Quais as consequências de se admitir a
existência da alma e sua individualidade após a morte? 1º) Que a sua natureza é diferente da corpórea, pois
ao separar-se do corpo ela não conserva as propriedades materiais; 2º) Que ela possui consciência própria, pois lhe atribuímos a capacidade
de ser feliz ou sofredora, e que tem de ser assim, pois do contrário ela seria
um ser inerte e de nada nos valeria a sua existência.(1)
O corpo físico, cessada a vida orgânica morre,
entrando num estado de disjunção molecular devolve seus elementos químicos ao
estado primitivo de elementos simples, estes irão formar outros organismos
pelos processos da Natureza, sejam: vegetais, animais, inclusive de estruturas
humanas.
A
alma era a vida do corpo que morreu, portanto morre apenas o equipamento
orgânico que lhe servia para manifestação na vida física, compunha um individuo,
que se integrava a uma família, à sociedade e a coletividade mundial.
Após
deixar a indumentária de carne, a alma não se desintegra, não desaparece;
passado o momento de readequação à dimensão vibratória que lhe é própria, dado
o seu estado evolutivo, dará sequência à sua vida, como alguém que tenha
chegado de viagem mais ou menos longa, pois a vida real é a espiritual; aqui é
apenas como ir a uma escola de aperfeiçoamento, de reajuste, de conquista de
novos saberes.
(...)
as almas, em vez de penarem ou gozarem em determinado lugar, carregam em seu
íntimo, a felicidade ou a desgraça, pois a sorte de cada uma depende de sua
condição moral, e que a reunião das almas boas e afins é um motivo de
felicidade, (...).” (2). Neste registro Allan Kardec deixa por terra a idéia de um
inferno e um céu localizados, geográficos, o que a própria ciência acadêmica, a
Geologia e a Astronomia – que já devassaram as profundidades do Planeta e
esquadrinharam sua atmosfera, nada encontrando nesse sentido --, vez que as
questões da alma foge totalmente das referências materiais, no que diz respeito
à sua felicidade ou infelicidade, porque se dão na sua intimidade, é um estado
de foro íntimo, e de consciência, portanto, espiritual.
Agrupamento de pessoas equilibradas e felizes gera
uma psicosfera própria que corresponde à soma das vibrações dos seus
integrantes; como aquelas desequilibradas geram uma psicosfera desarmoniosa e
até deletéria. As vibrações são espirituais, equivalentes ao estado moral da
alma (estado evolutivo), tanto no corpo físico como fora dele. Quando a alma
deixa o corpo, pela sua morte, vai se localizar em faixa espiritual de acordo
com essas vibrações, por afinidade, vez que os similares em gosto, hábitos e
qualidades se juntam por atração natural.
A Doutrina Espírita nos ensina que essa escala
evolutiva ou faixas vibracionais são infinitas, não existindo delimitador fixo,
onde termina uma e começa outra, mas sim como um matiz entre uma e outra, sendo
que a alma pode mudar sua condição pelas deliberações que toma para seu
melhoramento em qualquer momento, sendo que a evolução do ser espiritual
ocorre tanto no corpo físico como fora
dele.
(1 e 2) -
Allan Kardec,
O Livro dos Médiuns, 1ª parte, capítulo 1, item 2.
Dorival
da Silva
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