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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Esclarecendo dúvidas


O Espiritismo, conforme reconhece o Conselho Federativo Nacional, órgão da Federação Espírita Brasileira, é a Revelação prometida pelo Cristo de Deus para os séculos em que a Humanidade alcançasse um grau de assimilação mais elevado.

Os fenômenos psíquicos, tão velhos quanto o mundo, só atraíram a atenção dos intelectuais, quando surgiram os ocorridos em Hydesville, em 1848.

Em 1857, após observá-los e catalogá-los com o mais meticuloso rigor científico, Allan Kardec lançou ao mundo o primeiro livro da codificação dessa nova Revelação - .O Livro dos Espíritos., criando o vocábulo Espiritismo para designar essa Revelação, então chamada e ainda conhecida em outros países pelo nome de Neo-Espiritualismo.

Difere o Espiritismo de todas as religiões conhecidas por demonstrar a lógica dos seus ensinos através de experiências científicas e por apresentar uma filosofia também baseada em experimentos e observações e documentada por uma legião de sábios de renome universal.

Religião científico-filosófica, confirmando os ensinamentos básicos de todas as religiões, não pretende demolir as que a precederam, antes reconhece a necessidade da existência delas para grande parte da humanidade, cuja evolução se processará lenta e inevitavelmente.

Doutrina religiosa, sem dogmas propriamente ditos, sem liturgia, sem símbolos, sem sacerdócio organizado, ao contrário de quase todas as demais religiões, não adota em suas reuniões e em suas práticas:

a) paramentos, ou quaisquer vestes especiais;

b) vinho ou qualquer bebida alcoólica;

c) incenso, mirra, fumo ou substâncias outras que produzam fumaça;

d) altares, imagens, andores, velas e quaisquer objetos materiais como auxiliares de atração do público;

e) hinos ou cantos em línguas mortas ou exóticas, só os admitindo, na língua do país, exclusivamente em reuniões festivas realizadas pela infância e pela juventude e em sessões ditas de efeitos físicos;

f) danças, procissões e atos análogos;

g) atender a interesses materiais terra-a-terra, rasteiros ou mundanos;

h) pagamento por toda e qualquer graça conseguida para o próximo;

i) talismãs, amuletos, orações miraculosas, bentinhos, escapulários ou quaisquer objetos e coisas semelhantes;

j) administração de sacramentos, concessão de indulgências, distribuição de títulos nobiliárquicos;

k) confeccionar horóscopos, exercer a cartomancia, a quiromancia, a astromancia e outras mancias.;

l) rituais e encenações extravagantes de modo a impressionar o público;

m) termos exóticos ou heteróclitos para a designação de seres e coisas;

n) fazer promessas e despachos, riscar cruzes e pontos, praticar, enfim, a longa série de atos materiais oriundos das velhas e primitivas concepções religiosas.

O fenômeno psíquico pode surgir em qualquer meio religioso ou irreligioso e seu aparecimento pode conduzir a criatura ao Espiritismo, mas a consolidação da crença, o conhecimento das leis que presidem os destinos do homem e a perfeita assimilação da Doutrina Espírita só se conseguem através do estudo das obras de Allan Kardec e das que lhe são subsidiárias.

MISSÃO E DEVER

Renascido entre os ventos outonais do Rhone e do Saone, nas terras de Lion, chega com pujante dever a cumprir e nobre missão a desempenhar.

Quando menino, estuda e avança.

Na juventude, burila-se e cresce mais.

Na fase adulta, faz-se mestre-escola e trabalha no ensino, amando e avançando na própria profissão.

Como cidadão, observa, aprende, constrói imagens de um mundo novo de coerência com as leis do Altíssimo.

Aproximado dos fenômenos da Vida Imortal, contata os mortos da Terra e descobre um campo novo de aprendizado eloquente.

Compreende o chamado e ajusta-se ao que tomou por dever.

Estuda, analisa, pergunta, escreve... e desatam-se os pensamentos estelares no intelecto humano.

Colige os ditos das Alturas e verifica a sanha do lado infeliz do Mundo Além.

Não se deixa engodar pelos trapaceiros, tampouco se empolga com os primeiros êxitos.

Toma os elogios à guisa de incentivo, dedicando-os ao Grande Guia, e recebe calúnias e outras agressões por combustível necessário a sua marcha.

Apresenta ao mundo a Doutrina dos Sempre Vivos, e incendeia os corações com amor e as mentes com sabedoria, vertidos dos campos do Infinito.

Enquanto os ventos do progresso a Doutrina Nova espargem, ele deixa o corpo carnal, que tomba insultado pela perda das forças mais básicas e torna- se um Astro a brilhar nos céus da cultura humana, tendo contribuído, eficazmente, para que a Terra se mostrasse melhor.

