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sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Autonomia Espiritual: O Caminho para uma Vida com Propósito

 Autonomia Espiritual: O Caminho para uma Vida com Propósito


É hora de nos libertarmos de concepções antigas. Desde a antiguidade sempre a educação presente nas sociedades foi separatista, considerando o valor que era atribuído à profissão que os indivíduos escolhiam ou lhes era imposta. Geralmente, a escolha ou imposição se dava em virtude do ganho financeiro, do destaque na sociedade ou do poder político.  Isso, visando ao poder de influência de grupo familiar, a princípio, preservando e ampliando o seu poderio econômico e financeiro.  

Situação que se perpetuou. Incutindo assim, em muitas gerações, esse conceito de trabalho mais importante uns em detrimento de outros. Em tempo mais recuado era de muita importância para as famílias abastadas que existisse entre os seus: um médico ou um advogado e um clérigo. Depois, com a ampliação das possibilidades de os indivíduos frequentarem a academia nos seus variados segmentos mudou-se esse padrão, mas a concepção antiga permaneceu. A visão geral é a que proporciona melhores possibilidades de ganho e destaque no seu meio de atuação. 

Será que desta forma é possível ter uma sociedade justa? Sempre vivendo para buscar o melhor ganho financeiro, o melhor destaque social e outras relevâncias de seus interesses, como se somente isso importasse, atendendo a uma visão materialista reinante!  Se isso é importante, devemos perguntar a nós mesmos, até quando isso nos servirá?  Será até amanhã? Será uma década? Ou…? Do que preciso para viver? E depois desse amanhã? Depois dessa década? Ou…? O que virá?  Será que compreendemos bem a razão de estarmos num processo de vida corporal temporário?  

Não se busca condenar a tradição, mas sim compreendê-la. Agora estamos no tempo de novo entendimento, novas buscas e perspectivas de futuro. Mas, existe o depois deste futuro que se almeja, o que vem depois desta vida.   A perspectiva de novo futuro, daquele que permanecerá depois de tudo, a vida essencial.  

Todos os diplomas, todos os bens de família, de grupos econômicos, as riquezas materiais de todas as modalidades do total da geração de seu tempo ficarão onde estiverem. E os seus antigos detentores, como estarão?  Quais riquezas de que estarão investidos?   

Ao refletirmos sobre a nossa existência além da vida física, aí avançamos o limite de entendimento para além do túmulo. Nesse ponto os nossos corpos cessam suas finalidades e somos nós mesmos que avançamos, com as riquezas de que fomos capazes de acumular em nós mesmos, são os valores morais e intelectuais. Esses valores compõem o patrimônio espiritual. Trata-se de um estado vibratório. Tem, intrínseco, o seu valor, que pode ser positivo ou negativo, conforme a forma como se conquistou tais valores.  

Considerando essa autonomia de vida, seja em que condição for, não podemos repassar de nosso patrimônio nenhuma parte de responsabilidade a ninguém, seja boa ou ruim.  Existe uma lei natural que regula tudo isso. O que se denomina a Lei de Deus. Essa lei está incrustrada em nós mesmos. Uma das razões que Jesus-Cristo ensinou: “A cada um segundo as suas obras”. Mateus, 16:27 – Em outras palavras.  

Com isso, a vida pede sempre a reflexão diante de qualquer circunstância, mesmo que tenhamos recebido sugestão de terceiro, até mesmo se formos constrangidos a certas decisões, precisamos ter cautela, porque a decisão final é nossa e suas consequências nos acompanham. É certo que, quem sugeriu algo imoral ou criminoso, tanto quem pretendeu o constrangimento para levar alguém a uma decisão de mesmo sentido, mesmo que não consigam os intentos, eles carregarão consigo a mácula da má intenção. Assim, sempre seremos os responsáveis pelo que é bom e útil, bem como pelo que é contrário a isso.  

Com isso, todas as profissões úteis precisam ter os seus exercícios reconhecidos, vez que compõem o tecido de opções da vida. Cada atividade serve ao todo. As melhorias nas atividades sociais dependem da qualidade de cada uma das partes.  Razão para a boa formação de cada indivíduo, sob os aspectos intelectuais e morais.  

