Grande
parte das pessoas não se conhece, vive ou imita a realidade dos outros. Forma,
assim, uma massa amorfa, sem personalidade definida, “conhecida como massa de
manobra”.
Fica
muito longe a realidade preconizada, há dois mil anos, por Jesus: “Amar ao
próximo como a si mesmo” (1). Sócrates, o filósofo grego, acerca de
quatrocentos anos antes de Cristo, já ensinava: “Conheça-te a ti mesmo.” Quanto
é difícil o aprimoramento da alma humana!
Por que demorar tanto? A resposta é simples: Porque tem o
livre-arbítrio. Para que se tenha mérito faz-se imprescindível a
conscientização do indivíduo. Cada um tem o seu tempo de despertamento para o que
transcende os limites da materialidade. Tudo o que é material é impermanente, inclusive
o corpo físico, a finalidade é a de servir de suporte para a elevação
espiritual.
O patrimônio que se leva para o outro lado da vida é somente o resultado das experiências vividas. Quando positivas proporcionam a paz e a satisfação do dever cumprido; quando de resultado infeliz, a insatisfação e o arrependimento da oportunidade desperdiçada.
O patrimônio que se leva para o outro lado da vida é somente o resultado das experiências vividas. Quando positivas proporcionam a paz e a satisfação do dever cumprido; quando de resultado infeliz, a insatisfação e o arrependimento da oportunidade desperdiçada.
A
governança de uma pessoa sobre outra somente é compreensível se esta for
incapaz, limitada, nonsense. Não cabe à
pessoa sadia aceitar o que vem de fora de si, sem análise e sem reflexão. As conhecidas peneiras de Sócrates ajudam
consideravelmente: É verdade? É bom? É
necessário? Quem se dá a esse
trabalho diante das ofertas e das imposições do Mundo? Estas que podem levar o indivíduo a sofrer
algum revés, com a possível consequência de lhe custar altos estipêndios,
quando não monetários, emocionais? É preciso apanhar para aprender?
Necessariamente não!
Fiar-se
em tudo o que se oferece, sem reflexão já não pode ser admitido pelo homem e
mulher destes tempos modernos, de tanta inteligência e tecnologia, no entanto,
o senso moral amolentado, que aparece avultado; respeitadas às exceções.
Achar
que pode aquilo ou aquilo outro porque todo mundo faz. Achar que deve possuir
isso ou aquilo porque todo mundo tem. É bem próprio da insensatez. A expressão
todo mundo faz ou tem é apenas uma força de expressão que não significa nada.
Não tem nenhuma sustentação. Não se pode mirar a tranquilidade e a lucidez da
consciência em base tão inútil. O tal do niilismo.
Não
há possibilidade de amar ao próximo antes de amar a si mesmo. Ninguém pode
oferecer a outrem o que não possui. Portanto,
ninguém faz amor. Na essência, o que se denomina amor é conquista que requer
muito esforço e sacrifício e só é existente no exercício do bem.
A
fé é algo de foro íntimo que pode ser manifestada coletivamente, no entanto,
ninguém precisa ser guiado, não há necessidade de intermediário, cada indivíduo
é autônomo. O deotropismo é
natural. As lideranças devem demonstrar
exemplos através dos recursos morais e condutas retas, segui-las é sempre
decisão particular. Não se pode atribuir a outrem a responsabilidade pela
condução da própria vida.
A
mensagem de Jesus e o pensamento de Sócrates, embora, antigos no tempo, são tão
atuais que parecem que foram ensinados agora mesmo.
(1) – Mateus, 22:39
Dorival da
Silva
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