Allan Kardec, missionário grandioso de Jesus, além do legado esplendoroso que a Codificação Espírita representa, ensina a todos, por meio de uma vida sóbria e profunda, a cumprir deveres e atender a missão que, em verdade, o Criador confere a cada um dos Seus filhos.

Francisco de Paula Vítor
Psicografia de J. Raul Teixeira


OBRAS BÁSICAS

O LIVRO DOS ESPÍRITOS - 1857
O LIVRO DOS MÉDIUNS ou Guia dos Médiuns e dos Evocadores - 1861
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - 1864
O CÉU E O INFERNO ou A Justiça Divina segundo o Espiritismo - 1865
A GÊNESE - Os Milagres e as Predições segundo o Espiritismo - 1868

Mensagem extraída do endereço:
http://www.feparana.com.br/conheca.php?cod_item=52

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Pensamento


Lourenço Prado

Depois da morte física, empolgante é o quadro de surpresas que se nos descortina à visão, contudo, para nós, cultores do Espiritualismo, uma das maiores dentre todas é a confirmação do poder mental como força criadora e renovadora, em todas as linhas do Universo.
O Céu, como domicílio espacial da beleza, existe realmente, porque não podemos imaginar o Paraíso erguido sobre um pântano, todavia, acima de tudo, o Céu é a faixa de pensamentos glorificados a que nos ajustamos, com todas as criaturas de nosso degrau evolutivo.
O Inferno, como sítio de sofrimento expiatório, igualmente não pode ser contestado, porque não será justo idear a existência do charco num templo vivo, mas, acima de qualquer noção de lugar, o Inferno é a rede de pensamentos torturados, em que nos deixamos prender, com todos aqueles que nos comungam os problemas ou as aflições de baixo nível.
É preciso acordar para as realidades do mentalismo, a fim de nos desembaraçarmos dos grilhões do pretérito, criando um amanhã que não seja reflexo condicionado de ontem.
A Lei concede-nos, em nome de Deus, na atualidade, o patrimônio de revelações do moderno Espiritualismo para aprendermos a pensar, ajudando a mente do mundo nesse mesmo sentido.
O pensamento reside na base de todas as nossas manifestações.
Evoluímos no curso das correntes mentais, assim como os peixes se desenvolvem nas correntes marinhas.
Refletimos, por isso, todas as inteligências que se afinam conosco no mesmo tom.
Na alegria ou na dor, no equilíbrio ou no desequilíbrio, agimos com todos os Espíritos, encarnados ou desencarnados, que, em nossa vizinhança, se nos agregam ao modo de sentir e de ser.
Saúde é o pensamento em harmonia com a lei de Deus. Doença é o processo de retificá-lo, corrigindo erros e abusos perpetrados por nós mesmos, ontem ou hoje, diante dela.
Obsessão é a ideia fixa em situações deprimentes, provocando, em nosso desfavor, os eflúvios enfermiços das almas que se fixaram nas mesmas situações.
Tentação é a força viciada que exteriorizamos, atraindo a escura influência que nos inclina aos desfiladeiros do mal, porque toda sintonia com a ignorância, ou com a perversidade, começa invariavelmente da perversidade ou da ignorância que acalentamos conosco.
Um prato de brilhantes não estimulará a fome natural de um cavalo, mas excitará a cobiça do homem, cujos pensamentos estejam desvairados até o crime.
Lembremo-nos, assim, da necessidade de pensar irrepreensivelmente, educando-nos, de maneira a avançarmos para diante, errando menos.
A matéria, que nos obedece ao impulso mental, é o conjunto das vidas inferiores que vibram e sentem, a serviço das vidas superiores que vibram, sentem e pen­sam.
O pensamento raciocinado é a maior conquista que já alcançamos na Terra.
Procuremos, desse modo, aperfeiçoar nossa mente e sublimá-la, através do estudo e do trabalho que nos enobreçam a vida.
Felicidade, pois, é o pensamento correto.
Infortúnio é o pensamento deformado.
Um santuário terrestre é o fruto mental do arquiteto que o idealizou, com a cooperação dos servidores que lhe assimilaram as ideias.
O mundo novo que estamos aguardando é construção divina, mentalizada por Cristo, na exaltação da Humanidade. Trabalhadores que somos, contratados por nosso Divino Mestre, saibamos pensar com ele para com ele vencermos.

Do cap. 38 do livro Instruções Psicofônicas, ditado por Espíritos Diversos por intermédio de Francisco Cândido Xavier. Lourenço Prado foi escritor espiritualista, autor de vários livros e páginas esparsas, referentes ao Esoterismo. A mensagem acima foi transmitida por via psicofônica em 25/11/1954.
Texto extraído da revista eletrônica O Consolador, no endereço: