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terça-feira, 18 de abril de 2017

160 Anos de Espiritismo

160 Anos de Espiritismo

A Codificação da Doutrina Espírita foi levada a público em 18.04.1857, com a publicação da primeira obra basilar: O Livro dos Espíritos, que completa cento e sessenta anos do seu aparecimento no Planeta Terra.

O trabalho de organização da Doutrina pertence a Hippolyte Léon Denizard Rivail, mais conhecido pelo pseudônimo: Allan Kardec.

Com o advento da Doutrina Espírita muitas elucidações se deram no contexto da vida no Planeta, oferecendo melhoria substancial à sua condução.  Há uma compreensão ampla das razões porque se está vivendo uma realidade de tantas exigências, a começar pela da subsistência, salubridade, saúde, alimentação, escolaridade, trabalho, formação de família, a organização social e política, as especializações nas diversas áreas, a tecnologia que se desenvolve vertiginosamente... Fica mais fácil o entendimento das razões de tudo isso, das complexidades no meio social, das distâncias evolutivas entre diversos grupos, além das diversidades de pessoa a pessoa, inclusive dentro do próprio lar.

Traz-nos o Espiritismo pontos que abrem os horizontes da Alma Humana, um farol que aclara as perspectivas para o futuro e outro que amplia o entendimento do que se passou ou o que está se passando com o homem, coletiva ou individualmente, através da revelação da reencarnação, da preexistência e pós-existência do Ser Espiritual à presente vida corporal, da comunicabilidade dos espíritos, da pluralidade dos mundos habitados...

Compreendida a Lei Divina da reencarnação várias situações inibidoras de maior progresso deixam de ter sentido a sua permanência, tais como: preconceitos de raça, religião, cor, sexo... Por que já vivemos nas mais variadas situações pelos tempos que se passaram e poderemos renascer em qualquer outra parte do Mundo, nas mais diversas circunstâncias, inclusive experienciar existência tanto em corpo masculino ou feminino.

Aceita a ideia da reencarnação, amplia-se a visão espiritual da vida, se alguém renasce é porque existia, se existia é que continuou a vida após a morte de corpo material anteriormente utilizado, se existia, onde estava? Estava na vida espiritual, vivendo de acordo com a sua condição evolutiva, poderia estar feliz ou não, vez que é: “a cada um segundo as suas obras”.

A pluralidade dos Mundos habitados é outra revelação da Doutrina Espírita, vez que os Espíritos Superiores informam que não há nada no Universo que não tenha finalidade, sendo que os espíritos seguem evoluindo numa escala infinita, passando por muitos Mundos, até alcançar a angelitude. Existem no Universo muitos mundos idênticos ao nosso, como os há inferiores e também superiores em escala sem fim.

Outro ponto relevante é a comunicabilidade dos espíritos, através da mediunidade, o que sempre existiu, portanto, não apareceu com a Doutrina Espírita, mas foi através da observação criteriosa de Allan Kardec e a orientação dos Espíritos Reveladores que se compreendeu e educou-se os médiuns para a consecução desse trabalho de permitir a captação do pensamento de um espírito desencarnado através de outro espírito encanado.

A Doutrina Espírita constitui-se em três pilares: Ciência, Filosofia e Religião.  Ciência de observação, partindo do efeito para se encontrar a causa; Filosofia, que questiona, investiga e conclui-se, comprovando a veracidade através de espíritos e médiuns diversos, estes estranhos uns aos outros, inclusive de países e línguas diferentes, elucidando questões de todas as áreas do conhecimento, revelando novas verdades, confirmando e ampliando outras de domínio da Academia Científica, sem no entanto, esgotar tema algum, vez que as possibilidades do conhecimento são infinitas; Religião, não na forma tradicional, com a hierarquização organizacional, mas pelas condições éticas e morais, tendo por base o Evangelho de Jesus, com amplificação de entendimento através dos Imortais Codificadores, como se pode verificar em O Evangelho Segundo o Espiritismo.
 
Não há dúvida que a Doutrina Espírita é a Terceira Revelação, àquela prometida por Jesus, quando se despedia de sua tarefa no campo da vida material.

“A lei do Antigo Testamento teve em Moisés a sua personificação; a do Novo Testamento tem-na no Cristo. O Espiritismo é a terceira revelação da Lei de Deus, mas não tem a personificá-la nenhuma individualidade, porque é fruto do ensino dado, não por um homem, sim pelos Espíritos, que são as vozes do Céu, em todos os pontos da Terra, com o concurso de uma multidão inumerável de intermediários. É, de certa maneira, um ser coletivo, formado pelo conjunto dos seres do mundo espiritual, cada um dos quais traz o tributo de suas luzes aos homens, para lhes tornar conhecido esse mundo e a sorte que os espera.” – Capítulo I de O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 6.

