Outra vez o amor...
Quantas vezes vamos falar de amor?
Existe
uma carência muito grande de amor. Certamente porque ainda não se
compreendeu o que é o amor, confunde-se com sensação. A sensação é algo
limitado, passageiro, que a intervalos pode-se repetir, não exatamente
igual como se deu de outra vez, tal como sentir frio ou calor, sede ou
fome... O amor é sentimento, flui da alma.
Grande
parte da humanidade não sabe ser amada porque não sabe amar. Sendo o
amor um sentimento, não poderá ser colhido em nenhum outro lugar que não
na intimidade da alma humana. Exala tal como o perfume da flor, está
presente, existe.
Esse sentimento surgiu com o próprio Espírito humano, é latente, se
desenvolve no caminhar da existência do ser, transitando os milênios de
experiências. É conquista tão importante como a inteligência, pois o
resultado dessa comunhão é a lucidez, a plenitude do ser, a felicidade
real.
O
perfume da flor não é aquisição exterior, está na origem; na alma é a
mesma coisa, a alma que ama se ama primeiro, a virtude está intrínseca.
Quem ama contagia os que a cerca, assim como a flor perfuma quem se aproxima.
Almas
que amam interligam-se num halo imperceptível, vivem um estado
indizível, pois somente os que alcançam este estágio fruem da conquista,
incompreensível aos que estão à margem.
Amar amando-se é a meta. Não é meta material. Não é feminino e nem masculino. Não é sensual. É sentimento. É meta celestial.
Dorival da Silva
Nenhum comentário:
Postar um comentário