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segunda-feira, 18 de novembro de 2019

A Ciência do Perdão

A Ciência do Perdão  

 

Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete?  Jesus lhe disse: Não te digo que até sete; mas, até setenta vezes sete. (Mateus, 18:21)  

 

Jesus aceitou que o chamassem Mestre, porque Mestre Ele era. “Vós me chamais Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque eu o sou (João, 13:13)”.  

___________________________________  

 

Antes da existência do Planeta Terra Jesus já era Jesus, o Cristo. Jesus é membro da Comunidade dos Espíritos Puros, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida em todas as coletividades planetárias; esses Espíritos Puros são eleitos pelo Senhor Supremo do Universo, conforme se retira da obra: A Caminho da Luz, no capítulo I, A Gênese planetária, pelo espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier.   

 

Localizamos Jesus no tempo em relação à Terra para refletirmos sobre a lição do perdão, dada a sua importância e a ênfase que Jesus lhe deu. 

 

É intuitivo que Jesus, na sua condição de Espírito Puro, conhecia todas as Ciências (estamos usando o verbo no passado para situar o Seu momento na Terra), no entanto, aquele momento não permitia que ampliasse esclarecimentos sobre os temas que ensinava, em conta a inexistência nas línguas de palavras que pudessem traduzir o que se pretendia ensinar. As Ciências do mundo eram rudimentares; a maioria do povo não tinha instrução escolar e se dedicava às atividades agropecuárias e comerciais aprendidas por tradição, o que também moldava as culturas dos povos.   

 

O Senhor precisava utilizar os meios disponíveis, os costumes, as atividades, e os saberes do povo para estabelecer fundamentos científicos. Embora a compreensão fosse limitada na época, esses fundamentos produziam efeitos e seriam plenamente compreendidos com os avanços futuros da Ciência, proporcionando um entendimento mais profundo em benefício de todos os Espíritos ligados ao Planeta Terra.   

 

O advento da Doutrina Espírita, fundamentada no tripé: Ciência, Filosofia e Religião, proporcionou ao mundo uma expansão significativa no entendimento da mensagem de Jesus. Ela se vale dos conhecimentos disponíveis em sua época e enriquecida por diversos trabalhos espirituais e obras psicografadas que contribuem para a iluminação das mentes.  

 

O perdão é um antídoto para os sofrimentos. Como assim? E o perdão?  É um antídoto aos sofrimentos. Como? Todo ser humano, encarnado ou desencarnado, é uma fonte de forças guiadas pelo pensamento e pela intensidade da vontade. Essas forças têm a qualidade de sua origem. Se originadas do ódio e do desejo de vingança, torna-se projéteis com destino certo. Quando emanam de corações persistente no mal e em conflito, criam uma corrente de força indestrutível, que só se rompe quando pelo menos uma das partes decide perdoar, encerrando assim à conexão prejudicial.   

 

O indivíduo que carrega o ódio, o desejo de vingança, mesmo que não alcance o seu alvo com as vibrações morbíficas, faz mal terrível a si mesmo, acumulando vibrações compatíveis à sua vontade que lhe corroem a alma. Com o passar do tempo, a persistir, causa-lhe reflexos na sua organização física que se desequilibra, em conta o seu estado emocional negativo, causando problemas digestivos, AVC, infarto e até desenvolve o câncer de várias etiologias.   

 

Caso alcance o seu objetivo em relação ao seu desafeto, porque este se encontra na mesma faixa de vibração, mesmo que o atingido não tenha consciência desse estado de agressividade contra si, causa-lhe sensação de mal-estar, dor de cabeça, insônia, desenvolve doença emocional e outras.  

 

Quando o desejo de vingança é muito persistente e não se cogita o perdão, pode passar de uma vida e ter continuidade em outra. Ocorrendo a desencarnação de pessoa com esse sentimento, com muita frequência continua com seu intento, causando graves dissabores ao que está encarnado, perturbando de diversas formas, vez que se encontra livre da matéria e ainda encontra outros espíritos que se comprazem com vinganças somando forças para isso.  

