

Os Espíritos constituem um mundo à parte, fora daquele que vemos? “Sim, o mundo dos Espíritos, ou das inteligências incorpóreas.” (1)  Qual dos dois, o mundo espiritual ou o mundo corporal, é o principal na ordem das cosias? “O mundo espiritual, que preexiste e sobrevive a tudo.” (2) Os Espíritos ocupam uma região determinada e circunscrita no espaço? “Os Espíritos estão por toda parte. Povoam infinitamente os espaços infinitos. Há os que estão sem cessar ao vosso lado, observando-vos e atuando sobre vós, sem que o saibais, já que os Espíritos são uma das forças da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para a execução de seus desígnios providenciais. Nem todos, porém, vão a toda parte, pois há regiões interditas aos menos adiantados.” (3) – Grifo nosso.

A intenção cultivada e as ações do indivíduo atraem, por afinidade, uma nuvem de Espíritos, como apresenta a Doutrina Espírita, através das indagações de Allan Kardec aos Espíritos reveladores do mundo espiritual (vejam as perguntas e respostas acima) – aliás, também consta na mensagem epistolar de Paulo (Hebreus, 12-1): (...), tendo em torno de nós tão grande nuvem de testemunhas, (...) --; assim é que ocorre a interação de homens e mulheres encarnados com os desencarnados, por pura afinidade de gostos e de sentimentos, da mesma forma, entre grupos de pessoas.

A qualidade dos pensamentos e dos sentimentos é responsabilidade intransferível de cada pessoa, sendo de sua conta tudo o que advier de seus desejos alimentados e realizados, sabendo-se que existe uma nuvem de Espíritos observando e atuando sobre cada encarnado e ainda que os Espíritos são uma das forças da Natureza – o que leva a lembrar de Jesus, quando leciona: “Vigiai e orai para que não caiais em tentação” -- Marcos, 14-38 --,  e, ainda, “... não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal...”(Mateus, 6-13), conforme a Oração Dominical.

É certo que com maior frequência pensa-se na influência negativa dos Espíritos sobre a vida do encarnado, que o leva a prejuízos de toda ordem, mas, há nisso um equívoco, porque o mal existe enquanto durar a causa. Quais as causas?  O pensamento em desajuste com a moral desequilibrada. Realizações ignóbeis.  Qual o remédio? As regras do bem viver de Jesus: Amar ao próximo como a si mesmo; não desejar ao próximo... O objetivo é a reforma das condições morais da cada um. Permanecer no erro e se negar a evoluir moralmente é problema particular, por isso o livre-arbítrio, todos devem aprender a autonomia moral, num aperfeiçoamento constante, pois os meios de afinidade e influências são infinitos.

Se existe uma população enorme de Espíritos num estado de ignorância e/ou com intenções maléficas, existe outra população de Espíritos nobres, que galgaram a escala dos esforços de aprimoramento intelectual e moral, que de mesma forma atuam incessantemente na tentativa de levantar os caídos, os fracos e os equivocados da vida, oferecendo-lhes apoio e ensinamentos pelas mais variadas vias de manifestação, tais como: religiões sérias, filosofias nobres, programações individuais e coletivas para aplicação de programas de melhoramento, através das organizações polico-sociais, governos, administradores, escolas das mais variadas aplicações educativas.

Não existe uma só alma desamparada, mas a cada uma de acordo com suas obras. “Deus é justo”. Disponibiliza para a criatura todos os recursos existentes para o seu soerguimento, cabendo este assimilá-lo de acordo com as suas possibilidades.  Conquistar as condições é aproximar-se de Deus através da transformação interior, vencendo o egoísmo e o orgulho.  O mal não vem de Deus, é obra do próprio homem, enquanto comprazer-se na sua própria inferioridade moral. A influência dos Espíritos sempre haverá, vez que o mundo material e espiritual se transfunde atuando um sobre o outro, cabendo aos encarnados a opção da felicidade ou da infelicidade de acordo com a sua disposição moral. 

Portanto, ser bem ou mal amparado é por conta de cada um.

1, 2 e 3 – O livro dos Espíritos – Allan Kardec – questões: 84, 85 e 87)

Dorival da Silva