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quarta-feira, 27 de novembro de 2024

As Luzes do Pentecostes

                                                   As Luzes do Pentecostes 

Nunca a humanidade ficou desamparada, sempre houve um fio condutor do progresso. O progresso inteligente acontecia naturalmente com as necessidades apresentadas no andamento da vida, proporcionando a busca de solução para os problemas existenciais. Assim, com a procura da melhoria de vida, do conforto, da conservação dos alimentos e sistematizando a produção agropecuária, o desenvolvimento das tecnologias, além da organização social, ampliou evolutivamente a inteligência.  

 

No entanto, o homem não é somente inteligência. Tem outra parte, a emocional.  Num entendimento maior, o ser humano é um Espírito! E são atributos do Espírito a inteligência e a moral. A missão de Jesus era revelar a espiritualidade, ou seja, a vida espiritual das criaturas humanas. E dizer aos que estavam neste mundo material que do outro mundo vieram e para lá retornariam após a morte do corpo. E suas promessas de esperança e consolação se efetivariam naquele mundo, onde estava o Seu reino.  

 

Ele, o Senhor, conversou com Espíritos por várias oportunidades em que socorreu obsediados, esclarecendo os obsessores que os fustigavam com problemas emocionais e até os neurológicos, comprometedores da motricidade de membros do corpo. Assim, liberando os encarnados do sofrimento pelos esclarecimentos aos desencarnados. Os Apóstolos O imitavam, inseguros e sem conhecimento suficiente, conquistando poucos resultados.  

 

Aproximadamente cinquenta dias após a morte de Jesus, no dia em que se comemorava o Pentecostes, festa judaica, ocorreu um fato extraordinário, conforme citado em os Atos dos Apóstolos, no capítulo dois.  

 

Estando todos os Apóstolos, a mãe de Jesus e mais alguns personagens próximos do centro irradiador do cristianismo nascente, houve uma movimentação excepcional na psicosfera da reunião, observando-se luzes na forma de flama que tocavam os Apóstolos e enchiam seus espíritos de um entusiasmo especial. Nesse instante, os recursos mediúnicos despertaram por uma força superior vinda de Jesus, quando os Apóstolos falavam em línguas estrangeiras que não dominavam. 

 

Em Jerusalém, naquele período, residiam pessoas que vieram de outros países e de regiões distantes, de línguas e dialetos que não eram de conhecimento dos seguidores de Jesus.  No entanto, conforme citado em Atos dos Apóstolos, esses Pregadores da Boa Nova falavam e as pessoas entendiam a mensagem na sua própria língua ou dialeto. Esse fenômeno é denominado de xenoglossia.   


A partir dessa ocorrência entre os cristãos iniciantes, o Pentecostes, ficou evidenciada a condição mediúnica dos Apóstolos de Jesus. Surgiram as capacidades de falar com maior propriedade e fluidez, sendo mais convincentes entre os ouvintes; o trato com os doentes e os obsidiados tinha a condição de modificar os fatos e as circunstâncias com a elucidação dos sofredores encarnados e desencarnados. Nem toda cura se operava na forma física, mas sim, na intimidade da alma, com novos entendimentos e novas vivências, levando os doentes a uma cura definitiva, pois se curavam das doenças espirituais. A cura espiritual é solução definitiva, vale para a eternidade. 

 

A ocorrência do 'Pentecostes Cristão' foi um fato mediúnico, em que os Espíritos responsáveis pelo projeto revelador de Jesus operam um momento grandioso para o progresso espiritual da humanidade. Colocando um traço de união consciente entre os Espíritos encarnados e os desencarnados através da comunicação mediúnica. 

 

Todos os fatos relevantes posteriores, até os tempos modernos, incluindo os feitos das guerras santas, a inquisição e outras, sempre estiveram envoltos em fatos mediúnicos, nem sempre operados por Espíritos cultos e nobres; as sombras também têm os seus operadores. 

 

Um fato mediúnico é a comunicação entre os desencarnados e os encarnados, por diversas formas. A mediunidade é o caminho de interação entre os dois mundos, entre os que estão na espiritualidade e os que estão neste Planeta.  Essa comunicação tem como veículos a inteligência, o sentimento, a sabedoria e, por outro lado, a ignorância, o terror, a imoralidade e a maldade, pois são conexões baseadas em afinidades.  Como explica a Doutrina Espírita, o Mundo Espiritual é composto por infinitas faixas vibratórias, isso corresponde ao estado evolutivo do Espírito. Existem faixas onde imperam a obscuridade do pensamento e da moral, prevalecendo a maldade, sendo que a escala vai num crescendo de melhoria até os seres puros.  

 

Embora a mediunidade esteja em toda parte e seja inerente ao ser humano, pois todos, mesmo que inconscientemente, estão transmitindo e recebendo comunicação mental de encarnados e desencarnados. Grande parte das pessoas não sabe que isso existe, vez que não imagina essa possibilidade, colhe pensamentos e sofre influências. O problema está na qualidade do que se recebe por esse meio de comunicação inconsciente. Essa qualidade corresponde à qualidade de como pensamos e agimos, assim, é o que transmitimos. A atração e o interesse ocorrem pela afinidade.  É uma Lei Natural. Os Espíritos se procuram e se agrupam por afinidade.  

 

Quando se tem conhecimento da mediunidade e esta é intensa e se busca educá-la, com sua utilização para o bem, se diz possuir uma mediunidade ostensiva. Esse recurso está na pessoa, pode-se dizer que é um sexto sentido, tal como a existência do tato, do olfato e os demais. 

