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segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Paz! Paz! Encontrar a Paz.

 

Paz! Paz! Encontrar a Paz. 

Existe busca constante da paz pelas pessoas e pelas organizações do Mundo. Todos querem paz! Embora, não a conheçam. Vive-se em conflitos e em aflições das mais variadas formas. Cultiva-se muitas formas de comportamentos e modos de pensar que distanciam do desejo comum de se encontrar a paz.  

Como, então, encontrar a paz? Certamente, um dia a paz se fará para quem a busca. No estágio que nos encontramos na Terra, na maior porção dos habitantes, precisaremos, ainda, entender as aflições, e termos consciência das suas causas.  

Apenas fazendo algumas anotações sobre as causas das aflições: 1. As pessoas, em número expressivo, não se conhecem, não no aspecto civil, mas, na condição de ser o único ser responsável pela própria superação das deficiências que levam às aflições, que surgem nas várias fazes da vida; 2. Os comportamentos que levam o indivíduo à preocupação de se mostrar no seu meio social algo de singular ou excentricidade, para ser diferente, ou acompanhar certo modismo em uso; 3. A exposição de condições econômicas ou de poder apenas para exorbitar a vaidade etc. 

Essas ocorrências estão exageradas atualmente, nas classes sociais, cada qual sob algum ângulo que visa as mesmas finalidades nos campos de emotividade excêntrica. 

Assim, todas as preocupações são para expressões personalísticas exteriores, sendo que seus efeitos têm a duração de sua exposição, ou enquanto durar o impacto de interesses de terceiros, o que passa muito rápido.  

Logo depois das exposições públicas, dos fatos ligeiramente apontados, vem a frustração, o vazio existencial, requerendo nova exposição na tentativa de atender expectativa de alguma realização satisfatória que nunca se encontra, considerando as vivências de várias tentativas.  

É fundamental estacar a nossa vida para reflexão sobre a vida, sobre nós mesmos! Quem eu sou? Que faço nesta vida? Logo depois da idade madura, quando minhas forças físicas se esgotarem, para onde vou?  

É com lógica que, se não temos paz nos nossos dias e não conhecemos o mecanismo da paz nesta existência, não a teremos após deixarmos a vestimenta carnal.  

Existe um ensinamento de Jesus que poucos compreendem: “Vinde a mim, todos os que andais em sofrimento e vos achais carregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus, Xl:28-30). Quando da codificação da Doutrina Espírita, a partir de 1857, os Orientadores do Mundo Maior, fizeram o seguinte esclarecimento, a respeito: “Entretanto, Jesus coloca uma condição à sua assistência e à felicidade que promete aos aflitos; essa condição está na lei que ensina; seu jugo é a observação dessa lei; mas esse jugo é leve e essa lei é suave, uma vez que impõem por dever o amor e a caridade.”¹ 

Primeiramente é preciso entender que Jesus não é uma ficção, não é uma lenda, mas, sim, uma Verdade. “Vinde a mim, todos os que andais em sofrimento e vos achais carregados, e eu vos aliviarei. (…)”. Este chamamento não pode ser confundido com sinais materiais, tais como: aproximação de imagens atribuídas ao Senhor, crucifixos, procissões…, mas, a busca da compreensão de sua mensagem. A busca por Jesus é permanente, pois que exige constante melhoria de nossas condições espirituais, com a superação de nossas deficiências morais.  

Ir a Jesus é juntarmos os cacos de humildade, num esforço para darmos à materialidade o valor que lhe é próprio, é aproximarmos vibratoriamente de Jesus pelos nossos valores conquistados no bem, para interagirmos, mesmo que superficialmente, com a grandiosidade vibratória do Mestre, o mesmo que entrarmos em contato, em mínima porção, com o Seu psiquismo. 

Jesus, sempre está próximo das criaturas de Deus, no entanto, as criaturas estão distantes de suas vibrações, por valorizarem exacerbadamente as coisas materiais, a materialidade da vida, criando estado vibracional antagônico ao de Jesus, assim, afastando-se da fonte das virtudes, logo, também, de Deus.   