Consolador prometido - Se me amais, guardai os meus mandamentos; e Eu rogarei a meu Pai e Ele vos enviará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: O Espírito de Verdade, que o mundo não pode receber, porque o não vê e absolutamente o não conhece. Mas quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós. Porém, o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito.  (João, 14:15 a 17 e 26.) – Capítulo 6 de O Evangelho Segundo o Espiritismo, item 3.

A Doutrina Espírita está posta há 160 anos trazendo em seu conteúdo uma força intensa para a reconstrução consciente daquele que se interessar no seu estudo e vivência. Reaviva a mensagem de Jesus, pois agora amplia a percepção espiritual do ser humano. Dá-lhe elucidações porque a Ciência Espírita o leva além dos limites materiais, permite-lhe avançar com sua inteligência e sensibilidade sobre a fronteira frágil existente entre o que é material e o que é espiritual.

Compreende-se com mais facilidade as colocações de Jesus, que a recompensa da vitória sobre a matéria será depois desta existência, vez que a vida no corpo físico sempre trará tribulação.

A Doutrina Espírita é consoladora, é libertadora ao mesmo tempo que transformadora. Mostra que toda ação tem consequência na vida, causa e efeito, cabendo a responsabilidade de acordo com o estado de consciência de cada um.


                                                         Dorival da Silva
                                                         2º Vice-Presidente da
                                                                                  4ª União Regional Espírita, sede em 
                                                         Jacarezinho, PR                                                              

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A questão sexual na visão espírita

Especial
Ano 1 - N° 15 - 25 de Julho de 2007

MARCELO BORELA DE OLIVEIRA 
mbo_imortal@yahoo.com.br

Londrina, Paraná (Brasil)
A questão sexual na visão espírita
Toda a problemática sexual radica-se
na alma, não no corpo, e é dela
que deve vir a solução
     É possível a uma pessoa mudar sua orientação sexual? Dr. Robert Spitzer(foto), médico psiquiatra americano, docente na Universidade Colúmbia, diz que sim e afirma que para isso basta ter disposição.
Em estudo apresentado durante o encontro anual
da Associação Americana de Psiquiatria realizado em 2001, o referido médico revelou que 66% dos homens e 44% das mulheres por ele tratados conseguiram, efetivamente, com sua ajuda, mudar de orientação sexual, passando de homossexuais a heterossexuais. 
A tese do Dr. Spitzer confirma o que Dr. Jorge Andréa escreveu em 1980, ou seja, que é possível ao homossexual – que o queira – tratar-se e ter um relacionamento estável com pessoas de sexo diferente. Para consegui-lo, é preciso em primeiro lugar – além da vontade – abster-se dos relacionamentos homossexuais.
A conclusão do estudo não implica dizer seja o homossexualismo uma doença, um desvio de conduta ou uma simples opção sexual. A questão, em verdade, está intimamente ligada à alma - ou Espírito encarnado -  e nada tem que ver com o corpo em si. 
O Espírito pode reencarnar em um
corpo de homem ou de mulher
 