 

Pensando nessa situação, a recomendação de Jesus: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; (...). - Mateus, 26:41”, é bastante significativa porque não nos permite irmos para uma frequência vibratória baixa, onde os inimigos gratuitos sejam encarnados ou desencarnados estabeleçam o seu império, vez que estamos atentos sobre a qualidade de nossas ações e hábitos, mantendo-nos numa frequência vibratória melhor, secundada pela oração, que fluir de alma enobrecida pelo bem que realiza.   

 

Perdoar é o antídoto excelente, porque é como a vacina que impede que a doença terrível se instale num organismo vivo, que pode levá-lo a grande sofrimento e até mesmo à morte.  O perdão neutraliza na origem os males que poderiam ultrapassar os tempos prejudicando os envolvidos, com as consequências negativas de grande gravidade, atrasando irremediavelmente a evolução desses Espíritos em estágio deplorável, exigindo trabalho e tempo para se corrigir e sanar a dívida que se tornou grande diante da Lei Divina, vez que tudo o que é cultivado se desenvolve e dá frutos, e se nasce de uma ação má os frutos terão a mesma qualidade.  

   

Assim nascem as guerras, originadas de desentendimentos entre líderes, que se aliam aos seus pares, adotando partes de interesses, alimentando a desavença e motivando forças negativas para a agressão, a forra, descambando para a crua vingança entre  desafetos que nem se conhecem. No entanto, se entrelaçam despoticamente pelas vias materiais e mais ainda pelas vias vibratórias, gerando sofrimentos de grande monta para todos que estão no seu raio de alcance.  

 

Quanto o Planeta Terra poderia ter se adiantado se conhecêssemos as leis que regem o pensamento, a vontade; se soubéssemos como funcionam as leis vibratórias espirituais; sendo que somos nós mesmos que as produzimos com as nossas intenções.  

 

Quantas guerras que causaram destruições e infelicidades poderiam ter sido evitadas se observássemos a lição do perdão ensinada por Jesus, o Cristo, que nos pede para perdoar as ofensas, não somente sete vezes, mas setenta vezes sete vezes, cada erro de nosso irmão; não sendo difícil de deduzir que é sempre.  

 

A mesma força produzida pelas desavenças, ódios e vinganças que causam o mal, o sofrimento, o endividamento moral, o ressarcimento difícil e demorado, o arrastamento às misérias de toda ordem, é a mesma proporcionada pelo exercício do bem, da caridade, que eleva o ser, que faz a felicidade, a harmonia e a paz. A questão é de qual mente, de qual coração nasce tal força. A qualidade corresponde a sua origem, tanto que Jesus ensina: “Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus.”  - Mateus, 7:17.    

 

Como o Espírito humano tem a liberdade de agir, o livre-arbítrio, experimenta os efeitos de suas escolhas sorvendo as consequências, dando conta de seus feitos, sabendo que o mal sempre exigirá justificativa, o bem sempre proporcionará a harmonia, a paz e a felicidade, porque é a sua finalidade, é a comunhão da criatura com o Criador de Todas as Coisas, que permite ao Espírito desenvolver o mal e sofrer suas consequências para conhecer o bem, conquanto ninguém é obrigado realizar o mal, é uma questão própria do estado de ignorância do Espírito.   

 

Jesus é o Mestre dos Mestres, o Médico dos Médicos, o mais perfeito exemplo que temos na Terra, suas palavras têm a base de todas as Ciências, fundadas na essência de todas as coisas, o Amor que vem de Deus e se instala nos corações que O buscam.   

 

Perdão! Uma grande ciência para se alcançar a paz e a felicidade.


Dorival da Silva   

                                       
                                                        

domingo, 10 de novembro de 2019

Obsessão ou Depressão

Obsessão ou Depressão 

 

“Quem tem olhos de ver, que veja.”  No mundo acelerado de hoje, as pessoas têm necessidades enormes. Embora diferentes em cada indivíduo, é uma epidemia que se alastra. Toma conta de crianças, jovens, adultos e chega na terceira idade. É contagiante. Causa dependência. Abre no peito um vazio que não se preenche com nada. Uma ânsia de algo a alcançar que não se alcança. A angústia se espalha, enraizando-se na alma, tornando-se uma obsessão.  

 

Ideias angustiantes e persistentes, dia e noite, pensamentos desconexos e presságios fantasmagóricos prenunciam catástrofes, apontando para a escuridão sem rumo. Surgem o medo, o pânico de algo que só o sofredor vê, está no caleidoscópio da mente, imagens, ruídos de toda ordem, movimentos atordoantes, constituindo um teatro de horrores.   

 

Permitimos a construção desse quadro horripilante ao negligenciar o que é mais essencial em nós. A consciência de que somos um ser espiritual, somos um mundo próprio, que temos a obrigação de zelar, aprimorar, enlevar, acima de tudo amar. Somos nós que continuaremos a nossa jornada infinita após o desgaste do corpo físico, pois ele nos proporciona valiosas lições que não se perdem com o tempo. O resultado dessa colaboração permanece em nossa alma.  

 

Nesta era moderna, existe um grande desejo de coisas, muitas vezes sem reflexão sobre a necessidade ou a conveniência da aquisição. Não estamos falando aqui de coisas materiais, das quais é fácil nos livrarmos quando elas entulham nossos armários e não nos servem mais. Precisamos ter cautela com as questões emocionais, os interesses morais - e muitas vezes imorais -, a ambição desmedida e o desrespeito ao próximo, em qualquer aspecto. Isso é especialmente verdadeiro para aqueles aspectos que não são demonstráveis em nosso meio de convivência, mas que são alimentados em nossa mente. 

Poluímos voluntariamente a nossa vida cotidiana quando não exercemos autocrítica sobre o que surge constantemente nas relações interpessoais ou através dos meios de comunicação.   

 

Muitos de nós aceitamos tudo sem análise crítica, sem questionar se é bom, útil, ou se possui algum valor real. Grande parte do que surge nas comunicações são lixos emocionais que se acumulam, não deixando espaço no campo emocional para aquilo que poderia ser útil e enriquecimento para a nossa alma.   Além disso, repassamos inconsequentemente o lixo que adquirimos sem reflexão para os grupos de relacionamentos virtuais. Muitas vezes, sem reflexão, esses grupos perpetuam o ciclo de compartilhamento inconsequente, criando um volume incalculável de perturbações em mentes viciadas pelo uso compulsivo de repetições. Isso forma uma corrente vigorosa de pessoas ansiosos, que ao mesmo tempo estão vazios de valores que enriquecem de si mesmas.   

 

Tudo o que pensamos é construção vibratória que possui imagem, cor, som, odor. As qualidades desses pensamentos podem proporcionar alegria, paz, serenidade, otimismo, amor, etc., ou tristeza, aflição, intranquilidade, pessimismo, ódio, etc. Tudo depende da mente que a cria e a alimenta. Somos os primeiros a nos beneficiar ou a nos tornar vítimas dos pensamentos que alimentamos. Depois aqueles para onde se direciona a intenção, o foco do interesse em ajudar ou prejudicar, poderá ser uma ação consciente ou inconsciente, porque não se conhece o mecanismo do pensamento, mas, como é lei natural, a livre vontade determina, de acordo com a sua intensidade e propósito, desde que o alvo vibre na mesma frequência, a interação ocorre por atração e similitude. O “Vigiai e orai, para não caírdes em tentação. (Mateus 26:41)”, é antídoto que Jesus deixou para a Humanidade, de forma a resguardar qualquer um de sofrer com as próprias criações mentais negativas ou recepcionar aquelas originadas de qualquer outra alma que esteja em desequilíbrio.  

 

O que é obsessão? “Obsessão é [...] o domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é praticada senão pelos Espíritos inferiores, que procuram dominar [...].” Allan Kardec: O livro dos médiuns. Cap. 23, item 237.   

 

Na continuidade desta reflexão, anotamos: “Assim como as enfermidades resultam das imperfeições físicas que tornam o corpo acessível às perniciosas influências exteriores, a obsessão decorre sempre de uma imperfeição moral, que dá ascendência a um Espírito mau. [...]”.  Allan Kardec: A gênese. Cap. 24, item 46. 

 

Por outro lado, observa-se a existência da auto-obsessão. Esta se manifesta no indivíduo que tem pensamentos persistentemente negativos, muitas vezes voltados contra si mesmo. Essa condição torna a pessoa vulnerável a influências negativas que podem intensificar seu estado mental, possivelmente levando-a a cometer erros graves.  