Com isso, começamos a compreender o ensinamento: (…), Jesus coloca uma condição à sua assistência e à felicidade que promete aos aflitos; essa condição está na lei que ensina; seu jugo é a observação dessa lei; mas esse jugo é leve e essa lei é suave, uma vez que impõem por dever o amor e a caridade.” O amor e a caridade devem estar na alma da criatura, não como promessa, mas, como realidade, para que nossa condição espiritual tenha valores capazes de conectar com a grandiosidade do Senhor. Este é o caminho por onde as virtudes se comunicam. 

A paz, por ora, somente com a construção individual na própria alma, porque a serenidade intima independe dos tumultos exteriores. Assim, quando a maioria das pessoas tiver construído a paz interior, as ações exteriores serão naturalmente de paz.  

Com isso, não se espera resultado de curto prazo, serão necessárias várias gerações e muita transformação moral da Humanidade. No entanto, a paz particular poderá se iniciar ainda hoje! 

Tenhamos paz! 

 

Dorival da Silva  

1. O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VI, O Cristo Consolador, Jugo Leve, item 2. 

Nota: As obras básicas do Espiritismo podem ser baixadas gratuitamente do sítio da Federação Espírita Brasileira (FEB), através do endereço eletrônico abaixo:  


sábado, 10 de setembro de 2016

O grande futuro

“Mas agora o meu reino não é daqui” – Jesus. (João, 18:36.)

Desde os primórdios do Cristianismo, observamos aprendizes que se retiram deliberadamente do mundo, alegando que o Reino do Senhor não pertence à Terra.

Ajoelham-se, por tempo indeterminado, nas casas de adoração, e acreditam efetuar na fuga a realização da santidade.

Muitos cruzam os braços à frente dos serviços de regeneração e, quando interrogados, expressam revolta pelos quadros chocantes que a experiência terrena lhes oferece, reportando-se ao Cristo, diante de Pilatos, quando o Mestre asseverou que o seu reino ainda não se instalara nos círculos da luta humana.

No entanto, é justo ponderar que o Cristo não deserdou o planeta. A palavra dEle não afiançou a negação absoluta da felicidade celeste para a Terra, mas apenas definiu a paisagem então existente, sem esquecer a esperança no porvir.

O Mestre esclareceu: – “Mas agora o meu reino não é daqui.”

Semelhante afirmativa revela-lhe a confiança.

Jesus, portanto, não pode endossar a falsa atitude dos operários em desalento, tão-só porque a sombra se fez mais densa em torno de problemas transitórios ou porque as feridas humanas se fazem, por vezes, mais dolorosas. Tais ocorrências, muita vez, obedecem a pura ilusão visual.

A atividade divina jamais cessa e justamente no quadro da luta benéfica é que o discípulo insculpirá a própria vitória.

Não nos cabe, pois, a deserção pela atitude contemplativa e, sim, avançar, confiantemente, para o grande futuro.


Mensagem extraída da obra: Pão Nosso, Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, capitulo 133.

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Reflexão:  

O Reino de Jesus ainda não pôde ser instalado neste Mundo, porque não é um reino de materialidade, não se consubstancia no que é tangível, em atendimento às expectativas do materialismo reinante.  Esse reinado acontece no acolhimento, compreensão e vivência de Suas verdades, o que passa pela inteligência, pela razão e pelo sentimento. O que proporciona modificação profunda nos hábitos e formas de vida no Planeta.

A mensagem excelente legada por Jesus, mostrando as pegadas para se construir o Seu reino na Terra, não foi compreendida, tornou-se mote de disputas irracionais, de descrédito, de interesse mesquinhos,  de guerras hediondas, de multiplicação de credos exploradores da ignorância e da boa-fé e tantos outros desvios que a cegueira do homem foi capaz de produzir a título de fé, adoração, e tantas adjetivações e substantivações que se possa implementar. 

No entanto, a partir de 1857, com a publicação da Codificação Espírita, elaborada por Allan Kardec, que sistematiza as informações trazidas pelos Espíritos, através das comunicações mediúnicas, que no seu bojo amplia o entendimento dos registros dos Apóstolos de Jesus, mais especificamente àqueles de cunho moral, colhendo dos Espíritos Superiores as elucidações clarificadoras das verdades, com lógica.

