terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Brilha o Céu! Nasce Jesus!

                                Brilha o Céu! Nasce Jesus! 

    O Mundo conhece a história de Jesus. Todos os anos comemora-se o Natal. Relembra-se a saga de seus pais, realça-se o ambiente em que se veio à luz. Nos tempos modernos, com algumas exceções, a questão é o lucro do comércio, o ganho dos presentes, o excesso das festas, a arrogância dos abastados; pouquíssimos convidam o aniversariante Magno para a verdadeira homenagem.  

    O brilho do Céu não é de fogos de artifício, nem de luz de LEDnem de 'laser'. É de resplandecência Divina, são luzes das Plêiades de seres Angélicos que oferecem o seu contributo a gigantesca jornada de Jesus, para levar à possível resplandecência  todos os seres humanos vinculados ao Planeta Terra.  É o redil de que deu notícia; é a seara de todos os trabalhos.  

    Na antiguidade, assim como nos dias atuais, a impressão histórica do nascimento e, posteriormente, os trágicos momentos de Sua morte prevalecem e são cultuados como soluções definitivas para os crentes com problemáticas pessoais ou com os seus, através das promessas e encenações…  

    Grande parte das religiões e dos religiosos utilizam os registros feitos pelos Evangelistas das falas de Jesus como um troféu, garantindo uma suposta salvação que não se explicita do quê! 

    Neste mundo, o único ser capaz de destoar das Leis Naturais é o homem. Todos os desarranjos em seu 'habitat' e todos os desequilíbrios são de sua responsabilidade. Os problemas sociais (miséria num contexto de riqueza) e os de cunho moral, desde o comportamental com base na falta da educação (moral) até o intencional em benefício exclusivo de poder (hegemonia), são o retrato da Humanidade do tempo do Cristo e refletido nos dias atuais. As diferenças se expandiram, porque a mensagem do Salvador ainda não integra esse quinhão.  

    A individualidade humana precisa entender que é um ser autônomo. Enquanto na inocência é guiada, mas quando assume a sua liberdade de agir, deve estar ciente de que as responsabilidades correspondem às suas ações. Terá que dar conta daquilo que surgir em desalinho com a Lei Natural, e ninguém poderá ignorar o discernimento (a consciência) que traz, embora não se saiba ler em si mesmo essa verdade, porque não se conhece.  Dá-se preferência às miudezas da vida, as mesmices, às satisfações fugidias, as agressividades e revanches animalizadas, com crimes hediondos, que levarão séculos para solucionar as suas consequências. O nascimento de Jesus é cultuado, mas a hipocrisia não desaparece da sociedade. Em grande parte, isso ocorre porque o aborto, legal ou extralegal, elimina milhões e milhões de outras crianças que deveriam nascer. A  luxúria, o poder econômico, a ideologia, a má-educação e a fé de fachada mostram o caldo moral pútrido que o ser humano carrega em sua Alma. 

Poderíamos enumerar inúmeros crimes contra a própria consciência, que estão escondidos dentro de um estado de ilusão, do qual demoramos para acordar e que deverão ser enfrentados com a própria razão.  

Embora todos os passos de Jesus, desde os seus pais até sua trajetória sejam magníficos exemplos para a Humanidade, o que resulta de maior relevância para o homem é o moldar de seus pensamentos, registrados pelos Apóstolos Evangelistas, como pontos luminosos que demarcam caminho ascensional à plenitude.   Amar, perdoar, tolerar, renunciar, orar pelos inimigos, …; a paciência, a resignação, a confiança em Deus; tudo isso é para acontecer em profundidade na Alma, é uma revolução íntima, é o vencer-se.  Vencer o que está fora é simples, é prática da vida, mas, em certos casos, pode ser um grande erro, ou mesmo um crime; ou, ainda, pode não trazer nenhum valor para o ser espiritual que somos.  

O Natal de Jesus ocorre quando o homem começa a olhar para si mesmo e reconhece que precisa se tornar melhor, mais humano, mais dócil, responsável consigo mesmo e com o próximo, respeitar os conhecidos e os desconhecidos. Assim, cumprem-se as Leis de Deus, porque se reconhece ser um viajante do Universo e deve o contribuir de forma salutar em favor do todo. É o exercício do Amor, a Caridade permanente.  

Jesus demonstrou a Caridade permanente para que os homens pudessem entender. Falou do amor incondicional. Apresentou o respeito que deve prevalecer entre os dois polos de maior expressão para a vida, o ser homem e o ser mulher, que se complementam, dando-se através do amor, servindo como instrumento de fluência da vida.   

A passagem de um Espírito pela experiência de um corpo, num contexto social, em determinado tempo, não é possível sem a existência de um pai e uma mãe. A finalidade da oportunidade é a educação fraternal e humanitária, exercido inicialmente pelos pais e, depois, pela sociedade, que deverá refletir o comportamento da família.  

O que Jesus mostrou?  Ele mostrou a vivência em família e na sociedade, oferecendo o melhor de si para o todo.  

O que devemos fazer?  

                                        

                                Dorival da Silva 

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