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quinta-feira, 21 de julho de 2016

A glossolalia e a xenoglossia...

Crônicas e Artigos
Ano 10 - N° 474 - 17 de Julho de 2016
JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte, MG (Brasil)

 
A glossolalia e a xenoglossia dos carismáticos católicos
e pentecostais
 

Os fenômenos com os grupos de carismáticos católicos e dos pentecostais protestantes e evangélicos incomodam os seus líderes religiosos mais esclarecidos. É que, com razão, eles desconfiam que sejam fenômenos mediúnicos!

Entre eles há médiuns ostensivos ou especiais. E a mediunidade não escolhe religião.

Entre os fenômenos que ocorrem com os citados grupos, há o de glossolalia e o de xenoglossia. O primeiro consiste em o indivíduo ser dominado por uma grande emoção provocada por uma forte crença em estar num contato com Deus, que, no caso, eles chamam de Espírito Santo. As pessoas ficam eufóricas, dançam, choram, dão risadas, gritam, e o mais comum: ficam fazendo murmúrios ou soltando frases espontâneas. E eles creem, como já dissemos, que se trata da manifestação do próprio Deus ou Espírito Santo. E os que são médiuns podem incorporar ou imantar Espíritos e até serem lançados ao chão, conforme seja o Espírito manifestante. Muitas pessoas caíam no chão na hora da missa, e acreditava-se que seria por fraqueza, mas hoje se sabe que, muitas vezes, é porque recebem um Espírito.

O segundo fenômeno é o de xenoglossia, que consiste em o indivíduo falar realmente uma língua estrangeira. Aliás, pode ser um Espírito que fala através de um médium que, antigamente, era chamado de profeta e vidente, como se lê em 1 Samuel 9: 9. (Para saber mais: “Xenoglossia”, de Ian Stevenson, diretor do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Virgínia, USA, Ed. Vida & Consciência, SP, 2012.)

E também para Paulo existe o dom de xenoglossia ou de falar realmente línguas estrangeiras: “Eu quisera que vós todos falásseis em outras línguas; muito mais, porém, que profetizásseis, pois quem profetiza é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar para que a Igreja receba edificação” (1 Coríntios 14: 5). Não se trata, pois, de glossolalia (murmúrio ou blá, blá, blá sem nenhum sentido), mas de xenoglossia ou de falar de fato uma língua estrangeira e até já morta, sem conhecimento dela, e até mesmo desconhecida de todos os presentes.

Também em Pentecostes (Atos, capítulo 2), os apóstolos falaram realmente línguas estrangeiras, que foram entendidas pelos respectivos estrangeiros presentes e que as conheciam. Os defensores do Dogma do Espírito Santo, como acontece com outras passagens bíblicas envolvendo Espíritos, creem que é o Espírito Santo que se manifestou falando línguas estrangeiras através dos apóstolos, o que, porém, não resiste a uma análise mais séria e criteriosa. Foram vários Espíritos que se manifestaram em Pentecostes falando nas línguas de suas nações. Inclusive, a favor disso, houve como que várias línguas de fogo, quando se sabe que é muito comum Espíritos se manifestarem em forma de fogo. Ademais, pela Bíblia, não pelo Dogma, que respeitamos, o Espírito Santo é como se fosse um substantivo coletivo, que designa o conjunto dos Espíritos. (Daniel 13: 45, da Bíblia Católica, pois Lutero tirou os capítulos 13 e 14 da Bíblia Protestante.) Alguns dos presentes, zombando, diziam que os apóstolos estavam embriagados, na verdade estavam em transe mediúnico ou em êxtase, segundo a Igreja.

Como ficou claro, não devemos confundir xenoglossia com glossolalia!

------------------------------------------------------------------------------------------------Página extraída da Revista Eletrônica "O Consolador", que poderá ser acessada no endereço:http://www.oconsolador.com.br/ano10/474/ca2.html

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

DRAMÁTICAS CONTRADIÇÕES/CONSCIÊNCIA ESPÍRITA


      O recente episódio da matança de setenta e seis pessoas em Oslo, capital da Noruega,surpreendeu o mundo diante de tanta violência.
            Esse pequeno país do norte da Europa era, até então, um oásis de paz social, com um dos melhores índices de qualidade de vida.
            Dramática contradição!
            Nos últimos séculos outras contradições confundiram a mente coletiva da Humanidade.
            A Revolução Francesa, após a tomada da Bastilha, em 14 de julho de 1789, em nome da liberdade, introduziu a guilhotina para decepar cabeças de oponentes.
       Léon Tolstoi, um dos mais notáveis escritores de todos os tempos, defensor da moralidade pública confessou, no fim da vida, ser um escravo de distúrbios sexuais aos 80 anos. Teve um filho ilegítimo e era violento com a esposa Sônia.
            Karl Marx, que renegou Deus e as religiões, em nome da justiça social e da dignidade dos seres, abandonou o próprio filho, adulterando com a empregada do seu lar Helen Demuth.
            Albert Einstein, um dos mais extraordinários cientistas, abandonou a filha que teve com a matemática sérvia Mileva Maric.  Eduard, outro filho do sábio, morreu louco em hospício, sem receber uma única visita do pai. Os papéis do seu divórcio com Elsa Löwentral citam agressões ficas.
            Sigmund Freud, criador da Psicanálise, desencarnou com um câncer bucal provocado pelos charutos que fumava. De nada adiantaram as dezenas de operações feitas.
            A distinta dama inglesa Betty William, prêmio Nobel da Paz em 1977, não hesitou em agredir policiais e incitar revolta em Londres. Acabou presa e humilhada.
            Católicos e protestantes continuam com suas batalhas ideológicas na Irlanda.
            Árabes e judeus matam-se impiedosamente, evocando a Torá e o Alcorão.
            Muçulmanos e hindus já travaram diversas guerras...
            Todos proclamam razões que os textos religiosos não sustentam.
            Jesus é a grande esperança!
            Templos, instituições e movimentos lembram seus feitos divinos. Ele está no inconsciente dos habitantes da Terra. Para ter paz e escapar das contradições impõe-se segui-lo em pensamentos, palavras e atos... mas, muitos de nós caminham distraídos dessas orientações.
            Em nosso caso particular, os espíritas, que tão ardentemente desejamos construir uma nova civilização, seria interessante lermos a página “Consciência espírita”, inserta no livro Cartas e Crônicas do Irmão X (Humberto de Campos), psicografado por Chico Xavier e editado pela FEB.
            É de impressionar!
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Editorial do jornal Mundo Espírita, da Federação Espírita do Paraná,
 setembro de 2011
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Inserimos adiante a página sugerida no final do texto acima:

