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quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Jesus, Mestre dos mestres e médico das almas

Crônicas e Artigos
Ano 9 - N° 415 - 24 de Maio de 2015

ALTAMIRANDO CARNEIRO
alta_carneiro@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)



Jesus, Mestre dos mestres
e médico das almas

Podemos destacar dois grandes momentos da vida de Jesus: o de Jesus como o Mestre dos mestres e o de Jesus como o médico das almas.


Como o Mestre dos mestres, podemos destacar dois momentos: o ensino por parábolas e as ocasiões em que Jesus ensinou o homem a pensar.

Jesus empregou magistralmente o ensinamento por parábolas, pequenas histórias que serviam para tornar acessível, ao povo, os ensinamentos doutrinários. E para facilitar mais a compreensão das coisas espirituais, ele servia-se de comparações com o que ocorre na vida comum e nos interesses rotineiros do homem.
  
As ocasiões em que Jesus ensinou o homem a pensar foram as vezes em que, ao ser perguntado sobre algum assunto,  ele respondia sempre com uma outra pergunta, para, assim, ensinar o homem a entender, de maneira lógica,  o assunto que era focalizado.

Podemos dar alguns exemplos:
Quando um doutor da lei, para o tentar, disse: “Mestre, o que preciso  fazer para herdar a vida eterna?”, Jesus lhe perguntou:  “Que está escrito na lei? Que é o que lês nela?” O doutor da lei disse: “Amarás o Senhor Deus de todo o  coração, de toda a  tua alma, com todas as tuas forças e de todo o teu espírito, e a teu próximo como a ti mesmo”.  Disse-lhe Jesus: “Respondeste muito bem; faze isto e viverás.” Mas o homem, querendo parecer que era um justo, disse: “Quem é o meu próximo?” Então Jesus contou a Parábola do Bom Samaritano (Lucas,  10:25 a 37), que fala sobre o samaritano que descia de Jerusalém para Jericó e, vítima de salteadores, foi ferido; algum tempo depois, um sacerdote e um levita passaram, indiferentes; logo a seguir veio um samaritano, que assistiu o homem. Jesus, então, perguntou: “Qual desses três te parece ter sido o próximo daquele que caíra em poder dos ladrões?” O doutor da lei respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Disse-lhe Jesus: “Então, vai e faze o mesmo”.

Também para tentá-lo, os fariseus mandaram os seus discípulos, em companhia dos herodianos, lhe perguntar: “É-nos permitido pagar ou deixar de pagar  tributo a César?” Jesus pediu-lhes uma moeda, e perguntou: “De quem são a imagem e a inscrição nesta moeda?” “De César”, responderam eles. Então, Jesus lhes observou: “Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.

Ao ensinar o homem a pensar, Jesus lançou as bases para a fé raciocinada, que foi (e é) valorizada pelo Espiritismo. Ou seja, não acreditar  apenas cegamente, ou porque alguém impôs que se deve acreditar nisto ou naquilo, ou desta ou daquela maneira – essa é a fé cega, que muitas vezes conduz ao fanatismo, pois  baseando-se, muitas vezes, no erro, cedo ou tarde desmorona. Somente a fé raciocinada, que se baseia na verdade, nada tem a temer do progresso. Como diz o Espiritismo: fé raciocinada é a que pode enfrentar a razão, face a face, em todas as épocas da Humanidade.
  
Por fim, Jesus é o médico das almas, porque,  como ele disse, não são os que gozam de saúde que precisam de médico. Ora, todos nós somos doentes da alma; logo, se  tivermos  fé, todos seremos curados por ele. É também neste sentido que Jesus se acercava, principalmente, dos pobres e dos deserdados, pois são os mais necessitados de consolações, e não dos orgulhosos, que julgam possuir toda a luz e de nada precisar.   