Sendo a nossa vida infinita, a vida espiritual, e que carrega em si todas as experiências, sendo que seremos felizes ou infelizes em razão dessas, faz-se necessário cuidado com a atual existência no corpo. Isso, leva-nos a ser mais seletivos em tudo o que o mundo nos oferece. Requer reflexão e decisões bem conscientes de que não somos daqui, estamos aqui temporariamente, com o objetivo de conquistarmos qualidades, sendo estas de valores positivos para a vida. Devemos considerar que tudo o que demandar de seus efeitos quando negativos teremos que corrigi-lo a qualquer tempo, atrasando a nossa viagem para um estado melhorado.  A consciência não tergiversa, não cede, não mente, ela exige a harmonização com a verdade e com a justiça, porque ali está inscrita a Lei Maior.  

A autonomia de que estamos falando é uma construção de autoridade sobre si mesmo, de autoconhecimento. Não se trata de egoísmo. Na verdade, é a verdadeira postura da humildade. Saber exatamente o que se é.   O que pode fazer. Que contributo pode oferecer ao todo. Ter visão de futuro, o futuro infinito, pois tem consciência de que sempre existirá e tem compromisso com a Humanidade. Assim, entendemos, a visão crística de Jesus-Cristo. 

Quem conquistou a autonomia espiritual é harmônico em tudo que realiza, propõe e ensina. Essa condição faz parte de sua natureza. Reportamo-nos novamente a Jesus-Cristo, como maior exemplo que se conhece, Ele é assim! 

Também podemos buscar a autonomia que Ele nos demonstrou.  

Dorival da Silva 


Nota: Esta página teve ajuste em seu título, foi anteriormente publicada como: Cada um de nós possui autonomia.


domingo, 22 de dezembro de 2024

Ano Novo, 2025

                                                     Ano Novo, 2025 

Como é bom ter esperança de um novo tempo. É uma oportunidade para que as coisas preocupantes fiquem no passado e tudo se renove com perspectivas felizes. Quem não deseja que o Ano Novo seja um oásis para a nossa redenção? 

Quando pensamos bem, começamos perceber que é apenas um período do calendário que termina, iniciando-se outro. Um passado que escorre para o futuro, como uma via que se alonga.  

É certo que, na contagem anual dos tempos, a idade -- contagem do tempo de vida, nesta existência -- vai registrando uma história verdadeira de cada indivíduo, que somente o próprio poderá um dia fazer a sua leitura. Isso exige autoconhecimento, que pode ocorrer a qualquer tempo. No entanto, quase sempre não acontece nesta existência.   

Pode-se imaginar o que as pessoas sentem, sofrem e as expectativas que trazem. Embora tenhamos muita proximidade com elas, pouco sabemos de verdade. Apenas criamos impressões que, possivelmente, refletem as nossas ansiedades e certos desejos que achamos bons ou ruins. No entanto, as realidades pessoais mais profundas estão fora das percepções de um observador, sendo que os próprios indivíduos não se conhecem plenamente. 

A mudança do ano no calendário é algo da mecânica natural das horas, ao andamento do tempo dos dias que vão sendo contados, e à trajetória de todos os ciclos dos reinos mineral, vegetal e animal.   

Nós, os humanos, estamos nesse contexto. Diferentemente dos demais reinos, carregamos uma consciência e sabemos que somos uma individualidade pensante. Podemos tomar decisões e assumir as responsabilidades inerentes às suas consequências. 

As atividades no ano que se inicia sempre são a continuidade dos processos existentes anteriormente. Pode-se refazer programas, reformular projetos e até mesmo iniciar novas coisas, mas essas estarão sempre calcadas em algo que já existia.  Os conhecimentos e as experiências conquistadas em outras iniciativas -- todo o passado -- são a base para o que vier a ser.  