Dessa forma, feita a revelação extraordinária a respeito do Mundo Espiritual pelos próprios Espíritos, dando conta de seus estados e de como a eles chegaram, revelando suas vivências quando no corpo físico, mostrando a correlação entre a vida que se vive no Mundo material e a que se vive no Mundo espiritual.  Mostrando que não há interrupção da vida, mas sim a sua continuidade, muito embora, em estado vibratório diferente, porque sem a indumentária física.

Revelou-se a reencarnação e a desencarnação, o entrar e o sair da carne, em cada retorno à matéria, num novo corpo, tratando-se de recomeço, oportunidade justa, para se refazer de desastres morais de vida passada, bem como aproveitar as experiências exitosas para ampliar em vivências mais complexas, sendo estas ferramentas evolutivas.

O Reino de Jesus, a ser erigido no íntimo dos seres humanos, aplicando suas lições, as regras do bem viver, em suas ações desde as menores até as grandiosas, sempre respeitando voluntariamente, conscientemente, o próximo, tanto como a Natureza, porque há uma interação com a Vida, com conhecimento de causa, embasada nas Leis Divinas, àquelas mesmas enunciadas por Jesus, quando lecionava aos Apóstolos.

O Cristo, não deserdou a Terra, apenas informou que não estava naquele momento aqui o Seu Reino, apenas se iniciara, seria preciso expor todo um planejamento que escoaria pelos tempos afora, que transcenderia todas as possibilidades de daquele tempo, além de estar as suas minúcias tão distantes dos homens mais aquinhoados de inteligência daquela época, como o próprio estágio da alma humana em relação a sua grandiosidade de Governador do Planeta Terra, desde a sua origem.

O Reino de Jesus terá lugar no Mundo quando os habitantes do Mundo se tornarem Cristãos verdadeiramente, enxergar o direito do próximo antes que o seu, exercer naturalmente o altruísmo, porque o egoísmo será algo que passou, caiu no esquecimento.  Guerra, não haverá mais possibilidades, pois ninguém deseja o que é do próximo, a ganância foi dominada. O domínio é a construção do melhor para todos. A paz é a busca permanente.  Quem se habilita permanecer? Jesus aguarda que todos façam os esforços imprescindíveis de autoeducação, moralização e espiritualização. 

O grande futuro é alvissareiro, para quem se propuser caminhar nas pegadas do Mestre Galileu!

                                                 Dorival da Silva       








  