      Para melhor compreensão do assunto, vejamos de forma sintética o que Emmanuel afirma em seu livro Vida e Sexo, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier:
1. Quando errante, pouco importa ao Espírito encarnar no corpo de um homem ou de uma mulher. “O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar”, afirmam  os imortais em O Livro dos Espíritos, questão n202. (Vida e Sexo, pág. 89.)
2. A homossexualidade, hoje chamada também transexualidade, definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência da criatura para a comunhão afetiva com outra criatura do mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos de base materialista, mas é perfeitamente compreensível à luz da reencarnação. (Obra citada, pág. 89.)
3. Embora a sociedade terrena seja constituída, em sua maioria, por criaturas heterossexuais, o mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de irmãos em experiências dessa espécie, somando milhões de homens e mulheres solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade ao respeito e à atenção devidos aos heterossexuais. (Obra citada, págs. 89 e 90.)
4. A vida espiritual pura e simples rege-se por afinidades eletivas essenciais; contudo, através de milênios e milênios, o Espírito passa por fieira imensa de reencarnações, ora em posição de feminilidade, ora em condições de masculinidade, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas. (Obra citada, pág. 90.)
5. O homem e a mulher serão, assim, de maneira respectiva, acentuadamente masculino ou acentuadamente feminina, sem especificação psicológica absoluta. Em face disso, a individualidade em trânsito da experiência feminina para a masculina, ao envergar o corpo físico, demonstrará fatalmente os traços da feminilidade em que terá estagiado por muitos séculos, em que pese o corpo de formação masculina que a segregue, verificando-se o mesmo com referência à mulher em igual situação. (Obra citada, pág. 91.)
6. O Espírito, ao renascer entre os homens, pode, obviamente, tomar um corpo feminino ou masculino, atendendo-se ao imperativo de encargos particulares em determinado setor de ação, ou ao cumprimento de obrigações regenerativas. (Obra citada, pág. 91.)
7. O homem que abusou das faculdades genésicas, arruinando a existência de outras pessoas com a destruição de uniões construtivas e lares diversos, é em muitos casos induzido a buscar nova posição, no renascimento físico, em corpo morfologicamente feminino, aprendendo, em regime de prisão, a reajustar os próprios sentimentos, ocorrendo o mesmo com a mulher que tenha agido de igual modo. (Obra citada, pág. 91.)
8. Em muitos casos, Espíritos cultos e sensíveis, aspirando a realizar tarefas específicas na elevação de agrupamentos humanos e na elevação de si próprios, rogam dos Instrutores espirituais que os assistem a própria internação  no campo físico, em vestimenta carnal oposta à estrutura psicológica pela qual transitoriamente se definem. (Obra citada, págs. 91 e 92.)
9. Observadas as tendências homossexuais dos companheiros reencarnados nessa faixa de prova ou de experiência, é forçoso se lhes dê o amparo educativo adequado, tanto quanto se administra instrução à maioria heterossexual, sabendo-se que todos os assuntos nessa área da evolução e da vida se especificam na intimidade da consciência de cada um. (Obra citada, pág. 92.) 
Mudando de sexo, o Espírito pode conservar
as inclinações anteriormente cultivadas
 Apesar de minucioso e adaptado às necessidades correntes, o texto de Emmanuel acima transcrito é um desenvolvimento dos ensinamentos que Allan Kardec apresenta na Revista Espírita de 1866, que o leitor poderá conferir no texto abaixo. 
Na obra referida, Allan Kardec escreveu:
1. O Espiritismo ensina que as almas podem animar corpos de homens e mulheres. As almas ou Espíritos não têm sexo; as afeições que os unem nada têm de carnal; fundam-se numa simpatia real e, por isso, são mais duráveis.(Revista Espírita de 1866, págs. 2 e 3.)
2. Os sexos só existem no organismo; são necessários à reprodução dos seres materiais; mas os Espíritos não se reproduzem uns pelos outros, razão por que os sexos seriam inúteis no mundo espiritual. (Obra citada, págs. 2 e 3.)
3. A natureza fez o indivíduo do sexo feminino mais fraco que o outro, porque os deveres que lhe incumbem não exigem uma igual força muscular e seriam até incompatíveis com a rudeza masculina. Aos homens e às mulheres são, assim, assinados pela Providência deveres especiais, igualmente importantes na ordem das coisas, pois eles se completam um pelo outro. (Obra citada, págs. 3 e 4.)
4. A influência que o Espírito encarnado sofre do organismo não se apaga imediatamente após a destruição do invólucro material, assim como não perdemos instantaneamente os gostos e hábitos terrenos. Pode acontecer ainda que o Espírito percorra uma série de existências no mesmo sexo, o que faz que durante muito tempo possa conservar, na erraticidade, o caráter de homem ou de mulher, cuja marca nele ficou impressa. (Obra citada, pág. 4.)
5. Se essa influência se repercute da vida corporal à vida espiritual, o fato se dá também quando o Espírito passa da vida espiritual para a corporal. (Obra citada, pág. 4.)
6. Numa nova encarnação trará o caráter e as inclinações que tinha como Espírito. Mudando de sexo, poderá então conservar os gostos, as inclinações e o caráter inerente ao sexo que acaba de deixar. Assim se explicam certas anomalias aparentes, notadas no caráter de certos homens e de certas mulheres. (Obra citada, pág. 4.)
     Por anomalias aparentes, podemos entender o fato de existirem mulheres másculas que se comportam como verdadeiros homens, e vice-versa, independentemente de manterem ou não relações sexuais.
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Matéria extraída da Revista Eletrônica "O Consolador", que pode ser acessada no endereço:

domingo, 7 de março de 2010

HOMOSSEXUALIDADE

“Pergunta – Quando errante, que prefere o Espírito: encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher?”
“Resposta – Isso pouco lhe importa. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar.”
Item nº 202, de “O Livro dos Espíritos”

A homossexualidade, também hoje chamada transexualidade, em alguns círculos de ciência,  definindo-se, no conjunto de suas características, por tendência de criatura para a comunhão afetiva com uma outra criatura de mesmo sexo, não encontra explicação fundamental nos estudos psicológicos que tratam do assunto em bases materialistas, mas é perfeitamente compreensível, à luz da reencarnação.