Esses pontos demarcatórios de início e final de ano têm finalidade pedagógica para a educação espiritual de cada habitante. Seria catastrófico caso não houvesse as sinalizações de tempo, que funcionam como uma partitura musical, aplicando à vida ritmo e melodia. A vida oferece tudo em harmonia; os desajustes são por nossa conta, assim como os reajustes.  

Como ensina Jesus, na casa do Pai (Deus) há muitas moradas. A Terra é uma delas. Tudo em sua natureza, no estado de princípio, é harmônico. Todo desalinho à sua harmonia exigirá do infrator a reorganização do que foi desajustado, harmonizando a sua consciência com a Consciência Cósmica.  

Assim, seria de se questionar: o que acontecerá com os grandes criminosos, os responsáveis pelas guerras que fazem incontáveis vítimas, impondo terríveis sofrimentos a muitos e, às vezes, gerações? Como compreender tanta hediondez, como se vê diariamente nos meios de comunicação? Apesar de lamentáveis essas ocorrências nos dias atuais, nada ficará sem solução, já que existe uma Lei Divina de amor e justiça. Ainda restaria indagar: como solucionar tantos crimes, sejam eles individuais ou coletivos?  

Em um certo dia, numa reunião de estudos na Casa Espírita que frequentamos, alguém fez indagação nesse mesmo sentido, e um Amigo Espiritual prontamente esclareceu: “Para os grandes erros, Deus oferece as grandes soluções.” É preciso considerar que o tempo de Deus é infinito, que os indivíduos têm o seu estado de consciência a ajustar. O mal e o sofrimento não deixam de estar com quem vibra em baixas frequências. Os mais preparados, que cometeram erros deliberados, serão mais exigidos.  

Quando os grandes criminosos se arrependerem de suas atrocidades e resgatarem a sua própria consciência do estado criminoso, poderão pleitear ao Criador uma oportunidade de solucionar as consequências dos grandes crimes, conquistando para si, novamente, um estado de paz. Conforme a literatura mediúnica espírita, isso pode demorar séculos. Aqui estamos considerando uma trajetória espiritual que inclui reencarnações dolorosas, que se repetirão sucessivamente até que a consciência permita o arrependimento.  

O Ano Novo é uma grande esperança para os que estão neste mundo e para os que estão no outro lado da vida e dependem dessas experiências. Sem esse processo, que flui no compasso de nossas necessidades, não alcançaríamos os resultados indispensáveis na busca da plenitude espiritual.  

A Terra, uma das moradas divinas oferecidas à evolução de uma porção de Seus filhos -- que somos nós mesmos -- é harmoniosa, sendo que todo desequilíbrio começa na própria criatura e depois se manifesta no meio em que vive, com suas ações desordenadas ou imorais, causando males ao meio ambiente e a sociedade. Não podemos esquecer: “A semeadura é livre, mas a colheita será obrigatória.” 

Que o Ano Novo seja bom!  

                                    Dorival da Silva 

 

Nota: As obras básicas da Doutrina Espírita (O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, e A Gênese) podem ser baixadas gratuitamente do sítio da Federação Espírita Brasileira (FEB), através do endereço eletrônico abaixo:  

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Flores de Vida

Flores de Vida 

Presentemente, no mundo está cheio de ocorrências tenebrosas, de crimes, guerras, atrocidades, maldades e desgovernos que enchem as mídias de notícias e imagens insuportáveis para aqueles que têm sentimentos humanitários mais desenvolvidos.   

No entanto, existem os indivíduos de sentimentos endurecidos, insensíveis e indiferentes ao sofrimento alheio. Apenas se interessam pelo imediatismo de resultados de seus interesses. Não se preocupam com o futuro, pois nem pensam nele. Nada importa, se não acontecer agora. 

Assim, vemos a agressividade na destruição de florestas nacionais com o propósito de locupletar-se da posse ilegal, para logo mais requisitar a propriedade sem custos.  Em outras partes do mundo, engendram guerras com justificativas fluídas que nada justificam. Esses tais líderes de guerras apenas acumulam dores e responsabilidades para suas vidas. Lideranças materialistas, pseudorreligiosas, seguidores, quando o são, de "deus" que não se compreende. A justiça que empreendem corresponde às suas opiniões e interesses. Têm o livre-arbítrio, mas não tarda, enfrentarão a verdadeira justiça, a consciência.   

