O Livro dos Espíritos
No dia 18 de abril de 1857, foi publicado em Paris, pela Editora Dentu, na Galeria d’Orléans, no Palais Royal, O Livro dos Espíritos, de autoria de Allan Kardec, obra que deveria assinalar um novo período na cultura da civilização.
Constituído por perguntas apresentadas aos Espíritos pelo emérito Professor Rivail, que mais tarde adotou o pseudônimo de Allan Kardec, em homenagem a uma reencarnação que tivera no século I a.C. nas Gálias e as respectivas respostas dos mesmos.
Inúmeros comentários nele são feitos pelo ínclito Codificador que deu à doutrina de que a obra se constitui o nome de Espiritismo, definindo-o como uma ciência que estuda a origem, a natureza, o destino dos espíritos e as relações que existem com o mundo material, é composto por 1019 questões sobre história, antropologia, filosofia, psicologia, ética e moral, religião, defluentes das pesquisas em torno da imortalidade da alma.
Produzindo uma grande celeuma na época, o extraordinário livro que abarca ímpar proposta de filosofia comportamental e moral cristã restaura os ensinamentos de Jesus, atualizando-os à luz da ciência e das conquistas modernas do pensamento.
Utilizando criteriosa metodologia de investimento de investigação da mediunidade – foram consultados centenas de médiuns de diferentes países –, o Codificador, conforme se tornou conhecido, confirmou a promessa de Jesus, quando anunciara que enviaria o Consolador para restabelecer a verdade dos Seus ensinamentos e novas informações que, no Seu tempo, a sociedade não tinha como entender.
Hoje o Espiritismo espalha-se pelo mundo, especialmente pelo Brasil, com a finalidade de confirmar a sobrevivência do Espírito à consumpção física, explicando, através da reencarnação, a Justiça Divina e abrindo largos horizontes de esperança e plenitude para todos.
Comemorando o seu 159º aniversário há poucos dias, merece ser lido e estudado, a fim de que se possa explicar os atuais conflitos que aturdem a sociedade.
Divaldo Pereira Franco.
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 21.4.2016. Em 25.4.2016. |
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quinta-feira, 26 de maio de 2016
O Livro dos Espíritos
quinta-feira, 10 de março de 2016
Momento difícil
Momento
difícil
O mundo está em crise, e o
Brasil estertora, conforme o noticiário de todo instante. Sucedem-se os
escândalos, e as surpresas com as pessoas envolvidas produzem um duplo efeito:
desencanto em confiar em indivíduos de aparente apresentação digna,
inimputável, mantenedores, no entanto, de conduta vulgar e criminosa, assim
como a perda da esperança em dias melhores ante a cultura da desonestidade que
campeia à solta. A questão, no entanto, é mais ampla porque se apresenta com
caráter internacional. O ser humano parece ter perdido o rumo ético,
entregando-se aos excessos de toda ordem, revivendo preconceitos bárbaros que
se repetem causando lástima e compaixão.
Haja vista o que o Estado
Islâmico está realizando em uma cidade do Iraque onde se encontram cristãos.
Além de destruir todos os monumentos que honram o passado e são patrimônio da Humanidade,
estão degolando selvagemente os adeptos do Cristo, em espetáculo de hediondez,
repetindo com mais crueldade as perseguições promovidas pelo Império Romano
durante os três primeiros séculos do nosso calendário.
Os crimes crescem
assustadoramente, e os cidadãos nos encontramos amedrontrados, receando as ruas
e também a intimidade dos lares, onde os bandidos se adentram e cometem arbitrariedades.
Como mecanismo de fuga, os brasileiros sorrimos dos comportamentos anedóticos
de autoridades que deveriam zelar pelo idioma pátrio, sem aventureirismos
ridículos, através dos veículos da comunicação virtual. Não serão resolvidos os
dramas existenciais com a zombaria, as reclamações, os doestos. Tornam-se
indispensáveis comportamentos corretos, conscientização de possibilidades de
ação através das leis que vigem no país.
Se cada cidadão e cidadã
brasileiros cumprirem com o seu dever, poderemos restabelecer a ordem e voltar
a confiar no futuro. Jesus estabeleceu uma ética desafiadora que serve de
bastão psicológico de segurança: Não
fazer a outrem o que não gostaria que outrem lhe fizesse.