CONSCIÊNCIA ESPÍRITA

            Diz você que não compreende o motivo de tanta autocensura nas comunicações dos espíritas desencarnados. Fulano, que deixou a melhor ficha de serviço, volta a escrever, declarando que não agiu entre os homens como deveria; sicrano, conhecido por elevado padrão de virtudes, regressa, por vários médiuns, a lastimar o tempo perdido... E você acentua, depois de interessantes apontamentos: “Tem-se a impressão de que os nossos confrades tornam, do Além, atormentados por terríveis complexos de culpa. Como explicar o fenômeno?”
            Creia, meu caro, que nutro pessoalmente pelos espíritas a mais enternecida admiração. Infatigáveis construtores do progresso, obreiros do Cristianismo Redivivo. Tanta liberdade, porém, receberam para a interpretação dos ensinamentos de Jesus que, sinceramente, não conheço neste mundo pessoas de fé mais favorecidos de raciocínio, ante os problemas da vida e do Universo. Carregando largos cabedais de conhecimento, é justo guardem eles a preocupação de realizar muito e sempre mais, a favor de tantos irmãos da Terra, detidos por ilusões e inibições no capítulo da crença.
            Conta-se que Allan Kardec, quando reunia os textos de que nasceria “O Livro dos Espíritos”, recolheu-se ao leito, certa noite, impressionado com um sonho de Lutero, de que tomara notícias. O grande reformador, em seu tempo, acalentava a convicção de haver estado no paraíso, colhendo informes em torno da felicidade celestial.
            Comovido, o codificador da Doutrina Espírita, durante o repouso, viu-se também fora do corpo, em singular desdobramento... Junto dele, identificou um enviado de Planos Sublimes que o transportou, de chofre, a nevoenta região, onde gemiam milhares de entidades em sofrimento estarrecedor. Soluços de aflição casavam-se a gritos de cólera, blasfêmias seguiam-se a gargalhadas de loucura.
            Atônito, Kardec lembrou os tiranos da História e inquiriu, espantado:
-- Jazem aqui os crucificadores de Jesus?
-- Nenhum deles – informou o guia solícito. – Conquanto responsáveis, desconheciam, na essência, o mal que praticavam. O próprio Mestre auxiliou-os a se desembaraçarem do remorso, conseguindo-lhes abençoadas reencarnações, em que se resgataram perante a Lei.
- E os imperadores romanos? Decerto, padecerão nestes sítios aqueles mesmos suplícios que impuseram à Humanidade...
- Nada disso. Homens da categoria de Tibério ou Calígula não possuíam a mínima noção de espiritualidade. Alguns deles, depois de estágios regenerativos na Terra, já se elevaram a  esferas superiores, enquanto que outros se demoram, até hoje, internados no campo físico, à beira da remissão.
-- Acaso, andarão presos nestes vales sombrios – tornou o visitante – os algozes dos cristãos, nos séculos primitivos do Evangelho?
-- De nenhum modo – replicou o lúcido acompanhante -, os carrascos dos seguidores de Jesus, nos dias apostólicos, eram homens e mulheres quase selvagens, apesar das tintas de civilização que ostentavam... Todos foram encaminhados à reencarnação, para adquirirem instrução e entendimento
            O codificador do Espiritismo pensou nos conquistadores da Antiguidade, Átila, Aníbal, Alarico I, Gengis Khan... Antes, todavia, que enunciasse nova pergunta, o mensageiro acrescentou, respondendo-lhe à consulta mental:
-- Não vagueiam, por aqui, os guerreiros que recordas... Eles nada saiam das realidades do espírito e, por isso, recolheram piedoso amparo, dirigidos para o renascimento carnal, entrando em lides expiatórias, conforme os débitos contraídos...
-- Então, dize-me – rogou Kardec, emocionado -, que sofredores são estes, cujos gemidos e imprecações me cortam a alma?
            E o orientador esclareceu, imperturbável:
-- Temos junto de nós os que estavam no mundo plenamente educado quanto aos imperativos do Bem e da Verdade, e que fugiram deliberadamente da Verdade e do Bem, especialmente os cristãos infiéis de todas as épocas, perfeitos conhecedores da lição e do exemplo do Cristo e que se entregaram ao mal, por livre vontade... Para eles, um novo berço na Terra é sempre mais difícil...
            Chocado com a inesperada observação, Kardec regressou ao corpo e, de imediato, levantou-se e escreveu a pergunta que apresentaria, na noite próxima, ao exame dos mentores da obra em andamento e que figura como sendo a Questão número 642, de “O Livro dos Espíritos”: “Para agradar a Deus e assegurar a sua posição futura, bastará que o homem não pratique o mal?”, indagação esta a que os instrutores retorquiram: “Não; cumpre-lhe fazer o bem, no limite de suas forças, porquanto responderá por todo o mal que haja resultado de não haver praticado o bem.”
            Segundo é fácil de perceber, meu amigo, com princípios tão claros e tão lógicos, é natural que a consciência espírita, situada em confronto com as idéias dominantes nas religiões da maioria, seja muito diferente. 

FRANCISCO CANDIDO XAVIER
CARTAS E CRÔNICAS
( Ditadas pelo Espírito Irmão X)
Cap. 07.