 

Assim ocorreu com os Apóstolos e outros no dia do Pentecostes, tomaram consciência de suas capacidades mediúnicas, que já eram existentes, mas não tinham a ostensividade. Naquele momento, tomaram consciência de suas potências mediúnicas e, seguindo os ensinamentos de Jesus Cristo, puderam ajudar muitos e propagar as mensagens de esperanças e consolações mostradas e demonstradas pelo Mestre, chegando os seus feitos até os nossos dias. 

 

Nem todas as pessoas podem operar ostensivamente a mediunidade, mas todas deveriam estudá-la. Esses conhecimentos levam a entender as forças da alma, proporcionando uma riqueza de Espírito. Com esse saber aprofundado, ampliam-se os horizontes do indivíduo em quaisquer áreas de atuação neste mundo. Não vê nas pessoas apenas uma pessoa qualquer, mas sim um espírito que está momentaneamente envergando uma vestimenta canal, tal como a si mesmo, mas que tem milênios de trajetória espiritual e segue no rumo da eternidade. Assim, não importando a sua condição social, étnica, econômica, religiosa… todas merecem respeito e tratamento digno, como desejamos ser tratados. 

 

As luzes do Pentecostes estão e são percebidas em toda parte, se estiverem, primeiro, em nossos corações e mentes, comungando com a vivência das lições de Jesus de Nazaré. E Ele, o Mestre, recomendou, “dai de graça o que de graça recebestes¹”.  

1.  Mateus, 10:8 

                                   Dorival da Silva 

 

Nota: As obras básicas da Doutrina Espírita (O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, e A Gênese) podem ser baixadas gratuitamente do sítio da Federação Espírita Brasileira (FEB), através do endereço eletrônico abaixo:  


 

 

 

  

 

quinta-feira, 21 de julho de 2016

A glossolalia e a xenoglossia...

Crônicas e Artigos
Ano 10 - N° 474 - 17 de Julho de 2016
JOSÉ REIS CHAVES
jreischaves@gmail.com
Belo Horizonte, MG (Brasil)

 
A glossolalia e a xenoglossia dos carismáticos católicos
e pentecostais
 

Os fenômenos com os grupos de carismáticos católicos e dos pentecostais protestantes e evangélicos incomodam os seus líderes religiosos mais esclarecidos. É que, com razão, eles desconfiam que sejam fenômenos mediúnicos!

Entre eles há médiuns ostensivos ou especiais. E a mediunidade não escolhe religião.

Entre os fenômenos que ocorrem com os citados grupos, há o de glossolalia e o de xenoglossia. O primeiro consiste em o indivíduo ser dominado por uma grande emoção provocada por uma forte crença em estar num contato com Deus, que, no caso, eles chamam de Espírito Santo. As pessoas ficam eufóricas, dançam, choram, dão risadas, gritam, e o mais comum: ficam fazendo murmúrios ou soltando frases espontâneas. E eles creem, como já dissemos, que se trata da manifestação do próprio Deus ou Espírito Santo. E os que são médiuns podem incorporar ou imantar Espíritos e até serem lançados ao chão, conforme seja o Espírito manifestante. Muitas pessoas caíam no chão na hora da missa, e acreditava-se que seria por fraqueza, mas hoje se sabe que, muitas vezes, é porque recebem um Espírito.

O segundo fenômeno é o de xenoglossia, que consiste em o indivíduo falar realmente uma língua estrangeira. Aliás, pode ser um Espírito que fala através de um médium que, antigamente, era chamado de profeta e vidente, como se lê em 1 Samuel 9: 9. (Para saber mais: “Xenoglossia”, de Ian Stevenson, diretor do Departamento de Psiquiatria da Universidade de Virgínia, USA, Ed. Vida & Consciência, SP, 2012.)

E também para Paulo existe o dom de xenoglossia ou de falar realmente línguas estrangeiras: “Eu quisera que vós todos falásseis em outras línguas; muito mais, porém, que profetizásseis, pois quem profetiza é superior ao que fala em outras línguas, salvo se as interpretar para que a Igreja receba edificação” (1 Coríntios 14: 5). Não se trata, pois, de glossolalia (murmúrio ou blá, blá, blá sem nenhum sentido), mas de xenoglossia ou de falar de fato uma língua estrangeira e até já morta, sem conhecimento dela, e até mesmo desconhecida de todos os presentes.

Também em Pentecostes (Atos, capítulo 2), os apóstolos falaram realmente línguas estrangeiras, que foram entendidas pelos respectivos estrangeiros presentes e que as conheciam. Os defensores do Dogma do Espírito Santo, como acontece com outras passagens bíblicas envolvendo Espíritos, creem que é o Espírito Santo que se manifestou falando línguas estrangeiras através dos apóstolos, o que, porém, não resiste a uma análise mais séria e criteriosa. Foram vários Espíritos que se manifestaram em Pentecostes falando nas línguas de suas nações. Inclusive, a favor disso, houve como que várias línguas de fogo, quando se sabe que é muito comum Espíritos se manifestarem em forma de fogo. Ademais, pela Bíblia, não pelo Dogma, que respeitamos, o Espírito Santo é como se fosse um substantivo coletivo, que designa o conjunto dos Espíritos. (Daniel 13: 45, da Bíblia Católica, pois Lutero tirou os capítulos 13 e 14 da Bíblia Protestante.) Alguns dos presentes, zombando, diziam que os apóstolos estavam embriagados, na verdade estavam em transe mediúnico ou em êxtase, segundo a Igreja.

Como ficou claro, não devemos confundir xenoglossia com glossolalia!

------------------------------------------------------------------------------------------------Página extraída da Revista Eletrônica "O Consolador", que poderá ser acessada no endereço:http://www.oconsolador.com.br/ano10/474/ca2.html