Divaldo
Pereira Franco.
Artigo publicado no jornal
A Tarde, coluna Opinião, em 27.8.2015.
Em 31.8.2015.
quinta-feira, 11 de julho de 2013
No deserto
No deserto
Há dias em que tudo se afigura desolador, caracterizado pela perda de sentido, sem qualquer estímulo para o trabalho de divulgação e de preservação do bem na Terra.
Há períodos na existência humana em que todas as florações da alegria e do entusiasmo emurchecem, demonstrando a aparente inutilidade da sua benéfica ação.
Há fases no percurso carnal, em que proliferam o mal e a agressividade em crescimento, asfixiando as débeis manifestações da bondade e da abnegação.
Há ocasiões em que a predominância da vulgaridade e do ressentimento golpeia as expressões da gentileza e da dignidade, parecendo conduzir tudo e todos ao caos.
Há ocorrências perturbadoras que se multiplicam na condição de escalracho maldito, dominando o trigal das experiências de amor e de caridade direcionadas às criaturas humanas.
Olhando-se superficialmente a cultura social vigente e os indivíduos, repontam alarmantes índices de perversidade, de gozo exaustivo e de loucura pelo poder e pelo prazer sem freio nem dimensão.
Todos os que se envolvem nos ideais de engrandecimento da sociedade interrogam, com frustração, se têm valido as propostas da honradez e as lições sublimes do Evangelho de Jesus com os seus mártires e apóstolos, pois que apraz aos viandantes carnais tudo quanto leva à consumpção, ao desar, ao invés da alegria pura e da harmonia indispensável ao equilíbrio e à plenitude.
Há, é certo, predominância do vício escancarado e, sob disfarces variados, o aspecto pandêmico do cinismo e do desrespeito aos códigos de ética e de moral, prevalecendo a face zombeteira dos triunfadores da desonestidade, famosos e difamados, nos postos que conquistaram mediante o suborno, a traição e a astúcia.
Mas, não são realmente felizes, tranquilos...
Estão hipnotizados, esses triunfadores de um momento, marchando inexoravelmente na direção do deserto que os aguarda, ardente e desolador.
Sorridentes, mas receosos, inseguros embora prepotentes, empanturram-se de poder e intoxicam-se no álcool e nas drogas ilícitas, porque não suportam a lucidez da consciência ultrajada, a fim de fugirem da presença da culpa e do desamor.
Reconhecem que ninguém os ama, embora se exibam ao seu lado, como cachorrinhos que aguardam as migalhas que venham a cair das suas mesas ricas.
Na primeira oportunidade, abominam-nos, abandonam-nos, execram-nos, porque tampouco se sentem amados e respeitados. Sabem que são utilizados na ruidosa corte da exibição, na qual um usa o outro, que é sempre descartável.
...Este é o deserto social!
*
Nunca duvides do êxito da verdade.
Nuvem alguma pode deter indefinidamente a luminosidade solar, por mais se demore em aparente impedimento.
Foi num desses desertos que, às portas de Damasco, Jesus apareceu a Saulo, triunfante e enganado, que seguia encarregado de infausta missão contra um dos Seus discípulos.
Ao impacto da Sua presença, derreou da animália ricamente adornada e percebeu a gloriosa figura luminescente, passando a sofrer o horror da cegueira que o tomou, acompanhada do tormentoso arrependimento em torno da hórrida conduta que se permitia.
Nesse deserto, a viagem foi para dentro, para a necessidade do autoencontro, do redescobrimento, da reidentificação com a vida e do retorno aos sagrados objetivos existenciais que desprezara até aquele momento.
Ali nasceu o apóstolo das gentes, o desbravador dos desertos humanos, expandindo o reino de Deus em todas as possíveis direções.
A linguagem do tempo é um presente agora, um contínuo suceder que altera todas as paisagens: as agrestes reverdecem-se, as montanhosas são corroídas, as pantanosas abrem-se em valas de liberação dos fluidos pútridos.
A água suave, nesse largo, infinito tempo, vence a rocha, o vento cantante desgasta o granito vigoroso, o fogo altera a floresta...
