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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Diferentes Estados da Alma



Cada indivíduo tem um estado de alma. Nos grupos de almas se forma um ambiente vibratório particular e afim entre si. Essa ocorrência se verifica tanto na vida do encarnado (física), como do desencarnado (espiritual).

Esse estado de alma corresponde à condição evolutiva do ser, no campo intelectual e moral. E uma das formas de se perceber as diferenças evolutivas entre indivíduos e grupos são as manifestações de toda ordem (intelectual ou comportamental), considerando que nas suas mais variadas configurações é a exposição do elemento espiritual, que na vida material, habita num corpo de carne, por ora, pois, finito. 

Os Espíritos constituem um mundo à parte, fora daquele que vemos? “Sim, o mundo dos Espíritos, ou das inteligências incorpóreas.” (1)  Qual dos dois, o mundo espiritual ou o mundo corporal, é o principal na ordem das cosias? “O mundo espiritual, que preexiste e sobrevive a tudo.” (2) Os Espíritos ocupam uma região determinada e circunscrita no espaço? “Os Espíritos estão por toda parte. Povoam infinitamente os espaços infinitos. Há os que estão sem cessar ao vosso lado, observando-vos e atuando sobre vós, sem que o saibais, já que os Espíritos são uma das forças da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para a execução de seus desígnios providenciais. Nem todos, porém, vão a toda parte, pois há regiões interditas aos menos adiantados.” (3) – Grifo nosso.

A intenção cultivada e as ações do indivíduo atraem, por afinidade, uma nuvem de Espíritos, como apresenta a Doutrina Espírita, através das indagações de Allan Kardec aos Espíritos reveladores do mundo espiritual (vejam as perguntas e respostas acima) – aliás, também consta na mensagem epistolar de Paulo (Hebreus, 12-1): (...), tendo em torno de nós tão grande nuvem de testemunhas, (...) --; assim é que ocorre a interação de homens e mulheres encarnados com os desencarnados, por pura afinidade de gostos e de sentimentos, da mesma forma, entre grupos de pessoas.

A qualidade dos pensamentos e dos sentimentos é responsabilidade intransferível de cada pessoa, sendo de sua conta tudo o que advier de seus desejos alimentados e realizados, sabendo-se que existe uma nuvem de Espíritos observando e atuando sobre cada encarnado e ainda que os Espíritos são uma das forças da Natureza – o que leva a lembrar de Jesus, quando leciona: “Vigiai e orai para que não caiais em tentação” -- Marcos, 14-38 --,  e, ainda, “... não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal...”(Mateus, 6-13), conforme a Oração Dominical.

É certo que com maior frequência pensa-se na influência negativa dos Espíritos sobre a vida do encarnado, que o leva a prejuízos de toda ordem, mas, há nisso um equívoco, porque o mal existe enquanto durar a causa. Quais as causas?  O pensamento em desajuste com a moral desequilibrada. Realizações ignóbeis.  Qual o remédio? As regras do bem viver de Jesus: Amar ao próximo como a si mesmo; não desejar ao próximo... O objetivo é a reforma das condições morais da cada um. Permanecer no erro e se negar a evoluir moralmente é problema particular, por isso o livre-arbítrio, todos devem aprender a autonomia moral, num aperfeiçoamento constante, pois os meios de afinidade e influências são infinitos.

Se existe uma população enorme de Espíritos num estado de ignorância e/ou com intenções maléficas, existe outra população de Espíritos nobres, que galgaram a escala dos esforços de aprimoramento intelectual e moral, que de mesma forma atuam incessantemente na tentativa de levantar os caídos, os fracos e os equivocados da vida, oferecendo-lhes apoio e ensinamentos pelas mais variadas vias de manifestação, tais como: religiões sérias, filosofias nobres, programações individuais e coletivas para aplicação de programas de melhoramento, através das organizações polico-sociais, governos, administradores, escolas das mais variadas aplicações educativas.

Não existe uma só alma desamparada, mas a cada uma de acordo com suas obras. “Deus é justo”. Disponibiliza para a criatura todos os recursos existentes para o seu soerguimento, cabendo este assimilá-lo de acordo com as suas possibilidades.  Conquistar as condições é aproximar-se de Deus através da transformação interior, vencendo o egoísmo e o orgulho.  O mal não vem de Deus, é obra do próprio homem, enquanto comprazer-se na sua própria inferioridade moral. A influência dos Espíritos sempre haverá, vez que o mundo material e espiritual se transfunde atuando um sobre o outro, cabendo aos encarnados a opção da felicidade ou da infelicidade de acordo com a sua disposição moral. 

Portanto, ser bem ou mal amparado é por conta de cada um.

1, 2 e 3 – O livro dos Espíritos – Allan Kardec – questões: 84, 85 e 87)

Dorival da Silva

sábado, 4 de agosto de 2012

A corrupção começa em casa!



Nos dias que se correm a corrupção grassa nos mais variados segmentos das organizações sociais, sejam: na política, no esporte, em grande parte das governanças nacionais. É grande mácula na tessitura social.  Sendo que o tecido social somente existe porque o elemento primordial existe, o homem.  

A qualidade desse elemento essencial é o resultado de sua formação.  O homem é formado com uma personalidade – persona – a partir de seu surgimento na família, desnudo fisicamente de tudo, com um patrimônio impossível de avaliado, pois está adormecido nas profundidades espirituais, que surgirá gradativamente conforme o amadurecimento dos componentes: físico, intelectual e moral, que ensejarão sua revivência, ampliação, enriquecimento ou deformação.

Ninguém nasce com a destinação de ser corrupto, imoral, criminoso...  Os desvios comportamentais, aquilo que destoa da ética, tem por origem o exemplo e muita vez nos pequenos exemplos. Exemplo: Numa família, toca-se o telefone. A mãe atende.  Pergunta-se se o senhor dos Anzóis se encontra.  -- Deixe-me ver (e o referido senhor está à mesa, à sua vista. À vista da criança de cinco anos que também observa).  A senhora retorna ao telefone e indaga sobre do que se trata? – É sobre uma duplicata. -- Está bem, vou verificar. Abafa o bocal do telefone e relata qual é o interesse e houve do marido: -- Fala que eu não estou. -- Está bem!  Responde ao telefone: -- Ele não se encontra, ligue num outro momento... A criança está atenta. O pai brada: -- Que pagar que nada, esse sujeito é um “chato”!   Possivelmente, o fato nessa casa deve se repetir por outras vezes no transcorrer dos dias, em situações variadas, com a presença do filho. Pois, até se acha vantagem demonstrar a “esperteza”.  Essa criança, salvo exceção, tem grande possibilidade de vir a copiar o desvio de conduta ética dos pais, pois tanto a mãe como o pai exemplificam a mentira, a falta de compromisso com a educação mais elementar.

Essa criança deverá vir a ser um médico, um político, um gestor público, um operador  judicial...  Como agirá quando for detentor de poder.  Será que a multidão de leis conseguirá moldá-lo numa condição moral, lídimo de conduta, capaz de gerir os interesses sociais, sem desvirtuá-los?  Pouco provável. 

A sociedade que quiser ver bem conduzido as riquezas comuns, deverá bem conduzir a educação de seus filhos.   O antídoto contra a corrupção precisa vir antes dela, deverá estar instalado na intimidade da pessoa.  Cada um se apresenta com o que tem cultivado em si mesmo –  “... onde está o teu tesouro, aí estará o teu coração” – S. Mateus, 6:21.

“Em torno de todos existe uma nuvem de testemunhas (Hebreus, XII:1); [... não temais, porque não há nada encoberto que não se deva tornar conhecido, nem oculto, que não se venha a saber.] - (S. Mateus, 10: 26); fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, ... (S. Mateus, XXII: 34 a 40); tratai todos os homens como queríeis que eles vos tratassem.  (S. Lucas, VI: 31).”

 Há dois mil anos a melhor ética está ao alcance de toda a Humanidade e teve a mais grave chancela, a crucificação de quem nada devia, apenas era o maior antídoto à corrupção; nos dias atuais não existe outro medicamento mais eficaz, o seu uso é livre, no entanto, poucos se propõem à autoaplicação de salutar terapia.  

A sociedade estertora, temos contribuição a oferecer.  Qual é o nosso quinhão?

Dorival da Silva