Mostrando postagens com marcador homens. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador homens. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 28 de março de 2023

PARA TESTEMUNHAR

   PARA TESTEMUNHAR  

“E vos acontecerá isto para testemunho.” — Jesus.   

(LUCAS, capítulo 21, versículo 13.)  

 

Naturalmente que o Mestre não folgará de ver seus discípulos mergulhados no sofrimento. Considerando, porém, as necessidades extensas dos homens da Terra, compreende o caráter indispensável das provações e dos obstáculos.  

A pedagogia moderna está repleta de esforços seletivos, de concursos de capacidade, de testes da inteligência.  

O Evangelho oferece situações semelhantes.  

O amigo do Cristo não deve ser uma criatura sombria, à espera de padecimentos; entretanto, conhecendo a sua posição de trabalho, num plano como a Terra, deve contar com dificuldades de toda sorte.  

Para os gozos falsificados do mundo, o Planeta está cheio de condutores enganados.  

Como invocar o Salvador para a continuidade de fantasias? Quando chamados para o Cristo, é para que aprendamos a executar o trabalho em favor da esfera maior, sem olvidarmos que o serviço começa em nós mesmos.  

Existem muitos homens de valor cultural que se constituíram em mentores dos que desejam mentirosos regalos no plano físico.  

No Evangelho, porém, não acontece assim. Quando o Mestre convida alguém ao seu trabalho, não é para que chore em desalento ou repouse em satisfação ociosa.  

Se o Senhor te chamou, não te esqueças de que já te considera digno de testemunhar. 

 

Página extraída da obra: Caminho, Verdade e Vida, psicografia de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel, capítulo 71, ano 1948. 

 

----------------------------------------------------- 

Reflexão:

Com base na página acima, que foi escolhida ao acaso em nossa reunião de o Evangelho no Lar, de 19.03.2023, Amigo espiritual fez comentário do texto, que pretendemos com nossas palavras registrar um pouco da sua sensibilidade no tratamento do ensino de Jesus e o esclarecimento de Emmanuel. 

Ninguém vem ao Mundo para sofrer por sofrer! O Planeta Terra é mundo de provas e expiações, portanto, lugar de esforços, de lutas e superações. Em benefício de quem? Não teria nenhuma razão se não fosse ao benefício da própria Criatura. Em virtude da Lei de Afinidade Universal, não estaríamos melhores se estivéssemos em Mundo melhor ou pior que a Terra. Porque, o sofrimento maior ou menor corresponde a estado próprio de cada individualidade. Assim, também, o sentimento de alegria, satisfação ou felicidade…, que serão sempre relativos neste mundo.  

“(…), no mundo tereis aflições, (…) — Jesus, João,16:33” -- O Mestre conhecia o seu rebanho, o que corresponde dizer a todos os Espíritos vinculados a Terra, reencarnados e os que aguardavam oportunidade na atmosfera espiritual do Planeta.  Devedores na esteira do tempo, imperfeitos moralmente, renitentes no mal, endurecidos, imprevidentes, inconsequentes…  

Existem também os melhorados, os que não são capazes de realizar crimes bárbaros, nem erros grosseiros, e lutam para se tornarem melhores. Caminharam, evoluíram, mas, não são perfeitos. Tomaram as rédeas da vida em suas mãos, quer dizer, estão mais lúcidos, sentem-se responsáveis pela condução de si mesmo, conscientes que suas atitudes refletem na sociedade onde têm influência, estendendo a fraternidade ao próximo 

Emmanuel, dá um norte ao entendimento: “Naturalmente que o Mestre não folgará de ver seus discípulos mergulhados no sofrimento. Considerando, porém, as necessidades extensas dos homens da Terra, compreende o caráter indispensável das provações e dos obstáculos.” Os Espíritos reencarnam na Terra visando sair do sofrimento, que estava instalado em si mesmos, seja pela ignorância, seja pela maldade, seja pela imoralidade… Estar no corpo é oportunidade!    

Vivenciar a oportunidade de aprender, é vitoriar-se na escola; esforçar-se para distanciar da violência, do crime, da hediondez, é distanciar-se da prisão; lutar contra as doenças físicas, emocionais e morais, é libertar-se do hospital; laborar e criar coisas e fatos novos e úteis, para si e a sociedade, é beneficiar-se da oficina que eleva o ser à libertação.  

“A pedagogia moderna está repleta de esforços seletivos, de concursos de capacidade, de testes da inteligência.  

O Evangelho oferece situações semelhantes.  

O amigo do Cristo não deve ser uma criatura sombria, à espera de padecimentos; entretanto, conhecendo a sua posição de trabalho, num plano como a Terra, deve contar com dificuldades de toda sorte.”    

No excerto acima, Emmanuel, chama a atenção para tudo que a pedagogia moderna implementa para a formação dos indivíduos nas mais variadas áreas de atuação, visando a capacitação para o trabalho, a melhoria intelectual, e o incremento produtivo. O Evangelho está cheio de ensinamentos pedagógicos para os seres espirituais, àqueles que estão no corpo físico, e os desvestidos de carne, na vida espiritual, vez que os ensinamentos de Jesus são sempre para os Espíritos, são os que permanecem sempre e têm por meta o aperfeiçoamento.  