Também o ser humano, mesmo quando soberbo e ingrato, arbitrário e dominador, corroído pelas viroses da culpa, necessitando de afeto que não soube despertar pelo caminho transforma-se, amolda-se, cede ao impositivo das inevitáveis alterações evolutivas.
Ninguém consegue fugir de si mesmo ou viver saudável sem um propósito, um sentido psicológico na sua existência.
O indivíduo mais inflexível nos seus ideais e convicções assim permanece até o momento em que a dor se lhe penetra, insinuante e contínua, passando a habitar-lhe as paisagens dos sentimentos.
Nesse deserto, porém, numa caminhada silenciosa e demorada, surgem os tesouros da reflexão, do entendimento dos valores espirituais, da necessidade de ser pleno.
Não importa quando esse sublime fenômeno venha a acontecer, porquanto o importante é que sucederá.
A bênção do tempo agora é responsável pela edificação do anjo e do holocausto de amor, porque o sofrimento é uma dádiva que Deus confere aos Seus eleitos.
*
Após a visita de Jesus a Saulo, no deserto em Damasco, o prepotente rabino, déspota e criminoso, teve necessidade de três anos em outro deserto, para diluir a construção de ferro do orgulho em que se encarcerava e argamassar a realidade do amor no coração ralado de sofrimentos.
Foi, portanto, reflorescendo as emoções que ele se deixou impregnar por Jesus e contribuiu vigorosamente para torná-lo conhecido e amado.
Trabalha o teu deserto interior com os instrumentos do amor e da compaixão e o transformarás em jardim de dádivas, tornando o mundo melhor,de onde o mal fugirá envergonhado.
Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica da noite de 4 de março de 2013, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia. Em 17.6.2013.
A mensagem acima pode ser acessada no endereço:
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segunda-feira, 26 de março de 2012
Decadência da Ética
Analisando-se a situação socioespiritual do planeta na
atualidade, não há como negar-se a presença da destrutiva onda de pessimismo e
utilitarismo que domina as criaturas humanas em toda parte.
Apoiados no niilismo, embora os comportamentos rotulados de
religiosos de alguns dos seus segmentos sociais, o cinismo, das pessoas e a
decadência da ética dão-nos a dimensão do desespero que avassala as mentes e os
corações atormentados.
Em consequência, a violência e o despautério, a drogadição
e o erotismo substituem as aspirações de enobrecimento dos seres, como
mecanismos escapistas para preencher o vazio existencial e o desencanto que se apossam do
século XX, que se desenhava com perspectivas iluministas, libertadoras, ricas
de anseios de felicidade e de beleza.
A amargura toma conta dos indivíduos que se sentem
coisificados, enquanto a revolta arma as multidões desvairadas que se levantam
contra os abusos do poder, as injustiças sociais, os desregramentos dos
dominadores, a desonestidade dos legisladores que perderam o respeito moral, a
liberdade e o direito de viver com o mínimo de honorabilidade que seja...
Pode-se afirmar que a aparente calma que ainda paira sobre
algumas nações não esconde os paióis de explosivos prestes a deflagrar o
estouro prenunciador das tragédias que produz.
Não se trata, porém, de uma ocorrência inesperada, quando
se observam as suas raízes plantadas no fim do século XVIII, por ocasião da
Revolução Francesa, quando a tirania substituiu os ideais dos filósofos da
liberdade, instaurando os dias do terror.
Em desesperada tentativa de manter a ordem na França,
Robespierre, chamado “o incorruptível”, que lutara pelos ideais da
fraternidade, da liberdade e da igualdade, não teve forças morais para resistir
às pressões do desespero das massas e de outros pensadores, mantendo a
guilhotina a funcionar sem trégua, ao ponto de tornar-se ultrajante ditador e
sanguinário. Vítima de um golpe dos seus adversários da Convenção, foi preso e
também guilhotinado.
Nesse período difícil, a morte de Deus foi anunciada, e a
revolta retirou os vestígios da Sua presença no país, inclusive mudando os
nomes de ruas, boulevards e praças que os tivessem de santos ou
denominações religiosas, assim como os objetos de culto das igrejas, tentando apagar
a lembrança da fé e
da crença espiritual no território francês.
Logo depois, com o retorno de Deus da Concordata de 1802,
firmada por Napoleão Bonaparte com o Vaticano, permaneceram os ódios e resquícios
do período de revolta e de perseguições inclementes, dando lugar a um
amortecimento ético dos sentimentos.
O Iluminismo em declínio favoreceu o Positivismo em ascensão, enquanto as ideias
pessimistas e destrutivas de Arthur Shopenhauer espalhavam-se por toda parte,
proclamando a desnecessidade de Deus e de qualquer formulação religiosa no
comportamento humano.
À medida que o materialismo tomava conta da cultura, a
amargura doentia de Friedrich Nietzsche passou a comandar as mentes e os
corações desesperados, amparados no ceticismo científico das Academias, que
asseverava ser a alma uma sudorese cerebral que desaparecia com a morte do
encéfalo. Nessa paisagem de morbidez e desencanto, o ateísmo tornou-se a
diretriz comportamental dos indivíduos, que logo depois se atiraram à guerra
perversa de 1869-1870, que ressurgiu entre 1914-1918 e retornou calamitosa
entre 1939-1945, com as mais inacreditáveis cargas de ódio e destruição de que
História tem notícia.
Muito contribuíram para essa tragédia as ideias do super-homem do referido Nietzsche e o pensamento
de Heidegger, que muito influenciou o surgimento do nazismo,
partido ao qual ele se filiou por algum tempo, embora rompendo depois, quando
da perseguição aos professores judeus da Universidade de Freiburg, onde era
reitor...
A ética do mais forte substituiu a dos direitos humanos e
da dignidade, em face da aristocracia do poder totalitário e insano de alguns
governantes...
Heidegger influenciou filosoficamente Jean-Paul Sartre com
o seu pensamento sobre o ser, servindo de
inspiração para o existencialismo e total desinteresse pelos valores
ético-morais que conduziram a civilização ao largo dos séculos. Viver agora e
fruir ao máximo, não poucas vezes sem qualquer respeito pelos direitos dos
outros, cultivar o prazer até a exaustão, passaram a ser os comportamentos
aceitos e divulgados como recursos valiosos para a preservação da vida e das
experiências de alegria e de bem-estar.
Lamentavelmente, as religiões ortodoxas, incapazes de
oferecer resistência filosófica e ética aos absurdos da nova ordem, por se
manterem fiéis aos programas medievais totalmente ultrapassados, foram
desprezadas e consideradas responsáveis pela miserabilidade do ser humano,
pelos seus desaires, pelas suas amarguras.
Carregado pelas heranças teológicas do pecado e da culpa, o
ser humano rompeu com as tradições enganosas e preferiu arrostar as
consequências da sua liberdade, derrapando na libertinagem.
Sucede que, toda vez quando se arrebentam as algemas da
escravidão de qualquer tipo, a ânsia de liberdade é tão grande que, por
desconhecimento dos seus limites, aquele que a aspira tomba nos resvaladouros
da irresponsabilidade, da agressividade aos direitos alheios, do abuso
desrespeitoso...
Assim ocorrendo, desaparece a ética da conduta para
apresentar-se o direito de exceção, colocando-se o indivíduo acima da lei, da
ordem e de qualquer restrição.
Os avanços da Ciência, demitizando algumas das informações
e dogmas religiosos, os milagres de Jesus, que passaram a ser observados do
ponto de vista das doutrinas psicológicas e parapsicológicas, reduziram a
cultura ao materialismo, desde 1859, quando Charles Darwin, através do Evolucionismo,
aplicou o golpe de misericórdia no mitológico Criacionismo bíblico, servindo de suporte para a
vitalização do ateísmo...
A contribuição da Tecnologia, alargando e aproximando os
espaços e as distâncias, facultando a demonstração dos postulados científicos
através das experiências dos fatos, foi fundamental para a indiferença humana
pelos códigos de dignidade e de valorização da própria vida.
O século XX, portanto, herdeiro da revolução
filosófico-científica do passado, rapidamente aceitou o novo comportamento que
se consolidou durante a revolução hippieísta dos anos 60, quando se deram as
grandes mudanças de conduta, e as tradições nobres como a família, o casamento,
a dignidade, a ordem passaram a ser instituições ultrapassadas.
Irrompendo em avalancha avassaladora, tomou conta da
juventude, que se sentia castrada pela intolerância e pelo poder dominador,
passando a constituir um novo mundo, um modo diferente de vida...
O aborto, a eutanásia, o suicídio, a agressividade,
passaram a ser éticos na linguagem nova, que iria culminar nos homens
e mulheres bombas, nos atentados terroristas, no crime organizado,
na violência urbana, no alcoolismo exacerbado, no tabagismo, na drogadição e no
sexo destituído de qualquer sentido moral e afetivo.
Dando-se largas aos instintos primários, o nadaísmo,
estimulando o erotismo, coisificou os seres humanos, que passaram a vender-se
no mercado da luxúria sem qualquer pudor, sob o disfarce de experiências
artísticas, desde que economicamente rentáveis.
Nesse comércio hediondo, em que pouquíssimos logram
alcançar os patamares elevados, multidões de jovens inexperientes são devoradas
pelas máfias que o administram, passando os tratores da indiferença sobre os
corpos e as almas mutiladas daqueles que ficaram vencidos durante as tentativas
iniciais.
Inevitavelmente, houve uma total decadência ética da
cultura e da civilização, que passaram a adorar os novos deuses do prazer e do
engodo, da utopia e da mentira, embora vivendo-se o vazio
existencial que leva
à depressão e ao suicídio.
Nada obstante, nesse ínterim, surgiu o Espiritismo em 1857,
revitalizando a ética moral, baseada nas lições insuperáveis de Jesus, que
foram corrompidas pelas ambições e conchavos humanos através dos séculos, desde
o dia em que se uniram ao Império Romano, passando de perseguidas a
perseguidoras.
Como a revelação dos imortais, a vida passou a ter sentido
profundo e significado psicológico indiscutível, como decorrência da proposta
filosófica erguida pelos pilotis dos fatos demonstrativos da
imortalidade da alma, da vida futura, da justiça divina e da Lei
de Causa e Efeito, responsável por todos os fenômenos humanos.
A partir de então, embora lentamente, vem sendo restaurada
a proposta do amor como sendo a fonte inexaurível para a felicidade, em razão
dos seus conteúdos otimistas e realistas, que dignificam a espécie humana,
proporcionando-lhe os necessários estímulos para desenvolver-se e atingir as
culminâncias da iluminação pessoal.
A falência do novo comportamento niilista encontra-se em
toda parte, porque a sua doutrina enganou os seus adoradores, conduzindo-os às
aflições superlativas e às angustias dantes jamais vivenciadas.
Aturdidas, essas multidões decepcionadas e sem rumo buscam,
mesmo sem o saber, retornar às origens do bem e da alegria, ao encontro da
pureza de sentimentos e de convivência nobre, sentindo falta da fraternidade
que deve sempre viger entre os seres humanos, sequiosos de paz e de esperança.
Ninguém pode viver em equilíbrio sem a bênção confortadora
da esperança que abre perspectivas formosas para o futuro.
O Espiritismo, portanto, possuindo os paradigmas que foram
deixados para trás pelo anarquismo e ceticismo, apresenta-os como propostas que
levam à ética do dever e da harmonia, propiciando ventura.
A crença em Deus, a crença na imortalidade da alma, a
crença na comunicabilidade dos Espíritos, a crença na reencarnação, a crença na
pluralidade dos mundos habitados e as propostas ético-morais de O
Evangelho segundo o Espiritismo, que proporciona uma releitura das
lições insuperáveis de Jesus, conforme as conhecemos em as narrativas dos
evangelistas, são as novas diretrizes para a construção do ser humano feliz e
da sociedade ditosa que todos aspiram.
Não há outra alternativa, exceto a coragem para superar a
crise moral que domina praticamente toda a sociedade contemporânea,
reflexionando e vivendo a vigorosa ética espírita, que resume as mais
grandiosas formulações da ancestral diante das novas necessidades que tomaram
conga da sociedade.
Revigorada, a ética lentamente ressurge e passará a
comandar os destinos humanos na direção da paz e da alegria de viver mediante o
correto culto dos deveres.
Vianna de Carvalho
(Página psicografada pelo médium Divaldo
Pereira Franco, em Boca Raton, Flórida, EUA, na manhã de 24 de junho de 2009.) “Extraído da revista
REFORMADOR, FEB, Ano 127, nº 2166, setembro 2009”
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