Deus, a que boa parte da humanidade acolhe em seu entendimento, é de amor e justiça. Sendo Ele perfeito, suas leis são perfeitas e imutáveis. Não há preferência, não há partido! Todas as criaturas estão subordinadas a essas leis divinas e assumem as responsabilidades de seus atos. Se trouxeram sofrimentos, arcarão com eles; se produziram o bem, serão felizes com seus efeitos.  

Jesus Cristo trouxe as bem-aventuranças há dois mil anos, no conhecido Sermão do Monte¹, quando apresentou a esperança para aqueles que estão deserdados de meios para a condução de suas vidas, conquanto os esforços pessoais, mas constrangidos pelas circunstâncias que não podem mudar.  Claramente, tudo o que expôs à humanidade no seu sermão não aconteceria na vida material, mas sim, depois.  

Como ninguém pode ignorar, todos os corpos de carne morrem. Aqueles que os utilizavam se libertam das amarras dos tolhimentos em que viviam. É certo que precisam ter méritos, uma das razões da paciência, da tolerância, do perdão, enfim, do bem sofrer. Mesmo entendendo que todos neste mundo sofrem, existem sofrimentos que não produzem méritos, pois são o "mal sofrer". Esses sofredores geram a reclamação, a blasfêmia, o ódio, o desejo de vingança...  

Todos que engendram dificuldades para as pessoas, sejam autoridades governamentais ou não, carregam consigo as responsabilidades correspondentes. Elas estarão presentes no tempo, aguardando a solução de seus males por quem as provocou. Trata-se da Lei de Causas e Efeitos, como nos ensina a Doutrina Espírita.  

Existem nesta vida a dor, a contrariedade, a infelicidade, o medo, a alegria, a felicidade, a preocupação e muitos outros sentimentos, que na condição de relatividade são naturais no processo evolutivo. Sempre algum desses sentimentos chega e vai embora, terminada a causa que deu origem. Por que sentimos essas coisas?  

Para entender a existência dos sentimentos, precisamos primeiro saber o que somos. Então, o que somos? Simplesmente, somos a vida! Podemos dizer que somos um mundo exclusivo, ainda imperfeito. O governo desse mundo particular somos nós mesmos. Os sentimentos e as suas percepções que dão as cores da vida. Quando ignorantes, as cores da alma são opacas; quando mais evoluídos, as cores são múltiplas e intensas.  

Os sentimentos de cada indivíduo (o mundo particular) fazem a interação com os demais mundos particulares. A harmonia ou não dessas relações depende das qualidades de cada individualidade. São os sentimentos que nos mostram que estamos vivos. A vontade nos permite querer. A inteligência nos leva ao discernimento.  

Os bilhões de pessoas existentes no planeta, com força inata, buscam a felicidade. Essa força cega precisa de encontrar a lucidez que direcionará cada indivíduo (mundo particular) para essa meta natural. Todos os seres humanos foram criados para a felicidade; no entanto, atrapalham-se na caminhada. Comparável a uma semente lançada ao escuro do solo, precisará vencer todos os percalços do terreno para alcançar a luz solar, vitalizar-se e florir, culminado nos frutos, a razão de sua existência. A semente cumpre o caminho vital da própria natureza, chegando à floração e à frutificação; o homem precisa usar a sua inteligência, o livre-arbítrio e exercitar a consciência para chegar às flores das virtudes e alcançar a felicidade espiritual.  

Todos os esforços valem para essa conquista das flores de vida, a felicidade que não se perde.  

Flores... 

                                     Dorival da Silva 

1. Mateus, 5 a 7  

Nota: As obras básicas da Doutrina Espírita (O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, e A Gênese) podem ser baixadas gratuitamente do sítio da Federação Espírita Brasileira (FEB), através do endereço eletrônico abaixo: