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sábado, 27 de outubro de 2012

Finados! Dias dos Mortos?



Fisicamente, aquele que visitamos em câmara ardente e despedimos em exéquias, realmente não está mais ombreando conosco, permanece-nos na lembrança. É correto homenageá-los em dias próprios?  Nada a reprovar. No entanto, podemos fazer isso diariamente ou em muitas oportunidades, através da prece diária, quando não, em datas outras, como aniversário, período Natalino...

“Os Espíritos são sensíveis à lembrança que deles guardam os que lhes foram caros na Terra? ‘Muito mais do que podeis imaginar. Se são felizes, essas lembranças lhes aumenta a felicidade; se são infelizes, serve-lhes de lenitivo.’  ‘O dia da comemoração dos mortos tem algo de mais solene para os Espíritos? Eles se preparam para visitar os que vão orar sobre os seus despojos? ‘Os Espíritos atendem ao chamado do pensamento, tanto nesse dia como nos outros’. ‘O dia de finados é, para eles, um dia especial de reunião junto de suas sepulturas? Nesse dia, eles se reúnem em maior número nos cemitérios, porque maior é o número de pessoas que os chamam.  Mas cada Espírito só comparece ali pelos seus amigos e não pela multidão dos indiferentes.’  ‘Sob que forma aí comparecem e como os veríamos, se pudessem tornar-se visíveis? Aquela sob a qual eram conhecidos em vida.” (1)

As indagações acima e as respostas dos Espíritos reveladores da vida em outra dimensão são muito esclarecedoras, mas outras conjecturas surgem que nos levam à reflexão.  E no caso daquele em que lembramos no dia convencionado à homenagem dos chamados mortos estiver reencarnado e convivendo junto aos seus entes queridos, agora como um neto ou um bisneto? Como seria? Agora tem outro nome? É outra personalidade?

A fé raciocinada (a Doutrina Espírita) nos permite a reflexão.  Outrora era conhecido como José, nesta oportunidade se chama Antônio, conquanto as personalidades diferentes tratam-se do mesmo ser espiritual.  Se lá à beira da lápide homenageamos o ente que conhecíamos com um nome e ele tem outro, numa nova existência física, que não temos conhecimento, a prece, o pensamento de saudade atinge-o de mesma forma, porque não importa como ou onde esteja, é a mesma individualidade.

Como se daria isso?  Estando o Espírito na vida errante (espiritual), que lhe é a natural, estaria ciente: veria os seus homenageadores e sentiria as suas intenções emocionais; e estando num outro corpo (reencarnado), não estaria consciente da ocorrência como na situação anterior, mas sentiria a emoção, ou a alegria benfazeja que não saberia explicar, independentemente de ser criança ou adulto. Será que nunca sentimos uma emoção ou uma alegria que desconhecemos de onde surgiu?  Os que estão na vida espiritual também oram por nós.  A vida é via de duas mãos!

A homenagem aos que amamos é muito importante, em qualquer circunstância é uma demonstração de afeto, doação de amor, sem nenhuma outra conotação que não seja a de amar.

(1)   O Livro dos Espíritos – Allan Kardec – Questões: 320, 321 e 321 - a e b.

Dorival da Silva