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sábado, 29 de agosto de 2020

Tristeza ou Saudade!

 Tristeza ou Saudade!


Existe tristeza que não chega a ser uma tristeza. É mais uma saudade. Lembrança que não se define ao certo o que é, onde ocorreu, em que tempo, e que não é ruim nem boa. É algo que toca fundo na alma. Será uma lembrança inconsciente de onde viemos ou um desejo de retornar ao lugar onde éramos felizes e do qual não nos lembramos?

Parece fantasia, mas é sentimento. Ele não sabe se expressar pelos meios formais, nem coloquiais. Só se sente. É uma névoa ou uma nuvem translúcida que surge de dentro para fora e cria atmosfera que não se vê, apenas se sente. 

Como um sonho, que o irreal se faz realidade incontestável. O voo é de verdade para cima, longe no horizonte, vai-se no futuro e ao passado fácil, fácil. 

Nessa irrealidade que é uma realidade, ninguém questiona, a liberdade é livre, o constrangimento é desconhecido, e a imposição e o tolhimento são imagináveis.

Quem sonha assim! É um sentimento que tem mundo próprio, do qual se faz parte se assim o desejar. 

Tristeza ou saudade? Sonho ou realidade? Qual o seu sentimento?

                                                 Dorival da Silva


domingo, 17 de junho de 2012

Construção de si mesmo!



Embora pareça fantasia a ideia de que somos responsáveis pela própria construção espiritual,  no entanto,  é realidade incontestável.  Esse entendimento somente alcança sustentação se compreendermos a lei da reencarnação, a lei das vidas sucessivas, a continuidade sempre da vida espiritual.  A reencarnação, por se tratar de lei da Natureza, não é condição de crença, ela existe independentemente de aceitarmos ou não, estamos sofrendo a sua aplicabilidade naturalmente, não depende do homem. 

Abre-se assim uma perspectiva grandiosa de esperança, há possibilidades de retornarmos em nova vida no mundo material, poderemos rever situações, consertar trajetórias, concluir projetos inacabados, reatar laços interrompidos, dar aplicação aos nossos aperfeiçoamentos.    

Podendo retornar depois de uma terminada vida terrena,  no intervalo de uma e outra existência física  estaremos em algum lugar; se não retornamos imediatamente, deveremos estar agindo de algum modo.  Então encontramos razão para a existência da vida fora do plano físico, porque a inteligência e os demais valores adquiridos não podem ficar estagnados – é o que nos diz o bom senso  --, compreendemos que neste mecanismo de “ir e vir ou vir e ir”, na verdade viemos para retornar ao campo espiritual, por isso a vida na matéria é temporária, mas a vida do Espírito é infinita, ela não sofre interrupção nem quando entra na matéria e nem quando sai. 

O Espírito só teve um início, porque foi criado, não terá fim, será um ser em aprimoramento permanente.  “Deus é a  inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.” (1)  Deus é o criador dos Espíritos e os criou simples e ignorantes, jamais aniquilará a criatura, dará oportunidades evolutivas, não fará o que deveremos fazer por nós mesmos, por isso deu-nos a inteligência e todas as demais virtudes em potencial para que as desenvolvamos e encontremos a paz e a felicidade meritoriamente, nessa construção que somos o principal construtor.

Tal construção é lenta na esteira dos séculos, enquanto não temos consciência de nós mesmos somos conduzidos, como os pais conduzem suas crianças, na proporção que a lucidez vai se instalando no ser libera-o dos cuidados dos orientadores da Humanidade e o indivíduo  assume as rédeas da condução da vida conforme as suas possibilidades. 

Agora, a nossa construção está mais avançada, temos mais inteligência e o potencial de discernimento está mais desenvolvido, também as responsabilidades existem maiores, e seremos cobrados na mesma intensidade das disponibilidades da consciência. Esta construção se apresentará feliz ou infeliz por conta do construtor. 

A construção é nossa...

(1)   –O Livro dos Espíritos, questão nº 1, Allan Kardec.

                                                                                                                                     Dorival da Silva