Observada a ocorrência, mais com os preconceitos da sociedade, constituída na Terra pela maioria heterossexual, do que com as verdades simples da vida, essa mesma ocorrência vai crescendo de intensidade e de extensão, com o próprio desenvolvimento da Humanidade, e o mundo vê, na atualidade, em todos os países, extensas comunidades de irmãos em experiência dessa espécie, somando milhões de homens e mulheres, solicitando atenção e respeito, em pé de igualdade ao respeito e à atenção devidos às criaturas heterossexuais.

A coletividade humana aprenderá, gradativamente, a compreender que os conceitos de normalidade e de anormalidade deixam a desejar quando se trate simplesmente de sinais morfológicos, para se erguerem como agentes mais elevados de definição da dignidade humana, de vez que a individualidade, em si, exalta a vida comunitária pelo próprio comportamento na sustentação do bem de todos ou a deprime pelo mal que causa com a parte que assume no jogo da delinquência.

A vida espiritual pura e simples se rege por afinidades eletivas essenciais; no entanto, através de milênios, o Espírito passa por fileira imensa de reencarnações, ora em posição de feminilidade, ora em condições de masculinidade, o que sedimenta o fenômeno da bissexualidade, mais ou menos pronunciado, em quase todas as criaturas.

O homem e a mulher serão, desse modo, de maneira respectiva, acentuadamente masculino ou acentuadamente feminina, sem especificação psicológica absoluta.

À face disso, a individualidade em trânsito, da experiência feminina para a masculina ou vice-versa, ao envergar o casulo físico, demonstrará fatalmente os traços da feminilidade em que terá estagiado por muitos séculos, em que pese o corpo de formação masculina que o segregue, verificando-se análogo processo com referência à mulher nas mesmas circunstâncias.

Obviamente compreensível, em vista do exposto, que o Espírito no renascimento, entre os homens, pode tomar um corpo feminino ou masculino, não apenas atendendo-se ao imperativo de encargos particulares em determinado setor de ação, como também no que concerne a obrigações regenerativas.

O homem que abusou das faculdades genésicas, arruinando a existência de outras pessoas com a destruição de uniões construtivas e lares diversos, em muitos casos é induzido a buscar nova posição, no renascimento físico, em corpo morfologicamente feminino, aprendendo, em regime de prisão, a reajustar os próprios sentimentos, e a mulher que agir de igual modo é impulsionada à reencarnação em corpo morfologicamente masculino, com idênticos fins. E, ainda, em muitos outros casos, Espíritos cultos e sensíveis, aspirando a realizar tarefas específicas na elevação de agrupamentos humanos e, consequentemente, na elevação de si próprios, rogam dos Instrutores da Vida Maior que os assistem a própria internação no campo físico, em vestimenta carnal oposta à estrutura psicológica pela qual transitoriamente se definem. Escolhem com isso viver temporariamente ocultos na armadura carnal, com o que se garantem contra arrastamentos irreversíveis, no mundo afetivo, de maneira a perseverarem, sem maiores dificuldades, nos objetivos que abraçam.

Observadas as tendências homossexuais dos companheiros reencarnados nessa faixa de prova ou de experiência, é forçoso se lhes dê o amparo educativo adequado, tanto quanto se administra instrução à maioria heterossexual. E para que isso se verifique em linhas de justiça e compreensão, caminha o mundo de hoje para mais alto entendimento dos problemas do amor e do sexo, porquanto, à frente da vida eterna, os erros e acertos dos irmãos de qualquer procedência, nos domínios do sexo e do amor, são analisados pelo mesmo elevado gabarito de Justiça e Misericórdia. Isso porque todos os assuntos nessa área da evolução e da vida se especificam na intimidade da consciência de cada um.

“Da Obra: Vida e Sexo, pelo espírito Emmanuel,
psicografia de Francisco Cândido Xavier, 8ª edição,
capítulo 21, publicada inicialmente em 1970.”