 

Tudo tem o valor que damos, tanto para coisas materiais, como para os interesses que estão somente na intimidade. Se são boas e equilibradas produzem alegria e felicidade, se são negativas e persistentemente desejadas, causam tormentos, podendo levar a autodestruição.  

 

A obsessão pode apresentar diversos graus de intensidade, variando desde incômodo quase imperceptível, como irritação com situações triviais e dor de cabeça fraca e persistente, até sintomas mais intensos. Estes podem incluir dor, náusea e outros desconfortos neurovegetativos que ocorre sem uma causa orgânica aparente.  

 

Quando surgem situações como as mencionadas acima, é inevitável a consulta com profissionais da medicinam psicologia e psiquiatria. É necessário aliviar as condições manifestadas no organismo, utilizando os recursos disponíveis para a situação. O acompanhamento desses profissionais é de fundamental importância para o paciente obsessivo.  

 

Pessoas que sofrem de problemas neurológicos resultantes de AVC, traumatismo, condições congênitas, entre outros, não estão imunes ao processo obsessivo.  Isso ocorre devido ao estado espiritual do indivíduo, levando em conta as dívidas morais adquiridas nesta ou em vidas passadas. Os credores desencarnados perseguem e cobram impiedosamente em qualquer circunstância, intensificando o sofrimento, numa vingança meticulosamente planejada. Este fato ocorre no plano espiritual, refletindo dolorosamente no organismo do enfermo, que apresenta nuances de sofrimento sem poder se expressar. Esta situação ocorre quando o paciente não tem condições de se expressar, devido a limitações neurológicas ou se encontre em um estado de semiconsciência ou mesmo num estado vegetativo.  

   

Qual é a solução para os casos de obsessão? Vamos buscar a relevância da condução moral e o exercício da fé raciocinada nas questões a seguir, conforme apresentada em 'O Livro dos Espíritos', de Allan Kardec:  

LE. 467. Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal? 

“Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem.”  

LE. 469.Por que meio podemos neutralizar a influência dos maus Espíritos? 

“Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejem ter sobre vós. (...).  

 

Registramos também:  

(1ª Epístola de Pedro, 4:8.) - Antes de tudo, mantende entre vós uma ardente caridade, porque a caridade cobre a multidão dos pecados. 

 

Obsessão e depressão têm alguma relação uma com a outra ou são a mesma coisa?   

 

A obsessão ocorre sempre no campo espiritual e é caracterizada por impregnações vibratórias de baixa frequência no perispírito, resultante de uma vivência moral em desalinho. Ela é alimentada mais por pensamentos e consequências negativas do que propriamente por atos desajustados, porque a intenção é prevalente na responsabilização do ser espiritual.  O que leva a entender que o registro das consequências que atravessam o tempo e vai de uma existência a outra existência do devedor, proporciona a cobrança persistente de um espírito ou vários. Cada um apresenta as suas características próprias.  Vale também apontar que existem variedades de obsessão, tais como: De espírito desencarnado para espírito desencarnado; de espírito desencarnado para espírito encarnado e vice-versa; de espírito encarnado para espírito encarnado.  

 

A depressão pode ser decorrente de situações cotidianas, como a perda de emprego, frustração amorosa ou a morte de entes queridos. A expectativa de algo muito esperado que não se realiza, gerando ansiedade por muito tempo... No entanto, o estado depressivo quem sente é a alma que reflete suas consequências no organismo. Isso pode trazer desde circunstâncias sutis de desconforto, que pode passar em pouco tempo, até se agravar. Isso pode levar a equipagem carnal a limitações de muitas ordens, tanto emocional quanto física, em algumas vezes levando o indivíduo ao suicídio. 
 
É importante considerar que os dois estados, embora ocorram na alma e tenham origens diferentes, apresentam manifestações orgânicas e comportamentais similares, o que pode causar confusão.  

 

Além disso, o estado depressivo pode atrair mentes também depressivas que estão no campo extracorpóreo, intensificando a depressão da pessoa encarnada.  

 

O tratamento profissional médico, com os medicamentos apropriados, trata do depressivo encarnado e proporciona uma insensibilidade do seu perispírito que impede a interferência direta dos depressivos espirituais. 
 

A interferência espiritual pode ocorrer de forma consciente ou inconsciente por parte do desencarnado. Quando se trata de cobrança de dívida, a chamada vingança, a ação é consciente. No entanto, quando a atração ocorre apenas por similitude, o espírito nesta situação pode nem ter consciência de sua ligação com a pessoa que sente a sua influência, caracterizando uma situação de inconsciência.   

 

Qual é o tratamento para essas situações? Embora o tratamento médico seja indispensável e não será discutido aqui, vamos nos concentrar no tratamento espiritual do obsidiado, que poderá ser obsidiado-depressivo ou vice-versa. No contexto do tratamento em uma Casa Espírita ou Centro Espírita, uma vez identificada a situação, geralmente é possível verificar, através da narrativa do sofredor ou de uma pessoa próxima que vivencia suas queixas, que o padecente frequentemente relata percepções de visões incompreensíveis, falas e ruídos persistentes que só ele escuta, cisma, medo e pânico, tudo sem causa aparente. Existem também situações de agressões físicas, similares a socos ou a estrangulamento...  

   

Muitas vezes, o sofredor encarnado, devido ao seu estado alterado, não tem condições de comparecer à Casa Espírita, ou pode até estar internado em um hospital. No entanto, isso não impede que ele recebe ajuda. O Centro Espírita bem-organizado também é um pronto-socorro espiritual, onde os médicos, os psicólogos, os psiquiatras do campo espiritual estão prontos para socorrer os Espíritos desencarnados que buscam atendimento.  Assim se atende o obsidiado e o (s) obsessor (es) ao mesmo tempo.  

 

Os recursos utilizados incluem elementos fluídicos e vibratórios, boa orientação e esclarecimentos, o acolhimento fraterno e interferência de um Espírito familiar ou amoroso que conquista a confiança do paciente espiritual. Dessa forma, é possível modificar o estado emocional e espiritual do obsessor, melhorando simultaneamente a situação do sofredor encarnado.  

    

A mediunidade é a ferramenta utilizada para atender situações de emergência e urgência. Homens e mulheres dedicados e preparados para essa tarefa contribuem para que a espiritualidade especializada possa realizar o trabalho de esclarecimento e orientação. Às vezes, isso envolve a contenção do obsessor ou obsessores, com o objetivo de diminuir os efeitos danosos no indivíduo encarnado e permitir que ele retorne a um equilíbrio possível. Na Casa Espírita, a assistência emergencial ao depressivo ou ao obsidiado, tem como finalidade proporcionar ao sofredor a oportunidade de buscar, através da evangelização e da realização de trabalhos úteis e nobres, a conquista do seu equilíbrio. Isso resulta na melhoria da frequência vibratória, com a superação de vícios e hábitos nocivos, vencendo o desequilíbrio moral.    

   

A cura da obsessão reside na melhoria moral do indivíduo, embora ele possa receber ajuda externa temporária. O crescimento moral leva ao aumento da frequência vibratória, libertando o sofredor da influência de espíritos maliciosos e vingativos. Trata-se de uma questão de afinidade.  

 

A oração, a água magnetizada ou fluida, o passe espírita e o estudo doutrinário contínuo são excelentes recursos para aqueles que desejam sinceramente se renovar. Trata-se de uma questão de caridade para consigo mesmo, ou seja, de se amar. Após alcançar o equilíbrio, é importante trabalhar para o bem daqueles que ainda não sabem como cuidar de si mesmos e que sofrem de obsessão. O lema da Doutrina Espírita é: “Fora da caridade não há salvação.”   

 

“Antes de tudo, mantende entre vós uma ardente caridade, porque a caridade cobre a multidão dos pecados.” (1ª Epístola de Pedro, 4:8.) -- repetimos propositadamente.  

   

E quanto ao medicamento e o acompanhamento médico para quem está em tratamento no Centro Espírita? Isso deve prosseguir normalmente. O profissional médico saberá ajustar a medicação de acordo com as melhorias observadas, pois a melhoria da vida espiritual do indivíduo se reflete plenamente no físico e no psicológico. No entanto, a trajetória é lenta e gradual, pois nas questões espirituais não há atalhos, é necessário uma verdadeira conquista.  


Dorival da Silva