quinta-feira, 9 de junho de 2016

Terrorismo de natureza mediúnica

Terrorismo de natureza mediúnica

       
Sutilmente vai-se popularizando uma forma lamentável de revelação mediúnica, valorizando as questões perturbadoras que devem receber tratamento especial, ao invés de divulgação popularesca de caráter apocalíptico.
Existe um atavismo no comportamento humano em torno do Deus temor que Jesus desmistificou, demonstrando que o Pai é todo Amor, e que o Espiritismo confirma através das suas excelentes propostas filosóficas e ético-morais, o qual deve ser examinado com imparcialidade.
Doutrina fundamentada em fatos, estudada pela razão e lógica, não admite em suas formulações esclarecedoras quaisquer tipos de superstições, que lhe tisnariam a limpidez dos conteúdos relevantes, muito menos ameaças que a imponham pelo temor, como é habitual em outros segmentos religiosos.
Durante alguns milênios o medo fez parte da divulgação do Bem, impondo vinganças celestes e desgraças a todos aqueles que discrepassem dos seus postulados, castrando a liberdade de pensamento e submetendo ao tacão da ignorância e do primitivismo cultural as mentes mais lúcidas e avançadas...
O Espiritismo é ciência que investiga e somente considera aquilo que pode ser confirmado em laboratório, que tenha caráter de revelação universal, portanto, sempre livre para a aceitação ou não por aqueles que buscam conhecer-lhe os ensinamentos. Igualmente é filosofia que esclarece e jamais apavora, explicando, através da Lei de Causa e Efeito,  quem somos, de onde viemos, para onde vamos, porque sofremos, quais são as razões das penas e das amarguras humanas... De igual maneira, a sua ética-moral é totalmente fundamentada nos ensinamentos de Jesus, conforme Ele os enunciou e os viveu, proporcionando a religiosidade que integra a criatura na ternura do seu Criador, sendo de simples e fácil formulação.
Jamais se utiliza das tradições míticas greco-romanas, quais das Parcas, sempre tecendo tragédias para os seres humanos, ou de outras quaisquer remanescentes das religiões ortodoxas decadentes, algumas das quais hoje estão reformuladas na apresentação, mantendo, porém, os mesmos conteúdos ameaçadores.
De maneira sistemática e contínua, vêm-se tornando comuns algumas pseudorrevelações alarmantes, substituindo as figuras mitológicas de Satanás, do Diabo, do Inferno, do Purgatório, por Dragões, Organizações demoníacas, regiões punitivas atemorizantes, em detrimento do amor e da misericórdia de Deus que vigem em toda parte.
Certamente existem personificações do Mal além das fronteiras físicas, que se comprazem em afligir as criaturas descuidadas, assim como lugares de purificação depois das fronteiras de cinza do corpo somático, todos, no entanto, transitórios, como ensaios para a aprendizagem do Bem e sua fixação nos painéis da mente e do comportamento.
O Espiritismo ressuscita a esperança e amplia os horizontes do conhecimento exatamente para facultar ao ser humano o entendimento a respeito da vida e de como comportar-se dignamente ante as situações dolorosas.
As suas revelações objetivam esclarecer as mentes, retirando a névoa da ignorância que ainda permanece impedindo o discernimento de muitas pessoas em torno dos objetivos essenciais da existência carnal.
Da mesma forma como não se deve enganar os candidatos ao estudo espírita, a respeito das regiões celestes que os aguardam, desbordando em fantasias infantis, não é correto derrapar nas ameaças em torno de fetiches, magias e soluções miraculosas para os problemas humanos, recorrendo-se ao animismo africanista, de diversos povos e às suas superstições. No passado, em pleno período medieval, as crenças em torno dos fenômenos mediúnicos revestiam-se de místicas e de cerimônias cabalísticas, propondo a libertação dos incautos e perversos das situações perniciosas em que transitavam.
O Espiritismo, iluminando as trevas que permanecem dominando incontáveis mentes, desvela o futuro que a todos aguarda, rico de bênçãos e de oportunidades de crescimento intelecto-moral, oferecendo os instrumentos hábeis para o êxito em todos os cometimentos.
A sua psicologia é fértil de lições libertadoras dos conflitos que remanescem das existências passadas, de terapêuticas especiais para o enfrentamento com os adversários espirituais que procedem do ontem perturbador, de recursos simples e de fácil aplicação.
A simples mudança mental pra melhor proporciona ao indivíduo a conquista do equilíbrio perdido, facultando-lhe a adoção de comportamentos saudáveis que se encontram exarados em O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, verdadeiro tratado de eficiente psicoterapia ao alcance de todos que se interessem pela conquista da saúde integral e da alegria de viver.
Após a façanha de haver matado a morte, o conhecimento do Espiritismo faculta a perfeita integração da criatura com a sociedade, vivendo de maneira harmônica em todo momento, onde quer que se encontre, liberada de receios injustificáveis e sintonizada com as bênçãos que defluem da misericórdia divina.
A mediunidade, desse modo, a serviço de Jesus, é veículo de luz, de seriedade, dignificando o seu instrumento e enriquecendo de esperança e de felicidade todos aqueles que se lhe acercam.
Jamais a mediunidade séria estará a serviço dos Espíritos zombeteiros, levianos, críticos, contumazes de tudo e de todos que não anuem com as suas informações vulgares, devendo tornar-se instrumento de conforto moral e de instrução grave, trabalhando a construção de mulheres e de homens sérios que se fascinem com o Espiritismo e tornem as suas existências úteis e enobrecidas.
Esses Espíritos burlões e pseudossábios devem ser esclarecidos e orientados à mudança de comportamento, depois de demonstrado que não lhes obedecemos, nem lhes aceitamos as sugestões doentias, mentirosas e apavorantes com as histórias infantis sobre as catástrofes que sempre existiram, com as informações sobre o fim do mundo, com as tramas intérminas a que se entregam para seduzir e conduzir os ingênuos que se lhes submetem facilmente...
O conhecimento real do Espiritismo é o antídoto para essa onda de revelações atemorizantes, que se espalha como um bafio pestilencial, tentando mesclar-se aos paradigmas espíritas que demonstraram desde o seu surgimento a legitimidade de que são portadores, confirmando o Consolador que Jesus prometeu aos seus discípulos e se materializou na incomparável Doutrina.
Ante informações mediúnicas desastrosas ou sublimes, um método eficaz existe para a avaliação correta em torno da sua legitimidade, que é a universalidade do ensino,  conforme estabeleceu o preclaro Codificador.
Desse modo, utilizando-se da caridade como guia, da oração como instrumento de iluminação e do conhecimento como recurso de libertação, os adeptos sinceros do Espiritismo não se devem deixar influenciar pelo moderno terrorismo de natureza mediúnica, encarregado de amedrontar, quando o objetivo máximo da Doutrina é libertar os seus adeptos, a fim de os tornar felizes.
Vianna de Carvalho
Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, no

