Filhos da luz
“Andai como
filhos da luz.” - Paulo. (Efésios, 5:8.)
Cada criatura dá
sempre notícias da própria origem espiritual.
Os atos, palavras e
pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.
Os filhos da
inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.
Os rebentos da
tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.
Os cultivadores da
irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.
Os portadores de
interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo
escuro clima nas mentes alheias.
Os corações
endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.
Os afeiçoados à
calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se
improvisam grandes males e grandes crimes.
Os cristãos,
todavia, são filhos da luz.
E a missão da luz é
uniforme e insofismável.
Beneficia a todos
sem distinção.
Não formula
exigências para dar.
Afasta as sombras
sem alarde.
Espalha alegria e
revelação crescentes.
Semeia renovadas
esperanças.
Esclarece, ensina,
ampara e irradia-se.
Mensagem extraída da obra: Vinha de Luz, Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, capítulo 160
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REFLEXÃO: Porquê demoramos tanto para entender que somos filho da Luz? Há em nós uma resistência grande em nos afastarmos da nuvem escura que geramos com as nossas ações más. "Toda árvore má oferece frutos amargos", entretanto, somos seres perfectíveis, sendo que a perfeição é um fatalismo para a alma humana.
É certo que somos filhos da Luz, no entanto, a nossa luz está um tanto embotada, em conta as imperfeições que a envolvem, tal como a jaça que esconde o brilho da pedra preciosa. No homem a jaça são as consequências das experiências negativas, o comprometimento da consciência com o exercício do orgulho e do egoísmo. O comportamento desairado em relação ao próximo, o desrespeito ao mais fraco, o submeter o indefeso à mesquinhez moral, a invigilância quanto ao direito do outro em qualquer circunstância. Tudo gera acúmulo na configuração moral de cada ser em evolução. São experienciações que comprometem e fazem sofrer em alguma época da vida, forçando a corrigenda nesta ou em outra vida.
Todos temos uma meta a alcançar, a nossa Luz, faz-se necessário o rumo, para onde dirigirmos nosso foco de interesse. Para isso, a luz interior precisa vencer a carapaça escura que a envolve, escapando-se pelas frinchas abertas com os esforços, superações e a busca de entendimento, pelo acalmar das intenções fumegantes de conquistas materiais, valorizando o bom senso, o discernimento, amenizando o poder das forças desconcertantes.
O rumo é estabelecido pela consciência cultivada numa inteligência educada pela vontade do bem. Num primeiro instante é insipiente, mas os esforços para o entendimento e a compreensão sobre a grandiosidade evolutiva da vida, dá velocidade ao aclaramento e a elucidação da alma em trânsito evolutivo.
Somos filhos da Luz, porque da Luz viemos, com as potências em latência, aguardando o nosso desenvolvimento e as experiências que nos libertarão, apesar de que herdamos o direito ao livre arbítrio, com o qual deveremos despertar o senso de liberdade e responsabilidade, aprendendo a decidir entre o que devemos e o que não devemos fazer, considerando o estado de consciência que saberá medir as consequências de cada ato.
A luz se fará em todos nós, mas não ocorrerá por uma causa exterior, será uma construção no tempo, superadas a ignorância e as deficiências morais, reparados os desvios, aprendidas as lições, estas que permanecerão como combustível que se ampliará mantendo a Luz que se tornará imperecível.
Somos filhos da Luz!
Dorival da Silva
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