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Página extraída da Revista Eletrônica "O Consolador", que poderá ser acessada no endereço:  http://www.oconsolador.com.br/ano9/415/altamirando_carneiro.html

   

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Boas maneiras



  Boas maneiras

“E assenta-te no último lugar.” – Jesus. (Lucas, 14:10.)
O Mestre, nesta passagem, proporciona inolvidável ensinamento de boas maneiras.
Certo, a sentença revela conteúdo altamente simbólico, relativamente ao banquete paternal da Bondade Divina; todavia, convém deslocarmos o conceito a fim de aplicá-lo igualmente ao mecanismo da vida comum.
A recomendação do Salvador presta-se a todas as situações em que nos vejamos convocados a examinar algo de novo, junto aos semelhantes. Alguém que penetre uma casa ou participe de uma reunião pela primeira vez, timbrando demonstrar que tudo sabe ou que é superior ao ambiente em que se encontra, torna-se intolerável aos circunstantes.
Ainda que se trate de agrupamento enganado em suas finalidades ou intenções, não é razoável que o homem esclarecido, aí ingressando pela vez primeira, se faça doutrinador austero e exigente, porquanto, para a tarefa de retificar ou reconduzir almas, é indispensável que o trabalhador fiel ao bem inicie o esforço, indo ao encontro dos corações pelos laços da fraternidade legítima. Somente assim, conseguirá alijar a imperfeição eficazmente, eliminando uma parcela de sombra, cada dia, através do serviço constante.
Sabemos que Jesus foi o grande reformador do mundo, entretanto, corrigindo e amando, asseverava que viera ao caminho dos homens para cumprir a Lei.
Não assaltes os lugares de evidência por onde passares. E, quando te detiveres com os nossos irmãos em alguma parte, não os ofusques com a exposição do quanto já tenhas conquistado nos domínios do amor e da sabedoria. Se te encontras decidido a cooperar pelo bem dos outros, apaga-te, de algum modo, a fim de que o próximo te possa compreender. Impondo normas ou exibindo poder, nada conseguirás senão estabelecer mais fortes perturbações.

Extraída da obra: Pão Nosso, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel, capítulo 43. 

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Reflexão 
     Trazendo o tema, que é universal, para o estado de vivência do cotidiano, não é difícil constatar a distância que vai entre o que se vive e o entendimento proposto como o ideal do Espírito. A questão é de autoconhecimento. O que corresponde a olhar para si mesmo, não através do espelho, da fotografia, do filme; mas, numa interiorização na busca dos valores reais de nós mesmos, nem sempre satisfatórios.

        Somos o oleiro desse barro divino, cabe a cada um a obra realizada ou a realizar. A qualidade e a beleza dependem da experiência e do esforço de aprimoramento individual. A interiorização dessa busca ninguém poderá fazer por outrem. O que se exterioriza tem suas raízes na profundidade no "ser". Embora o egoísmo e o orgulho e suas ramificações deem coloração modificada propositalmente para a máscara que se quer mostrar. Para encantar ou enganar, iludindo-se, iludindo.
  
        Grande parte deseja a evidência, o reconhecimento. Quer o primeiro lugar. E imediatamente. Total ausência de autoanálise. Esse querer sem merecer é a ausência de valores cultivados. É desejar algo sem estrutura emocional amadurecida. É ignorar que evidência corresponde muita responsabilidade, angústias, preocupações e tem consequências.  Não importa o segmento da vida e em qualquer época. 

          É melhor assumir os últimos assentos; caso se tenha mérito as circunstâncias o colocarão na posição justa diante da vida, não importando onde esteja, sem ferir a harmonia emocional. 

           A vida é regida por Leis Naturais que se faz evidenciar a solicitude Divina para com a criatura, é perfeita, não falha. Somente não é governada pelo imediatismo, nem pelo faz de conta dos interesses mesquinhos. Somente a efetividade da conquista sobre si mesmo, somente a verdade é capaz de sensibilizar o reconhecimento dessa Lei. 

          Reflexão com base no texto acima: Boas Maneiras.

                                                       Dorival da Silva