dia 7 de dezembro de 2009, durante o XVII Congresso Espírita
Nacional, em Calpe, Espanha.
Em 09.04.2012.

A mensagem também poderá ser lida na fonte, através do endereço:
http://www.divaldofranco.com.br/mensagens.php?not=279

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Nem todos os que dizem: “Senhor! Senhor!”

Nem todos os que dizem: “Senhor! Senhor!” — entrarão no Reino dos Céus

            Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente que construiu sobre a rocha a sua casa. Quando caiu a chuva, os rios transbordaram, sopraram os ventos sobre a casa; ela não ruiu, por estar edificada na rocha. Mas aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica, se assemelha a um homem insensato que construiu sua casa na areia. Quando a chuva caiu, os rios transbordaram, os ventos sopraram e a vieram açoitar, ela foi derribada; grande foi a sua ruína.
                                                           -- Jesus (Mateus, 7:24 a 27; Lucas, 6:46 a 49.)
                                                               Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XVIII, item 7

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Reflexão

         O Grande Pedagogo, Jesus, utilizava das figuras e ideias comuns da vida cotidiana para que houvesse acolhimento pelas pessoas comuns do povo e fosse base de assentamento de verdades que transformariam a humanidade no transcurso dos tempos.
         A casa sobre a rocha, tratava-se de figura forte e levava as pessoas uma verdade fácil de se constatar pela observação e a experiência normal da vida. Uma lógica irrefutável.
         Com o andar dos séculos, com a ampliação do entendimento trazida pela Doutrina Espírita, fácil é perceber que Jesus falava da alma humana, do ser essencial. Toda a sua atenção é voltada para o foco de maior importância no Universo, o Espírito. Todo ser pensante é um Espírito. O máximo da criação Divina. O aprimoramento consciente desse foco essência era e continua sendo o objetivo de todos os Seus esforços.
         A figura da casa sobre a pedra ou areia mostra a questão das escolhas, da lucidez ou insensatez, da criatura que transita pela vida.  A forma de construção corresponde à condição espiritual de que se porta, sendo o Espírito livre para suas decisões. A lição é orientação límpida para quem quer ver. Faça-se como quiser, mas as ocorrências da vida apresentarão e demonstrarão a qualidade das deliberações. Não faltarão as tempestades e ventos na vida de cada um, se a sua casa estiver bem edificada com bases sólidas na grandeza moral, no exercício da caridade, na tolerância, na paciência e demais virtudes, aquelas provarão a firmeza da construção e passarão, deixando a “bonança”.
           Caso a mansão tenha sido edificada na areia: da insensatez, da imoralidade de toda ordem, da fé vacilante e do egoísmo e orgulho acerbos, os ventos também soprarão e as águas dos tempos novos sobre ela abaterão e sobrará ruína. Ruína é a alma esfacelada pelo sofrimento por ter perdido todas as oportunidades que estiveram ao seu alcance. Não terá do que reclamar, a não ser de si mesma.
            Jesus, o Grande Mestre, jamais desiste do aluno renitente no mal, surdo aos conselhos, no entanto não deixará de permitir os Anjos da dor, que oferecerão o medicamento adequado para os cegos que não querem ver a verdade tão claramente apresentada.
             A paz interior, o reino dos céus, é conquista individual.
                                                                    
                                                                 Dorival da Silva