Embora não devamos estar preocupados com sofrimentos, mas, o trânsito pela vida corporal, num Planeta de provas e expiações, as circunstâncias nos levam a algum sofrimento, mesmo porque viver requer esforços; transitar pelo ambiente com infindas possibilidades não deixa de proporcionar preocupação com a segurança própria, mesmo com a manutenção da saúde, em conta os fenômenos climáticos e os ambientais. O quê, também, se estende aos familiares e os próximos de nossas relações sociais.   

“Para os gozos falsificados do mundo, o Planeta está cheio de condutores enganados.  

Como invocar o Salvador para a continuidade de fantasias? Quando chamados para o Cristo, é para que aprendamos a executar o trabalho em favor da esfera maior, sem olvidarmos que o serviço começa em nós mesmos.” 

Neste fragmento da página em análise, o Espírito orientador, aponta para os cuidados com os condutores enganados, torna-se de suma importância que a mensagem do Evangelho esteja no indivíduo (sendo entendida e vivenciada) para oferecer anteparo a tudo que vem de fora, repulsando os gozos falsificados, espargidos pelos influenciadores equivocados quanto aos objetivos da vida na Terra.  

No último parágrafo da referência acima, chama-nos a atenção para não vincularmos às fantasias e não esquecermos que os serviços que nos colocam com a possibilidade de alçarmos esfera de maior elevação espiritual, começam em nós mesmos. Aceitar ou rejeitar gozos falsificados é decisão de responsabilidade exclusiva, intransferível. O antídoto contra os sofrimentos futuros está no ensinamento de Jesus, os esforços para compreender e vivenciar são os méritos, que proporcionarão paz e felicidades verdadeiras na espiritualidade; caso, prefira os Gozos falsificados, a frustração será grande e o sofrimento corresponderá ao quanto a consciência está comprometida.  

“Existem muitos homens de valor cultural que se constituíram em mentores dos que desejam mentirosos regalos no plano físico.”   A recomendação do apóstolo João Evangelista cabe-nos muito bem: “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo. — 1 João 4:1-6”. Somente apresentar grande cultura, não basta! Ter notoriedade diante da sociedade do mundo, não é suficiente! Se conhecerá o verdadeiro cristão pelas suas obras e pela sua condição moral irrepreensível.  

Em tempo de comunicação instantânea pelos meios eletrônicos e a falta de reflexão, a possibilidade de mentirosos regalos é bastante possível, para os distanciados do Cristo. 

“No Evangelho, porém, não acontece assim. Quando o Mestre convida alguém ao seu trabalho, não é para que chore em desalento ou repouse em satisfação ociosa.  

Se o Senhor te chamou, não te esqueças de que já te considera digno de testemunhar.” 

Considerando e excerto acima, diremos assim: quando a mensagem do Evangelho faz morada na vida de alguém, podemos dizer que esse alguém ouviu o convite de Jesus, porque os demais também estão convidados, mas tal chamamento ainda não ressoou nos ouvidos, para, compreendida a mensagem, instalar-se no coração. Assim, haja o que houver, os olhos se voltariam para o objetivo a ser conquistado.Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. Mateus 6:21”.   

Se o Senhor te chamou, agora tens condições de suportar a tua provação, consciente que se libertará definitivamente de tal sofrimento. Assim, o sofrimento, que é inerente ao estado evolutivo, agora é produtivo para o Espírito, os demais, fora dessa condição, também sofrem, mas inutilmente, até que haja despertamento para as realidades espirituais. 

Sejamos dignos de testemunhar! 


Dorival da Silva 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Extremismo e convergência

 Extremismo e convergência 

 

Todo ser humano surgiu das mãos do Criador simples e ignorante, no entanto, com recursos potenciais em estado latente, que irão se desenvolvendo conforme o rumo evolutivo de cada criatura.  

Deus, Causa do surgimento de tudo, mas aqui estamos fixando atenção no ser humano, com recursos a serem desenvolvidos, tais como a inteligência e o sentimento. Para isso, Deus disponibilizou à criatura o livre-arbítrio e lhe impôs a responsabilidade. 

O homem tem a liberdade de agir, mas tem a responsabilidade pelo que sobrevier de suas ações. 

Todas as ações desenvolvem naturalmente a inteligência, mas o sentimento é um acúmulo de fatores emocionais positivos e negativos.  Os sentimentos positivos, quando bem orientados e cultivados, se tornarão virtudes; os negativos, quando cultivados e sedimentados, tornarão discrepâncias em relação às virtudes. Estas causarão sofrimentos para quem as cultiva e pela afinidade gerará teia adversa no contexto social.  

Toda ação dos homens traz consequências para si mesmo e para os que estão sob o seu raio de ação, assim, as virtudes ou as mazelas, a princípio, se farão sentir em outro ser humano, que carrega capacidade intelectual e sentimento, gerando simpatia ou animosidade.  

As personalidades são formações exclusivas, pois, se dão por experiências particulares, considerando o tempo e os resultados apresentados absorvidos pelas individualidades. Dessa forma, jamais se encontrará duas pessoas exatamente iguais na sua forma de pensar.  

Deus, na Sua sabedoria, plasmou em cada ser ciente a capacidade de própria formação, um mundo exclusivo, autoridade de si mesmo, no nível onde a lucidez espiritual lhe permita.  

Então, todos sofrem a influência do meio onde vivem e trazem patrimônio espiritual no subconsciente, todas as experiências de todos os tempos passados, de vivências distintas em sociedades diversas, formando compêndio de saberes que a nenhum outro ser o terá idêntico. 

As lembranças das vivências antigas, que estão no próprio “eu”, fluem num linguajar ininteligível através da intuição, uma das razões dos indivíduos se inclinarem à posição extremada ou convergente, em graduações mais ou menos acentuadas para lá ou para cá.   

A convulsão emocional externa ativa as lembranças adormecidas que gritam fundo na alma, exigindo de cada indivíduo diante de tal situação contenção através da reflexão, para não aceitar o que desarrazoadamente pode lhe causar transtornos. A tendência é sempre retornar a realizar aquilo que é conhecido, mesmo que inconscientemente no momento presente, no entanto, intuitivamente forte, que o fez sofrer em vida passada.  

O extremismo, embora cause sofrimento ao extremado e aos que estão sob seu raio de ação, é “confortável” para quem assim se porta, pois, é o soldo da vaidade, do orgulho e do egoísmo.  Sofre-se, mas tem a sensação de poder, satisfação de sobrepujar alguém, ou situação, pelo enfrentamento, não importando os meios empregados e as consequências.  

Convergir é muito difícil para o extremista, pois requer algo que ele não pensa em buscar, a humildade, muitas vezes o faz fingidamente, na tentativa de alguma vantagem. O que ele não pretende é abandonar o estado ilusório de “conforto”, o que se poderia dizer um vício emocional. Sofrer, às vezes alucinadamente, a título fantasioso de poder, ou ilusória “vitória”, que não sabe explicar qual.   

A convergência é um estado íntimo de compreensão, uma autorização emocional, visando um bem de maior abrangência, ou a solução de um mal que afeta um grupo de pessoas ou uma sociedade inteira. É um estado altruístico.  

Não há como convergir se não houver compreensão do que é proposto e que dependa da aceitação de outra ou de muitas pessoas. Mas, também, não é possível convergir se não tiver compreensão que as demais pessoas estão propensas a acolher a aquiescência em parte do que se diverge. Assim, sem a humildade, não se chegará a resultado satisfatório e todos perdem.  

É certo que existe indivíduo de grande elevação intelectual, moral e espiritual que surge na sociedade com a finalidade de fomentar o crescimento daquela população.  Quase sempre é incompreendido, com muito esforço consegue implementar alguma melhoria geral, percebida sua grandiosidade somente depois de sua passagem para a espiritualidade. Isto é exemplo de convergência até o nível possível de compreensão dos beneficiados de uma proposição que não teve o alcance da maioria, mas que servirá de base para progresso futuro.   

O grande exemplo de convergência é o de Jesus-Cristo. Quanto Ele precisou trabalhar para implementar um novo pensamento na Humanidade?  Ensinamento grandioso e implantado em fragmentos.  Apresentou a possibilidade de curas instantâneas, para indicar a necessidade da conquista de valores morais.  Falou com os espíritos maus, que subjugavam pessoas, através da obsessão, da possessão, para apresentar o estado de vida não corpórea, mas que exerce influência sobre os que estão no estado corpóreo.   

Essas realidades apresentadas por Jesus, foram minuciosamente estudadas e catalogadas pela Doutrina Espirita, nos estudos e pesquisas do professor Allan Kardec, dezoito séculos depois, o que ainda não têm a compreensão geral das pessoas no século XXI.   

Em conta, tratar-se de Espírito puro (Jesus), fez pela Humanidade da Terra o possível, convergiu, sem faltar com a verdade. No entanto, no nível de compreensão da massa existente no seu tempo era ínfimo o acolhimento de sua mensagem transformadora da vida humana. Posteriormente, ergueu-se a cortina do entendimento consoante a compreensão possível, das revelações iniciais, em conta os séculos de vivências transcorridos.   

A Doutrina dos Espíritos é a promessa de Jesus, para ampliar os entendimentos que trouxe até a Humanidade, mas como sementes que iriam despertar em árvores frondosas, com frutos novos que irão transformar todos os Espíritos vinculados à Terra. Assim, convergindo a pobreza moral para  Espírito de Escol pela compreensão e humildade.  

No primeiro momento, a compreensão e a humildade de Jesus, depois de toda a Humanidade. Os tempos futuros dirão! 

 
 

                       Dorival da Silva